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BRT: Tempo de espera de ônibus em Salvador cairá 83%

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Com a Copa do Mundo em 2014, Salvador busca implementar um sistema de transporte público de massa mais eficiente. O principal projeto refere-se ao BRT (Bus Transit Rapid), um corredor exclusivo para ônibus, com duas faixas, que cortará a cidade do Aeroporto até o Acesso Norte, permitindo a ligação com o metrô. O investimento está estimado em R$ 570 milhões e é inspirado no sistema de transporte de Bogotá, capital da Colômbia. 

Com corredores exclusivos, o tempo de espera média dos ônibus será reduzido em 83%, saindo de 18 para apenas 3 minutos. Segundo a Secretaria dos Transportes e Infraestrutura da Prefeitura de Salvador (Setin), também haverá uma redução no tempo das viagens.

Os passageiros ingressarão no sistema com o bilhete já pago, o que agilizará o acesso
Dados do BRT de Bogotá apontam que ônibus convencionais que tinham uma velocidade média de 8 a 10 km/h circulam hoje com 28 km/h, afirma Carlos Rada, diretor comercial da Transmilênio, sistema público que coordena sete empresas que operam no BRT. São os corredores exclusivos que reduzem o tempo. Com uma cidade de 7,2 milhões de habitantes, o desafio hoje de Bogotá é estender o sistema, que só atende 16% da população.

Velocidade 
Em Salvador, somente no trecho Aeroporto-Acesso Norte, o governo do estado vai gastar R$ 570 milhões, sendo que as licitações já estão previstas para começar entre março e abril. A novidade é que a prefeitura pleiteia mais R$ 400 milhões para construir o trecho que ligará a Estação Iguatemi até a Lapa e a Calçada. Francisco Ulisses, chefe do setor de planos e projetos da Setin, confirma que o prefeito João Henrique já esteve em Brasília, há duas semanas, encaminhando a nova proposta.

O projeto BRT em Salvador, inicialmente, terá 42 quilômetros. Mas, o projeto total atinge 127 quilômetros de corredores. Quando questionado sobre a possibilidade de metrô, em vez dos ônibus, Ulisses sintetiza: “Sem dinheiro, a solução é esta. Temos que melhorar os modelos que já existem”. Segundo a Transmilênio, em Bogotá, foram investidos R$ 30 milhões para a construção de um quilômetro de BRT, enquanto o metrô seria R$ 120 milhões.


Problemas
É a demanda um dos maiores problemas do sistema. Mesmo com 10 ônibus biarticulados, que chegam a levar 260 passageiros na hora de maior trânsito, Bogotá sofre com a alta demanda, e o presidente da Transmilênio, Jairo Mendieta, também informa que a população reclama dos ônibus cheios.

“Há uma alta ocupação dos ônibus e, por isso, estamos construindo uma terceira fase de trechos”, acrescenta Medienta. A fase três do BRT em Bogotá corta outro corredor em paralelo, e Medienta explica que há necessidade de mais corredores exclusivos no centro da cidade, por causa da alta demanda de passageiros.

Estações 
Assim como em Bogotá, o sistema em Salvador contará  com estações exclusivas para a parada dos ônibus, e os passageiros já ingressarão no transporte com bilhete pago, o que agiliza o acesso do público para 20 segundos em cada estação. Também há a previsão de três tipos de ônibus para compor o sistema: o expresso (que cruzará do Aeroporto ao Acesso Norte sem parar em nenhum ponto); o semiexpresso (que parará  em estações alimentadoras para pegar mais passageiros) e as paradoras (responsáveis por pegar os passageiros em São Rafael, por exemplo, e deixar na estação BRT da Paralela).

O BRT conta com corredores exclusivos, que proporcionam a redução de espera
O fato de ter duas faixas permitirá o convívio dos três sistemas sem atrapalhar a operacionalidade, já que o expresso não será interrompido quando o semiexpresso e os paradores estiverem nas estações.

A possibilidade de levar mais passageiros também aumenta. Os ônibus em Salvador, que transportam hoje 70 pessoas, passarão a transportar 160 e até 240 passageiros. Porém, Ulisses também enfatiza a requalificação urbana que a Transmilênio fez em Bogotá em cada fase, como a construção de praças e estacionamentos para bicicletas, o que torna Bogotá a cidade da América Latina com maior quilometragem de ciclovias (340 quilômetros).

Linhas do BRT

Mussurunga - Iguatemi
Mussurunga - Retiro
Mussurunga - Lapa
Retiro - CAB
Pituba - CAB
Lapa - Pituba
Lapa - CAB
Retiro – Pituba

Outra questão é o preço da tarifa. Medienda não nega que há uma dificuldade entre oferecer um bom serviço a um baixo custo, como deseja a população. As pessoas que saem da periferia pagam 1.400 pesos colombianos (o que equivale a menos de R$ 1,40).
Ônibus transportam até 260 passageiros durante picoBogotá, capital da Colômbia, possui 10 ônibus biarticulados, que transportam cerca de 260 passageiros sendo 54 deles sentados. Os ônibus só circulam das 5h às 10h e das 17h às 21h, ou seja, a hora de pico do trânsito. Não há em outro país tamanha frota de ônibus biarticulados segundo a Transmilênio, empresa que coordena o sistema.
Furto na capital colombianaMesmo com todo o sistema de segurança existente na capital da Colômbia, onde é comum presenciar o próprio Exército nacional nas ruas, na terça-feira um dos jornalistas baianos que visitavam o sistema BRT foi furtado na Zona Rosa, tradicional área turística de Bogotá. O incidente aconteceu em um bar, durante a hora de almoço, quando um rapaz levou a mochila de Chico Vasconcellos, com todos os seus documentos e pertences, sem ninguém perceber. Interessante foi  encontrar pouca compreensão na própria Embaixada brasileira, cujos funcionários se preocuparam apenas em liberar documentação para o jornalista viajar na manhã seguinte.
Até R$ 2,4 bi do PACSalvador poderá receber até R$ 2,4 bilhões do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) Mobilidade Grandes Cidades. O governo federal colocou ontem à disposição das 24 maiores cidades do país R$ 18 bilhões a serem distribuídos para bancar a realização de obras de infraestrutura de transportes públicos. A capital baiana está no grupo das nove cidades que receberão maior volume de recursos e poderá apresentar até quatro propostas.

A condição para o início dos repasses é a apresentação de projetos executivos, mais detalhados do que o projeto que será avaliado pelo governo até junho. A depender da relevância do projeto, o governo poderá, inclusive, financiar a produção do projeto.

Salvador tem investimentos certos de pouco mais de R$ 1 bilhão. Além dos R$ 570 milhões previstos para a primeira fase do BRT, também estão garantidos mais R$ 300 milhões para obras de acessibilidade no entorno da Arena da Fonte Nova e mais R$ 240 milhões para a segunda fase da primeira etapa do metrô, estendendo a linha do Acesso Norte até Pirajá.

O prefeito João Henrique esteve ontem em Brasília, e participou do lançamento do PAC Mobilidade, que será gerido pelo Ministério das Cidades, liderado pelo baiano Mário Negromonte. João afirmou que o município apresentará outros projetos, além dos já existentes, para melhoria do sistema viário de Salvador. As obras previstas pelo programa serão realizadas com recursos do governo federal e contrapartida do  governo baiano.


