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Justiça reconhece acordo para compra de ônibus com ar-condicionado na Grande Belém

domingo, 10 de dezembro de 2023

Foi reconhecido pela Justiça o acordo que prevê o novo sistema integrado de transporte público coletivo de passageiros de Belém, incluindo a aquisição de uma nova frota de ônibus com ar-condicionado para a população da Grande Belém.

A decisão foi divulgada nesta quarta-feira (6). De acordo com a Procuradoria Geral do Estado (PGE), a homologação foi feita pelo Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), com a ciência do Ministério Público do Estado (MPE).

O acordo ocorreu entre o governo do estado, o Sindicato das Empresas de Transporte Público de Belém (Setransbel) e as prefeituras de Belém, Ananindeua e Marituba.

"O Estado está entrando com uma concessão de isenções fiscais para possibilitar que as empresas possam garantir uma tarifa justa e econômica para o usuário, assim como investimentos no serviço e a renovação da frota de ônibus", explicou o procurador-geral do Estado, Ricardo Sefer.

Renovação da frota
A renovação da frota de transporte coletivo foi anunciada pelo governador Helder Barbalho no último dia 10 de outubro.

Com ela, a região metropolitana deve ser contemplada com 1000 ônibus novos no processo de renovação da frota.

A partir da decisão, serão 300 veículos adquiridos pelo Setransbel; 265 ônibus elétricos pelo governo estadual e outros 130 ônibus ou 200 micro-ônibus adquiridos pela Prefeitura de Belém.

"A meta é renovar a frota até o ano de 2025, quando a capital paraense sediará a Conferências das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas - COP 30", destacou a PGE.

A expectativa é que o novo sistema integrado de transporte público coletivo de passageiros de Belém faça a integração dos Sistemas BRT, que têm previsão de entrega no primeiro semestre de 2024, de acordo com o governo estadual.

O acordo homologado também prevê a instituição de novas tecnologias, como a implementação da bilhetagem digital

Informações: G1 Pará

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BRT Metropolitano de Belém emprega 1500 operários em mais de 30 frentes de obras diurnas e noturnas

terça-feira, 5 de dezembro de 2023

Quem trafega pela rodovia BR-316, em qualquer hora do dia, encontra operários trabalhando para o avanço das obras do BRT Metropolitano. Ao todo, mais de 1.500 trabalhadores e 280 máquinas atuam nas cerca de 30 frentes que a obra dispõe. Atualmente, está sendo realizada a construção das pistas de concreto, que chegaram a 70% executadas, passarelas, ciclovias, pavimentação, drenagem, entre outras, visando o objetivo final, que é proporcionar melhoria da mobilidade na região metropolitana de Belém.   

Na BR-316, as obras de infraestrutura do corredor, além das faixas exclusivas de ônibus, a obra prevê a execução de uma rede de drenagem em toda sua extensão e também a implantação de cinco lançamentos para escoar as águas pluviais captadas pela rede. Vale destacar que boa parte das obras não estão na superfície da rodovia e que no subsolo está sendo implantado um sistema de drenagem completo, nunca antes projetado nos mais de 40 anos de existência da via.

"Além disso, será recuperado todo asfalto, assegurando em toda extensão da BR-316 três faixas de tráfego, assim como a implantação de ciclovias, calçadas, que juntamente com a iluminação e paisagismo, compõem a urbanização da via. Para os usuários do sistema BRT estão sendo construídas 13 passarelas e 13 estações para acessar os ônibus além de dois terminais de integração, sendo um em Ananindeua e um em Marituba”, explica o diretor geral do NGTM, Eduardo Ribeiro.

De acordo com a última medição do status da obra, as obras dos terminais estão com aproximadamente 40% de avanço e seguem com terraplenagem e pavimentação dos pátios. Já as passagens inferiores contabilizam cerca de 60% dos serviços executados. Quanto as obras de passarelas, já são cerca de 34% de avanço, sendo que quatro delas já foram liberadas. As pistas do BRT estão com 70% de pavimento rígido concluído. Além disso, há também as obras civis do Centro de Controle Operacional (CCO), que fica na Augusto Montenegro, e já estão 90% executadas.

A rodovia BR-316 é a principal via de acesso à Região Metropolitana de Belém e um dos trechos mais movimentados do Brasil, que registra circulação média de 80 mil veículos por dia em ambos os sentidos. Existe um esforço contínuo do Governo do Pará, através dos órgãos que fazem a gestão do trecho da rodovia, destinado a reduzir os transtornos à população.

Para o governador do Estado, Helder Barbalho, a obra, de grande porte, é muito importante e trará benefícios à população. "Nunca foi feita uma obra dessa natureza e era necessário fazer. Quando iniciamos, tínhamos a informações que projeto estava pronto, mas foram identificadas situações que precisavam ser cumpridas e diante disso, houve um atraso no prazo. Mas, hoje a obra é executada em três horários: manhã, tarde e noite e tem um efetivo de 1.500 trabalhadores. Estamos comprando 265 ônibus novos com ar condicionado, Wi-Fi para a população", ressaltou o governador.

Segundo o Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM), o objetivo da obra é a melhoria da mobilidade da população da Grande Belém. A implantação do BRT Metropolitano vai reduzir o tempo de viagem no transporte coletivo pela metade, e com isso, proporcionar aos usuários melhor condição de mobilidade, com viagens mais rápidas, mais seguras e mais confortáveis.
 
"As obras da rodovia BR-316, entre os km 0 e km 10.8, trecho sob delegação do Estado, têm como objetivo a melhoria da infraestrutura da via para implantação do Sistema Troncal de Ônibus da Região Metropolitana de Belém (BRT Metropolitano), projeto de fundamental importância, considerando que cerca de 70% das pessoas que se deslocam dos municípios abrangidos nesta etapa de projeto ao centro de Belém utilizam o transporte coletivo", detalha o diretor-geral do NGTM, Eduardo Ribeiro que reforçou que conforme levantamentos anteriores, identificou que os usuários do transporte coletivo ficavam até 5h dentro de um ônibus para fazer o percurso de ida e volta.

Informações: Agencia do Pará

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Veja detalhes dos novos ônibus com ar-condicionado e wi-fi da Grande Belém com previsão em 2024

domingo, 12 de novembro de 2023

Com previsão de entrega em maio de 2024, os novos ônibus com ar-condicionado e wi-fi vão atender a demanda da população da Grande Belém, que inclui os municípios de Ananindeua e Marituba. Segundo a Setransbel, o processo para a aquisição de 300 novos ônibus no valor de R$ 250 milhões já foi concluído pelas associadas a entidade.

Nesta semana a Setransbel divulgou como será os novos ônibus que tem com tecnologia avançada e ar-condicionado, proporcionando uma experiência mais confortável, segura e sustentável para os passageiros.

Para a aquisição dos 300 (trezentos) novos veículos, as empresas associadas ao SETRANSBEL investirão no total cerca de R$250.000.000,00 (duzentos e cinquenta milhões de reais), por meio de financiamento bancário onde cada empresa assumiu o valor conforme a quantidade de veículos adquiridos por ela.

PRINCIPAIS DESTAQUES DOS NOVOS ÔNIBUS

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

Motor a diesel com a tecnologia BlueTec 6 da Mercedes-Benz, que atende aos requisitos do Euro 6 e resulta na acentuada diminuição das emissões de poluentes. São 80% de redução nas emissões de Óxido de Nitrogênio (NOx) e 50% de redução nas emissões de Material Particulado (MP), em relação aos motores de geração anterior, trazendo contribuição muito importante para a qualidade do ar e a preservação do meio ambiente.  

