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Modernização da linha de trem e a chegada do Expresso ABC deixará viagem para SP mais rápida

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

 A primeira ligação rápida entre ABC e a cidade de São Paulo utilizando transporte público irá reduzir em 30% o tempo de viagem. Serão cerca de 20 minutos menos no trajeto completo da Linha 10 - Turquesa (Luz - Rio Grande da Serra) da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).

O percurso completo é realizado hoje em 61 minutos. A redução no tempo, porém, só será possível em 2014. Este foi o prazo apresentado ontem pelo secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, aos prefeitos da região em reunião no Consórcio Intermunicipal.

A ligação rápida será feita com a modernização da linha de trem e a chegada do Expresso ABC, que utilizará o mesmo percurso mas com menos paradas. “A redução no tempo trará novos usuários para a linha.

A expectativa é que 600 mil pessoas utilizem diariamente o trajeto”, disse Fernandes. Atualmente,a Linha 10 transporta 400 mil passageiros por dia. O investimento será de R$ 1,2 bilhão, realizado por meio de PPP (Parceria Público-Privada).

Já a ligação entre a Estação Tamanduateí, na capital, e São Bernardo, por meio de monotrilho, ficará para 2015 (veja trajeto ao lado). De acordo com o secretário, o projeto será enviado na sexta-feira para análise do conselho gestor do PED (Programa Estadual de Desestatização).

O objetivo é incluir a construção e administração da linha nas PPPs. A previsão é que a União anuncie até o final do ano R$ 400 milhões para o projeto.

Outros R$ 1,2 bilhão serão financiados pelo BNDES e R$1,1 bilhão pelo Estado. “Iniciamos os processos de licenciamento ambiental e abrimos licitação para estudo topográfico e desapropriações”, afirmou Fernandes. Serão destinados R$ 230 milhões para as desapropriações.


Fonte: Band


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EMTU SP conclui reorganização do sistema metropolitano no ABC

terça-feira, 5 de abril de 2022

A reorganização do sistema metropolitano de ônibus da Área 5, que engloba os municípios do ABC, foi concluída quando a concessionária ABC Sistema (Next Mobilidade) assumiu o atendimento de 11 linhas gerenciadas pela EMTU e atualmente operadas pela empresa Rigras. Cerca de 11 mil passageiros foram beneficiados diariamente pela mudança.

As viagens e o valor das tarifas permaneceram os mesmos. Já a frota foi atualizada com veículos mais novos, proporcionando conforto e segurança adicionais às viagens metropolitanas, além do cumprimento dos padrões de qualidade exigidos pela EMTU.

A mudança foi estabelecida em decreto do governador João Doria, assinado em março de 2021, que estipula uma reformulação e modernização nos transportes intermunicipais do ABC.

Além de operar todas as linhas, a NEXT Mobilidade terá de construir um corredor de ônibus tipo BRT (Bus Rapid Transit) entre a região e a capital paulista, e também reformar o Corredor ABD (de ônibus e trólebus).

Em fevereiro, foram iniciadas as obras do BRT-ABC, sistema rápido de ônibus elétricos que conectará a região do Grande ABC à capital. O novo modal de transporte metropolitano receberá investimento de mais de R$ 860 milhões, exclusivamente pela iniciativa privada, e prevê a implantação de um total de 20 estações. A obra beneficiará cerca de 173 mil passageiros por dia que vão percorrer o trajeto entre São Bernardo do Campo e São Paulo em até 40 minutos.

Na reforma do Corredor Metropolitano ABD (São Mateus - Jabaquara), serão investidos cerca de R$ 237 milhões na atualização da sinalização, manutenção profunda das escadas rolantes, reconfiguração dos terminais metropolitanos (melhorias na iluminação, instalação de gradis, implantação de rampas acessíveis), modernização dos pontos de paradas com implantação do sistema pré-embarque, restauração do pavimento rígido, entre outras melhorias.

Ao final da transição, a Next Mobilidade estará operando 103 linhas na região, entre elas serviços que pertenciam às operadoras EAOSA, Viação Ribeirão Pires, ABC, Expresso SBC, Mobibrasil, Publix, Transbus, Auto Viação Triângulo, Empresa Urbana Santo André, Viação Imigrantes, Viação São Camilo, Viação Riacho Grande, Tucuruvi e VIPE.

Linhas operadas pela Next Mobilidade a partir deste sábado (26):

041      RIO GRANDE DA SERRA (CENTRO) / RIBEIRÃO PIRES (TERMINAL RODOVIÁRIO DE RIBEIRÃO PIRES)      

117      RIBEIRÃO PIRES (TERMINAL RODOVIÁRIO DE RIBEIRÃO PIRES) / SANTO ANDRÉ (ELCLOR)                       

165      RIBEIRÃO PIRES (TERMINAL RODOVIÁRIO DE RIBEIRÃO PIRES) / SÃO BERNARDO DO CAMPO (TERMINAL PAÇO - SÃO BERNARDO)   

165BI1               SANTO ANDRÉ (PARQUE REPRESA BILLINGS) / SÃO BERNARDO DO CAMPO (TERMINAL PAÇO - SÃO BERNARDO)

165EX1   RIO GRANDE DA SERRA (CENTRO) / SÃO BERNARDO DO CAMPO (TERMINAL PAÇO - SÃO BERNARDO)

215      RIBEIRÃO PIRES (TERMINAL RODOVIÁRIO DE RIBEIRÃO PIRES) / SUZANO (CENTRO)          

336      RIBEIRÃO PIRES (TERMINAL RODOVIÁRIO DE RIBEIRÃO PIRES) / MAUÁ (CAPBURGO)         

374      RIO GRANDE DA SERRA (SITIO MARIA JOANA) / RIBEIRÃO PIRES (TERMINAL RODOVIÁRIO DE RIBEIRÃO PIRES)   

381      RIBEIRÃO PIRES (TERMINAL RODOVIÁRIO DE RIBEIRAO PIRES) / SUZANO (BARUEL)           

381BI1 RIBEIRÃO PIRES (TERMINAL RODOVIÁRIO DE RIBEIRÃO PIRES) / SUZANO (VILA FÁTIMA)  