 

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Em Salvador, Semob altera rotas de 19 linhas de ônibus a partir de sábado (30)

sexta-feira, 29 de setembro de 2023

A Secretaria de Mobilidade (Semob) promove, a partir do próximo sábado (30), a mudança de 19 linhas de ônibus convencionais. De acordo com a pasta, todas as linhas terão um incremento no número de viagens feitas por dia, saltando ao todo de 731 para 991 trajetos diários – um aumento de 36%. As alterações deve-se ao lançamento da nova linha B3 do BRT de Salvador.

A nova linha B3 contará com 22 veículos, e realizará uma média de 143 viagens por dia, oferecendo uma nova opção de trajeto circular entre a Estação Rodoviária e a orla da Pituba, passando por dentro do Caminho das Árvores e pela faixa exclusiva da Av. Paulo VI.

As mudanças obedecem ao plano de desenvolvimento da mobilidade de Salvador, que foi contratado pelo município para continuar melhorando o setor. O objetivo é ampliar a integração entre os diversos modais da cidade, a exemplo do metrô e do próprio BRT, agilizando o transporte público e reduzindo o tempo de deslocamento dos passageiros.

Para o secretário de mobilidade, Fabrizzio Müller, as mudanças vêm para trazer uma lógica mais moderna de deslocamento. “Antes o usuário fazia um trajeto mais longo para chegar no destino final. Com a integração é possível se deslocar de uma forma mais rápida utilizando mais de um modal. Essa já é uma realidade de muitos anos nas principais cidades do mundo e Salvador seguirá modernizando a lógica de deslocamento através do transporte coletivo”, afirmou.

Mudanças 

Todas as 19 linhas serão adaptadas para direcionar passageiros aos modais do Metrô e do BRT. Ao todo, 14 das 19 linhas passarão a ter o Shopping da Bahia como ponto final, devendo integrar com o BRT na estação Rodoviária. Outras três linhas deverão integrar na Estação Pirajá. Nestes casos, o usuário poderá optar tanto por utilizar o metrô quanto por utilizar a linha 1347 – Estação Pirajá x Pituba, que não sofrerá alteração.

Entre as linhas que passarão por mudanças está a 1224 – Arenoso x Pituba. Agora, ela será a 1250 – Arenoso x Shopping da Bahia. De onde o usuário poderá seguir para a Estação Rodoviária BRT e pegar a nova linha B3 para concluir o trajeto pela Alameda das Espatódeas e Paulo VI, ou utilizar outras linhas do próprio BRT ou do Metrô. Com esta mudança, o número de viagens da 1224 saltará de 18 para 33 por dia, um aumento de 83%. A mudança começará no dia 30.

Outro exemplo é a 0324 – Marechal Rondon x Pituba, que se tornará a 0325 – Marechal Rondon x Estação Pirajá, de onde o usuário poderá pegar o Metrô ou a linha 1347 – Estação Pirajá x Pituba, que manterá seu itinerário normalmente. Com isso, o número de viagens da 0324 saltará de 11 para 86 por dia – um incremento de 682% -, podendo beneficiar muito mais pessoas do bairro. A mudança começará no dia 7 de outubro.
O mesmo ocorrerá a partir do dia 7 de outubro com a linha 1305-02 – Castelo Branco x Pituba, que agora será 1308-01 – Castelo Branco x Estação Pituaçu, de onde o usuário poderá pegar o Metrô para a estação Rodoviária e, de lá, seguir para a Pituba utilizando o BRT. Com esta mudança, o número de viagens diárias da linha de ônibus tradicional saltará de 2 para 40 – um incremento de incríveis 1900%.

Para facilitar a adaptação dos usuários, a divulgação das adaptações será feita de acordo com a Prefeitura-Bairro de saída da linha. Serão modificadas seis linhas da região do Subúrbio e Ilhas, quatro linhas da região de Tancredo Neves e Cabula, duas linhas em São Caetano e Liberdade, cinco linhas em Cajazeiras e uma linha em Valéria. As mudanças serão escalonadas entre os finais de semana dos dias 30 de setembro e 7 de outubro.

Informações: Bahia.ba
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Criado no Brasil, Sistema BRT invadiu o mundo

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Nos anos 70 o Brasil tinha 100 milhões de habitantes e certamente menos problemas do que agora, com uma população de 200 milhões, a maioria concentrada em aglomerações urbanas. Entre os problemas urbanos graves que se multiplicam, como falta de moradias, excesso de população, alarmantes índices de violência, inclui-se a paralisia do trânsito, causada pelo excessivo contingente de automóveis e um retumbante descaso com o transporte coletivo.

Se o transporte público está nessa inglória situação não foi por omissão de um arquiteto e urbanista que sempre colocou a mobilidade coletiva acima do transporte individual. Este urbanista chamado Jaime Lerner, que desde os anos 70 prega no deserto das cidades, foi reconhecido no exterior e tem seguidores, entre eles o engenheiro Wagner Colombini Martins, da Logit Consultoria e autor de vários projetos internacionais de Bus Rapid Transit (BRT), o sistema que privilegia o ônibus.

Ao lado de Lerner, Colombini será um dos palestrantes do Seminário NTU que vai discutir problemas e soluções da mobilidade para a Copa do Mundo de Futebol marcada para 2014 no Brasil.

Colombini tem viajado por boa parte do mundo para implantar o sistema BRT. Suas incursões envolvem África do Sul, sede da Copa do Mundo de 2010, e México, país que promoverá os Jogos Panamericanos de 2011.

Foi num dos hotéis do México que Colombini respondeu por email as questões formuladas por Technibus. Eis o conteúdo da entrevista:
TechnibusPor que o Brasil, dono de uma das maiores indústria de ônibus do mundo não consegue criar corredores de ônibus eficientes que promovam o transporte coletivo? Ainda mais quando se leva em conta que o País é pioneiro no mundo em corredores exclusivos e exportador de projetos. Em casa de ferreiro espeto tem de ser de pau?
Wagner Colombini – O Brasil pecou pela implantação de maus projetos que vieram depois do sistema pioneiro de Curitiba. Tais projetos deterioraram o ambiente no entorno e causaram má reputação à idéia de se implantar corredores de ônibus. Também contribuiu para a não proliferação de corredores de ônibus o fato de que os formadores de opinião no setor transporte são originários do Metrô de São Paulo e de outros sistemas sobre trilhos. Acrescento ainda que o governo federal mantém uma estatal, a CBTU, uma empresa de trens urbanos, em vez de ser companhia de transportes urbanos. A CBTU entende que a fórmula sobre trilhos é a única solução.

Technibus Como a experiência vivida por técnicos brasileiros no México, Colômbia, África do Sul poderá ser útil para que o Brasil tenha sucesso no BRT para a Copa de 2014?
Colombini – Os sistemas BRT foram inventados em Curitiba e pegaram força desde a implantação do Transmilenio, em Bogotá, na Colômbia. Eles são baratos e podem ser implantados por todas as cidades que vão sediar a Copa do Mundo no Brasil.
Technibus O Brasil terá tempo para isso?
Colombini – Os sistemas BRT podem ser implantados em pouco tempo. Dou como exemplos o Transmilenio, que levou dois anos para ser construído, e o projeto Macrobus, de Guadalajara, no México, que levou pouco mais de um ano. A grande dificuldade enfrentada por esses sistemas foi a negociação com os operadores locais uma vez que em geral não existiam empresas operadoras de transporte, prevalecendo o sistema “hombre-camión” (indivíduos proprietários de veículos). O Brasil não deverá enfrentar esse tipo de problema, pois tem uma comunidade operadora madura e organizada em forma de empresas.