ACESSIBILIDADE

Os veículos foram projetados para atender a todas as necessidades de mobilidade, com elevadores de acesso e espaços dedicados a cadeirantes.

CONFORTO

Equipados com o chassi Mercedes Benz OF 1721 L que surpreende pelo conforto, estabilidade e qualidade que a suspensão pneumática oferece aos passageiros, diminuindo o nível de trepidações do chassi e reduzindo o ruído interno do veículo. A carroceria CAIO modelo Apache VIP V conta com assentos ergonômicos, sistema de ar-condicionado e Wi-Fi gratuito, tudo para tornar as viagens mais agradáveis para todos.

SEGURANÇA

Os ônibus serão equipados com os mais recentes sistemas de segurança, incluindo câmeras de vigilância e GPS em tempo real. A modernização da frota é parte de um plano abrangente para melhorar o transporte público e incentivar o uso de alternativas sustentáveis de mobilidade em nossa cidade. Estamos comprometidos em proporcionar uma experiência de transporte coletivo mais eficiente e amigável para todos.

FABRICAÇÃO DOS NOVOS ÔNIBUS

É importante esclarecer que a compra de ônibus novos segue um roteiro diferente do que acontece na compra de veículos de passeio, vez que estes ficam prontos a espera de compradores nos pátios das montadoras e nas concessionárias, já os ônibus só começam a ser fabricados após a efetivação da compra. Os chassis dos ônibus, que também inclui a parte mecânica, serão fabricados pela tradicional empresa Mercedes Benz, em São Bernardo do Campo/SP. As entregas ocorrerão por lotes definidos pela montadora, de acordo com a capacidade de produção da fábrica. A previsão é de que os primeiros lotes de chassis sejam liberados já em Janeiro/2024, com a conclusão de entregas dos 300 (trezentos) chassis projetada para acontecer até março/2024.

Após a liberação de cada lote de chassis, estes seguirão para a empresa CAIO Induscar, localizada em Botucatu/SP, onde serão montadas as carrocerias dos veículos, a parte mais visível aos passageiros, como piso, assentos, teto etc., sendo finalizados em lotes a partir de MARÇO/24. A conclusão da entrega dos 300 (trezentos) novos ônibus, está prevista para acontecer até MAIO/2024, aguardamos ansiosamente a oportunidade de ver nossos clientes desfrutando dessas melhorias. Continuaremos a trabalhar incansavelmente para tornar o sistema de transporte coletivo de Belém, Ananindeua e Marituba um modelo de excelência.

Informações: RomaNews

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Agtran seleciona empresas para compra de ônibus do BRT Metropolitano

quinta-feira, 9 de novembro de 2023

A Agência de Transporte Metropolitano do Estado do Pará (Agtran), órgão responsável pela gestão do sistema BRT Metropolitano, realizou nesta terça (7) e quarta-feira (8), uma licitação na modalidade eletrônica para selecionar empresas para fornecer ônibus que serão utilizados no sistema troncal. Todo processo foi executado sob a transparência do site COMPRAS.GOV. No total, serão adquiridos 265 novos ônibus, com financiamento do projeto pelo Ministério das Cidades. 

Conforme o edital, as empresas interessadas puderam fazer suas propostas pelo site desde o dia 23 de outubro. Nesta terça e quarta-feira, as propostas foram analisadas pela equipe da Agtran, que selecionou os lances de menor valor para a etapa seguinte da seleção, a habilitação dos quesitos técnicos e jurídicos da empresa.

Licitação - O processo licitatório levou em consideração três lotes de veículos, sendo que todos os ônibus das frotas terão ar-condicionado e sistema de monitoramento de segurança. 

“O Governo do Estado está comprando 265 ônibus, resultado de um dimensionamento que é feito através de estudos de longo prazo revisitados várias vezes até que o formato final que vai atender ao sistema metropolitano”, explica Cláudio Conde, diretor de planejamento do Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM), setor responsável pelo planejamento do sistema.      

O maior dos lotes foi para a compra de 133 ônibus tipo convencional, a diesel, mas modelo Euro 6, que poluem 15 vezes menos do que os que rodam atualmente na Região Metropolitana de Belém. Esses vão rodar nos bairros de Ananindeua, Marituba e Benevides para transportar os passageiros até os terminais de integração de Ananindeua e Marituba.  

Outro lote específico foi para compra de 92 ônibus modelo Padron a diesel, com veículos maiores que os convencionais, para rodar nas caneletas do BRT. E um lote para compra de 40 ônibus elétricos, que poluem menos ainda que o modelo Euro 6. No pacote de compra dos ônibus elétricos serão adquiridos os carregadores, que ficarão localizados nas garagens dos ônibus nos terminais. 

“O Estado está entrando com a mobilidade elétrica, através da compra de 40 ônibus elétricos, o que não só diversifica a matriz de combustíveis, como também ajuda da redução da emissão de gases poluentes. Os 40 ônibus elétricos poluem menos ainda que os "Euro 6". Fazendo uma comparação com a eletricidade que será gasta e o combustível, o ônibus elétrico é menos poluente que os convencionais. Estamos construindo em cada um dos terminais uma subestação de recarga”, explica ainda o diretor Cláudio Conde.  

A Agtran ressalta que o referido processo licitatório dirige-se apenas a compra dos ônibus pelo Estado. Neste processo foi selecionada uma empresa que atendeu aos requisitos para compra do lote de ônibus convencionais. Para aquisição de ônibus tipo Padron e elétricos, será necessário realizar em breve uma nova licitação, pois as participantes não conseguiram se habilitar. 

“Seguimos todos os trâmites necessários para realização do processo licitatório para compra dos ônibus que vão operar no sistema BRT, que diminuirá o tempo de viagem dos passageiros e levar mais conforto e segurança a população da região metropolitana de Belém. A ideia é estar com tudo pronto para começar a operar assim que as obras finalizarem, em 2024”, afirma o diretor-geral da Agtran, Eduardo Ribeiro. 

Informações: Agência Pará

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Governo destrava BRT Metropolitano e obra deve ser entregue em 2024

domingo, 29 de outubro de 2023

No ano que vem, o Pará assistirá ao capítulo final de uma novela de 33 anos: a construção do BRT Metropolitano. Por incrível que pareça, o convênio para os estudos que resultariam nesse BRT foi assinado no começo da década de 1990. Mas só a partir de 2019 é que ele começou a sair do papel. A estimativa é que entre em operação, em fase experimental, no começo do ano que vem, e que mude a cara e o cotidiano da BR 316, a única via de entrada e saída da capital.

Se tudo der certo, os quilométricos e diários engarrafamentos da BR serão coisa do passado, assim como os ônibus sempre lotados, além do longo tempo das viagens entre os municípios da Região Metropolitana de Belém (RMB). A humanização do transporte trará mais qualidade de vida aos 2,5 milhões de habitantes da região, ou quase um terço da população paraense. É o maior e mais importante projeto de transporte público da RMB, dos últimos 100 anos. Ou, provavelmente, de todos os tempos.

A bem da verdade, o BRT Metropolitano já deveria estar pronto desde o ano passado. No entanto, a pandemia de covid-19 impediu que fosse finalizado em tempo recorde, como queria o governador. Mesmo assim, já são visíveis as transformações da BR, que também está sendo reestruturada, para deixar de ser uma rodovia urbana e se transformar em uma avenida. Enormes tubulações de aço vão substituindo as antigas, para melhorar a vazão da água das chuvas e acabar com os vários pontos de alagamento daquela via.