402      RIO GRANDE DA SERRA (CENTRO) / RIBEIRÃO PIRES (TERMINAL RODOVIÁRIO DE RIBEIRÃO PIRES)

Renovação da frota - A frota metropolitana do ABC está em processo de modernização desde 2021. Em agosto do ano passado, 116 novos ônibus começaram a operar no sistema intermunicipal gerenciado na região pela EMTU, beneficiando a população de Diadema, São Caetano do Sul, São Bernardo do Campo, Santo André, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, municípios que formam a Área 5 de concessão. Neste mês de março, a Next Mobilidade recebeu mais 14 veículos zero km.

A renovação da frota faz parte de um investimento de R$ 90,2 milhões a ser realizado pela Next Mobilidade (ABC Sistema), SPE (Sociedade de Propósito Específico) criada a partir da prorrogação por 25 anos do contrato de concessão com a Metra, operadora do Corredor Metropolitano ABD. Com a reorganização do sistema, os ônibus passam a ter prefixo iniciado com o número 8.

Os novos veículos foram montados com carroceria Caio Apache Vip e dispõem de ar-condicionado. Dos 116 ônibus entregues, 20 têm suspensão a ar, característica que oferece mais segurança e melhor dirigibilidade, maior estabilidade e menor impacto com o solo, reduzindo o desgaste dos pneus. Câmeras estão instaladas nas portas de 60 desses veículos, proporcionando mais segurança a motoristas e passageiros. Todos possuem elevador para pessoas com mobilidade reduzida e são equipados com roteador wi-fi e tomadas USB para celulares.

EMTU - Vinculada à Secretaria dos Transportes Metropolitanos, a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU) é controlada pelo Governo de São Paulo. Fiscaliza e regulamenta o transporte metropolitano de baixa e média capacidade nas cinco regiões metropolitanas do Estado: São Paulo, Campinas, Sorocaba, Baixada Santista e Vale do Paraíba / Litoral Norte. Juntas, as áreas somam 134 municípios.

Informações: EMTU
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Atrasado: BRT-ABC estar longe de virar realidade

domingo, 2 de julho de 2023

Há quatro anos um dos maiores retrocessos da mobilidade urbana de São Paulo era protagonizado pela gestão do ex-governador João Doria (sem partido). Em 3 de julho de 2019, o agora ex-político anunciou com pompa o projeto do BRT-ABC, um corredor de ônibus que prometia substituir a Linha 18-Bronze do Metrô custando menos e, sobretudo, sendo de implantação mais rápida.

Desde então o que se viu não tem parecido em nada com o quadro que Doria pintou. Notadamente atrasada, a obra do corredor de ônibus, sob responsabilidade da Next Mobilidade (antiga Metra), empresa de ônibus responsável pela operação do corredor ABD e área 5 da EMTU, está começando a dar os primeiros sinais de existência apenas agora.

Segundo o comunicado publicado pelo governo do estado na época, o BRT poderia ser implantado em 18 meses, a partir do início de sua construção, e teria capacidade para transportar até 340 mil passageiros por dia.

“Hoje, vamos anunciar um novo modal de transporte metropolitano no ABC. Uma decisão importantíssima do Governo do Estado, depois de vários anos de retardo. Será uma opção de menor custo, de menor tempo, de mais eficiência e de menos manutenção”, disse João Doria.
Na prática, o corredor de ônibus vai transportar, se muito, metade da capacidade do monotrilho cancelado e num tempo de viagem 50% maior na melhor das hipóteses (serviço expresso).

De quebra, já custa bem mais que os R$ 680 mil informados no anúncio e pode sair ainda mais caro já que há outros processos em paralelo ocorrendo, como a indenização à concessionária VEM ABC, que teve o contrato da Linha 18 extinto após ficar cinco anos à espera de o governo cumprir sua parte no acordo.

Se com a Linha 18 o passageiro do ABC ganharia uma integração gratuita com o restante da malha metroferroviária, com o BRT-ABC isso não é garantido já que a Next/Metra vai recuperar seu investimento com o preço da tarifa, bastante cara no Corredor ABD, que ela gerencia desde 1997.

Nesta semana, às vésperas do aniversário de quatro anos do engodo criado pela gestão anterior, o site foi até São Bernardo do Campo conferir in loco como estão as obras do corredor de ônibus.

Terminal São Bernardo
O terminal de ônibus São Bernardo do Campo é o ponto de partida do BRT-ABC. O local que outrora atendia aos ônibus municipais e intermunicipais agora está interditado, com sinais de abandono e sem quaisquer tipo de melhorias visíveis.

O local está cercado por tapumes que mostram fotografias de funcionários trabalhando, possivelmente algo feito nos primórdios do empreendimento, mas que não reflete a situação atual do local.

Por de trás dos tapumes o que se vê é o entulho decorrente da demolição do piso em concreto, que foi removido. A cobertura também foi retirada, deixando a estrutura metálica exposta às intempéries.

Talvez a única grande atualização tenha sido a placa das obras que recebeu uma nova coloração, que remete a atual gestão do governador Tarcísio de Freitas. O valor das obras foi aumentado para R$ 919 milhões e o período igualmente, para 24 meses.
As obras, pelo o que consta na placa, iniciaram-se em fevereiro de 2022, ou seja, mais de 30 meses após o anúncio.

Não bastasse o atraso, os passageiros dos ônibus são furtados de uma qualidade digna de embarque. A quantidade de linhas de coletivo concentradas em apenas uma calçada ao lado do terminal é assustadoramente grande.