Technibus Foram escolhidas as 12 cidades sedes para a Copa de 2014. Na sua avaliação quantas poderiam ter BRT. Onde seriam? E quais os custos?
Colombini – Todas as cidades poderão implantar sistemas BRT para resolver as suas necessidades por transporte, visando apoiar a realização dos jogos durante a Copa do Mundo. Os custos deverão estar na ordem de R$ 20 milhões por quilômetro, incluindo desapropriações. Os sistemas BRT podem apresentar capacidade similares aos sistemas sobre trilhos e utilizam tecnologia 100% nacional, privilegiando a criação de empregos locais na sua implantação.


Technibus Enumere as cidades onde você implantou o BRT? Quantifique os corredores, quilometragem, características, passageiros transportados e outras informações.
Colombini – Participei do Transmilenio, de Bogotá, sistema que deverá ser ampliado em 2011. O Transmilenio conta hoje com 100 quilômetros de extensão, tem estações centrais, fechadas, dotadas de bilheterias e catracas similares a estações de metrô. O sistema transporta cerca de 1,5 milhão de passageiros por dia. O Transmilenio opera em canaleta exclusiva, no centro de uma via e, como disse, tem estação central fechada. A plataforma das estações está em nível. As estações contam com faixa de ultrapassagem. Importante frisar que o Transmilenio foi inspirado em Curitiba, só que adotando a estação central e o conceito de ônibus expresso, com faixa de ultrapassagem, o que permitiu atingir níveis de capacidade nunca antes imaginado por um sistema operado por ônibus articulados.

Outro projeto em que estou envolvido é o Macrobus, em Guadalajara, no México, com 15 quilômetros de extensão, similar ao Transmilenio, mas com menor capacidade. O Macrobus transporta hoje, dois meses após sua inauguração, mais de 100 mil passageiros por dia. Participei ainda do Expresso Tiradentes, na cidade de São Paulo. O conceito é semelhante ao sistema de Curitiba, com cerca de 8 quilômetros de extensão, com estações laterais, veículos de alta capacidade, pré-pagamento nas estações e mais de 100 mil passageiros por dia.

Tenho ainda atuado em diversos projetos de sistemas planejados para serem implantados no futuro próximo: Corredor Expresso Celso Garcia (São Paulo), Corredor T5 (Rio de Janeiro), Sistema Rea Vaya (Joanesburgo, África do Sul), Sistema iKapaRapid (Cidade do Cabo, África do Sul), Sistema DART (Dar es Salaam, Tanzânia), Corredor Juan Justo (Buenos Aires), Transmilenio Fase 3 (Bogotá) e Macrobus Fases 2 e 3, em Guadalajara.

TechnibusFale sobre a experiência com BRT na África do Sul. Até 2010 quantos corredores vão operar no país sede da Copa? Dê detalhes das obras, das características, dos corredores, da frota.
Colombini – São nove as cidades-sede da Copa 2010 na África do Sul. Pelo menos 6 delas estão desenvolvendo projetos para implantação de sistemas BRT. Os sistemas têm em geral grande extensão. Joanesburgo terá um sistema com 300 quilômetros de extensão – já para a Copa cerca de 50 quilômetros de corredores deverão estar implantados.
O sistema de tarifa deverá ser com base na distância percorrida, fora do padrão brasileiro de tarifa única. Há também uma tendência de implantar serviços tronco-alimentados e de utilização de veículos articulados, com diesel padrão Euro-4 devido à busca por baixa emissão de poluentes. Friso, no entanto, que há uma grande dificuldade na negociação com os serviços de lotações, que predominam no transporte público urbano nas cidades da África do Sul.

TechnibusComo fazer para que um BRT dê certo? Por que sistemas são bem sucedidos e outros não emplacam?
Colombini – Todo projeto tem que ter um líder, um campeão, que vai enfrentar todas as dificuldades políticas e negociais para sua implantação. Este líder precisa ter convicção ao negociar com os diversos interessados (população no entorno, empresas de ônibus, provedores de tecnologia, setor de engenharia de tráfego etc).
É preciso ainda que o líder tenha poder para reestruturar as rotas (em geral, tronco-alimentadas) e força para retirar as linhas que competem no corredor, além de evitar a presença de piratas. Fora tais condições essenciais, o projeto tem que ser adequado e permitir real prioridade ao transporte coletivo. Entre os requisitos técnicos estão as estações que precisam ser dimensionadas com folga no nível de ocupação. Devem ser instaladas em módulos, contemplando de início locais de maior demanda.
É essencial ainda que o corredor tenha características de projetos que promovam melhora do meio urbano e isso pressupõe estações fechadas, com pré-pagamento, que garantam rápido embarque e desembarque de passageiros. Tais providências asseguram velocidade de operação e evitam filas nas estações. Importante também: o corredor deve ter garagens de ônibus junto aos extremos, nos bairros.

TechnibusQuais os custos de implantação (incluindo desapropriação) do BRT versus metrô?
Colombini – O sistema BRT tem custo de implantação na faixa de US$ 5 milhões a US$ 10 milhões por quilômetro. Já um sistema de metrô custa acima de US$ 100 milhões por quilômetro. De custo intermediário, o sistema VLT demanda recursos acima de US$ 25 milhões por quilômetro.

Technibus Fale de outros BRTs em projeto no Brasil?
Colombini – A cidade do Rio de Janeiro tem vários projetos (T5, Linha C, Via Light, Av. Brasil). Na cidade de São Paulo o corredor Celso Garcia tem todas as características para receber um BRT. Há ainda o corredor Itapevi-Pinheiros, em desenvolvimento, e que envolve negociação entre vários municípios por abranger cidades daárea metropolitana da Grande São Paulo.
Na capital gaúcha pretende-se implantar um conjunto de BRT, denominado projeto Portais da Cidade, enquanto Belo Horizonte pretende adotar um corredor BRT típico na Avenida Antônio Carlos, além de projetos de uma rede do sistema. Recife, Salvador, Rio Branco, entre outras cidades, também têm projetos prevendo a adoção de BRT.

Receitas de um sistema que acelera a mobilidade
Países pobres, emergentes e ricos, não importa, todos eles enfrentam problemas de mobilidade com o fenômeno da urbanização que faz crescer exponencialmente o trânsito sem que a infraestrutura viária possa acompanhar a demanda do transporte individual.

A resposta dos gestores públicos para enfrentar o nó nas cidades tem sido cada vez mais oferecer opções de transporte coletivo de alta capacidade, boa qualidade e custos moderados.

O Bus Rapid Transit (BRT) tem sido uma saída buscada por países como o México, que tem um programa de transporte massivo por ônibus, promovido pelo governo federal. Mesmo quadro se repete na Colômbia e no Peru, que vem implantando um programa de BRT na capital, Lima, e em algumas outras cidades.

Na África do Sul, o governo local também encampou o BRT de olho na Copa do Mundo de 2010. A implantação de sistemas de transporte massivo por ônibus está em curso em cidades de maior porte do país africano.

