Terminal Ipiranga e Corredor Oeste do BRT Sorocaba são entregues *** No Rio, Passageiro do BRT passou a economizar mais com a nova integração dos modais de transporte *** No Recife, Linha 412 – TI Santa Luzia/TI Getúlio Vargas entra em operação nesse sábado *** Reclamações sobre ônibus urbanos em São Paulo aumentaram em 2023 *** Tarifa Zero em Natal custaria R$ 16 milhões por mês, mostra estudo *** Justiça aceita recurso da Procuradoria Geral de SP e libera Trem Intercidades *** Aeroporto do Recife é eleito o melhor do Brasil *** Tarifa zero aumenta número de passageiros, mostra estudo da NTU *** SIGA O BLOG MEU TRANSPORTE
Mostrando postagens classificadas por data para a consulta Americana. Ordenar por relevância Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens classificadas por data para a consulta Americana. Ordenar por relevância Mostrar todas as postagens

Justiça aceita recurso da Procuradoria Geral de SP e libera Trem Intercidades

domingo, 28 de abril de 2024

A Procuradoria Geral do Estado (PGE) conquistou uma importante vitória judicial nesta quinta-feira (25). O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) aceitou recurso da administração paulista e derrubou a liminar que suspendia a assinatura do contrato de concessão do Trem Intercidades (TIC) Eixo Norte, que vai ligar a capital a Campinas em dois novos serviços ferroviário e também abrange a Linha 7-Rubi da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que vai até Jundiaí. A assinatura do acordo é prevista para maio.

No quarta-feira (24), o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de São Paulo havia obtido uma decisão provisória que impedia a continuidade dos trâmites para a formalização do acordo entre o Governo do Estado e o consórcio C2 Mobilidade Sobre Trilhos – há dois meses, o governador Tarcísio de Freitas bateu o martelo no leilão vencido pelo grupo brasileiro Comporte e pela chinesa CRRC.

No recurso apresentado ao TJ-SP, a PGE argumentou que as alegações do sindicato de supostas irregularidades eram frágeis e que o descumprimento do cronograma de concessão provocaria prejuízos diretos tanto aos cofres públicos como à população. O investimento estimado do projeto do TIC Eixo Norte é de R$ 14,2 bilhões, em valor atualizado pelo IPCA em 2024.

Na decisão que derrubou a liminar que atendia ao pedido do sindicato, a desembargadora Maria Laura Tavares destacou a necessidade de aguardar as manifestações do Governo de São Paulo na ação.

Além do serviço expresso entre São Paulo e Campinas, o empreendimento engloba a implantação do Trem Intermetropolitano (TIM), entre Campinas e Jundiaí, e a concessão da Linha 7-Rubi da CPTM. O consórcio C2 Mobilidade Sobre Trilhos será responsável pela operação, manutenção, modernização e exploração das receitas geradas por 30 anos pelo transporte ferroviário de passageiros do sistema TIC Eixo Norte.

Mais cedo, em Americana, o governador disse que estava tranquilo em relação ao cronograma da concessão. “Estou muito confiante na fortaleza dos nossos argumentos à Justiça, na fortaleza daquilo que a gente estruturou, no sucesso desse empreendimento. Não vamos perder o prazo para assinatura de contrato, o Trem Intercidades vai ser uma realidade que a gente quer fazer e nós vamos fazer. Vitória é uma questão de atitude. Se a gente quer botar um Trem Intercidades aqui na região, nós vamos botar um Trem Intercidades aqui na região. Por que nós vamos fazer isso? Porque é importante. A gente está falando de R$ 14,2 bi de investimentos”, declarou Tarcísio.

Informações: Governo de SP

READ MORE - Justiça aceita recurso da Procuradoria Geral de SP e libera Trem Intercidades

Carris é vendida para empresa de Viamão por R$ 109,9 milhões

terça-feira, 3 de outubro de 2023

Na tarde desta segunda-feira (2), a Prefeitura de Porto Alegre realizou o leilão de privatização da Carris, no auditório da Secretaria Municipal de Administração e Patrimônio (SMAP). O lance ganhador foi de R$ 109.951.500,00 da Empresa de Transporte Coletivo Viamão Ltda, que já opera linhas na região Metropolitana da Capital.

O leilão tinha como valor mínimo R$ 109,8 milhões e inclui a venda de todas as ações e o patrimônio, como ônibus e terrenos, e a concessão, por 20 anos, de 20 linhas operadas pela companhia, o que representa 22% do sistema de transporte coletivo da Capital. O primeiro lance da vencedora foi de R$ 2 mil a mais do que o mínimo, que aumentou após pedido da Prefeitura na negociação verbal.

Para o prefeito Sebastião Melo, (MDB), a privatização pode melhorar o sistema de transporte público. “Essa desestatização significa qualificar o serviço, porque você tá diminuindo o custo, isso influi na passagem, nova frota”, disse. Ainda, sobre o interesse de somente duas empresas, Melo relatou que não ficou surpreso. “O sistema de transporte público faliu antes da pandemia e se escancarou na pandemia. Se lá atrás pode ter sido lucrativo, hoje é bastante complicado. Hoje me parece que não é um mercado tão atrativo. Gostaria que tivesse mais empresas, mas R$ 110 milhões é uma expectativa maior do que o próprio edital para esse processo”, afirmou.

A titular da Secretaria Municipal de Parcerias, Ana Pellini, concordou com a avaliação do prefeito, e considerou o processo bem sucedido. “R$ 110 milhões por uma empresa que tem déficit há 10 anos, que tem problema com uma folha inchada, é um ótimo resultado, se pensar que não teve ação judicial, nenhuma liminar, não teve cautelar do Tribunal de Contas, não teve nada”, disse.

A empresa vencedora foi fundada em 1953 e tem uma frota atual de 290 ônibus ativos que operam linhas metropolitanas, entre Viamão e Porto Alegre, e linhas urbanas dentro de Viamão, além de atuar também em Alvorada. Segundo Otávio Marco Antônio Bortoncello, diretor da empresa, a companhia de Porto Alegre seguirá se chamando Carris e, após a incorporação, estima-se que a frota total da empresa será de 550 veículos. Conforme o edital, cerca de 60 ônibus precisarão ser adquiridos até o final do primeiro ano de atuação.