Paço Municipal
Na região do Paço Municipal de São Bernardo, parte inicial do trajeto do BRT-ABC, não há nenhum sinal de obra. Depois de mais de um ano do início das intervenções o trecho mais próximo ao ponto inicial de parada sequer tem tapumes, máquinas, ou indicações de melhorias.

Nesta região o BRT vai circundar todo o paço com uma via no sentido Sacomã e outra no sentido São Bernardo do Campo. Neste trecho o BRT estará sujeito a interferência semafórica, o que descaracteriza a operação do serviço que deveria ser, por essência, totalmente segregado.

Avenida Aldino Pinotti
Nesta região surge a primeira edificação, de fato, nova do BRT-ABC. A estrutura metálica do primeiro ponto de ônibus do sistema de coletivos rápidos e as intervenções para a implantação do pavimento de concreto são os pontos de maior visibilidade.

A parada de ônibus pode ser considerada generosa dada a sua ampla cobertura, mas não deverá passar disso. Em que pese a estrutura metálica extravagante a área de embarque é relativamente estreita. A impressão que se tem é de se estar em uma parada de VLT de baixo custo.

A plataforma é levemente alterada, possibilitando uma facilidade no acesso caso sejam empregados ônibus com piso baixo. Foi possível notar dutos onde deverão ser alocados cabos para diversos sistemas.

A premissa do BRT é de haver cobrança prévia ao embarque, portanto, existirão bloqueios nas extremidades do ponto de ônibus.

O pavimento de concreto, ao que se pode notar, está sendo bem executado. Talvez, esta seja de fato uma das poucas melhorias que o BRT pode proporcionar: um pavimento de melhor qualidade na região, o que pode gerar viagens minimamente confortáveis.

Destaca-se o nível de organização e isolamento da obra. Envolta apenas por uma rede, fazendo um verdadeiro papel de “cerca mole”, o acesso às obras do BRT nesta região são absolutamente irrestritas com praticamente nenhuma sinalização de segurança.

Pedaços de madeira estão jogados de qualquer forma na obra. Não existe vigilância no local. Os equipamentos como escavadeiras e plataformas elevatórias ficam expostos, absolutamente largados como se estivessem em um pátio, seguras e protegidas.

O único espaço que está de fato coberto por tapumes é o canteiro de administração da obra. Ali se pode ver alguns containers e um relógio de luz.

Visão geral
Após quase 18 meses de obras é possível arriscar dizer que o BRT-ABC não estará pronto em fevereiro de 2024, como promete o governo. São apenas sete meses para literalmente implantar quase tudo, algo fora da realidade até para um projeto sem complexidade como um corredor de ônibus.

Irresponsabilidade como essas, em que o dinheiro do contribuinte foi jogado no lixo, não podem ser esquecidas com o intuito de evitar outros absurdos no transporte público do estado.

Informações: Metro CPTM
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Estação Brás será ponto final para trens da CPTM

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

A volta da estação da Luz como ponto final de trens da Linha 10 – Turquesa é impossível. A mudança na continuará irreversível, segundo presidente da CPTM (Companhia Paulista de trens Metropolitanos), Mário Manuel Seabra Rodrigues Bandeira. O posicionamento da concessionária foi novamente informado no fim da tarde ontem durante uma reunião com o presidente do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, Mário Reali.

Foto: Diego Silva
As argumentações da companhia dão conta de que não será possível reverter o caso devido ao número de pessoas que usam a estação Luz para fazer baldeação. Com a inauguração da  estação do metrô da Linha Amarela, o local passou a receber mais usuários do que poderia colocando em risco a estrutura do lugar. “Não tem solução segundo a CPTM. O Brás continuará sendo a estação final para essa linha. O problema é que as pessoas estão se sentindo prejudicadas”, explicou Reali.

De acordo com o representante do Consórcio, a solução só aparecerá em médio prazo com o início da operação do Expresso ABC, que tem inauguração prevista apenas para 2014. “Mesmo assim nós teremos que esperar muito e a estação da Luz não voltará a ser usada. O ponto final do Expresso será numa estação no Bom Retiro, entre a Luz e a Barra Funda. Cobramos prazos, mas deixaram claro que em curto período não há o que fazer.”

Reali ainda disse que pediu para que a CPTM divulgue os dados que explicam o porque a situação não mudará. “Queremos que isso se torne público para quem usa os trens.”

O que pensam os usuários
Discordância“Ficou um lixo. Demora demais para fazer a baldeação e o metrô é muito lotado. Discordo totalmente dessa mudança e quero que volte tudo como era.”, Helton Neconi, analista de sistemas
 

Tempo
“Complicou bastante a baldeação. Toma muito mais tempo na Luz. Demoro 20 minutos esperando o outro trem. Do outro jeito já estaria em São Caetano.”, Wanderson Silva, montador de eventos
 

Rotina
“Está horrível. Trabalho na Água Branca às vezes e para chegar lá tenho que fazer duas baldeações. Perco 20 minutos por dia. No fim do mês é muito tempo.”, Celso Bernardes, auxiliar de enfermagem
 

Audiência pública
Ô Consórcio Intermunicipal Grande ABC agendou uma audiência pública com a CPTM para o dia 27 de fevereiro. O lugar ainda não foi definido. A proposta é que a companhia torne os dados da mudança públicos. “Eles nos disseram que é tecnicamente impossível voltar o que era antes. O problema são as pessoas prejudicadas”, afirmou o deputado estadual Donisete Braga, que esteve na reunião.




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No Grande ABC, Usuários reclamam da qualidade do transporte coletivo

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Quase 30% da população do ABC - cerca de 700 mil pessoas – depende hoje de ônibus para ir ao trabalho ou passeio. Para o serviço, os municípios disponibilizam 1,2 mil ônibus, com até 4,7 anos de uso.  As passagens mais caras são cobradas em Santo André, São Bernardo e Mauá: R$ 2,90. Diadema e Ribeirão Pires cobram R$ 2,80 e São Caetano, R$ 2,75. Em Rio Grande da Serra, os R$ 2,30 do bilhete não terão  reajuste antes de 2012, conforme licitação.