Grandes passarelas de metal e concreto vão substituindo as antigas, para que também os cidadãos mais vulneráveis (idosos, grávidas, deficientes físicos) possam utilizá-las, assim como os ciclistas. É muito mais segurança para as milhares de pessoas que precisam cruzar a BR. Uma providência simples, mas que tende a salvar centenas de vidas. Até porque aliada a campanhas educativas do governo, para estimular o uso das passarelas.

Ao todo, o BRT Metropolitano terá 10,7 km de extensão, entre a saída de Belém e o município de Marituba. Mas a utilização de faixas exclusivas para ônibus normais, que também farão parte do sistema, permitirá levar passageiros até Ver-o-Peso, no centro da capital. O BRT e a nova BR são executados pelo Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM).

Os recursos financeiros são do Governo do Estado e da JICA, a Agência de Cooperação Internacional do Japão. Além de drenagem, a nova BR ganhará calçadas, ciclovias, nova iluminação, arborização. Já as obras do BRT incluem pistas de concreto com canaletas, para a circulação exclusiva de seus ônibus; 13 estações de passageiros, 13 passarelas, um viaduto de quatro pétalas, no km 7 da BR, já entregue; dois terminais de integração, nos municípios de Ananindeua e Marituba, já em fase de acabamento; túneis para o acesso de seus ônibus a esses terminais; e um Centro de Controle Operacional (CCO), na rodovia Augusto Montenegro.

‘CORAÇÃO DO BRT’

Também quase concluído, o CCO será o coração do BRT. Lá, com o auxílio de computadores, telões e outros equipamentos, os técnicos saberão, em tempo real, tudo o que se passar nesses ônibus e em cada pedacinho dessa teia de transportes. É que o BRT não se resumirá ao chamado “tronco central”, da pista de concreto e canaletas, bem visível ao longo da BR.

O Centro de Controle Operacional (CCO), em Belém, vai centralizar toda a operação do sistema integrado de transporte do BRT Metropolitano
Ele também abrangerá as chamadas linhas de ônibus “alimentadoras”, que trarão passageiros dos bairros de Ananindeua e Marituba. No CCO, será possível saber, imediatamente, se um ônibus quebrou, se houve algum acidente que está atravancando o tráfego. Assim, os técnicos poderão agir rápido, para manter o fluxo normal desses ônibus. Todos as estações de passageiros, terminais de integração e corredores do BRT contarão com câmeras de segurança, conectadas ao CCO e ao SIOP (Sistema Integrado de Operações Policiais).

Segundo documentos apresentados pelo NGTM, em uma audiência pública de março deste ano, o BRT poderá transportar 187 mil passageiros por dia, nos dias úteis. Isso significa 935 mil passageiros por semana, apenas de segunda à sexta, ou 3,740 milhões por mês, 44,880 milhões por ano. A expectativa é que ele reduza a menos da metade o tempo das viagens entre os municípios metropolitanos: se hoje alguém gasta até 5 horas para ir e voltar de Benevides ao Ver-o-Peso, por exemplo, isso cairá para apenas 2 horas. E tudo em ônibus confortáveis e seguros, com ar condicionado, wifi, GPS, câmeras de segurança. Além disso, também não haverá burocracia: todo o trajeto poderá ser feito com uma única passagem, que poderá ser comprada nos ônibus “alimentadores”, nos terminais de integração e nas estações de passageiros ao longo do trajeto.

Mas quem preferir, poderá validar cartões de passagens nessas estações ou até pela internet. As estações, assim como os ônibus e terminais de integração, serão seguras, confortáveis e acessíveis a idosos e portadores de deficiências. Além disso, animaizinhos de estimação, com até 10 quilos, também poderão viajar nesses ônibus.

Obras avançadas e 256 ônibus a caminho

No último mês de junho, as obras do BRT Metropolitano foram aceleradas, para aproveitar o verão, e hoje contam com mais de 30 frentes de trabalho. Já foram entregues à população quatro novas passarelas, das 13 previstas. Com 52 metros de extensão e apenas 600 ou 700 metros de distância entre elas, todas possuem, além de escadas, rampas para deficientes e ciclistas e, também, de acesso às estações do BRT. Segundo o NGTM, a previsão é que todas estejam prontas até o final do próximo mês de janeiro.

Outra obra importante é o viaduto de quatro pétalas do km 7 da BR. Junto com a nova avenida Ananin, ele ajudou a interligar a BR aos bairros da Cidade Nova e Guajará, agilizando o trânsito. O viaduto também facilitará o acesso dos ônibus “alimentadores” ao terminal de integração de Ananindeua.

Ele será um espaço amplo e confortável, com ar condicionado, elevadores, banheiros, bilheteria, lanchonete, Estação Cidadania, estacionamentos e bicicletários cobertos, para que os viajantes possam deixar seus veículos em segurança, enquanto viajam de BRT.

Só em Ananindeua, diz o NGTM, serão 10 linhas “alimentadoras”, que circularão pelos bairros. Já em Marituba, serão 12 dessas linhas, o que permitirá atender também a população do município de Benevides. Haverá linhas Expressas, que irão dos terminais de integração de Marituba e de Ananindeua até o terminal de São Brás, parando apenas ali e no Entroncamento. Outra linha, a “Parador”, que também sairá desses terminais, irá parando nas estações de passageiros da BR e da Almirante Barroso.

Já do terminal de São Brás sairão duas linhas, que irão até o centro de Belém. Uma seguirá pela Governador José Malcher até o Ver-o-Peso, retornando pela avenida Gentil Bittencourt. A outra seguirá pela avenida Conselheiro Furtado até a Praça da Bandeira, voltando pela rua dos Mundurucus. Em todos os casos, tudo será feito com a compra de apenas uma passagem. Ou seja: um morador de Marituba poderá adquirir o bilhete no ônibus “alimentador” de seu bairro, ou no terminal de integração, e ir até São Brás e daí até o centro de Belém, sem pagar mais nada.

Segundo o NGTM, todas as obras estão bastante avançadas e o projeto já entrou na fase de “operação do sistema”. Nela, o governo vai adquirir 256 ônibus para o sistema do BRT e a licitação já se encontra em andamento.

CRONOLOGIA

O BRT (Bus Rapid Transit, ou ônibus rápido) é um sistema de transporte de massa criado em 1974 pelo arquiteto e então prefeito de Curitiba (PR), Jaime Lerner. De lá, espalhou-se por várias grandes cidades brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Distrito Federal, por exemplo. Também se espalhou por vários países, como Estados Unidos, França, Itália, China. E hoje já pode ser encontrado em mais de 200 cidades do mundo. Entre elas, Los Angeles, Nova York, Londres e Paris.

No Pará, são dois sistemas de BRTs, um administrado pela Prefeitura de Belém, outro, o Metropolitano, pelo Governo do Estado. Mas ambos já formaram, no papel, um todo integrado e, no futuro, devem voltar a se integrar. É que todos fazem parte do projeto Ação Metrópole, que foi negociado pelo Governo do Estado, junto à Jica, ainda em 1991, para reorganizar o trânsito da RMB.

Mas o Ação Metrópole, que era dividido em três fases, enfrentou um atropelo por 20 anos. Resultado: a sua primeira fase só começou a ser executada entre 2006 e 2010, durante a administração da ex-governadora Ana Júlia Carepa, do PT. Em 2011, com Simão Jatene (PSDB), o Ação Metrópole voltou a emperrar. E o BRT Metropolitano, cuja construção poderia ter iniciado em 2012 ou 2013, só começou de fato em 2019, com a posse do governador Helder Barbalho (MDB).