“O transporte está no DNA da nossa empresa, essa paixão nos promoveu a investir muito mais. Obviamente, se fosse olhar só o investimento, hoje em dia é mais fácil aplicar no mercado financeiro do que empreender. Então às vezes tem que ser um pouco arrojado e aceitar esse desafio, realmente é um grande desafio”, afirmou Darci Norte Rebelo Jr, assessor jurídico da Viamão.

A Viação Mimo Ltda., de Sorocaba (SP), também participou do certame, porém não apresentou garantia de um dos itens do edital e foi desclassificada. Como a Comissão Especial de Contratação da Prefeitura tem 15 dias para a análise da documentação habilitatória da primeira colocada, ainda cabe recurso contra a desclassificação.

Se as exigências forem aprovadas e após serem vencidas todas as etapas de eventuais recursos, a empresa será declarada vencedora em publicação feita no Diário Oficial de Porto Alegre (Dopa). Os contratos de venda das ações e de concessão dos serviços devem ser assinados até o primeiro trimestre do próximo ano, após a realização de todas as etapas previstas no edital.

Entre as razões apresentadas pela Prefeitura para a privatização da empresa, estão o alto custo de operação da companhia e a necessidade de investimentos para qualificar o serviço, como a compra de novos ônibus. Contudo, os críticos da privatização vão lembrar que ela chegou a ser uma das melhores empresas de transporte do País, sendo considerada a melhor empresa de transporte coletivo do Brasil, em premiação concedida pela Associação Nacional dos Transportes Públicos (ANTP), nos anos de 1999 e 2001. Para os críticos, a queda seria consequência do modelo de gestão adotado pela Prefeitura nas últimas décadas.

Fundada em 1872, como Companhia Carris de Ferro Porto-Alegrense, a empresa começou a operar uma linha de bonde entre o Centro e o bairro Menino Deus, ainda puxado a mulas. Em 1908, coloca em circulação o primeiro bonde elétrico da cidade. Em 1953, em razão da precarização do serviço e da gestão da americana Bond & Share houve a encapação da empresa.

As mais conhecidas da Carris, as linhas Ts, transversais, começam a circular em 1976, no período de implantação de corredores de ônibus da Capital. Às linhas Ts, de 1 a 4, soma-se no ano seguinte a Campus Ipiranga, que liga o Centro ao Campus do Vale da UFRGS, recém inaugurado. Durante os governos da Frente Popular, ocorre a expansão das linhas, de 5 a 10, a criação da T1 Direta e da Linha Turismo. Em 2006, é criada a T11 e, em 2016, a linha T12.

Informações: Sul 21

READ MORE - Carris é vendida para empresa de Viamão por R$ 109,9 milhões

Em SP, Linhas de ônibus voltam a circular pela Av. São Miguel

quinta-feira, 20 de julho de 2023


A SPTrans informa que a partir da 0h de sábado, 22 de julho, 21 linhas voltarão ao seu itinerário normal pela Avenida São Miguel, na altura do número 8.301, após o fim da interferência em uma faixa da via no sentido Centro.

Acompanhe as linhas que retornam ao itinerário:

2080/10 Cid. Kemel - Term. Aricanduva
2583/10 Vl. Curuçá - Term. Aricanduva
2678/10 Oliveirinha - Term. Pq. D. Pedro II
2678/41 Jd. Camargo Novo - Term. Pq. D. Pedro II
273G/10  Jd. Helena - Metrô Artur Alvim
273G/21 Jd. Noêmia – Metrô Artur Alvim
273X/10 Jd. das Oliveiras – Metrô Artur Alvim
2772/10 Jd. Nazaré – Metrô Penha
307C/10 Conj. Encosta Norte – Metrô Artur Alvim
N304/11 Term. São Miguel – Term. Aricanduva
Ida: normal até a Av. São Miguel e no trecho da referida obra utilizar apenas uma das faixas liberadas, prosseguindo normal.
Volta: sem alteração.

1178/10 São Miguel - Pça. do Correio
2552/10 Vl. Mara - Term. Pq. D. Pedro II
2552/41 Jd. São Martinho - Term. Pq. D. Pedro II
2582/10 Vl. Nova Curuçá - Term. Pq. D. Pedro II
2626/10 Jd. Nazaré - Term. Pq. D. Pedro II
2666/10 Jd. Camargo Velho - Term. Pq. D. Pedro II
2666/21 Jd. Camargo Velho - Term. Pq. D. Pedro II
2769/10 Jd. Romando - Metrô Tatuapé
2770/10 CPTM José Bonifácio - Metrô VL. Matilde
3301/10 Term. São Miguel – Term. Pq. D. Pedro II
Ida: normal até a Av. São Miguel e no trecho da referida obra utilizar apenas uma das faixas liberadas, prosseguindo normal.
Volta: sem alteração.

2702/10 Vl. Americana - Metrô Artur Alvim
Ida: normal até a Av. São Miguel e no trecho da referida obra utilizar apenas uma das faixas liberadas, prosseguindo normal.
Volta: sem alteração.
READ MORE - Em SP, Linhas de ônibus voltam a circular pela Av. São Miguel

Eletra celebra 7 meses de operação de ônibus elétricos em Salvador e Vitória

quarta-feira, 3 de maio de 2023

A Eletra comemorou, na última semana, sete meses de circulação de seu novo e-Bus 12,5 em duas das mais importantes capitais brasileiras – Salvador (BA) e Vitória (ES) -, com ampla aceitação de usuários e operadores de transporte. O e-Bus é um ônibus elétrico inteiramente fabricado no Brasil pela Eletra, com chassi Mercedes-Benz, carroceria Caio e motor elétrico, inversor e bateria WEG.

No Espírito Santo, o primeiro dos quatro veículos encomendados pelo Governo do Estado começou a operar na Grande Vitória no dia 27 de setembro de 2022, ligando as cidades de Serra e Cariacica à Avenida Beira-Mar, na capital. Em Salvador, o primeiro dos oito e-Bus adquiridos pela Prefeitura Municipal entrou em operação, em fase de testes, no dia 30 de setembro. O lançamento foi no Parque da Cidade, com a presença do prefeito Bruno Reis.

Todos os ônibus elétricos previstos nos contratos já foram entregues pela Eletra e estão em operação normal, com passageiros.
São veículos de piso baixo, ar condicionado, wi-fi e capacidade para 70 passageiros, com emissão zero de poluentes e baixíssimo nível de ruído.

Têm autonomia de até 250 km e velocidade máxima de 60 km/h. Um de seus equipamentos de bordo é o INbus, que permite visualizar a lotação em tempo real.