Da mesma forma o governo chinês, no canteiro de obras de infraestrutura em que transformou o país de 1,3 bilhão de habitantes, tem programa de implantação de BRTs e de otimização das malhas de transporte coletivo.

Nem Nova York resistiu ao BRT. A cidade, este ano, ganhou o prêmio de mobilidade ao ter um programa de forte apoio ao transporte sustentável baseado na implantação de BRTs, ciclovias, na restrição ao uso do automóvel e na implantação de áreas de uso público de muita qualidade.

Mas o que é BRT? Quem explica de forma didática é Wagner Colombini, consultor da Logit, empresa especializada em projetos de BRT com sistemas implantados ao redor do mundo.
BRT é basicamente sistema de transporte por ônibus e, idealmente, apresenta as seguintes características:
1 – Os veículos de um BRT em geral são de grande capacidade (padron, articulado ou biarticulado).
2 – Os ônibus trafegam em canaleta exclusiva, no centro de uma via.
3 – As estações são centrais e o passageiro paga ao entrar na estação, de forma similar ao que ocorre com os sistemas sobre trilhos.
4 – As estações são fechadas, com abrigo e proteção ao passageiro.
5 – Entradas ou saídas dos passageiros, nos ônibus, são feitas em plataformas, instaladas no mesmo nível do piso interno do veículo. Permite-se, com isso, movimento seguro e rápido aos usuários, além de acessibilidade universal a todos cidadãos portadores de deficiências de locomoção.
6 – O BRT em geral é dotado de faixas para que se possa ultrapassar ônibus estacionados nas estações.
7 – As faixas de ultrapassagem são utilizadas por ônibus de serviços expressos ou semiexpressos, que ligam os principais pontos de origem/destino no corredor.
8 – Sistemas BRT são dotados de centro de controle operacional que recebem informações fornecidas por GPS instalados nos veículos, por sua vez conectados com uma central. O objetivo é manter a regularidade operacional do sistema.
9 – O sistema BRT tem comunicação visual destacada para que o passageiro o diferencie de um sistema de ônibus comum.
10 – A velocidade média comercial dos serviços de um BRT é elevada, na faixa de 22 km/h para serviço parador e de 35 km/h para serviços expresso ou semiexpresso.
11 – Os sistemas BRT apresentam grande capacidade de atendimento de demanda. Podem chegar a níveis semelhantes aos praticados pelas mais carregadas linhas de metrô. O BRT Transmilenio apresenta demanda acima de 40 mil passageiros por hora, no trecho mais carregado, no pico da manhã.


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Salvador conhece hoje solução para problemas de mobilidade

segunda-feira, 20 de junho de 2011

O governo da Bahia divulga no final da tarde de hoje (20) o resultado do Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), uma espécie de seleção para orientar a participação de empresas públicas e privadas na estruturação do projeto de construção e operação do sistema de mobilidade urbana para a Copa do Mundo. 
O governo recebeu sete projetos, todos de empresas privadas. Depois de uma ampla avaliação, indicará qual ou quais modais (tipo de transporte) serão aplicados. Após a escolha, o governo tem cerca de 45 dias para lançar o edital de licitação. As empresas propositoras podem ou não participar da licitação, que seguirá o modelo de Parceria Público-Privada (PPP). As obras devem começar entre o final de 2011 e o início de 2012.
O custo final dos projetos gira em torno de R$ 3 bilhões. Quem ganhar a licitação terá recursos da ordem de R$ 570 milhões do PAC da Mobilidade Urbana e R$ 542 milhões do PAC da Copa, ambos já liberados pelo governo federal. Outros R$ 28 milhões sairão dos cofres do estado. E o restante poderá ser financiado com recursos públicos ou da iniciativa privada.
A PMI da mobilidade, como está sendo chamada, atenderá aos municípios de Salvador e Lauro de Freitas e responde às necessidades e requisitos de mobilidade exigidos pela Fifa, para a realização da Copa de 2014. O edital estabelece, no entanto, uma perspectiva de projeção e número e passageiros até 2039.
As propostas consistem de estudos de viabilidade técnica, ambiental e financeira. As empresas concorrentes indicaram o modal que será aplicado, o custo e o cronograma da obra, o modelo que será aplicado para a gestão, a durabilidade do sistema, o número de passageiros por viagem, o trajeto percorrido entre os pontos, o número de paradas e plataformas de embarque e desembarque, o tempo de percurso e, principalmente, o valor final de cada passagens por trecho. 
Dos sete projetos apresentados, dois são para corredores de Bus Rapid Transit (BRT), um sugere o trollebus, que é uma espécie de BRT elétrico, outro indica a implantação de um monotrilho e, por fim, os outros três sugerem a implantação de um metrô de superfície. Nenhuma das propostas indicou a aplicação de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).

CONHEÇA DETALHES DAS SETE PROPOSTAS: 

Setps e Odebrecht Transport

Implantação de BRT em duas fases, a primeira, de 41,9 km concluída até 2014 e a segunda, de 36,1 km até 2016 interligaria o aeroporto de Salvador ao metrô e ao sistema ferroviário suburbano. O projeto com custo final de R$ 2,9 bilhões  teria 173 estações e terminais, 58 viadutos, 14 pontilhões e 13 tuneis, além de ciclovias e calçadas. A capacidade máxima do sistema é de 45 mil passageiros por hora, a velocidade média comercial é de 30 km/h, e o tempo médio embarcado é de 10 min. 

Camargo Correia e Andrade Gutierres

O consórcio que também é responsável pela execução das obras e implantação do polêmico Metrô de Salvador, a mais de 10 anos, aposta no metrô de superfície. A proposta apresenta  com 23 km de linha ligando o município de Lauro de Freitas à estação acesso norte do metrô, passando pelo Aeroporto de Salvador, canteiro central da Paralela e Iguatemi. O projeto que seria implantado em três fases contempla 19 paradas e teria o custo final de R$ 2,9 bilhões. 

Prado Valladares

O grupo baiano Prado Valladares adota o sistema modal tipo trollebus, ou BRT elétrico, podendo evoluir até 2030 para metrô. Conta com 41 km de vias aéreas, composta por pista elevadas e exclusiva, passarela e ciclovias. O projeto custa R$ 2,4 bilhões e atenderia 22 mil passageiros por hora até 2014, evoluindo progressivamente até atingir o topo de 60 mil passageiros por hora, com a migração do sistema para metrô. O tempo médio  embarcado é de 19,5 min e o tempo médio de viagem é de 32,8 min. A proposta prevê 26 paradas, 126 pontos de acesso às ciclovias e passarelas, e três rodoviárias, uma em Lauro de Freitas, outra em Valéria e a última em Simões Filho.

Queiroz Galvão

Uma das propostas mais diferenciadas da PMI foi apresentada pelo Grupo Queiroz e Galvão. A proposta adota o sistema de monotrilho, ou seja, um trem encaixado em um único trilho em nível elevado, interligando os municípios de Salvador e Lauro de Freitas. O projeto de 25 km, com 23 paradas e interligaria o aeroporto à Rótula do Abacaxi, passando pela Paralela e seguindo até a Pituba. O custo do projeto é de R$ 2 bilhões e atenderia aproximadamente 49 mil passageiros por hora, em uma velocidade média de 35km/h, com tempo médio de 25 min embarcado.