Além do BRT Metropolitano, o Ação Metrópole inclui os elevados “Gunnar Vingren” e “Daniel Berg”; o prolongamento das avenidas Independência e João Paulo II, a recuperação da Rodovia Arthur Bernardes. O BRT Metropolitano, ou Sistema Integrado de Transporte da RMB (SIT), ainda será ampliado, em uma próxima etapa, a partir de Marituba.

Informações: Diário do Pará

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Governo do Pará entrega Avenida Ananin e novo viaduto na Rodovia BR-316

segunda-feira, 10 de julho de 2023

A população que mora na Região Metropolitana de Belém foi beneficiada pelo Governo do Pará, por meio do Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM), com a entrega da obra de duplicação da avenida Ananin, localizada no quilômetro 7 da Rodovia BR-316, em Ananindeua.

A via representa uma nova alternativa que traz mobilidade e integração, além de desafogar o fluxo de trânsito na rodovia. A cerimônia de inauguração ocorreu na manhã deste domingo (09) com a presença do governador Helder Barbalho e de autoridades.

Na ocasião, também foi liberado o tráfego de veículos no viaduto de quatro pétalas, que faz parte da obra de implantação do BRT e dá acesso à avenida Ananin. Helder Barbalho percorreu de bicicleta os 1,8 km de extensão da via até o bairro Guajará.
A duplicação da avenida iniciou no segundo semestre de 2021 e foi estruturada com a instalação de ciclovia, calçada com acessibilidade, faixas de pedestres, abrigos para passageiros de ônibus e paisagismo com mais de 30 árvores das espécies mangueira, ipê, açaizeiro, além da árvore de Ananin, que nomeia a avenida.

“A partir de hoje passa a estar liberada uma nova alternativa para o tráfego na região metropolitana, tendo uma nova via de acesso, interligando a BR-316 com parte da cidade de Ananindeua, com destaque para os bairros da Cidade Nova, Guajará, Paar, Curuçambá, 40 Horas e Icuí. A maior densidade de moradores de Ananindeua passa a ter uma nova alternativa que descentralizará o fluxo da rodovia Mário Covas e, também, permitirá iniciar o processo de entrega dos benefícios do maior projeto de mobilidade da região metropolitana que é o BRT”, declara o chefe do Executivo.

Uma “bicicleata” liderada pelo governador Helder Barbalho, com a participação de outras autoridades, marcou a entrega da nova avenida, obra executada por pelo Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM). Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.

Além de facilitar o acesso a diversos bairros de Ananindeua, a via é considerada estratégica pelo governo para a execução das próximas etapas do projeto do BRT Metropolitano, uma vez que possibilitará aos chamados “ônibus alimentadores”, que vão buscar os passageiros nos bairros, o acesso ao Terminal de Integração de Ananindeua, onde os ônibus expressos partirão para Belém, sem precisar trafegar pela rodovia BR-316.

Já o viaduto é interligado à avenida Ananin no sentido Marituba-Belém e ao Terminal de Integração de Ananindeua no sentido Belém-Marituba, sendo que neste último o acesso dos ônibus só será liberado com a finalização das obras do BRT Metropolitano. “Liberamos o fluxo do novo viaduto da BR e daremos prosseguimento ao longo dos próximos meses gradativamente avançando com as obras do BRT para que elas possam estar até maio de 2024 em pleno funcionamento, já com os ônibus elétricos que estarão servindo como novo modelo de redução de emissões no sistema integrado com terminais de integração”, destaca Helder Barbalho.

Ainda de acordo com o governador, com a conclusão das obras do BRT Metropolitano, a população da região metropolitana, que cresceu de forma expressiva nos últimos anos, terá uma estratégia de transporte coletivo organizada, integrada, sem explorar de forma tarifária o usuário e que permitirá a previsibilidade de horários durante as viagens nos coletivos.

Presente na cerimônia, o prefeito de Ananindeua, Daniel Santos, falou da importância da obra para o município. “Cada vez mais a gente vai melhorando a mobilidade, integrando vias. Queria agradecer a parceria do governo do estado. Essa via é fundamental para estar integrando todo o sistema viário da nossa cidade. E espero que o avançar das obras do BRT Metropolitana fortaleça ainda mais o nosso sistema viário”, pontua.

Informações: Diário do Pará
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BRT Metropolitano de Belém deve entrar em operação em 2024

domingo, 25 de junho de 2023

Cerca de 900 pessoas trabalham em diferentes pontos de atuação nas obras que resultarão na implantação do sistema BRT Metropolitano, infraestrutura que deverá causar melhorias à qualidade da mobilidade na Região Metropolitana de Belém (RMB). Com a previsão de que, caso tudo corra dentro do planejado, o sistema entre em operação assistida no primeiro semestre de 2024, as obras avançam ao longo dos mais de 10 km de extensão.

Para que seja possível dar seguimento a uma obra da complexidade que é a implantação do BRT Metropolitano sem interromper o trânsito ao longo da Rodovia BR-316, o diretor geral do Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM), Eduardo Ribeiro, explica que a obra é realizada em etapas. “Nós temos feito o possível para criar o menor transtorno possível para as pessoas. A gente tem procurado sempre manter as três faixas de tráfego e isso requer que a gente tenha uma sequência de obra em que, primeiro, é preciso fazer as canaletas”.
Portanto, para que se consiga executar as obras de drenagem com o mínimo de transtorno possível para os veículos que transitam pelo local, primeiro é preciso executar o pavimento rígido, que são as pistas de concreto por onde os ônibus do BRT irão transitar no futuro, para desviar o trânsito por cima delas. Assim, asseguram-se três faixas para o tráfego, possibilitando uma melhor condição na via durante a execução das obras de drenagem. “A sequência da obra é essa: execução de pavimento rígido e, com ele estabelecido, se desvia o tráfego de veículos para cima dele no trecho onde se estiver fazendo a drenagem”, explica Ribeiro.

“Nós estamos rasgando a pista para fazer a drenagem longitudinal que vai coletar as futuras águas dessa bacia do entorno da BR e das pistas. Essa é uma das maiores atividades da obra, uma das mais complexas porque é uma drenagem bastante profunda, com tubulações de grande diâmetro”.

Com esse serviço de drenagem realizado ao longo da BR-316 e a drenagem já realizada na avenida Ananin, onde foram assentados 3.400 metros de tubulação, as águas coletadas na BR poderão ser direcionadas para um corpo hídrico localizado no final da avenida Ananin, evitando acúmulo de água ao longo da rodovia. "Nós não estamos fazendo só as vias para o futuro BRT, nós estamos reurbanizando a BR, que vai deixar de ser uma rodovia urbana para ser uma grande avenida, criando melhores condições para o pedestre porque vai haver um passeio novo e ciclovias, as passarelas, as estações de passageiros, além de toda uma urbanização e paisagismo”.

Além das obras ao longo do corredor da rodovia BR-316, a implantação do sistema também inclui a execução dos terminais de integração de Ananindeua e Marituba, que já estão em fase de acabamento; a instalação das estações de passageiros; a instalação de 13 novas passarelas; quatro túneis que permitirão o acesso direto dos ônibus articulados que estiverem transitando pela canaleta da BR-316 aos terminais de integração, sem que seja necessário interromper o trânsito na rodovia; um viaduto de quatro pétalas no Km 7 da Rodovia BR-316 que se encontra quase pronto, além do Centro de Controle Operacional (CCO), localizado na avenida Augusto Montenegro.

Eduardo Ribeiro, aponta que o Centro de Controle Operacional também já está praticamente concluído. “O Centro de Controle Operacional fica na avenida Augusto Montenegro em uma área cedida pela Polícia Militar, que é uma localização estratégica pela questão de segurança e da comunicação. É um prédio que já está praticamente concluído, falta só a parte de instalação dos equipamentos de controle que deverão estar prontos já para a fase de operação assistida”, conta.