LINHA COMPLETA
O e-Bus 12,5m faz parte da mais completa linha de ônibus elétricos da América Latina, todos fabricados no Brasil com tecnologia nacional.

São seis novos modelos, desenhados para atender às diferentes características topográficas e urbanas de qualquer cidade brasileira ou latino-americana.

Lançada no segundo semestre de 2022, a linha e-Bus é o resultado da parceria da Eletra com algumas das principais empresas de transporte público sustentável no Brasil.

e-Bus 10m – Midi (chassi Mercedes-Benz, carroceria Caio, motores elétricos, inversores e baterias WEG).
e-Bus 12,1m (chassi Mercedes-Benz, carroceria Caio, motores elétricos, inversores e baterias WEG);
e-Bus 12,5m (chassi Mercedes-Benz, carroceria Caio, motores elétricos, inversores e baterias WEG);
e-Bus 12,8m – Padron (chassi Mercedes-Benz, carroceria Caio, motores elétricos, inversores e baterias WEG);
e-Bus 15m (chassi Scania, carroceria Caio, motores elétricos, inversores e baterias WEG);
e-Bus 21,5m – Articulado (chassi Mercedes-Benz, carroceria Caio, motores elétricos, inversores e baterias WEG).
A Eletra desenvolve também o e-Trol, um ônibus elétrico desenhado especialmente para operações em vias segregadas e BRT (Bus Rapid Transit), com um inédito sistema de catenárias para recarga de baterias durante o trajeto e ampla autonomia sem contato com a rede aérea.  

Todos os veículos da Eletra são produzidos hoje numa ampla área de 27 mil m² na Via Anchieta, em São Bernardo do Campo, coração industrial da Grande São Paulo.

Na nova fábrica, que entrou em operação em maio do ano passado, a Eletra terá capacidade de produzir 150 ônibus elétricos/mês, ou até 1.800/ano, podendo aumentar essa produção em 50%, dependendo da demanda.

A ampliação das instalações faz parte de um plano de investimentos cujo objetivo é posicionar a empresa como a principal indústria nacional de veículos elétricos pesados.
“Nossa meta é ser a maior montadora brasileira de ônibus elétricos, com tecnologia inteiramente nacional ” - diz Milena Braga, CEO da Eletra.

HISTÓRIA
A Eletra é uma empresa 100% nacional, com foco em tecnologia de tração elétrica e integração de sistemas elétricos para transporte de passageiros e carga.

Foi fundada em 1999, em São Bernardo do Campo, por um grupo empresarial com mais de um século de experiência em transporte público.

Pioneira em tecnologia de tração elétrica no Brasil, a Eletra capacitou-se nos últimos anos para atender à demanda por ônibus elétricos de todos os estados e municípios que aprovaram planos de renovação de suas frotas.

1999: produz o primeiro ônibus elétrico híbrido articulado do Brasil;
2001: primeiro Padron elétrico híbrido;
2002: primeiro trólebus fabricado no Brasil;
2003: finalista do The World Technology Awards 2003 (São Francisco-EUA), o Oscar da tecnologia mundial;
2013: primeiro ônibus 100% elétrico articulado fabricado no Brasil;
2015: primeiro retrofit de caminhão diesel para elétrico;
2017: participa da produção dos protótipos do e-Delivery, o primeiro caminhão elétrico mundial da Volkswagen;
2017: lança o Dual-Bus 13,8m, veículo que pode rodar como híbrido e trólebus ou como híbrido e elétrico puro;
2019: lança o Dual Bus 15m;
2021: fabrica o primeiro carro-forte 100% elétrico no mundo, em parceria com a Protege;
2022: dá início ao lançamento de seis novos modelos e-Bus 100% elétricos: 10m, 12,1m, 12,5m, 12,8m, 15m e 21,5m, além do e-Trol.
2022: começa a operar em uma nova e ampla unidade industrial no km 16 da Via Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP).

Informações: Folha ABC
READ MORE - Eletra celebra 7 meses de operação de ônibus elétricos em Salvador e Vitória

Mercedes-Benz lança linha de ônibus 2023 com motores Euro 6

domingo, 14 de agosto de 2022

A Mercedes-Benz do Brasil, maior fabricante de chassis de ônibus do País e líder histórica de vendas do segmento, lança sua linha de produtos 2023 na Lat.Bus Transpúblico 2022 – Feira Latino-americana do Transporte. Juntamente com a 35ª edição do Seminário Nacional NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos), este é o maior evento da mobilidade no Brasil e na América Latina, que ocorre, entre 9 e 11 de agosto, na São Paulo Expo, Rodovia dos Imigrantes, km 1,5, na capital paulista.

A linha de ônibus 2023 traz uma grande novidade para o mercado: novos motores diesel com a exclusiva tecnologia BlueTec 6 da Mercedes-Benz. Esta é a solução robusta e eficiente da marca para atendimento à legislação de emissões Proconve P8, equivalente à norma Euro 6, que entrará em vigor no Brasil em janeiro de 2023 para veículos comerciais pesados.

Seis modelos do novo portfólio com motores Euro 6 estão sendo lançados nessa Lat.Bus: o chassi de micro-ônibus LO 916, os modelos OF 1721 e OF 1726 L e os novos O 500 M 1928, O 500 UA 2938 (articulado) e O 500 RSD 2445 para aplicações rodoviárias.

Além disso, a Mercedes-Benz traz outra grande atração para o evento, com a apresentação do chassi de ônibus elétrico urbano eO500U, lançado virtualmente no ano passado devido à pandemia. Na área externa do pavilhão de exposições, a marca disponibiliza aos visitantes demo-drive do ônibus elétrico e uma demonstração real do sistema de frenagem de emergência ABA5 no O 500 RSDD Euro 6.

“Pensando nas pessoas e na sociedade, nossas equipes sempre olham com muita atenção para a mobilidade, o meio ambiente e a qualidade de vida. Dessa forma, sempre trazemos novas soluções eficientes e confiáveis para o transporte de passageiros”, afirma Roberto Leoncini, vice-presidente de Vendas e Marketing Caminhões e Ônibus da Mercedes-Benz do Brasil. “Para esta edição da Lat.Bus, mais uma vez iremos mostrar vários frutos desse compromisso, entre produtos e serviços, com novidades para o segmento urbano e para o setor rodoviário”.