Entre as tarifas intermunicipais, a praticada no Corredor ABD (que atravessa Mauá, Santo André, São Bernardo e Diadema) está entre as mais baixas: R$ 2,90. Assim, quem faz o percurso Rio Grande da Serra (Centro) a São Bernardo (Terminal Metropolitano) desembolsa R$ 4. Já o trajeto de Mauá (jardim Zaíra) até Diadema (Centro), passando por Santo André (Centro) e São Bernardo (Pauliceia), custa R$ 6,50.
Mesmo com a tarifa cara - opinião defendida por estudiosos e usuários do sistema -, o serviço é sinônimo de reclamação entre os usuários. Ônibus superlotado, desrespeitos dos horários, insegurança, desatenção aos idosos e portadores de necessidades especiais, e falta de educação dos motoristas encabeçam o rosário de queixas feitas por 23 passageiros ouvidos esta semana pelo Repórter Diário nos pontos de ônibus dos sete municípios da região.

Creso de Franco Peixoto, mestre em Transportes e professor da FEI, explica que os contratos acordados entre prefeituras e companhias viárias podem estabelecer cobrança a partir da quantidade de passageiros - o que implica na questão da superlotação - ou levando em conta o montante de ônibus oferecidos - o que pode causar congestionamentos.

“Infelizmente, estatísticas comprovam existência de até 12 passageiros por m² no transporte público”, destaca. Neste caso, quando a fiscalização do poder público não é efetiva, a recomendação é para que a população reclame junto aos órgãos de defesa do consumidor ou no Poder Judiciário, ensina o mestre em Transportes .

A qualidade do serviço seria melhorada a partir da integração total do Metrô com o ônibus BRT (Bus Rapid Transit), segundo o especialista. “Com isso, mais gente usaria o transporte público, que seria eficiente financeiramente”, comenta.

O Consórcio Intermunicipal do ABC discute meios de integrar ônibus municipais e intermunicipais. Porém, mudanças pontuais ainda estão longe de ocorrer, porque a maior parte dos contratos entre as empresas de transporte e as prefeituras tem validade por mais 15 ou até 25 anos.

Sistema não é bem de consumo, diz especialista
Os reajustes das tarifas levam em conta as variações observadas no período, como dissídios coletivos, alta no preço dos combustíveis e dos ônibus, e gastos com manutenção. Segundo Silvana Maria Zione, professora de Planejamento Urbano e Transportes da UFABC (Universidade Federal do ABC), estes itens colocam o transporte coletivo como bem de consumo ao invés de serviço urbano. “Calcular uma tarifa baseada em custos, como na região, é uma ideia deturpada que não encontra paralelo em nenhum lugar do mundo”, comenta.

A especialista defende a inclusão no cálculo do custo-benefício social, que o transporte público propicia. “Até quem não usa ônibus é beneficiado. Se todos optassem pelo transporte individual, não haveria mais mobilidade”, diz, referindo-se ao trânsito. Silvana garante que não existe transporte barato e de qualidade no Brasil e, quando comparado com outros países da América Latina e até mesmo com os Estados Unidos e Europa, o valor cobrado no País é o mais caro.

Silvana observa que o poder aferido às empresas de ônibus no Brasil é curioso. “É vantajoso ter uma empresa de ônibus devido a essa visão neoliberalista de calcular custo da tarifa como se fosse uma produção”, diz.

Intolerância, insegurança e  demora encabeçam queixas
Tarifas elevadas, longos períodos de espera, superlotação, motoristas impacientes e desrespeito aos bancos preferenciais. Essas são algumas das queixas ouvidas pelo Repórter Diário, que conversou esta semana com 23 usuários de ônibus nas sete cidades do ABC.

A superlotação e a quebra constante são as principais reclamações em Diadema, principalmente da linha 22, sentido Terminal Diadema. “Os ônibus são verdadeiras sucatas, vivem quebrando e demoram muito para passar, principalmente finais de semana”, enfatiza o aposentado José Carlos Silva.

Em São Caetano, a linha com mais reclamações foi a Boa Vista. Segundo a recepcionista Alessandra Basilio, ela já ficou 40 minutos no ponto à espera de ônibus. “Os veículos não possuem limpeza adequada e o preço da passagem não é justo”, pontua.

Em Rio Grande da Serra, a principal queixa é a demora do ônibus. A aposentada Odete Brito afirma que a culpa é da fiscalização ineficiente. “Para a linha da Vila Niwa sair da estação, os fiscais esperam cinco trens chegarem, aí já está tudo lotado”, reclama. “Todos os horários estão dentro da normalidade”, se defende Leandro Ricardo Pereira, sócio-proprietário da empresa Talismã.

A espera também é alvo de reclamações em Mauá. “Se tivesse ônibus toda hora, o preço da passagem valeria a pena, mas não tem”, conta Nelsi Lopes, aposentada. Para Hélio José da Rocha, auxiliar de pedreiro, a demora resulta na superlotação.

Além da demora, os usuários de Ribeirão Pires reclamam da má educação dos motoristas. “Os motoristas correm muito e não têm educação com os idosos”, afirma Maria de Fátima dos Santos, cabeleireira.

O tempo de espera nos horários de pico também é queixa em São Bernardo. Luzinete Paulo dos Santos, auxiliar de serviços gerais, afirma que os ônibus nunca têm horário para passar. “Passa ônibus para o inferno, mas não passa para a Balsa”, esbraveja .

De acordo com Maria do Socorro dos Santos, cobradora de ônibus, falta segurança para os motoristas e cobradores trabalharem. “Nós não temos segurança, as linhas que passam pela rua dos Vianas são sempre assaltadas”, conta.
Segundo Nilson Mattioli, gerente de Planejamento da SBCTrans, em 2011 foi registrada média de seis assaltos/mês, já em 2010 a média era de 12.