Também em fase de acabamento, o Terminal de Integração de Ananindeua, localizado no Km 7 da BR-316, contará com um módulo administrativo, onde devem ser oferecidos diferentes serviços ao cidadão. “A nossa previsão, em tudo correndo bem, é que no primeiro semestre do ano que vem a gente esteja com o sistema em operação assistida, já com os ônibus que o Estado vai comprar em operação assistida, e com a parte de infraestrutura praticamente toda concluída”.

MOBILIDADE

Quando finalizado, o projeto deverá contribuir de forma significativa para a mobilidade na Região Metropolitana de Belém, priorizando o transporte público e diminuindo o tempo de viagem até o centro da capital do Estado. “Com esse projeto implantado, nós vamos ter a condição de transportar, pelo transporte coletivo, através dos ônibus do BRT, até 170 mil pessoas por dia, sendo 20 mil pessoas no horário de pico”, aponta Eduardo Ribeiro.

Segundo aponta o diretor-geral do NGTM, hoje, uma pessoa que sai de Benevides e vai até o Ver-o-Peso pode levar até 5 horas dentro de um ônibus para ir e voltar, dependendo do horário da viagem. Com a implantação do BRT Metropolitano, a previsão é que esse tempo reduza para um deslocamento total de duas horas, entre ida e volta.

“Isso proporciona uma melhoria da qualidade de vida para a população que tem que acessar o centro, e das pessoas que moram em Belém e que vão ter a condição de melhor transporte também para os municípios da Região Metropolitana”, aponta. “Se uma pessoa que sai do centro de Belém para vir trabalhar aqui em Ananindeua puder fazer a viagem de ônibus em 40 a 45 minutos, a tendência é que ela deixe o carro em casa. Então, num primeiro momento, isso dá uma melhoria da condição de tráfego para todos os veículos e, o que é muito importante, priorizando o transporte coletivo”.

Como o BRT Metropolitano vai funcionar?

O diretor geral do Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM), Eduardo Ribeiro, explica que durante a operação do sistema BRT Metropolitano, vai sair uma linha de ônibus de Marituba que seguirá direto para São Brás. Essa linha irá se chamar ‘Expresso’, já que ela não para em nenhuma estação do corredor BR-316/Almirante Barroso.

Também irá sair uma linha chamada ‘Parador’, que sai do Terminal de Marituba e vai parando nas estações ao longo do corredor da BR-316 e avenida Almirante Barroso. A linha Expressa irá parar no terminal de São Brás e também fará um percurso na zona central de Belém, chegando até o Ver-o-Peso. Já a linha ‘Parador’ retorna de São Brás.

A mesma coisa ocorrerá no Terminal de Ananindeua, saindo uma linha Expressa e uma linha Parador.

Informações: DOL
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Em Belém, Concluída a escavação do primeiro dos quatro túneis do BRT Metropolitano

segunda-feira, 26 de setembro de 2022

Foi concluída nesta terça-feira (20) a escavação integral de um dos quatro túneis do BRT Metropolitano. Os túneis, também denominados Passagens Inferiores (PI), serão exclusivos para os ônibus do sistema BRT. Dois deles darão acesso ao Terminal de Integração de Ananindeua - na altura do KM-07 -, e os demais ao Terminal de Integração de Marituba, passando a entrada da Alça Viária. A previsão é que os quatro sejam concluídos nos próximos quatro meses.


“Com a conclusão da escavação invertida na PI de número 1, quer dizer que já temos uma condição de acesso de dentro do Terminal de Ananindeua para a BR-316. Ontem (20) foi concluída a etapa, e agora vamos partir para as obras de acabamento: laje inferior, revestimentos das estacas secantes e a parte de drenagem”, explicou o diretor-geral do Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM), engenheiro Eduardo Ribeiro. Os trabalhos nos outros três túneis, mais um em Ananindeua e dois em Marituba, prosseguem em ritmo acelerado.
De acordo com o titular do Núcleo, “as PIs serão os túneis de acesso dos ônibus do BRT Metropolitano que trafegarão nas canaletas centrais da BR-316, direto para os terminais, sem interferir com o fluxo da BR”. Ainda segundo Eduardo Ribeiro, os túneis variam de 100 a 160 metros de extensão, com 5,5 metros de altura.

Para essa construção, que faz parte do conjunto de obras executado dentro do projeto de restruturação dos primeiros 10,8 quilômetros da BR-316, a metodologia aplicada é inédita na região, segundo o NGTM, e reduz os impactos no dia a dia da população. “Aqui foi aplicada uma estrutura de túneis com estacas secantes e lajes de cobertura, para depois ser feita a escavação invertida. Uma obra executada sem desvio de tráfego ou fechamento da BR, o que provocaria uma descontinuidade de fluxo de veículos na rodovia, lembrando que a BR é a principal via de acesso a Belém, por onde trafegam cerca de 80 mil veículos por dia”, acrescentou o engenheiro.

Frentes de trabalho
O cronograma de obras do BRT Metropolitano prossegue em outras frentes, como fundações das passarelas para pedestres; avanço na construção do corredor do BRT Metropolitano no canteiro central da rodovia, entre o KM-04 e KM-09; continuidade da construção do viaduto de Ananindeua; lançamentos de drenagem; atividades nos terminais de integração (Ananindeua e Marituba) e obras de acabamento no Centro de Controle Operacional (CCO).

O NGTM, responsável pelos trabalhos na rodovia, orienta ainda os motoristas a seguirem por algumas vias alternativas para minimizar os transtornos, apresentando as seguintes sugestões: Entrada na capital - acessar a Avenida Independência, Avenida Centenário e Avenida Pedro Álvares Cabral ou a Rodovia Mário Covas e avenidas Augusto Montenegro ou João Paulo II; saída da capital - Avenida João Paulo II e BR-316 ou avenida João Paulo II, Mário Covas, Independência e BR-316.

Informações: O Liberal
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Grande Belém retoma normalidade após greve dos rodoviários

sexta-feira, 6 de maio de 2022

A greve dos rodoviários da Região Metropolitana de Belém (RMB) terminou nesta quinta-feira (5). Mas, muitos usuários foram pegos de surpresa pela informação e se atrasaram para seus compromissos.


Quem esperava por um coletivo nas paradas da BR-316, em Ananindeua, se deparou com atrasos e poucos ônibus. Um motorista, que não quis se identificar, relatou que alguns dos rodoviários também foram pegos de surpresa pela informação do encerramento da greve, o que atrasou a saída de parte da frota das garagens.

O anúncio do fim da greve ocorreu após a categoria aceitar, em assembleia, a proposta apresentada pela procuradora Gisele Góes, do Ministério Público do Trabalho (MPT), e o presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (TRT8), o desembargador Gabriel Velloso Filho, na audiência de conciliação entre a categoria e a patronal, na sede do TRT8, em Belém.

Foram mais de cinco horas de audiência, com diversas propostas para que os 12% de reajuste do salário-base, tíquete alimentação, clínica médica, centro de formação e a manutenção da função de cobrador urbano reivindicados pelos rodoviários fossem atendidos.

No entanto, esses ganhos serão de maneira parcelada com 5% imediato, outros 2% que serão inseridos até 1° de julho, em caso de isenção de impostos municipais e gerenciamento da taxa pela Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob), com retroativo a maio, e os outros 5% referente a desoneração do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do óleo diesel pelo Governo do Estado.