De acordo com o executivo, a Mercedes-Benz nunca deixou de apresentar soluções e inovações para o mercado nesses mais de 65 anos de história no Brasil. “Nossa Empresa sempre esteve na vanguarda do desenvolvimento de ônibus. E só chegamos até aqui porque sempre pensamos no coletivo”, destaca Roberto Leoncini.

Tecnologia desenvolvida e amplamente testada no Brasil

As novas versões de motores a diesel OM 924 LA, OM 926 LA e OM 460 LA Euro 6 foram desenvolvidas no País para a realidade brasileira, sendo amplamente testadas em bancos de provas do Laboratório de Emissões na fábrica da Empresa em São Bernardo do Campo (SP), no Campo de Provas de Iracemápolis (SP) e ainda em ruas e estradas.

“Nossas equipes de Engenharia e Desenvolvimento, em parceria com várias áreas da Empresa, vêm trabalhando nos motores Proconve P8 (Euro 6) há alguns anos, o que resultou na acentuada diminuição das emissões de poluentes”, diz Roberto Leoncini. “São 80% de redução nas emissões de Óxido de Nitrogênio (NOx) e 50% de redução nas emissões de Material Particulado (MP) em relação aos motores Proconve P7 (Euro 5)”.

Para se ter uma ideia do avanço da tecnologia e os benefícios para a qualidade do ar, o volume de NOx que apenas um ônibus emitia em 1999, época do Proconve P2, é equivalente ao total de 56 ônibus no Proconve P8. Em MP, o que um ônibus emitia no P2 é o mesmo de 134 veículos no P8.

“A tecnologia BlueTec 6 da Mercedes-Benz trará contribuição muito importante para a qualidade do ar e a preservação do meio ambiente. Esses benefícios serão especialmente notados no transporte urbano de passageiros e nas cidades, que poderão desfrutar de um ar mais limpo”, diz Roberto Leoncini. “Isso reafirma o compromisso da nossa marca com a mobilidade sustentável e o ecossistema do transporte responsável”.

Para chegar à solução tecnológica BlueTec 6, foram 5,4 milhões de quilômetros rodados em testes no Campo de Provas e nas ruas, além de 20.000 horas de testes de durabilidade em bancos de prova e cerca de 250 protótipos de motores. O objetivo é assegurar a melhor solução para os clientes do Brasil e de diversos mercados de exportação.

O conceito básico da tecnologia BlueTec 6

A tecnologia BlueTec 6 é uma combinação aplicada aos motores Mercedes-Benz que resulta numa solução robusta de pós-tratamento de emissões, formada por três módulos: DOC (catalisador de oxidação), DPF (filtro de partículas) e SCR (Redução Catalítica Seletiva). É a atuação conjunta desses três componentes que permite atender aos requisitos do Euro 6, reduzindo drasticamente as emissões de poluentes.

Para o gerenciamento térmico dos gases do motor, a tecnologia BlueTec 6 inclui a Válvula EGF com borboleta no tubo de escape. Com isso, a borboleta da válvula do freio-motor pneumático tradicional, usado para frenagem do veículo, foi substituída por um atuador remoto inteligente que controla eletronicamente a posição. Sua função é aumentar a temperatura dos gases do motor para o sistema de pós-tratamento para início de operação.

Os veículos com tecnologia BlueTec 6 também são equipados com um novo On Board Diagnostics (OBD). O objetivo é evitar adulterações e facilitar o reparo de falhas relacionadas a emissões. Esse componente detecta falhas e alerta o motorista, armazena códigos de falhas e restringe o desempenho do motor.

“Com o BlueTec 6, a Mercedes-Benz oferece aos clientes e ao mercado uma solução robusta e eficiente”, diz Walter Barbosa, diretor de Vendas e Marketing Ônibus da Mercedes-Benz do Brasil. “Asseguramos a qualidade e a confiabilidade de uma Empresa pioneira que é referência no desenvolvimento, produção e venda de veículos comerciais no Brasil há mais de 65 anos. Uma marca que conta ainda com a expertise da Daimler Buses, companhia líder global em ônibus”.

Motores BlueTec 6 asseguram ganhos econômicos para os clientes

“Nossa solução para o Proconve P8 (Euro 6) também assegura ganhos econômicos para os clientes”, afirma Walter Barbosa. “Entre as vantagens, posso citar também a reconhecida facilidade de manutenção dos ônibus da marca e a intercambiabilidade de peças e componentes entre diversos modelos da nossa linha de produtos”.

O executivo ressalta ainda a confiabilidade da tecnologia Mercedes-Benz na introdução do BlueTec 6 no mercado, com várias melhorias sugeridas por clientes. O resultado é a oferta de novos motores brasileiros com robustez para aplicação no País.

Os motores Euro 6 da Mercedes-Benz estão aptos para uso do Biodiesel até 15%, com Diesel S10, como para outros biocombustíveis alternativos, como o HVO com 100%.

Três novos motores Mercedes-Benz Euro 6, com várias faixas de potência e torque, equipam os chassis de ônibus da marca no portfólio 2023:

· OM 924 LA: 163 cv / 610 Nm (LO 916)

· OM 924 LA: 185 cv / 700 Nm (OF 1519 R e OF 1619)

· OM 924 LA: 208 cv / 780 Nm (OF 1621, OF 1721 e OF 1721 L)

· OM 926 LA: 260 cv / 900 Nm (OF 1726 e OF 1726 L)

· OM 926 LA: 310 cv / 1.250 Nm (O 500 R)

· OM 460 LA: 381 cv / 1.900 Nm (O 500 MA, O 500 UA, O 500 MDA, O 500 UDA, O 500 RS e O 500 RSD)

· OM 460 LA: 449 cv / 2.200 Nm (O 500 RSD e O 500 RSDD)

A mais completa linha cada vez mais compatível com o meio ambiente

É da Mercedes-Benz a mais completa linha de ônibus do mercado brasileiro. Com micros, ônibus convencionais e padron, articulados e superarticulados, oferece soluções para todas as demandas do transporte coletivo urbano, sejam em linhas troncais de sistemas como BRT (Bus Rapid Transit), corredores e faixas exclusivas, como em vias alimentadoras e distribuidoras que interligam os bairros às regiões centrais.

Para o segmento rodoviário, o portfólio da marca inclui vários modelos para curtas, médias e longas distâncias, bem como para fretamento e turismo, desde carroçarias convencionais a versões High Decker e Double Decker. Além disso, fornece chassis de ônibus para atender licitações públicas, como o Caminho da Escola do FNDE e programas estaduais.