Metropasse

Com o sistema BRT, a proposta da Metropasse interligaria o centro de Lauro de Freitas à estação da Calçada, no subúrbio ferroviário de Salvador. O projeto com 75 km de vias exclusivas contempla a construção de viadutos, passagens subterrâneas e passarelas. A capacidade inicial do sistema que tem o custo final de R$ 2 bilhões, é de 18 mil passageiros por hora, atingindo o topo de 38 mil, em 2039.

ATP Engenharia 

Inspirada no metrô da cidade do Porto, em Portugal, a proposta da ATP engenharia é de implantação de um metrô de superfície saindo de Lauro de Freitas até a Rótula do Abacaxi, no Acesso Norte, em Salvador. Seriam 23 km de vias exclusivas, construídas em nível de solo, com 19 paradas e capacidade de transportar 60 mil passageiros por hora. O projeto contempla também a integração por um sistema complementar de BRT passando pelas avenidas Orlando Gomes e Pinto de Aguiar. O custo é de R$ 3 bilhões. 

Invepar Investimentos

A aposta da Invepar Investimentos que inclui a OAS e administra a Estrada do Coco e Linha Verde, é em um  metrô de superfície. O projeto possui duas linhas, uma com 20,5 km, sai de Lauro de Freitas, passa pelo aeroporto, Iguatemi e chega à estação do metrô, no Acesso Norte, em Salvador, e outra com 12 km saindo da estação da Lapa, seguindo até o bairro de Pirajá. O custo do projeto é de R$ 3 bilhões. A proposta atenderia aproximadamente 37,8 mil passageiros por hora, podendo chegar a 80 mil. O tempo médio embarcado de 12 min e o tempo médio de viagem integrada não chega a 32 min por trecho. (Karlo Dias)



Fonte: Portal 2014 

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Início das obras do BRT de Salvador depende de verba federal

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Da Prefeitura está tudo pronto. Licitação com as concessionárias de transportes já concluídas. Recursos próprios em caixa e financiamento com o BNDES e projeto de execução em dia. Falta, contudo, a contrapartida do Ministério das Cidades para que então a Caixa Econômica Federal possa liberar o financiamento do BRT, o sistema de transportes de ônibus urbanos em corredores exclusivos.

A obra, quando iniciada, tem prazo de conclusão de dois anos e vai ser alimentadora do sistema de metrô, transportando, na sua primeira linha em torno de 80 mil passageiros/dia através do corredor Lapa/Iguatemi. Além deste, dois outros corredores exclusivos, Iguatemi/Pituba e Orla/Aeroporto, estarão integrados ao sistema, com estimativa aproximada do mesmo número de passageiros transportados.

A Prefeitura garante já dispor dos R$ 200 milhões para iniciar a obra. Outros R$ 200 milhões virão também dos cofres municipais, mas através de um financiamento com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o restante dos recursos, que totalizam R$ 600 milhões, fazem parte da contrapartida do Ministério das Cidades, que não tem data de quando será liberado.

Conforme informou a secretaria municipal de Mobilidade Urbana, “está tudo pronto. Falta apenas a parte do Governo Federal”. De acordo com o órgão da prefeitura, não existem quaisquer pendências do ponto de vista administrativo e financeiro da Prefeitura que possam ser usadas como entrave para o início das obras. A Lei diz que o município, para ter a obra precisa de um plano de mobilidade urbana. E isso a prefeitura já tem com o PDDU (Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano) e todos os licenciamentos para dar andamento à obra.

Projeto prevê intervenções viárias e macrodrenagem 
Atualmente uma viagem entre o Iguatemi e a Estação da Lapa não dura menos que uma hora nos horários de pico. Se essa mesma viagem for feita no traçado projetado para o BRT (Lapa, avenida Vasco da Gama, Lucaia, Av. Juracy Magalhães e Avenida Antonio Carlos Magalhães) essa viagem poderá ser de uma hora e 30 minutos a duas horas. Com o BRT a estimativa é que esse percurso seja feito em 16 minutos, em vias exclusivas e sem semáforos.

O projeto do BRT já foi concluído há um ano e para ser executado vai precisar de intervenções no atual sistema viário e de macro drenagem nos três corredores exclusivos do sistema. O primeiro deles é justamente o da linha Lapa/Iguatemi, que  terá quatro complexo de viadutos – antiga Coca Cola/Garibaldi, Hospital Aliança,  antigo Tereza de Lisieux e Hiperposto.

Nesse trajeto os ônibus especialmente projetados parta o sistema, trafegarão em corredores exclusivos implantados sobre os atuais canais de drenagem pluvial localizados sob o canteiro central das avenidas Vasco da Gama, Juracy Magalhães e Antonio Carlos Magalhães. É justamente aí é que se situa o entrave, pois para essas obras é que estão previstos os recursos do Ministério das Cidades, no valor de R$ 200 milhões. Os dois outros corredores – Iguatemi/Pituba e Orla/Aeroporto – vêm em seqüência após a conclusão da primeira etapa.

Esse “pequeno” entrave já dura mais de um ano e por conta disso, Salvador, com seus quase três milhões de habitantes, vai ficando para trás em relação a outras capitais e cidades de menor porte, dispondo apenas de um sistema de transporte que depende na sua quase totalidade do transporte pelo sistema convencional de ônibus. A exceção de São Paulo e Rio de Janeiro, maiores que a capital baiana, Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Recife ,Porto Alegre, Belém, Curitiba, Goiânia, Vitória, Cascavel, Marigá, Uberaba e Uberlândia já dispõem do sistema.

Edital para VLT sai em agosto
O projeto veio depois do BRT, mas a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), ligando o bairro de Paripe, no Subúrbio Ferroviário de Salvador, na Avenida da França, no Comércio , está mais próximo de sair do papel e se tornar uma realidade. É que o Governo do estado anuncia que em agosto lança o edital para a construção da linha. Serão 18,5 km e o equipamento deve transportar cerca de 100 mil pessoas por dia. O custo da obra será de R$ 1,1 bilhão,dos quais R$ 552 milhões virão do Governo Federal e R$ 448 do Governo do Estado.

O VLT vai usar a maior parte no atual trajeto dos trens suburbanos, que cobrem em 13,5 quilômetros as distâncias entre Paripe e a Calçãda. Serão acrescidos 3,5 quilômetros a partir da Estação da Calçada até a Avenida da França, no Comércio, e mais 1,5 quilômetro entre Paripe e a localidade de São Luís, já próximo ao acesso para a Base Naval de Aratu e São Thomé de Paripe, nos limites do município.

O presidente da Companhia de Transportes da Bahia (CBT), Eduardo Coppelo, explicou que o processo licitatório está quase pronto e deverá acontecer em agosto, com previsão de assinatura do contrato para início das obras em dezembro deste ano. A partir daí o VLRT deverá se tornar realidade em dois anos e meio. Para tanto já está previsto no Plano Plurianual de 2016/19 o recurso de R$ 1,1 bi para o VLT. Pelo projeto, cada viagem entre Paripe e o Comércio deverá durar até 35 minutos,  com paradas em estações. No trajeto dos atuais trens suburbanos serão feitas melhorias nos trilhos e estações, implantação de tecnologia de controle de tráfego e aquisição de trens com ar condicionado. No trecho entre Calçada e o Comércio não haverá desapropriações e construção de viadutos, mas sim de passagens compartilhadas com o atual sistema viário.