Apesar de ainda incerto, a categoria acredita que a desoneração dos tributos será aprovada para que os outros ganhos sejam logo incorporados. “Principalmente a desoneração dos tributos municipais, logo será aprovado pois já está pautada na Câmara Municipal e nos próximos dez dias deverá ser aprovada. E mesmo que não saia em dez dias, o tempo que for teremos esse ganho de maneira retroativa”, frisou Altair Brandão, presidente do Sindicato dos Rodoviários de Belém.

Para que a desoneração seja conquistada, o MPT e o TRT8 vão provocar o poder público para se manifestar favoravelmente. “Fazemos o apelo à Prefeitura de Belém e ao Governo do Estado para que se mostrem sensíveis a essa causa. Vamos protocolar juntos a eles reuniões para que possamos construir isso, que será benéfico para as empresas, trabalhadores e usuários de transporte”, disse o desembargador Gabriel Velloso.

COBRADOR

Mas, as conquistas da categoria também foram alcançadas pela manutenção da função do cobrador urbano, que corria risco de ser extinta, e até pela compensação dos dois dias referentes a greve.

“Conseguimos manter os cobradores urbanos, para não ter demissões. Em relação aos dois dias de greve, um dia será compensado pelas empresas e o outro o trabalhador poderá compensar num feriado”, completou Altair Brandão.

Para a patronal, a proposta também foi vista com aprovação. “Tínhamos o interesse em agradar os trabalhadores, apesar da conjuntura econômica. Esperamos que os tributos sejam desonerados, que subsídios públicos sejam aplicados, pois assim o compromisso será mantido e que os passageiros não sofram novos aumentos da tarifa dos ônibus”, concluiu Paulo Gomes, presidente do Setransbel.

Informações: DOL
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Governo do Pará começa a construir corredor do BRT Metropolitano

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

Uma das importantes etapas do projeto de requalificação da BR-316, que tem como objetivo implantar o sistema integrado de ônibus na Região Metropolitana de Belém, é a construção do corredor exclusivo do BRT Metropolitano. No canteiro central, serão 21.6 km de pavimento rígido – estrutura adequada para o modal – que iniciam esta semana dentro do cronograma das obras executadas pelo Governo do Pará, por meio do Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM).


A construção será dividida em três trechos a fim de minimizar os transtornos aos usuários da BR e ocorrerá ao longo dos primeiros 10.8 km da via. O primeiro será entre o viaduto da Mário Covas e a altura do KM 7, próximo ao Instituto Evandro Chagas (IEC). 

Durante o serviço, serão interditadas duas faixas da rodovia, uma em cada sentido. Por conta disso, o NGTM planejou que a etapa fosse dividida por trechos de 500 metros a fim de evitar extensos pontos de estrangulamentos e tentar minimizar os transtornos.

Nesta quarta-feira (1º), a área em obras começou a ser sinalizada, incluindo o remanejamento das barras de concreto e conta com o apoio de agentes do Departamento de Trânsito do Pará (Detran) na orientação aos motoristas, motociclistas, pedestres e ciclistas que trafegam ao longo da via. A expectativa é que até o início da próxima semana, operários e máquinas estejam em atividade no local.

Os outros dois trechos que vão receber a pavimentação rígida são: entroncamento até o viaduto do Coqueiro e, da altura do KM 7 até o Terminal de Integração de Marituba, no KM 10.8. Todo corredor do BRT deve ser construído até o próximo ano. 

“O pavimento rígido é uma faixa de circulação de ônibus do sistema BRT mais resistente, onde o ideal é que não sofra muitas oscilações, ao contrário do pavimento flexível, mais sujeito às oscilações devido ao revestimento de asfalto. Por isso, se prepara o terreno, aplica-se algumas bases até receber o concreto. Existe uma padronização do concreto utilizado no pavimento rígido como norma do DNIT [Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes]. Além disso, é uma etapa de obras em que dá um aspecto visual à construção do BRT”, explica o engenheiro Alberto Matta, diretor de obras do NGTM.


Paralelo à construção do corredor, novas equipes estão sendo formadas para dar andamento a outros trabalhos. Já está em andamento o segundo lançamento de drenagem. Ao todo, o trecho do projeto receberá cinco pontos, serviços que antecedem a drenagem a fim de reduzir os alagamentos na via e dar o devido escoamento das águas pluviais. Ainda para este mês de dezembro, estão previstos a retomada das obras do viaduto de Ananindeua e terminais de integração, Ananindeua e Marituba. Também deverá ocorrer a fundação de outras passarelas para pedestres, como na altura do KM 10, próximo à avenida Independência.  

Serão 10,8 km de extensão de obras de requalificação, que vão trazer melhorias na mobilidade urbana, como a redução de tempo no deslocamento dos usuários do transporte coletivo na Região Metropolitana de Belém (RMB), ampliação da oferta de transporte coletivo por ônibus, com integração operacional e tarifária, ainda o Centro de Controle de Operações (CC0), localizado no km 10 da rodovia Augusto Montenegro; 13 conjuntos de estações de passageiros do BRT Metropolitano; 13 novas passarelas; nova iluminação pública, calçadas com acessibilidade, ciclovias e paisagismo.

Por Michelle Daniel (NGTM)
Informações: Governo do Pará
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NGTM avança em obras de mobilidade urbana na Grande Belém

quinta-feira, 30 de setembro de 2021


O Governo do Estado vem executando diversas obras por meio do Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM), como as da rodovia BR-316, por exemplo, que devem beneficiar toda a região metropolitana de Belém. Na semana passada, o governador Helder Barbalho assinou o contrato de retomada dos serviços do BRT Metropolitano.

A medida assegura a conclusão das obras para melhoria do trânsito e benefício da população, tornando as viagens mais rápidas, seguras e confortáveis aos usuários. “Nos primeiros 10,8 km, a BR-316 deixa de ser uma rodovia para se tornar uma avenida. Além da implantação do BRT Metropolitano com as canaletas exclusivas, haverá os terminais de integração (Ananindeua e Marituba) interligando com as linhas municipais de Belém, Ananindeua, Marituba e Benevides” explica Eduardo Ribeiro, diretor geral do NGTM.

A mobilidade urbana é uma das questões centrais, ao se falar de trânsito, e de acordo com o diretor, é uma das preocupações centrais nas políticas públicas e nos investimentos do Governo do Estado na área.  As obras de requalificação da BR-316 representam um dos exemplos mais significativos dessa conduta. “Haverá ainda os modais para ciclistas com a implantação de ciclovias, tornando a via mais segura para o deslocamento desses usuários, e ainda para o transeunte da via, com a construção de calçadas e passarelas com acessibilidade garantindo uma travessia segura dos pedestres. A requalificação integra de forma segura o transporte público, transporte individual, ciclistas e pedestres”, acrescenta Eduardo.


O Núcleo também trabalha no planejamento de grandes intervenções em eixos viários da RMB, como a requalificação da rodovia Tapanã (entregue à população em outubro de 2020), avenida Padre Bruno Secchi, Rua Ananin, construção de cinco viadutos na Grande Belém e a BR-316 - promovendo estrutura necessária para a implantação do sistema integrado de transporte. “Todas essas intervenções têm como objetivo proporcionar maior fluidez no tráfego nessas vias”, frisa o diretor.

Este ano, o tema das Campanhas Educativas foram “No trânsito, sua responsabilidade, salva vidas”, com foco em redução nos acidentes e envolvendo as áreas de educação, engenharia e fiscalização de trânsito. As ações contemplam a discussão de questões relacionadas à infraestrutura viária brasileira, organização e alinhamento dos órgãos do Sistema Nacional de Trânsito (SNT), mobilidade urbana, convivência pacífica entre pedestres, ciclistas, motociclistas, entre outros aspectos.