Idosos
Os idosos, que muitas vezes têm dificuldades em realizar atividades simples, como subir em ônibus, reclamam do descaso. “Tenho problema de artrose e muitas vezes os motoristas nem esperam a gente subir no ônibus, fico até com medo”, afirma Odete Teixeira, aposentada de 79 anos.

Naul Teixeira, aposentado de 61 anos, conta que os motoristas não param nos pontos. “Eles demoram muito e como eu uso bengala, os ônibus não param, eles sempre me deixam no ponto”, reclama.

Segundo Odete, os assentos preferenciais são outro problema. “Outro dia o ônibus estava lotado e uma moça colocou a criança num assento, esperei três pontos e pedi para sentar, pois aquele lugar era reservado para mim”, conta a idosa.

Consórcio prepara edital para integração regional
A tão esperada integração entre os ônibus das sete cidades do ABC depende do resultado de pesquisa sobre o transporte coletivo e a mobilidade na região. Porém, o documento, que apontará a viabilidade técnica e financeira destas conexões, não tem data para ser finalizado.   

Andréa Brísida, coordenadora do GT (Grupo de Trabalho) Mobilidade, do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, diz que o edital do estudo está em fase de elaboração. “O Consórcio está solicitando verba ao Estado para viabilização, que nos dará um raio-x da mobilidade do ABC e nos dirá se é ou não viável e o que temos de fazer para integrar os ônibus da região”, explica.

A expectativa é finalizar o processo licitatório nos próximos dois ou três meses para, a partir daí, contratar o estudo. “Quando o levantamento começar, imaginamos que em seis meses fique pronto para, então, estabelecermos cronograma de trabalho”, explica.

Apesar de ainda não haver nada palpável, Andréa está otimista quanto à integração. “O transporte caminha para isso, a integração. Esta é a solução para o trânsito, pois temos de tornar o sistema atrativo para que a população deixe o carro em casa”, analisa. “Porém, não podemos iludir, pois é algo de médio ou longo prazo, devido a implicações técnicas e jurídicas, como tarifas e contratos de cada município com as empresas”, adianta.

Integração metropolitana
Além da integração municipal, que envolve apenas os ônibus em circulação, o Consórcio tenta tirar do papel a integração metropolitana, que também agrega ônibus da EMTU, trens da CPTM e o Metrô. “Esta ação é um pouco mais complicada, pois precisa de negociação com o Estado. Estamos fazendo isso, mas a municipal é mais viável”, conta a coordenadora.

Mais de 670 mil utilizam 1.232 ônibus por dia no ABC
Cerca de 27,2% da população da região utiliza o transporte público todos os dias. São mais de 667 mil passageiros que trafegam de 1.232 ônibus pelas cidades do ABC, exceto Rio Grande da Serra, que não respondeu à reportagem.

Santo André possui a maior frota, com 402 veículos e até o final do ano mais 10 novos entram em circulação. A idade média da frota é de 3,5 anos. Duas empresas prestam serviço de transporte na cidade: Expresso Guarará e Consórcio União Santo André (composto por mais seis empresas).

De acordo com Paulo Lemos de Oliveira, diretor da SA-Trans, órgão gerenciador dos transportes públicos do município, o contrato de concessão com as duas empresas acaba em 2023. “No caso da Guarará, o contrato prevê renovação por mais 25 anos e com o Consórcio União Santo André a renovação pode ser feita por mais 15 anos. Esta possibilidade, porém, fica sujeita à avaliação da Administração”, relata. Ambas as empresas repassam 2% da arrecadação à SA-Trans.

Em São Bernardo, que possui a mesma média diária de passageiros que Santo André - 215 mil usuários – são 367 veículos. A idade média da frota é de 4,7 anos. Apesar de possuir um território maior do que a cidade vizinha, São Bernardo tem 35 ônibus a menos que Santo André. O serviço é prestado pelo Consórcio SBC Trans, cujo contrato com a Prefeitura vence em 2013, mas pode ser renovado por mais cinco anos. A concessionária paga 0,5% da arrecadação a título de outorga variável.

Em Mauá, 128 mil passageiros circulam pelo serviço municipal de transporte, prestado pela Leblon e Viação Cidade de Mauá, que assinaram contrato de 10 anos: primeira em 2010 e a Cidade de Mauá em 2009. Segundo a Administração, Mauá tem uma frota fixa de 200 veículos, 140 deles novos. As empresas repassam um valor fixo por ônibus, montante que está em fase de reformulação, em virtude do recente aumento da tarifa. Além disso, recolhem 4% do faturamento equivalentes a ISS e repassam 10% dos valores obtidos com a exploração da publicidade.

No Em Diadema, a ETCD (Empresa de Transportes Coletivos Diadema) e a Viação Imigrantes transportam 72 mil passageiros/dia. Mas a empresa deixará de operar no município em novembro, quando entrará em vigor o contrato com a Transportadora Turística Benfica Ltda. O contrato foi assinado em julho. Já com a Viação Imigrantes, o contrato foi assinado em 2003, por 15 anos, prorrogáveis por mais cinco. Diadema possui atualmente 168 veículos. Os ônibus têm de zero a 10 anos, com idade média de quatro anos.

Em São Caetano, os 21 mil passageiros diários utilizam a frota de 50 veículos, todos equipados com GPS e de propriedade da empresa Vipe. O contrato vence em 2017 e o repasse é de R$ 21 mil por ano.

A menor e mais nova
Com a idade mais nova da frota e a menor do ABC, Ribeirão Pires conta com 45 veículos, com idade média de uso de 2,2 anos para transportar média de 17 mil passageiros. O serviço é prestado pela Rigras Transporte Coletivo e Turismo, cujo contrato vence em 15 anos. A empresa começou a operar no município em abril deste ano, com previsão de repasse anual para os cofres públicos de pouco mais de R$ 1 milhão.