Além dos modelos que estão sendo lançados na Lat.Bus Transpúblico, toda a linha de chassis de ônibus Mercedes-Benz, a mais completa do mercado, passa a contar com novos motores que atendem ao Proconve P8 (Euro 6). Veja no final desse texto, a tabela completa do portfólio 2023.

Diversas novidades da nova linha 2023 trazem ainda mais vantagens para os clientes em termos de economia, eficiência, redução de emissões e praticidade no dia a dia da operação e no encarroçamento. Alguns itens são de série e outros opcionais, conforme o modelo e a escolha do cliente:

· Novas transmissões: manual, automatizada e automática.

· Mais informações para extração de dados para telemetria com a conexão FMS 4.0.

· Novo painel de instrumentos com tela central colorida: facilita a visualização de forma prática e mais interativa.

· ECOdrive: função que auxilia o motorista a dirigir de forma econômica por meio de feedbacks em tempo real no painel, com navegação por seis telas diferentes.

· Driver Score: mostra uma visão resumida com a pontuação do motorista, permitindo que ele melhore o dia a dia da sua performance na direção do veículo.

· Volante multifuncional de teclas: facilita a navegação para o motorista, sem que ele tire as mãos do volante. Isso aumenta a segurança na direção, com o motorista podendo dedicar mais atenção ao tráfego das ruas ou das estradas.

· Regulagem da coluna de direção: torna a condução do veículo ainda mais confortável e prática.

· Regulagem da coluna de direção: torna a condução do veículo ainda mais confortável e prática.

· Dynamic Torque: possibilita ajustes de torque do motor de forma dinâmica.

· Sistema de desligamento automático do motor: se o veículo está ocioso por 5 minutos, essa tecnologia desliga o motor, reduzindo o consumo e a emissão de poluentes.

· Novos recursos de interface do chassi com a carroceria: diagnose de componentes da carroceria.

· Reorganização e agrupamento da central elétrica.

· Polia adicional para ar-condicionado.

Chassis O 500 rodoviários trazem novidades em transmissão e tecnologias de segurança

Para um casamento perfeito com as novas potências e torques do motor OM 460 Euro 6, os chassis O 500 rodoviários RS, RSD e RSDD ganharam uma nova transmissão mecânica Mercedes-Benz GO 230 de 6 marchas. Além disso, também está disponível aos clientes a nova transmissão automatizada ZF Traxon de 12 marchas, com melhor escalonamento de marchas. A alavanca seletora agora está localizada na coluna de direção.

Essa transmissão automatizada oferece importantes recursos que auxiliam no dia a dia do motorista. Entre eles, auxílio de manobra em marcha lenta, aviso de desgaste da embreagem e indicação do status da função PowerMode e EcoRoll no painel de instrumentos.

Com o avanço das novas tecnologias, a marca Mercedes-Benz, com a linha O 500, tornou-se referência de mercado em segurança ativa para ônibus rodoviários. Diversos recursos vêm sendo desenvolvidos para auxiliar o motorista nas estradas e nas entradas e saídas das cidades, onde encaram situações como chuva, nevoeiro, pedestres, ciclistas e outros veículos.

O notável pacote de avançadas tecnologias dos ônibus rodoviários Mercedes-Benz O 500 ganhou 10 novos recursos na linha 2023:

· ABA5, quinta geração do sistema de frenagem de emergência da Mercedes-Benz que detecta objetos e pedestres em movimento.

· Transmissão automatizada ZF Traxon de 12 marchas.

· Sistema auxiliar de freio Intarder - Retarder de última geração.

· IHC, controle inteligente de farol alto.

· Freio de estaciomento com comando eletrônico.

· SGA, assistente de ponto cego na lateral do veículo.

· ESS, sinalização de parada de emergência.

· Aviso de atar cinto de segurança para o motorista.

· Sistema de freio de porta aberta, que somente libera os freios com a porta de entrada fechada.

· Preparação para inibidor de partida.

Primeiro lote de vendas de ônibus Mercedes-Benz Euro 6 para a Volare

A Mercedes-Benz do Brasil estará fornecendo 60 unidades de veículos Euro 6 do modelo LO 916 para a Volare. Este é o primeiro volume negociado de chassis de ônibus da marca com a tecnologia BlueTec 6 e tem previsão para entrar em operação no ano que vem.

Com uma parceria sólida desde 2010 no fornecimento de veículos para a Volare, empresa líder no segmento de micro-ônibus, a Mercedes-Benz do Brasil reforça a sua presença e liderança no mercado, agora também, com a tecnologia Euro 6.

Informações: SEGS
READ MORE - Mercedes-Benz lança linha de ônibus 2023 com motores Euro 6

Prefeito de Cuiabá estuda criação de comissão técnica sobre às obras do VLT

domingo, 10 de julho de 2022

Após dois dias dedicados a discussões intensas voltadas à análise do novo modelo de transporte público que será definitivamente implementado entre Cuiabá e Várzea Grande, VLT ou BRT, o prefeito Emanuel Pinheiro anunciou que estuda a possibilidade de criação de uma comissão técnica para colocar fim ao imbróglio que se arrasta há mais de oitos anos entre as cidades, que contam com obras inacabadas.

Segundo o Chefe do Executivo Municipal, uma das soluções que serão propostas junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), é a viabilidade do Município assumir a continuidade dos trabalhos já executados, objetivando a finalização do modal existente. A alegação ocorreu na tarde desta sexta-feira (08), nas dependências do Palácio Alencastro, durante recepção à Comissão de Viação e Transportes da Câmara Federal, acompanhada da presença do deputado federal Emanuel Pinheiro Neto, o Emanuelzinho. 

"Revelo em primeira mão que pretendemos criar um instrumento normativo, ou seja, uma comissão técnica e jurídica para propor nos autos do processo, junto ao TCU, se possível for, que Cuiabá assuma a implantação do VLT apenas na capital e, no caso de Várzea Grande, a liberdade de ter uma opinião divergente", pontuou o gestor.  Pinheiro ponderou ainda que trata-se de um debate complexo e minucioso. Desta forma, preconizou que, para dar sequência aos próximos passos, é necessário aguardar a emissão de um parecer por parte da Comissão de Viação e Transporte da Câmara Federal, com a interferência direta do Poder Judiciário Estadual e Nacional.  