“É preciso lembrar que o mais importante é a conscientização de todos na segurança do trânsito.  Que todos possam valorizar a vida, a sua e a do outro. Nesse sentido, o NGTM tem levado essa mensagem para os eventos que tem realizado junto à comunidade a fim de que todos façam a sua parte”, finaliza Eduardo Ribeiro.

Por Governo do Pará (SECOM)

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Capitais com preço da passagem semelhante a Belém têm ônibus com ar-condicionado


O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belém (Setransbel) quer aumentar o preço da passagem de ônibus em Belém, que atualmente custa R$ 3,60, para R$ 4,87. A proposta foi enviada na última terça-feira (23) para a Superintendência de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) e deixaria o bolso do belenense R$1,27 mais leve a cada trajeto, já que não há integração ou sistema de bilhete único na capital.

O aumento pedido pelos empresários, caso atendido, representaria um gasto mensal de R$ 214,28 para um trabalhador que pega dois ônibus por dia, ida e volta, para chegar até o emprego. Valor que representa 20,47% do salário mínimo atual estabelecido por lei no Brasil, que é de R$ 1.100. Para quem pega quatro ônibus por dia, o valor mensal, para quem trabalha de segunda a sexta, seria de R$ 428,56. Já quem trabalha de segunda a sábado gastaria 506,48 reais, 46% da renda mensal de quem ganha um salário mínimo.

Porto Alegre

Por aproximadamente o mesmo preço, R$4,80, Porto Alegre opera um sistema com aplicativo para localização em tempo real, com horários estimados por GPS, o que facilita o planejamento de quem depende do transporte público e precisa se organizar ao longo do dia.

Além disso, 47% da frota da capital gaúcha é climatizada, apesar da temperatura média da cidade oscilar entre 23 e 13 graus celsius em setembro. Há ainda um sistema de reconhecimento facial em 100% dos veículos e 91,4% dos veículos possuem instalação de plataforma elevatória.

O sistema também conta com bilhetagem eletrônica e atualmente é gerido no modelo de sociedade mista com controle acionário da prefeitura de Porto Alegre.

A cidade possui 1.492.530 milhão de habitantes, enquanto Belém possui 1,506,420 milhão de moradores. Porto Alegre, porém, tem um Produto Interno Bruto per capita acima de R$ 52 mil, mais que o dobro de Belém, com aproximadamente R$ 21 mil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística colhidos em 2018.

No momento, a recém-desestatizada Carris, que controla o transporte na capital gaúcha, pleiteia um aumento para R$5,05.

Caso a tarifa de ônibus em Belém seja estabelecida em R$4,87, conforme desejo do Setransbel, antes de um aumento ocorrer em Porto Alegre, a capital paraense assumirá a vice-liderança na lista das capitais com passagens de ônibus mais cara do Brasil, atrás somente de Brasília, que cobra R$5, mas com 100% de gratuidade para estudantes.

Além disso, Belém seguiria sem desfrutar de benefícios similares em relação às duas cidades e diversas outras vantagens já são realidade em outras cidades brasileiras, como o bilhete único (disponível para os moradores de São Paulo que pagam R$4,40) ou da integração entre modais diferentes (realizada em Fortaleza por R$3,60).

Justificativas

Em comunicado, o sindicato afirma que o último reajuste no valor foi realizado em 2019 e argumenta que o salário dos rodoviários e preço do diesel aumentaram de lá para cá.

A nota enviada para a reportagem argumenta que a capital paraense tem a segunda menor tarifa dentre todas as cidades do Brasil, mas a afirmação abre espaço para interpretações, pois o valor é único para qualquer trajeto em qualquer ônibus apenas uma vez, o que não ocorre na maioria das capitais brasileiras.

São Luís possui tarifa de R$3,20 para linhas não integradas, por exemplo, e de R$3,70 para linhas integradas, enquanto Recife conta com um sistema que permite baldeações para troca de veículo sem cobrança de uma nova passagem por R$3,75. Em Belém, dois trajetos custam R$7,20, sempre. 

Além disso, na capital pernambucana, os usuários podem pagar apenas metade da tarifa fora dos horários de pico - 9h às 11h e 13h30 às 15h30. Já Maceió, que cobrava R$3,65, passou a cobrar R$3,35 neste ano - ou seja, promoveu uma redução na tarifa mesmo diante dos revezes da pandemia de covid-19.

"O Sindicato esclarece, ainda, que o preço da passagem é calculado em função dos diversos custos envolvidos e quantidade de passageiros pagantes. Hoje, 25% dos usuários são de gratuidades, em uma realidade onde quase 50% da receita é para pagar os funcionários e 30% para ser investido em combustível e manutenções necessárias", afirma a entidade.

Prefeitura

Já a prefeitura de Belém afirma que estudos estão sendo realizados de acordo com a legislação em vigor e “no mais estrito interesse público, tendo em conta o período prolongado de pandemia da covid-19 e de crise econômica e social que o país atravessa. Além da necessária melhoria na qualidade do transporte público em Belém”.

Para que haja reajuste da tarifa de ônibus em Belém, a proposta precisa ser debatida no Conselho Municipal de Transporte.

Além do Setransbel e da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana fazem parte do Conselho o Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese) e o Sindicato dos Rodoviários.

Todo dia

Quando acorda de manhã, Rafael Menezes sabe que vai precisar sair de casa no máximo 6h50 para embarcar em um ônibus sem ar-condicionado no calor equatorial de Belém. E depois embarcar em outro, sem ideia do horário que ele irá passar, mas com plena certeza de que o veículo estará lotado. E que depois repetirá o trajeto na volta do trabalho para casa. E quando vai dormir depois de um dia cansativo, deita-se na cama sabendo que fará tudo de novo no dia seguinte - a não ser que esse dia seja um domingo, o único da semana em que ele não trabalha.

Rafael Menezes é um dos milhares de usuários de transporte coletivo em BelémRafael Menezes é um dos milhares de usuários de transporte coletivo em Belém (Ivan Duarte / O Liberal)

"Chego em casa duplamente cansado e duplamente estressado. Sei que dizem que o brasileiro sempre sonha com a casa própria, mas hoje em dia acho que sonha mesmo é em ter um veículo próprio", reflete ele, que trabalha no setor administrativo de uma escola no limite entre Ananindeua e Marituba.

Aos 26 anos, Rafael acredita que perde mais tempo e dinheiro do que deveria no transporte público. Ele mora em Belém, no bairro de Val-de-Cans, mas às vezes fica na casa da mãe, no Tenoné.

Seja qual for o ponto de partida, a ida dele para o trabalho é sempre caótica. Como tudo sempre pode piorar, enquanto era acompanhado pela reportagem, um acidente entre o ônibus que ele estava e um carro mordeu mais uma fatia do tempo de Rafael.

"Olha aí. A polícia tá lá fazendo o trabalho dela e a gente está aqui, esperando o desfecho dessa história para seguir para o trabalho. E o trânsito aqui na Augusto Montenegro, que já não é fácil diariamente, tá pior no dia de hoje. E todo mundo obviamente já tá atrasado, né?", esculhamba ele logo depois de se meter na confusão entre o motorista do ônibus e o do carro particular. Ele ficou mais nervoso ainda com a possibilidade de ter que pagar outra passagem, mas outro coletivo da mesma linha apareceu e todos os passageiros puderam embarcar nele sem custos adicionais.

Mas longe dele comemorar a conquista que o poupou R$3,60: "Só que aquela situação: a gente já saiu [dentro do ônibus] cheio lá do bairro e aí a aglomeração, a lotação, vai ser pior ainda", lembra.