Fala Povo
“Acho o degrau do ônibus alto demais para idosos e deficientes físicos, mas nunca tive problemas com os motoristas”. - Moacir Pereira de Andrade, aposentado, de Rio Grande da Serra.
“Sempre à tarde é muito cheio, mas acho o valor da passagem, justo. Sem dúvida a linha que dá mais problema é a da Santa Luzia”. - Alzenir Souza Santos, balconista, de
 Ribeirão Pires.
“A linha que dá mais problema é a 22, sentido terminal Diadema. Os ônibus estão sempre quebrados e sujos”. - Jeane Maria, dona de casa, de Diadema.
“A tarifa está muito alta e o ônibus está sempre lotado. Nunca tem lugar para sentar, principalmente na linha 39, da Represa”. - Guilherme Soares, estudante, de São Bernardo.





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BRT ABC, Primeiro BRT elétrico do Brasil terá financiamento do BNDES

terça-feira, 19 de dezembro de 2023

O Banco Nacional do Desenvolvimento Social (BNDES) aprovou o financiamento de R$ 80 milhões para o sistema de ônibus de trânsito rápido, BRT ABC, primeiro BRT elétrico do Brasil, que está em fase de construção. O investimento total previsto do projeto é de R$ 1,2 bilhão, com atendimento estimado de 200 mil passageiros por dia útil.

“Seguindo determinação do presidente Lula, o BNDES seguirá atuando para alavancar o desenvolvimento e induzir a geração de emprego e renda de forma republicana. Este projeto específico é estruturante para a região metropolitana de São Paulo e avançamos na transição energética, por se tratar de um financiamento de mobilidade urbana com matriz elétrica”, explica o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

O BRT contará com 92 ônibus elétricos e o financiamento do BNDES será para a empresa ABC Sistema de Transporte SPE S.A., concessionária estadual responsável pelo transporte intermunicipal por ônibus da área 5 da região metropolitana de São Paulo: Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra e São Paulo). Os recursos são do Fundo Clima, com taxa fixa de 4,5% a.a.

O BRT ABC ligará o Terminal Sacomã em São Paulo, até o Terminal São Bernardo, passando pelas cidades de São Caetano do Sul, São Bernardo e Santo André, com 17,3 km de extensão. No Terminal Tamanduateí, ocorrerá a integração com Linha 2 Verde do Metrô de SP e a Linha 10 Turquesa da CPTM.

Pelo Terminal Sacomã, será possível acesso ao centro de São Paulo através do corredor Expresso Tiradentes e a Linha 2 do Metrô. O Terminal São Bernardo será integrado ao sistema de trólebus do corredor ABD (operado pela ABC Sistema).

Por: Banco Nacional do Desenvolvimento Social (BNDES)

Informações: O Grande ABC

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São Paulo: Lotação supera o limite aceitável em três linhas da CPTM

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Apesar de colocar mais 24 trens em operação, aumentar em 6% a oferta de composições no horário de pico e crescer em 7% o número de viagens diárias na comparação com 2010, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) fechou 2011 com três das sete linhas acima do limite tolerável de conforto (6 passageiros por metro quadrado). Os dados estão no recém-divulgado Relatório da Administração de 2011 da companhia.

Foto: Diogo Moreira

As linhas críticas, segundo a própria CPTM, são a 7-Rubi, 11-Coral e o Expresso Leste (serviço que funciona em conjunto com a Linha 11). Mas a Linha 12-Safira chega quase lá: 5,6 passageiros por metro quadrado. Somadas, essas linhas transportaram uma média de 1,15 milhão de usuários por dia no ano passado.

Significa dizer que metade dos 2,3 milhões de usuários diários de toda a rede da CPTM viaja no limite do desconforto. Cada passageiro percorre, em média, uma distância de 20,3 quilômetros nesse aperto, em cerca de 30 minutos, ainda segundo os dados do relatório.

No ano passado, a CPTM teve aumento de 9% no total de usuários em relação a 2010, quando transportou 2,1 milhões de pessoas por dia. Mas as linhas "desconfortáveis" tiveram aumento de apenas 4% na comparação com o ano anterior.

O índice de 6 passageiros por m² é uma medida adotada internacionalmente para avaliar o quanto um sistema de transporte é desconfortável. "A concentração dos passageiros é, praticamente, em dois horários. Das 5h30 às 7h30 e das 17h às 19h.

Só esses dois horários representam 50% de toda a movimentação de passageiros", diz o diretor de Relacionamento da CPTM, Sérgio Carvalho Júnior. Foi a primeira vez que o índice esteve no relatório, portanto, não é possível fazer comparação com outros anos.

Campeã
De cada dois passageiros novos que a CPTM ganhou em 2001, um foi para a Linha 9-Esmeralda. Sozinha, essa linha ganhou mais 98 mil usuários por dia, em média, na comparação entre 2010 e 2011 - um aumento de 36%. O motivo é a expansão da rede metroviária. Esse ramal, que sai do Grajaú, na zona sul, e vai até Osasco, na Grande São Paulo, passando pela Marginal do Pinheiros, ainda não era integrado ao Metrô em 2010. Com a integração com a Linha 4-Amarela, houve uma redução no tempo de viagem até o centro e a linha ficou mais atrativa.

Nesta terça-feira, a linha teve mais uma falha na rede elétrica, que interrompeu a circulação entre as Estações Presidente Altino e Osasco desde o começo da manhã. Os usuários tiveram de utilizar a Linha 8-Diamante para contornar essas duas paradas.

Outra pane, em 14 de março, já havia motivado a CPTM a fechar a linha aos domingos para acelerar obras de modernização. A CPTM promete reduzir o intervalo entre trens de 5 para 3 minutos até 2014, quando todas as obras terminarem.