"Sabemos da complexibilidade, não é uma matéria fácil, mas estamos com um problema que perdura por anos e a população não pode permanecer no sofrimento que está. O transporte coletivo melhorou muito até aqui, porém seus usuários e a cidade merecem estar no rol das mais modernas e sustentáveis do país. Vamos aguardar o relatório da comissão, do TCU, além de outras discussões que encontram-se na justiça", reiterou. 

Na ocasião, a Comissão da Câmara Federal vistoriou oito locais entre os municípios vizinhos, sendo eles, a Avenida Fernando Corrêa, viaduto Jornalista Clóvis Roberto, Avenida Palmiro Paes de Barros, no viaduto que dá acesso ao município Santo Antônio do Leverger, Largo do Rosário, Avenida Historiador Rubens de Mendonça (do CPA), viaduto Jamil Boutros Nadaf, a cidade de Várzea Grande, Avenida da FEB e por fim, o Centro de Manutenção e Controle Operacional (CMCO) do VLT Cuiabá-Várzea Grande, local de armazenamento dos trens do VLT.

Conferência Municipal

Nesta quinta-feira (07), a Prefeitura de Cuiabá realizou a primeira Conferência Municipal Sobre o Modal de Transporte Público (VLT X BRT), no auditório da Associação Matogrossense dos Municípios (AMM). O encontro teve como finalidade examinar a real eficácia dos modais, por meio da garantia da participação popular. 

A iniciativa reuniu, além da administração pública, demais poderes como a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Prefeitura Municipal de Várzea Grande, Câmaras Municipais de Cuiabá e Várzea Grande, Federação do Comércio de Bens e Serviços, Associação Latino Americana de Ferrovias, Associação Brasileira de Indústria Ferroviária (Abifer), Universidade Federal de Mato Grosso, Conselho Regional de Arquitetura, além da sociedade civil organizada, entre outros convidados. 

Informações: Prefeitura de Cuiabá
READ MORE - Prefeito de Cuiabá estuda criação de comissão técnica sobre às obras do VLT

Nova mobilidade urbana revela o futuro dos deslocamentos

quarta-feira, 8 de julho de 2020

Deslocar-se de um ponto para outro, dentro de uma mesma cidade, pode ser uma tarefa mais difícil do que deveria.

Longas distâncias, centros pulverizados e um custo relativamente alto no transporte constroem algumas das dificuldades que o brasileiro apresenta ao exercer a sua mobilidade. O crescimento expansivo da tecnologia permitiu uma clara transformação em áreas consolidadas na sociedade através das novas possibilidades e dos novos arranjos socioculturais.

Em meio a essa revolução nos sistemas, novos métodos surgiram e têm modificado, ou complementado, o pensamento sobre temas como medicina, comunicação e alimentação. Com a mobilidade urbana, essa relação não é diferente.

"A aplicação de novas tecnologias para mobilidade é a revolução em si", explica Tomás Izquierdo, diretor de transporte urbano e interurbano da Indra, multinacional de consultoria e tecnologia com presença na Espanha e na América Latina. Essa revolução propiciou o surgimento de um novo setor dentro da mobilidade. A nova mobilidade, como é denominada, consiste na união entre os aplicativos para smartphones e novos modelos de economia compartilhada que atuam no tema. Inserindo outros agentes na prestação de serviços de deslocamento, principalmente com os aplicativos de viagens sob demanda, empresas e startups passaram a observar a mobilidade urbana como um ambiente propício para novas realidades.

Com presença em mais de 700 cidades ao redor do mundo, a Uber, empresa norte-americana de viagens sob demanda, foi uma das pioneiras na ideia do e-hailing (ato de requisitar um veículo via dispositivo eletrônico). Fundada em 2009, a companhia tem, no Brasil, o seu segundo maior mercado, atrás apenas dos Estados Unidos, e iniciou a venda das suas ações em maio deste ano na bolsa de valores de Nova Iorque, sendo cotada em US$ 82 bilhões.

O estudo Mapa da Qualidade de Vida de 2018, realizado pelo Grupo Zap em 12 capitais do Brasil, apontou que 52% dos habitantes já utilizam os aplicativos de mobilidade para se locomover, reforçando a presença do brasileiro na nova mobilidade. O sucesso do modelo de transporte individual foi além das quatro rodas. As bicicletas e os patinetes elétricos inseriram meios de deslocamento que resultaram na micromobilidade, que consiste em deslocamentos em pequenas distâncias.


Na prática, empresas como a Grow Mobility - união entre a brasileira Yellow e a mexicana Grin, que, juntas, operam mais de 135 mil bicicletas e patinetes elétricos ao redor do mundo - identificaram um nicho de mercado para percursos menores. A entrada desses agentes no mercado da mobilidade acabou estimulando viagens de curta distância, que antes as pessoas não realizariam. Para Izquierdo, essas tecnologias já quebraram as barreiras para melhorar a conectividade e a acessibilidade, resultando em um transporte mais eficaz. "A micromobilidade trouxe elementos de transformação, cuja evolução deve levar a uma menor dependência dos veículos tradicionais e a uma mobilidade mais sustentável", conta.

No início dos anos 2000, acreditava-se que a internet traria menos necessidade de deslocamentos. Em paralelo às facilidades que a conectividade trouxe, ela também influenciou no compartilhamento de informações sobre outros lugares, trânsito e o espaço de modo geral. "Com tanta informação e recurso, na prática, a internet propiciou um aumento na mobilidade, a qual, no Brasil, veio junto com a melhora que tivemos na renda e a facilidade para aquisição de veículos", explica o arquiteto, urbanista e docente da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Júlio Vargas.


Empresas como a Grow Mobility identificaram um nicho de mercado para percursos menores. Foto: Grow Mobility.

A "nova classe média", termo criado por Marcelo Neri, diretor do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV), tem papel fundamental na lógica atual da mobilidade urbana. De 2003 a 2008, o número de brasileiros considerados pobres caiu em 3 milhões. A ascensão da classe D para a classe C acompanhou o aumento expressivo no número de veículos, somado ao crescimento do poder aquisitivo no período, refletiu no aumento das taxas de mobilidade do brasileiro.

Para além desses fatores, as empresas que se inseriram no setor dos deslocamentos apresentam facilidades que antes não existiam, e isso reflete em uma maior participação popular nos transportes. "Além da mobilidade geral ter aumentado por essas questões gerais de renda, novas oportunidades e mais atividades para fazer, as empresas estão oferecendo veículos ou sistemas de transportes que podem estimular as pessoas a se mexerem ainda mais", conta Vargas.