São tantos problemas que Rafael nem sabe por onde começar. Ele acredita que as tarifas altas são só a superfície de um ecossistema de descaso com os usuários do transporte público de Belém, que se arrasta por anos.  Mas o estudante de jornalismo se esforça e escolhe qual é o pior de todos.

"Com certeza é o calor. A temperatura dentro do ônibus é absurda. De passar mal. Às sete da manhã já faz muito calor. E sempre está lotado, o que piora tudo. Você não consegue chegar seco em lugar nenhum, não consegue chegar arrumado, com o cabelo direito. Não consegue chegar cheiroso em nenhum lugar também", reclama ele.

Ar-condicionado

A reportagem conta para ele que 47% da frota de Porto Alegre possui ar-condicionado. Ele suspira, como criança que olha um brinquedo através da vitrine.

"É. Tá vendo só. Cidades mais amenas que a nossa já têm ônibus climatizado pra todo mundo. Como pode? Quase metade. Que sonho. Literalmente um sonho", diz ele, que toda vez que sente na pele os perrengues de ser belenense e depender de transporte público é tomado pela vontade de sair da cidade.

"Penso nisso todo dia, sabia? Se esse aumento sair, vou ter que repensar toda a minha vida. Sério. Ou pelo menos pensar toda vez antes de sair, se vale a pena. Enfim, dar um jeito de gastar menos. Hoje em dia percebo que as reclamações aumentam cada vez mais e não fazem nada. O valor é alto e injusto por conta da infraestrutura que é ruim e não me atende. Não atende a cidade como um todo. Não é rápido, nem integrado, nem confortável. Só anda mesmo de um lugar pro outro. Isso quando não dá prego", conta Menezes.

Rafael também acredita que a vida de muita gente é atrapalhada pela falta de horários fixos, já que os veículos não contam com GPS.

"Temos que sair com antecedência e tentar a sorte. Outra situação revoltante é esperar por um tempo longo e o motorista passar direto. Ou então arrancar quando ainda estão desembarcando. No caso da briga de hoje, percebi também que eles não têm treinamento para situações assim de acidente", conta.

Para ele, tudo seria mais fácil também se houvesse integração na cidade, o que ajudaria ele a economizar, já que a empresa fornece vale digital para ele, mas de apenas duas passagens diárias.

"A não ser agora com o BRT, mas não dá para chamar isso de integração. Pegar quatro ônibus para chegar em Ananindeua e pago por todos eles. Não é integração completa. Já pensei em usar bicicleta em um dos trechos, mas ainda não tive coragem de fazer isso, pois não tem estrutura cicloviária em Belém. Os ônibus demoram tanto para passar que as pessoas pegam mais de um só pra esperar menos. Pegam van, moto táxi, gastam mais dinheiro. Falta infraestrutura dentro dos bairros no sentido de ter vias de acesso aos bairros principais. O coletivo tem que dar voltas enormes lá no trânsito em outros bairros", lamenta.

Sem justificativa

Assim como Rafael, a autônoma Maria Baima acha que a qualidade do transporte público em Belém não justifica um aumento tão grande na tarifa.

Ela reclama que nunca um reajuste foi seguido de melhoria. "São uns ônibus tudo de péssima qualidade, você só vem amassado, lotado. É um custo alto pelo que a gente ganha. Uso ônibus para tudo. Primeiro teria que colocar o ar. A gente sofre muito com quentura. Quando chove e fecha as janelas fica insuportável. Ainda mais usando máscara", relata.

João de Assis estava acostumado com outra realidade em Goiânia. Ele veio para Belém há 10 meses para trabalhar e não sabia do pedido do Setransbel. Para ele, foi um choque já que ele nota os ônibus de Belém sempre "sujos e sucateados, uma bagunça".

"Rapaz, aqui é muito fraco. Goiânia é top de linha, ônibus tudo novo, quase tudo sem cobrador. São duas empresas só lá. Aqui você vê muitos ônibus velhos, várias empresas. Poderia melhorar um pouco. Colocar uns ônibus mais novos", diz.

Pontualidade

A arquiteta Bianca Bastos já utiliza com frequência o transporte público em Porto Alegre, especialmente no centro da cidade. Ela relata que apesar da distância entre os terminais de saída e o centro, os ônibus possuem horários rigorosos.

Ela elogia os terminais de integração da cidade, que podem ser utilizados com um cartão especial disponibilizado pela prefeitura.

"As informações de horário e trajeto são muito fáceis de seguir e entender. Sempre achei muito fácil me locomover lá. A última vez que fui foi em janeiro de 2020. Tava R$4,50 a passagem. Em compensação, os ônibus são muito bons. Inclusive nos terminais de integração dá para pegar ônibus para cidades da região metropolitana"

O casal Regina e Anderson Silva, nem mora em Belém, mas vive a dificuldade que é pegar ônibus na capital paraense quase todos os dias. Eles moram em Barcarena, mas com frequência trazem a filha, Clara Sofia no colo para a cidade, por conta do tratamento de fibrose cística em Belém. Só na última semana eles vieram três dias seguidos.

"É um absurdo. Para eles cobrarem um preço abusivo, eles tinham que dar qualidade para a população que anda no ônibus. Isso a gente não vê. Não acha nada bom. Não vejo melhoria. Tem que começar pelos cobradores. Tem cobradores que não respeitam as pessoas que utilizam o ônibus. Uma vez... como ela é portadora de fibrose cística e é menor, ela tem prioridade de sentar na frente. A moça [cobradora] simplesmente não deixou. Ela disse que eu tinha que passar e assim eu fiz. Nesse dia chorei. É isso que é pegar ônibus", desabafa.

Quatro ônibus por dia de segunda a sábado hoje

R$374,40 por mês = 34% do salário mínimo

Quatro ônibus por dia caso o pedido do Setransbel seja acatado

RS$506,48 = 46% do salário mínimo 

Aumento seria de 35%, mais que o dobro da inflação de 14% registrada desde junho de 2019, quando ocorreu o último aumento 

Tarifa pelas cidade

Brasília (Distrito Federal) - R$5

Belém (nova tarifa proposta pelos empresários) - R$4,87

Belo Horizonte (Minas Gerais)  - R$4,86

Porto Alegre (Rio Grande do Sul) - R$4,80

Salvador (Bahia)  - R$4,40

São Paulo (São Paulo)  - R$4,40

Florianópolis (Santa Catarina)  - R$4,38

Goiânia (Goiás)  - R$4,30

Curitiba (Paraná) - R$4,25

Campo Grande (Mato Grosso do Sul)  - R$4,20

João Pessoa (Paraíba) - R$4,15

Cuiabá (Mato Grosso)  - R$4,10

Rio de Janeiro (Rio de Janeiro) - R$4,05

Porto Velho (Rondônia) - R$4,05

Rio Branco (Acre)  - R$4

Vitória (Espírito Santo)  - R$4

Teresina (Piauí)  - R$4

Natal (Rio Grande do Norte) - R$3,90 até R$4

Palmas (Tocantins) - R$3,85

Manaus (Amazonas) - R$3,80

Boa Vista (Roraima) - R$3,75 até R$4,80

Macapá (Amapá) - R$3,70

Aracaju (Sergipe) - R$3,50

Belém (com a tarifa atual) - R$3,60

Fortaleza (Ceará)  - R$3,60

Recife (Pernambuco)  - R$3,75 até R$5,10

Maceió (Alagoas)  - R$3,35

São Luís (Maranhão)  - R$3,20 até R$3,70

Informações: O Liberal

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