O que é o BRT
O Bus Rapid Transit (BRT) é um sistema de transporte urbano que utiliza ônibus especiais e de tráfego rápido em sistemas de vias exclusivas, evitando-se o congestionamento do tráfego com outros veículos. Para tanto costuma utilizar os canteiros centrais das avenidas, para evitar atrasos nas viagens, e utilizando-se de estações com cobrança de tarifa fora do veículo, reduzindo o atraso do embarque e desembarque dos passageiros. No Brasil, além de Curitiba, o BRT já funciona em 17 cidades. O primeiro sistema de BRT implantado no Brasil foi na cidade de Curitiba, no Paraná, em 1974). Para que o sistema possa operar com eficiência é necessária a implantação de corredores ou faixas  exclusivas para os ônibus, sem que sejam afetadas pelo congestionamento do tráfego normal de veículos. Faixas separadas podem ser elevadas, em depressão ou por dentro de túneis, que podem ser compartilhadas com metrôs ou até mesmo táxis.

“minimetrô”
O sistema VLT (Veículos Leve sobre Trilhos) é  uma espécie trem que trafega em meio a carros nas grandes cidades. Tem os mesmos sistemas de tecnologia, conforto e controle de tráfego do metrô, mas suas composições são menores, daí ser chamado por muitos brasileiros de “mini metrô”.

Diferente do metrô ou do BRT, que têm espaços próprios, o VLT compartilha esses espaços nas ruas com o sistema viário por ônibus e carros. No caso de Salvador, como explicou o presidente da Companhia de Transportes da Bahia, Eduardo Coppelo, esse compartilhamento vai se dar num trecho de 3,5 quilômetros, entre a Calçada e a Avenida da França, no Comércio. 

Nos demais trechos, da calçada até Paripe, será usado os atuais trilhos dos trens suburbanos que ainda estão em operação. Para evitar os acidentes com as interseções no atual sistema viário da área, Coppelo explica que será utilizada tecnologia de com trole de tráfego de última geração, inclusive no controle da velocidade dos trens. “No trecho do Subúrbio Ferroviário ele poderá atingir até 70 quilômetros por hora”, explica.  

por Adilson Fonsêca
Informações: Tribuna da Bahia


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Em Salvador, Depois do Metrô, a polêmica agora é sobre o sistema BRT

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

A possibilidade de o sistema BRT (Bus Rapid Transit) ser implementado em Salvador ganha cada vez mais força. A declaração da ministra do Planejamento, Miriam Belchior, durante a apresentação do primeiro balanço do Programa de Aceleração do Crescimento para o período de 2011 a 2014 (PAC 2), de que as licitações do governo, especialmente no setor de transportes, vão dar preferência a obras com projeto executivo, pode ter efeito direto sobre a escolha do modal de transporte público que traria mobilidade urbana a Salvador.

Levando em consideração esse critério, segundo informações do próprio secretário da
Casa Civil João Leão (PP), apenas o BRT poderia ser escolhido.

Pois, de acordo com ele, o único modal que possui projeto pronto, elemento essencial para licitar a obra e, diga-se de passagem, aprovado pela Caixa Econômica Federal desde 2010, é o BRT.  “Temos
planos de colocar o metrô nos trilhos e ampliá-lo. A meta, na verdade, é fazer uma revolução no transporte público de Salvador, mas é uma questão de bom senso.

O BRT neste momento é o mais viável, pois, além de ter projeto aprovado pela Caixa Econômica Federal, possui um montante de   R$ 570 milhões liberados, valor necessário para sua implementação, enquanto o VLT custaria R$ 2,7 milhões”.

Mais além, o pepista declarou ainda que se o governo estadual, que é responsável pelo processo licitatório, quiser, pode licitá-lo na semana que vem e no prazo de seis meses a população já estaria desfrutando do Bus Rapid Transit. “No entanto, a função da prefeitura não é brigar com o governo, mas sim chegar a um denominador comum. Contudo, não posso negar que o BTR é o mais viável e essa não é apenas a minha opinião, como também do ministro Mário Negromonte”.  

Uma reunião, conforme Leão, entre ele, o prefeito João Henrique, o governador Jaques Wagner e o ministro, com intuito de debater as declarações da ministra Miriam Belchior, será agendada para esta semana ainda.  “Mas, na minha ótica, a ministra está certíssima. Salvador não pode perder esse dinheiro. Tem ainda resguardado R$ 2,3 milhões para a área de mobilidade urbana, o que nos permitirá levar o metrô até Cajazeiras, São Cristóvão, entre outros bairros.

Ministério das Cidades reforça

Reforçando, o Ministério das Cidades informou oficialmente que vai vetar qualquer mudança pretendida por cidades nas obras para transporte visando a Copa de 2014. De acordo com informações da Folha de S. Paulo, Cuiabá e Salvador estão no rol das cidades que estariam sofrendo pressão para modificar seus projetos de BRT por VLT ou metrô. Os projetos são mais caros e não ficariam prontos para o evento.

Para fazer as mudanças, as cidades precisam de aval do ministério, já que as obras são financiadas pela Caixa Econômica Federal. Segundo o ministério, serão seguidas as orientações do governo dadas pela presidente Dilma Rousseff em reunião com governadores e prefeitos neste ano: as obras devem estar contratadas até dezembro próximo e finalizadas até dezembro de 2013.


Vale lembrar que em entrevista exclusiva à Tribuna, o ministro Mário Negromonte desde maio já havia antecipado que Salvador deve adotar o BRT como modelo de transporte coletivo para Copa do Mundo na cidade.

Segundo o executivo do governo federal, a presidente Dilma Rousseff solicitou a ele e ao ministro do Planejamento, Antonio Palloci, que as subsedes do evento mundial mantenham os projetos originais de transporte, entre elas a capital baiana, que apresentou o BRT como principal modalidade a ser implantada.

“A presidente pediu que nós anunciássemos em todas as cidades que os projetos não podem mais ser mudados porque não temos tempo, nem dinheiro para isso. Com isso fica inviável qualquer mudança também em Salvador. Além disso, já temos garantidos R$ 570 milhões para o BRT”, justificou. O sistema foi indicado para a prefeitura de Salvador pelos empresários de ônibus, para ser uma opção ao VLT.

Se for assim, o Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) realizado pelo governo do Estado, que definiu um modelo sobre trilhos para as estruturantes – embora não tenha decidido qual será a tecnologia usada –, corre risco de perder a validade. O secretário estadual de Planejamento Zézeu Ribeiro foi procurado pela reportagem, mas não foi encontrado.



Informações da Tribuna da Bahia

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Em Salvador, Sistema BRT é discutido durante reunião da Câmara de Engenharia Civil

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Foto Ilustrativa
O Sistema BRT (Bus Rapid Transit - transporte operado por ônibus de grande capacidade por vias exclusivas) foi discutido na noite da última terça-feira (09/11) na reunião da Câmara Especializada de Engenharia Civil do Crea-BA. A palestra foi proferida pelo arquiteto, mestre e doutorando em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), Francisco Ulisses Santos Rocha, que por meio de slides e de animação demonstrou como o trânsito de Salvador ficará com mais uma opção de transporte e investimentos em novas vias.