Pobres têm mais dificuldade de se locomover


Transporte público por ônibus perdeu 35,6% dos passageiros pagantes em pouco mais de 20 anos. Foto:Claiton Dornelles / JC.

Mobilidade é definida como uma propriedade dos seres humanos e dos objetos para se mover. Embora tenha um conceito simples, ela compreende diversos componentes que a influenciam diretamente. Idade, tamanho da família, posse de carro e renda fazem parte dos fatores estruturais que interferem na prática da mobilidade urbana.

Na relação entre idade e mobilidade, as crianças e os idosos se movimentam menos do que as que estão em uma fase produtiva. Uma família com menos integrantes se desloca mais do que as maiores. Isso ocorre pelo fato de não conseguirem dividir certas tarefas e também pela facilidade de se locomoverem em um grupo menor. A posse de carro, principalmente na lógica voltada para o sistema rodoviário, tem grande impacto no exercício da mobilidade individual. Quando se considera a faixa econômica, os pobres se movimentam menos do que os ricos.

"Além dos fatores estruturais, as situações conjunturais exercem forte impacto na realização dos deslocamentos", explica Nívea Oppermann, docente de Arquitetura e Urbanismo na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) e vice-diretora do programa de Cidades do WRI Brasil. Nívea refere-se a momentos históricos que ultrapassam os fatores individuais e atingem a coletividade. "A crise econômica faz com que as pessoas viajem menos, uma vez que acaba existindo mais desemprego, mais subemprego e, consequentemente, menos atividades."

O sonho de adquirir um automóvel, principalmente nas classes mais baixas, persiste no Brasil. Foto: Getty Images.

O sonho de adquirir um automóvel, principalmente nas classes mais baixas, persiste no Brasil. Segundo Nívea, o acontecimento desse fenômeno deve-se ao fato de o transporte público não atender às demandas da população, como lentidão e o aumento no preço das passagens, mas também se sustenta na ideia de que as pessoas estão indo morar mais longe dos centros.

No início deste ano, o portal Mobilize-se, voltado para mobilidade urbana sustentável, comparou tarifas básicas do transporte coletivo e o impacto do preço da passagem no orçamento mensal dos habitantes de diferentes cidades. Como resultado, na cidade chinesa de Shenzhen, os habitantes desprendem 1,94% dos seus ganhos mensais com transporte coletivo, sendo líder positivo no quadro do portal. 

A diminuição da demanda ocorreu especialmente a partir de 2014, atingindo perda média acumulada de 25,9% dos usuários pagantes. Foto: Folhapress.

O aumento nos preços das passagens de ônibus no País encontram relação direta com a queda no número de passageiros. Segundo a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), em seu anuário publicado em 2018, o transporte público por ônibus perdeu 35,6% dos passageiros pagantes em pouco mais de 20 anos. Com menos pagantes para dividir o custo da operação e com pouco, ou quase nenhum, subsídio para as empresas controladoras, o preço das passagens aumenta e o serviço acaba sendo precarizado, uma vez que a oferta não diminui na mesma proporção em que diminui o número de usuários.

A diminuição da demanda ocorreu especialmente a partir de 2014, atingindo perda média acumulada de 25,9% dos usuários pagantes. Com preços mais atrativos e um serviço mais confortável, os aplicativos de deslocamento também se nas classes mais baixas e reforçam o distanciamento da população com o transporte público. 

Falta de regulamentação causa dúvidas sobre conceito

Comodidade, velocidade e baixo custo são alguns dos pontos que explicam o sucesso da nova mobilidade no Brasil e no mundo. De modo geral, a entrada massiva dos aplicativos de mobilidade urbana está diretamente ligada a empresas privadas. Esse é o caso dos maiores agentes atuais do mercado, como Uber, Cabify, 99 e Grow Mobility.

"Como a atuação desses modelos é muito dinâmica, o poder público tem muita dificuldade, tanto para entender o funcionamento quanto para regulamentar e estabelecer regras."Foto: Cabify

A Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU), sancionada em 3 de janeiro de 2012, instituiu as diretrizes da mobilidade urbana brasileira, classificou termos e priorizou o transporte público coletivo sobre o individual motorizado. Sem especificações para a mobilidade que surgia através dos aplicativos, foi em 2018 que a Lei Federal nº 13.640 passou a regulamentar o transporte individual de pessoas e deu aos municípios brasileiros, e ao Distrito Federal, o direito de estabelecer o funcionamento dos aplicativos.

Devido à pressão dos setores favoráveis aos aplicativos, a lei de 2018 não compreendeu as exigências iniciais, que previam uma placa vermelha de identificação, a obrigatoriedade de ser proprietário do veículo com o qual trabalha e a necessidade de uma licença semelhante à dos taxistas, que são regulados pelo Estado. Para a docente de Arquitetura e Urbanismo da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), Nívea Oppermann, se fazem necessárias a incorporação das novas mobilidades e sua regulamentação: "Como a atuação desses modelos é muito dinâmica, o poder público tem muita dificuldade, tanto para entender o funcionamento quanto para regulamentar e estabelecer regras".

STF veta leis municipais que proibiam Uber, 99 e Cabify. Foto: Barna Bartis.

A presença de carros, bicicletas e patinetes, relacionados à nova mobilidade, trouxe um importante debate sobre qual era o papel deles dentro da cidade. Conforme Tomás Izquierdo, diretor de transporte urbano e interurbano da Indra, o Estado vai, aos poucos, entendendo seu papel dentro dessa lógica: "Os gestores públicos devem, no futuro, usar a tecnologia para trazer serviços simples e com custo reduzido para os habitantes". Para ele, o futuro da mobilidade se concentra na tendência das parcerias público-privadas, que devem ser firmadas com o intuito de fornecer e gerenciar dados de maneira regulada.

No mesmo dia em que a Uber se lançou na bolsa de valores de Nova Iorque, o Supremo Tribunal Federal (STF) validou o uso de aplicativos de transporte individual no País. Os ministros, por unanimidade, consideraram inconstitucionais leis municipais que buscavam limitar a atuação das empresas em Fortaleza e em São Paulo.

Por Eduardo Lesina no Jornal do Comércio.

READ MORE - Nova mobilidade urbana revela o futuro dos deslocamentos

Grande Campinas: 'Cartão Bus +' vai substituir bilhetes de concessionárias e vales de papel

quinta-feira, 27 de junho de 2019

A Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) começou a implementar o novo cartão que vai unificar o sistema de bilhetagem dos 371 ônibus da frota da Região Metropolitana de Campinas (RMC). O "Cartão Bus+" vai substituir bilhetes de concessionárias e vales de papel.