Projeções
A perspectiva até 2014, ainda de acordo com o relatório da companhia, é de melhora. Se todas as promessas de modernização forem cumpridas, nenhuma linha será tão superlotada. Mas o líder no quesito aperto continuará sendo o Expresso Leste, com 5,8 passageiros por m². E o Expresso ABC, linha prometida para 2014 que vai ligar a Estação Luz a Mauá, paralela à Linha 10-Turquesa, já vai nascer no limite do conforto: 5,9 passageiros por m². A Linha 10, por outro lado, é a que deve melhorar mais esse índice, passando dos atuais 5,1 para 2,9 passageiros por m².

O destaque, entretanto, é a perspectiva de piora da Linha 9-Esmeralda, na Marginal do Pinheiros. Em 2014, ela deve ficar com média de 4,6 passageiros por m², contra os atuais 4. Segundo a CPTM, esse índice deve ficar estabilizado de 2015 em diante, quando a ampliação da Linha 5-Lilás do Metrô entrar em operação. A promessa é que a extensão do ramal, entre a Chácara Klabin e o Largo Treze, atraia parte dos passageiros da Linha 9. 

Para o engenheiro Creso de Franco Peixoto, professor da Fundação Educacional Inaciana (FEI), o desconforto nas linhas de trem traz mais incômodo para o usuário do que no metrô. "No metrô, a viagem é mais curta, então o passageiro só senta se tem lugar perto. Nos trens de subúrbio, a viagem é mais longa e há uma tendência de as pessoas se moverem mais."

Fonte: Ultimo Segundo

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Em São Paulo, Foram colocados à disposição R$ 396 milhões para obras viárias e investimentos em transporte público, mas foram usados 13,6% desse total

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Mudanças em projetos e a transferência da responsabilidade pelas obras são as principais causas para que metade dos recursos destinados ao Estado de São Paulo - tanto para os municípios quanto para o governo estadual - esteja parada. Nos últimos três anos, foram colocados à disposição R$ 396 milhões para obras viárias e investimentos em transporte público, mas foram usados 13,6% desse total.
Cerca de R$ 200 milhões em projetos aprovados agora estão indisponíveis. Grande parte é consequência da transferência de obras da Prefeitura de São Paulo para o Estado - os projetos precisariam ser analisados novamente para receber o crédito. Foi o que ocorreu com o antigo Expresso Tiradentes e com o corredor de ônibus da Avenida Celso Garcia, na zona leste.
O antigo Expresso Tiradentes teve dois projetos aprovados e eles obtiveram R$ 93,8 milhões, mas nada foi usado. Em 2009, foi fechada uma parceria entre administração municipal e Estado, na qual foi decidido que a obra deixaria de ser um corredor de ônibus elevado para se tornar um monotrilho com 24,5 quilômetros e 17 estações - as primeiras previstas para 2012.
O corredor Celso Garcia - que havia obtido R$ 58 milhões - também vai virar monotrilho. A São Paulo Transportes (SPTrans) informou que o município não retirou o valor previsto porque a execução dos empreendimentos foi repassada ao governo do Estado.
Troca. Para o secretário-geral da ONG Contas Abertas, Gil Castelo Branco, a troca de atribuições nos projetos pode ser uma das explicações para a baixa execução do programa. "Quando um determinado corpo técnico aprende as regras, muda-se o comando da Prefeitura, o projeto passa para o Estado ou algo do tipo acontece." Falhas na formulação das licitações ou na obtenção da licença ambiental também explicam o problema.
Estados e municípios culpam também as exigências burocráticas, os baixos valores aprovados pelo ministério e a insegurança em relação à disponibilidade da verba - que pode sofrer cortes ao longo do ano. É o que afirma a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) em relação ao Expresso ABC, uma ligação sobre trilhos entre o centro da capital, Mauá e Rio Grande da Serra. Dos R$ 72,4 milhões disponíveis, foram usados R$ 16 milhões. Segundo nota da companhia. a verba foi solicitada por bancada parlamentar e o total liberado era "insignificante" perante o custo estimado para o projeto, que é de R$ 1,3 bilhão.
Outros R$30,8 milhões foram destinados para uma ligação entre a Avenida Jacu-Pêssego, a Via Dutra e o Aeroporto de Cumbica, obra do município de Guarulhos, mas nada foi usado. Segundo a prefeitura, a liberação depende ainda de aprovação do governo federal.

Fonte: Estadão
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Estações de trem de Santo André aceitarão o cartão BOM

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Os passageiros de Santo André que utilizam o trem como meio de transporte já podem começar a comemorar mais uma conquista. A partir do próximo dia 17, o cartão BOM (Bilhete de Ônibus Metropolitano) será aceito na estação Prefeito Celso Daniel - Santo André. Até agosto, o benefício estará disponível nas demais estações da cidade - Utinga e Prefeito Saladino. A novidade foi anunciada na manhã desta segunda-feira (6) pelo secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, durante reunião mensal dos prefeitos dos sete municípios, no Consórcio Intermunicipal Grande ABC.

Ainda de acordo com o titular da pasta no Estado, o benefício também passará a valer, na mesma data, para quem utilizar o meio de transporte na estação de Rio Grande da Serra. Na região do ABC, apenas a estação ferroviária de São Caetano do Sul já contava com o BOM.


“Este serviço é apenas uma das melhorias anunciadas ao prefeito Carlos Grana. Além disso, todas as estações de Santo André, que estão dentro da Linha 10-Turquesa, serão reformadas e reestruturadas até 2014”, disse Fernandes, ao ratificar que a Estação Pirelli também será reestruturada e reativada. O objetivo é que a estação sirva, futuramente, como ligação até Guarulhos por meio do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). As obras fazem parte de projeto supervisionado pela SA-Trans (Santo André Transportes) e Secretaria de Obras e Serviços Públicos.