Considerado pelo palestrante como “metrolização do ônibus”, o sistema BRT já é um sucesso em países da América Latina como a Colômbia e em cidades brasileiras como Curitiba (desde 1975), custando um décimo do valor de implantação do metrô. Segundo Francisco Ulisses, a Prefeitura de Salvador desenvolve o projeto de implantação do sistema desde 2007 e já possui três fases cumpridas: implantação de bilhetagem, integração das linhas e sistema amarelinho. “A FIFA chegou aqui e incorporou o projeto para a Copa de 2014. Salvador e nove cidades do Brasil optaram pelo BRT em função dos custos, prazos e capacidade, além da tecnologia, que é brasileira, versatilidade, rapidez na implantação e flexibilidade”, justifica, fazendo comparações com a implantação do metrô na capital baiana, que já dura 15 anos e até agora apenas 6 km foram concluídos.

O arquiteto informou que 94% das viagens realizadas em Salvador são por meio de ônibus e que a capital já abriga 700 mil veículos. Para a implantação do sistema BRT serão construídas cinco novas vias, alargadas nove e duplicadas as avenidas Gal Gosta, Orlando Gomes e Regional, Dorival Caymi, Via Aeroporto e Jorge Amado. O custo da obra é de U$ 803 milhões.

Na primeira fase, para atender a demanda da Copa de 2014, Francisco Ulisses afirma que 42 km serão concluídos no trecho entre o Aeroporto e a Lapa e da Calçada para a Pituba. Ele disse que o projeto foi aprovado pelo Governo Federal, que já liberou U$ 570 milhões, e deverá também contar com recursos do Governo do Estado e Prefeitura Municipal.

Opiniões - O engenheiro civil e mestre em Planejamento de Transporte Urbano pela Birmingham University – Inglaterra e doutorando em Energia e Meio Ambiente pela Ufba, Elmo Lopes Felzemburg, destacou problemas como a proliferação do número de usuários de veículos e a falta de vias para os pedestres. Ele, que também atuou no projeto de implantação do metrô de Salvador, receia que o sistema BRT também passe pelos mesmos problemas de atraso na obra.

Já o engenheiro civil e mestre em Engenharia de Sistema de Transporte pelo Instituto Militar de Engenharia (IME/RJ), Horácio Lucateli Costa Brasil, atribuiu os problemas do trânsito de Salvador às crises de gestão nas esferas federal, estadual e municipal. “Os baianos sempre estão ausentes na participação da tomada de decisão. Não fosse a Copa, os projetos iriam para a gaveta”, critica, reforçando que espera agora gestão em tudo que for construído. Ambos profissionais foram convidados para enriquecer o debate sobre o novo sistema de transporte.

Os conselheiros da Câmara de Engenharia Civil ao fim da palestra fizeram questionamentos ao palestrante, deixando clara a dúvida em relação à implantação do sistema até a Copa.

Características - O BRT tem três portas amplas do lado esquerdo, é nivelado com o piso da estação, trafega em pistas totalmente segregadas, opera com velocidade de 35 km/h e pode servir pelo menos 45 mil passageiros por hora. O sistema reduz emissões de CO2, tem programação e controle rigorosos de operação, e têm se tornado a melhor escolha para melhorar a mobilidade urbana em 23 países dos cinco continentes.

A palestra sobre o sistema BRT encerrou o cronograma de trabalho da Câmara de Engenharia Civil envolvendo os profissionais (conselheiros ou não) e suas atividades desenvolvidas fora do Crea-BA. Segundo a coordenadora do grupo, Rute Carvalhal, as palestras motivaram a participação dos conselheiros e suplentes. “Vivenciamos através deste projeto o cotidiano de trabalho dos profissionais fora do Crea”, complementa. Temas como avaliação e perícia, educação e engenharia civil, fiscalização de obras públicas e áreas de risco/chuvas foram discutidos como forma de elaborar propostas para a tomada de decisão da fiscalização do Conselho.
Nadja Pacheco

Fonte: Ascom Crea-BA
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Nova linha do BRT de Salvador entram em operação

domingo, 1 de outubro de 2023

A B3, nova linha do BRT, que fará o percurso da Estação de Metrô Rodoviária até a Pituba, entra em operação a partir deste sábado (30) em Salvador. Serão 22 veículos circulando e oito paradas no sistema, além das cinco já existentes, e serão realizadas 143 viagens por dia.  Por conta da inauguração, haverá alterações em linhas que operam nos bairros.

Na prática, os ônibus que saiam de bairros (confira lista abaixo) com destino a Pituba terão como destino final a Estação Rodoviária do BRT ou a Estação Pirajá, onde os passageiros vão trocar de veículo. Serão afetadas 19 linhas. Segundo o secretário municipal de Mobilidade, Fabrizzio Muller, o objetivo é diminuir o tempo de espera nos bairros e melhorar a fluidez do trânsito.

“Antes, as linhas que vinham para a região da Pituba enfrentavam todo o congestionamento e problemas normais da mobilidade, os ônibus demoravam mais para voltar para os bairros e isso diminuía o número de viagens. Agora, quando a gente secciona isso no Iguatemi, o veículo não precisa mais fazer toda a volta na Pituba e retorna mais rápido para o bairro”, explicou. O BRT usa faixas exclusivas.

Os 22 veículos empregados nessa nova linha terão as mesmas características dos atuais, como ar-condicionado e mais espaço. O ônibus deixa a Estação Rodoviária do BRT, ao lado da Estação de Metrô, e segue em direção à Avenida Tancredo Neves. Em seguida, entra na Alameda das Espatódeas, Av. Paulo VI e Orla da Pituba, retornando pelo Itaigara. Os coletivos vão passar pelo Caminho das Árvores e pela faixa exclusiva da Av. Paulo VI.

A Semob está estudando a implantação de uma estação na Praça Nossa Senhora da Luz e afirmou que as mudanças obedecem ao plano de desenvolvimento da mobilidade de Salvador, que foi contratado pelo Município para melhorias no setor. O objetivo é ampliar a integração entre os diversos modais da cidade, a exemplo do Metrô e do próprio BRT, agilizando o transporte público e reduzindo o tempo de deslocamento dos passageiros.

Bairros

Segundo a pasta, as 19 linhas convencionais que serão afetadas terão um incremento no número de viagens feitas por dia, saltando ao todo de 731 para 991 trajetos diários, o que representa aumento de 36%.

Ao todo, 14 das 19 linhas passarão a ter o Shopping da Bahia como ponto final, devendo integrar com o BRT na Estação Rodoviária. Outras três linhas deverão integrar na Estação Pirajá. Nestes casos, o usuário poderá optar tanto por utilizar o metrô quanto por utilizar a linha 1347 – Estação Pirajá x Pituba, que não sofrerá alteração.

Atualmente, o BRT tem transportado 800 mil passageiros por mês. A expectativa da Prefeitura é que o número aumente para 1,2 milhão de usuários com o incremento dessa nova linha. A B3 também faz parte do sistema de integração com o metrô e segue as mesmas regras das outras linhas da cidade. O horário de funcionamento será das 5h às 22h45.

A Prefeitura está distribuindo material informativo e fazendo campanhas nos bairros para explicar as mudanças. Serão modificadas seis linhas da região do Subúrbio e Ilhas, quatro linhas da região de Tancredo Neves e Cabula, duas linhas em São Caetano e Liberdade, cinco linhas em Cajazeiras e uma linha em Valéria. As mudanças serão escalonadas entre os finais de semana dos dias 30 de setembro e 7 de outubro.