O Consórcio Bus+ compreende as empresas que operam as 145 linhas nas 20 cidades da região. Os usuários do sistema que utilizam atualmente bilhetes eletrônicos e também vales-transportes de papel devem se atentar às datas para liquidar os créditos:

Bilhetes eletrônicos valem até 30 de setembro deste ano
Vales de papel serão comercializados até 30 de agosto e devem ser usados até 15 de novembro
No caso do modelo atual de bilhete comum, a recarga pode ser feita até 30 de junho. Para o modelo escolar, 31 de julho.

Como substituir o cartão
Os passageiros devem fazer o cadastro no site do consórcio, com prazo para a retirada do cartão de três dias úteis, ou em 18 pontos de atendimento. [Veja lista de locais abaixo]

As empresas que concedem vale-transporte também podem fazer a mudança online. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 0800 777 2870.

Postos para cadastro e venda

Americana - Terminal Metropolitano de Americana - De segunda a sexta-feira, das 8h às 17h50.
Artur Nogueira - Rodoviária de Artur Nogueira- De segunda a sexta-feira, das 8h às 17h30.
Campinas - Terminal Metropolitano de Campinas - De segunda a sexta-feira, das 8h às 19h. Sábados, das 8h às 13h.
Cosmópolis - Rodoviária de Cosmópolis - De segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.
Hortolândia - Garagem da Boa Vista - De segunda a sexta-feira, das 8h às 17h30.
Indaiatuba - Rodoviária de Indaiatuba - De segunda a sexta-feira, das 8h às 12h, e das 13h às 17h30.
Itatiba - Rodoviária de Itatiba - De segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.
Jaguariúna - Rodoviária de Jaguariúna - De segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.
Monte Mor - Rodoviária de Monte Mor - De segunda a sexta-feira, das 8h às 17h30.
Morungaba -Terminal de Morungaba - De segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.
Nova Odessa - Terminal Rodoviário de Nova Odessa - De segunda a sexta-feira, das 8h às 17h50.
Paulínia - Rodoviária de Paulínia- De segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.
Santa Bárbara d’Oeste - Terminal Metropolitano de Santa Bárbara - De segunda a sexta-feira, das 8h às 12h, e das 13h às 13h30.
Santo Antônio de Posse - Garagem da Jota Jota - De segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.
Sumaré - Garagem da Ouro Verde - De segunda a sexta-feira, das 5h às 17h50.
Valinhos - Rodoviária de Valinhos - De segunda a sexta-feira, das 8h às 17h50.
Vinhedo - Terminal de Vinhedo - De segunda a sexta-feira, das 8h às 17h50.
Vinhedo - Terminal do Bairro Capela - De segunda a sexta-feira, das 8h às 17h50.
Postos somente para venda

Engenheiro Coelho - Rodoviária de Engenheiro Coelho - Segunda a sábado, das 8h às 18h.
Monte Mor - Terminal Benini - Segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
Pedreira - Rodoviária de Pedreira - Segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.
Sumaré - Rodoviária de Sumaré - Segunda a sexta-feira, das 8h às 17h50.

Modalidades de cartões Bus+
Segundo a EMTU, o novo sistema vai beneficiar cerca de três milhões de usuários do transporte público em cinco modalidades: "Cidadão", "Vale-transporte" (VT), "Escolar", "Sênior" e "Especial". Os créditos poderão ser recuperados após o cancelamento do cartão.

Cidadão - Pode ser usado 20 vezes no mesmo dia.
Vale-transporte - concedido pelo empregador aos colaboradores.
Escolar - estudantes e professores da RMC, que se enquadram na legislação vigente, têm direito ao Passe Livre e Passe ½ Tarifa. Veja detalhes no site do consórcio.
Especial - isenta do pagamento da tarifa as pessoas com deficiência, cuja gravidade comprometa sua capacidade de trabalho, bem como menores de 16 anos com deficiência.
Sênior - para pessoas com idade igual ou superior a 60 anos e garante a gratuidade nas linhas metropolitanas da RMC.
O Consórcio BUS+ é formado pelas empresas: Transportes Capellini, Expresso Metrópolis Transportes e Viagens, Transportadora Salamanca, Expresso Fênix Viação, Expresso Jota Jota e Auto Viação Campestre.

Informações: G1 Campinas


Colabore com o Blog Clicando nos anúncios da página
READ MORE - Grande Campinas: 'Cartão Bus +' vai substituir bilhetes de concessionárias e vales de papel

Seja Mais Um a Curtir o Blog Meu Transporte

BRT Aricanduva

Ligeirão NORTE-SUL / Curitiba

 
 
 

Prefeitura de São Paulo anuncia retomada do Complexo Viário que ligará Pirituba à Lapa

Número de passageiros no Metrô de São Paulo cresceu em 2023

Como os trens de alta velocidade estão modernizando e desenvolvendo a Ásia

Em SP, Apenas 3 em cada 10 domicílios ficam perto de estações de metrô e trem

NOVO BRT RIO


Brasil precisa sair da inércia em relação aos ônibus elétricos

Brasil tem mais de cinco mil vagões de trem sem uso parados em galpões

LIGAÇÃO VIÁRIA PIRITUBA-LAPA


Seja nosso parceiro... Nosso e mail: meutransporte@hotmail.com

Prefeitura do Rio inaugura o Terminal Intermodal Gentileza

‘Abrigo Amigo’ registra 3,5 chamadas por dia em Campinas

Ônibus elétricos e requalificação dos BRTs tornam transporte eficiente e sustentável em Curitiba

Brasil prepara lançamento do primeiro VLT movido a hidrogênio verde

Informativos SPTrans

Nova mobilidade urbana revela o futuro dos deslocamentos

Em SP, Passageiros elogiam Tarifa Zero aos domingos

Porto Alegre terá 12 ônibus elétricos na frota em 2024

Recife: Motoristas mulheres são mais confiáveis no transporte coletivo junto aos usuários

Obras do VLT em Curitiba devem custar cerca de R$ 2,5 bilhões

VLT no terminal Gentileza


Com metrô, Salvador deixou de emitir mais de 45 mil toneladas de CO2 em oito anos

Barcelona dá transporte gratuito para quem deixar de usar carro

Os ônibus elétricos do Recife começaram a circular em junho de 1960