Satisfeito com a novidade, o chefe do Executivo andreense falou sobre o avanço na discussão da Linha 18 – Bronze do Metrô (monotrilho) – que atenderá moradores da região. “Foi definido o cronograma em relação às audiências públicas e a licitação da linha que interligará São Bernardo, divisa com Santo André, até o Tamanduateí. Trata-se de uma questão muito importante para a nossa cidade”, afirmou Carlos Grana, após o encontro.

Outros estudos para a implementação da linha ferroviária Expresso ABC, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), além das perspectivas de integração tarifária também foram discutidas durante a reunião. “Estamos satisfeitos, ao menos agora temos um cronograma e boas perspectivas. O próximo passo é o trâmite licitatório para darmos andamento ao processo”, finalizou o prefeito.

Informações: Prefeitura de Santo André
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Técnicos avaliam veículo leve sobre trilhos em Santo André e Guarulhos

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Os detalhes técnicos do futuro corredor sobre trilhos que ligará o ABC, a partir de Santo André, à cidade de Guarulhos, em São Paulo, foi tema discutido por representantes da Prefeitura de Santo André , Secretaria de Transportes Metropolitanos de São Paulo, Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e Metrô. - A princípio a ligação teria 30 quilômetros de extensão, partindo da região de Bom Sucesso/Cumbica, em Guarulhos, passando por bairros da Zona Leste de São Paulo, integrando com a estação Itaquera. Local que deverá abrigar o futuro estádio do Corinthians, que provavelmente sediará a Copa de 2014, além de um shopping e uma unidade do Poupatempo. A partir daí, o traçado prevê atingir as regiões de Sapopemba, do Oratório, até chegar em Santo André.

Veículo Leve

O estudo definiu em princípio que o ideal é o veículo leve sobre trilhos (VLT) para ser utilizado na ligação ABC-Guarulhos. Trata-se de uma espécie de metrô de média capacidade. "Nosso trabalho é técnico. Definiremos o que nos compete para contribuir com o processo deste trabalho", esclarece Frederico Muraro Filho, secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação de Santo André. Importante destacar que a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação de Santo André (SDUH) participou de todas as decisões a respeito do traçado e estações, em conjunto com o governo do estado e as prefeituras envolvidas no processo, visto que parte dele estará dentro do município andreense.

O VLT que ligará São Paulo às cidades de São Caetano, Santo André e São Bernardo está orçado em R$ 3 bilhões. Cálculos iniciais dão conta que a ligação ABC-Guarulhos atenderia 450 mil pessoas por dia, em um entorno que abrange cerca de 1,8 milhões de habitantes.

Estação Pirelli

Dentro do Município de Santo André, o trajeto prevê cinco paradas, sendo que a última é na Estação Pirelli. Nesse ponto estima-se uma média de 32 mil passageiros circulando por dia, interligando a linha férrea e o Expresso Guarará, o qual será adicionado ao projeto mais sete quilômetros de corredor até o terminal da Vila Luzita. Cálculos iniciais dão conta que a ligação ABC-Guarulhos atenderia 450 mil pessoas por dia, em um entorno que abrange cerca de 1,8 milhões de habitantes.

Fonte: DCI

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Túnel de 30 km deve abrigar trem que vai ligar São Paulo a Santos

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

A CPTM divulgou recentemente a conclusão de estudos para implantação do trem Regional que vai ligar a Capital Paulista a Santos, e diferentemente do que se pensava, a via férrea não vai seguir pelo traçado de Paranapiacaba. Segundo os estudos, foram analisadas 3 opções, sendo que a considerada mais viável, e provavelmente a escolhida será uma ferrovia que com um túnel de 30 Km.

Traçado

A nova linha deve sair da futura estação São Carlos, que será erguida para os trens da Linha 10 Turquesa da CPTM, que também terá integração para Linha 6 laranja do Metrô. Após o local, o trem seguirá paralelo ao Expresso ABC até a estação Prefeito Celso Daniel – Santo André. Posteriormente a ferrovia segue por um túnel de 30 Km, Serra do Mar abaixo até a cidade de São Vicente e depois chegando a Santos. 

De acordo com a CPTM, tal opção apresenta menores impactos ambientais, melhor opção para maior desempenho, porem com um maior custo em relação a opção de seguir pelo traçado original dos trens de carga que descem pelo sistema de cremalheira, de Paranapiacaba, até Cubatão. Esta última foi considerada desfavorável ambientalmente em relação as demais alternativas, e desempenho inferior, além de ter riscos consideráveis para implantação e operação. 

A terceira opção, descartada, propunha o traçado do trem paralelo a Linha 9 esmeralda, pela marginal Pinheiros até a futura estação Varginha, seguindo pela linha ferroviária existente até Evangelista de Souza, descendo pelo ramal Mairinque-Santos. Mas a ferrovia possui grande movimento de trens cargueiros. O trem regional deve ter integração com o VLT de Santos.

Operação

A bitola usada para ferrovia será a de 1.435 mm e o tempos de viagem entre São Paulo/ABC será de 13 minutos. Já entre São Paulo/São Vicente será de 30 minutos e São Paulo e Santos de 35 minutos. O intervalo entre trens no pico poderá ser de 15 Minutos, e a linha terá 88 Viagens por dia. Os trens terão 3 carros, sendo dois motorizados e um reboque. Cada carro será equipado com 4 motores. Cada composição terá a capacidade de 184 passageiros sentados. Estão previstos banheiros nos trens (mínimo de 2 conjuntos por composição), som interno e instalações para serviços de bordo. Os trens devem atingir a velocidades de 180 km/h.

Os estudos apontam ainda que o modal trará alivio do carregamento do Sistema Anchieta – Imigrantes, diminui o tempo de viagem nos deslocamentos São Paulo – Santos/São Vicente/Cubatão/Praia Grande, reduz as emissões veiculares, gases de efeito estufa e acidentes.

O banho de água fria é que não existe previsão para inicio das obras, muito menos de operação.

por Renato Lobo
Informações: ViaTrolebus



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