Confira as linhas que serão alteradas:

Começando no sábado (30):

• 1224 - Arenoso x Pituba. Agora, ela será a 1250 - Arenoso x Shopping da Bahia. De onde o usuário poderá seguir para a Estação Rodoviária BRT e pegar a nova linha B3 para concluir o trajeto pela Alameda das Espatódeas e Paulo VI, ou utilizar outras linhas do próprio BRT ou do Metrô. Com esta mudança, o número de viagens da 1224 saltará de 18 para 33 por dia, um aumento de 83%.

Começando em 7 de outubro:

• 0324 - Marechal Rondon x Pituba, que se tornará a 0325 - Marechal Rondon x Estação Pirajá, de onde o usuário poderá pegar o Metrô ou a linha 1347 – Estação Pirajá x Pituba, que manterá seu itinerário normalmente. Com isso, o número de viagens da 0324 saltará de 11 para 86 por dia, um incremento de 682%.

• 1305-02 - Castelo Branco x Pituba, que agora será 1308-01 - Castelo Branco x Estação Pituaçu, de onde o usuário poderá pegar o Metrô para a estação Rodoviária e, de lá, seguir para a Pituba utilizando o BRT. Com esta mudança, o número de viagens diárias da linha de ônibus tradicional saltará de 2 para 40 - um incremento de incríveis 1900%.

Informações: Correio 24 Horas

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Licitação para BRT em Salvador sai em julho e recursos estão garantidos

quinta-feira, 23 de junho de 2016

O dinheiro para o pontapé inicial das obras do BRT (transporte rápido em vias exclusivas) de Salvador já está disponível. Falta apenas se definir o processo de licitação, previsto para o próximo mês, que vai permitir o início das obras, prevista na sua primeira fase, para ser concluída em 24 meses após a assinatura dos contratos. R$ 400 milhões é o custo previsto para a primeira etapa do projeto.

Mas se depender do aporte de recurso e da disposição da Prefeitura, elas começam imediatamente, uma vez que além dos R$ 300 milhões já assegurados  anteriormente pelo município, mediante empréstimo junto à Caixa Econômica Federal (CEF), outros R$ 105 milhões foram assegurados pelo Governo federal, mediante contrapartida, para que o projeto do BRT finalmente saia do papel.

A primeira etapa do BRT deverá começar com intervenções na infraestrutura urbana, que incluem viadutos, elevados, vias exclusivas por onde trafegarão os ônibus especiais, e  remodelagem do sistema de drenagem e saneamento da região que compreende  a região da Estação da  Lapa, passando pela avenida Vasco da Gama e Lucaia (Rio Vermelho) até a região do Iguatemi.

Os recursos  foram confirmados desde o final de semana passada, quando o prefeito ACM Neto recebeu o aval da Caixa para a liberação de R$ 108 milhões para o projeto na sua primeira etapa.Anteriormente outros R$ 300 milhões já  tinham sido assegurados pela CEF. A Prefeitura, conforme confirmou o secretário municipal de Mobilidade urbana (Semob), Fábio Mota, já tem toda a documentação pronta que garante a realização da licitação. “Inicialmente vamos realizar as obras estruturais no percurso de 8,7 quilômetros até a região do Iguatemi, com viadutos, elevados e sistema de drenagem”, disse Mota.

Em duas etapas
O secretário Fábio Mota disse que a licitação deverá ser feita em Regime Diferenciado de Contratações – RDC,  modalidade instituída pelo Governo Federal na época da Copa do Mundo, como forma de ampliar a eficiência nas contratações públicas e aumentar a competitividade entre as empresas interessadas. O RDC foi instituído pela Lei nº 12.462, de 2011, regulamentado pelo  Decreto nº 7.581 de 2011.

Numa primeira etapa o RDC consiste no cadastramento eletrônico de propostas feitas pelas empresas que participam da licitação, quando são classificadas para a etapa subseqüente, as três melhores propostas, que incluem menor preço e prazo.  Numa segunda etapa da licitação, com processo aberto, são feitos as ofertas de preços, prazos e condições de execução da obra.

O secretário de Mobilidade Urbana de Salvador explica que por essas razões não se pode antecipar quaisquer informações, a não ser a garantia dos recursos e o início do processo de licitação. Ele disse ainda que as intervenções estruturais constam de elevados na região do Lucaia (cruzamento entre as avenidas Vasco da Gama, Garibaldi e Juracy Magalhães) e um complexo de viadutos na área próxima ao parque da Cidade e elevados na região do Iguatemi.

Pelo projeto da Prefeitura, o BRT terá extensão de 8,7 quilômetros, entre a Estação da Lapa até a ligação Iguatemi Paralela (LIP), com o uso de vias exclusivas de trânsito, feitos em ônibus articulados e climatizados, com tempo estimado em 16 minutos. Para que os usuários possam utilizar outros sistemas de transportes, serão construídas oito estações de transbordos: Dique, Ogunjá, HGE, Rio Vermelho, Lucaia, ACM, Hiperposto e Iguatemi.

Os ônibus irão trafegar em corredor com faixa exclusiva, que eliminam retornos e semáforos, facilitando o fluxo de veículos.

Intervenção em Feira de Santana
Em Feira de Santana, segunda maior cidade do Estado, a 104 quilômetros de Salvador, as obras já estão em andamento. Mas em Salvador, a população apenas ouviu falar do BRT, mas a única lembrança que tem é a dos antigos ônibus articulados que rodaram na via exclusiva do antigo projeto Transporte de Massa de Salvador (TMS), em 1987, com vias exclusivas nas avenidas Bonocô e Vasco da  Gama, e que serviriam de base para VLT, na gestão do ex-prefeito Mário Kertezs.

O BRT (Bus Rapid Transit), ou Transporte Rápido por Ônibus, é um sistema de transporte coletivo de passageiros, criado em 1974, e que utiliza uma infraestrutura urbana própria, com via exclusiva de tráfego e um tipo de veículo de alta capacidade, como  , que geralmente possuem diversas portas para acelerar a entrada e saída dos passageiros. A principal característica é que esses veículos trafegam em corredores próprios, no centro das avenidas com,o forma de evitar os congestionamentos no trânsito.

No Brasil a primeira cidade a implantar o BRT foi Curitiba, no Paraná, seguidas de Porto Alegre, São Paulo, Belo Horizonte , Brasília, Recife, Fortaleza, Uberaba, Uberlândia , Goiânia, e agora no Rio de Janeiro, e com projeto em andamento em Belém. Na Bahia a primeira cidade a implantar o serviço é Feira de Santana, cuja obra  tem uma extensão de 4,5 quilômetros  e requer investimentos de R$ 87 milhões, devendo entrar em operação em 2017. Em Salvador, as obras deverão ser iniciadas em 2017.

O sistema de transporte coletivo de Curitiba, que tem pouco mais de 1,7 milhão de habitantes,  é integrado ao sistema viário e ao uso do solo. Ele é formado por linhas expressas, alimentadoras, inter bairros e diretas. Atualmente mais de dois milhões de passageiros utilizam diariamente o Sistema Integrado de Transporte Coletivo, que é composto por 1.980 ônibus atendendo 395 linhas. 

por Adilson Fonseca
Informações: Tribuna da Bahia
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