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Investimento marca ações da PBH em mobilidade urbana em 2022

quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

O ano de 2022 foi marcado pela implementação de soluções para a mobilidade urbana pela Prefeitura de Belo Horizonte. Entre as realizações, estão o acordo para repasse de subsídio e melhoria no transporte coletivo, anúncio de investimentos robustos nas avenidas Afonso Pena e Amazonas e viadutos em travessias sobre a Cristiano Machado. Além da construção da área de escape, no Anel Rodoviário, ampliação e adequação de ciclovias e das pistas preferências para os ônibus na cidade, entre outras melhorias. 

O ano começou com a discussão de medidas para solução das questões relacionadas ao transporte público da cidade. Em abril o assunto começou a ser debatido junto à Câmara Municipal, e a lei autorizando o subsídio para o transporte coletivo municipal – impactado pela pandemia de covid-19 - foi publicada em julho. 

O repasse mensal melhorou a prestação do serviço para os usuários do transporte coletivo na capital e também manteve o mesmo valor da passagem. O quantitativo de viagens aumentou para um mínimo de 21.708 nos dias úteis, 30% a mais do estava sendo realizado. As empresas também estão obrigadas a realizar 528 viagens no período noturno, entre meia-noite e 3h59. 

Obras em avenidas

A Prefeitura de Belo Horizonte conseguiu em 2022 US$ 100 milhões – US$ 80 milhões em operação de crédito e mais US$ 20 milhões em contrapartida da PBH - para investimento em obras de mobilidade na avenida Amazonas. O projeto prevê a criação de faixas exclusivas para o transporte coletivo, abrigos para os pontos de ônibus e readequação de calçadas com foco na acessibilidade. Também foi anunciado investimento de R$ 20 milhões para a requalificação da Afonso Pena, que terá rotas prioritárias para o transporte coletivo, ciclovia e tratamento de calçadas. 
Novos trechos de faixas exclusivas e preferenciais foram implantados nas avenidas do Contorno e dos Andradas, além de consultas públicas realizadas para ampliar o debate com a sociedade e dar continuidade aos projetos de prioridade ao transporte coletivo na cidade.

Outra obra importante, já iniciada, é a implantação do viaduto na interseção das avenidas Cristiano Machado e Waldomiro Lobo, no bairro Guarani. A infraestrutura integra um conjunto de obras de mobilidade planejadas para dar mais fluidez ao tráfego do vetor norte e melhorar o desempenho do transporte coletivo. Além desta etapa, estão em andamento projetos para as interseções da avenida Cristiano Machado com as avenidas Sebastião de Brito e Saramenha. 

De acordo com o secretário Municipal de Obras e Infraestrutura, Leandro Pereira, o ano de 2022 foi positivo para o setor de obras da PBH, o que permitiu o início de grandes empreendimentos pela cidade. “Finalizamos esse exercício com o maior volume de recursos executados nos últimos anos: isso significa mais mobilidade urbana. O prefeito Fuad trouxe-nos a missão de promovermos uma cidade mais feliz, mais alegre e mais dinâmica. Por meio das nossas obras e empreendimentos, estamos focados e comprometidos com esse compromisso”, ressaltou.  

Segurança no Trânsito 

Área de Escape do Anel Rodoviário - Outra grande ação de mobilidade de Belo Horizonte em 2022 foi o início da operação da Área de Escape do Anel Rodoviário. A PBH assumiu a contratação e execução do projeto em 2021, mesmo o Anel Rodoviário sendo uma área de responsabilidade do governo federal, e a obra foi entregue no início de agosto de 2022. O projeto foi desenvolvido pela BHTrans e a execução das obras foi feita com a supervisão da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap). 

Primeira área de escape realizada por iniciativa do poder público no Brasil, o equipamento evitou, em cerca de três meses de operação, quatro tragédias. A área fica no trecho entre a BR-040 e o trevo do bairro Betânia, a poucos metros do acesso ao bairro Buritis, na chamada “descida do Betânia”. O local foi escolhido estrategicamente pelo tamanho da área necessária para a construção, o ângulo de aproximação em relação à curva e a distância do trecho onde ocorrem as retenções. 

Mobilidade Ativa 

Ciclovia da Orla da Pampulha - Em julho a Prefeitura concluiu as obras de reforma da ciclovia da Orla da Pampulha, no trecho de 7,1 km de extensão, que fica entre a rua Garopas e o Clube Belo Horizonte e com isso todos os 18 km da ciclovia ficaram no nível da calçada, oferecendo assim mais segurança e conforto para os ciclistas. 

Além da elevação da pista de bicicletas, a reestruturação contou com a ampliação da largura da ciclovia para 2,5 metros – compatível com ciclovias bidirecionais e com grande fluxo de ciclistas –, a instalação de separação física da pista de caminhada por jardins e adequações geométricas. Além disso, foi feita a readequação de toda a micro drenagem do trecho, novas sinalizações de placas e pintura no solo e a execução de travessias de pedestres elevadas em todas as interseções da pista de tráfego dos veículos, com o objetivo de proporcionar conforto e segurança aos pedestres, sobretudo os com mobilidade reduzida. 

Bicicletas compartilhadas - Como parte das ações da Semana Nacional do Trânsito, em setembro, o sistema de bicicletas compartilhadas de Belo Horizonte foi ampliado com 10 novas estações e 100 bicicletas na Área Central da capital. A implantação de sistemas de compartilhamento de bicicletas é uma iniciativa para aumentar os deslocamentos utilizando bicicletas e incentivar a utilização delas pela cidade. Os equipamentos compartilhados estão em consonância com as diretrizes do Plano Diretor de Mobilidade Urbana de Belo Horizonte, o PlanMob- BH que vem sendo construído em conjunto com a sociedade civil.

Pedestres - Foram mais de 3.496 mil novas placas de sinalização nas vias capital e mais de 77 mil metros quadrados de pintura de solo, sendo 268 faixas de pedestre na Área Central. Foram 59 novos redutores de velocidade (quebra-molas), 41 rampas de acessibilidade em calçadas e 203 abrigos de ponto de ônibus implantados. A cidade chegou ao total de 3.743 travessias semaforizadas, sendo 46 novas neste ano. 

Educação para Mobilidade

Maio Amarelo e Semana do Trânsito - Após dois anos em que as ações do Maio Amarelo e da Semana Nacional do Trânsito, iniciativas para debater e conscientizar a população sobre o alto índice de mortes e feridos no trânsito, ficaram dedicadas à internet, a BHTrans, com apoio do Observatório Nacional de Segurança Viária, voltou a fazer ações durante todo o mês de maio e em uma semana de setembro. As intervenções ocorreram em escolas, empresas, praças e ruas conscientizando e conversando com a população sobre segurança viária e a participação de todos para salvar vidas. Na Semana Nacional também foi realizada  uma campanha para os motociclistas sobre "ponto cego". 

BHTrans Educa - Foram realizadas mais de 636 campanhas e ações educativas pelas equipes da BHTrans Educa, entre blitzes com motociclistas, orientações aos pedestres, palestras em escolas e empresas, entre outros. Ao todo foram mais de 23 mil pessoas atendidas pelas ações educativas. 

Emplacamento de carroças e registro de condutores - Atendendo a uma demanda antiga da população para coibição de abusos cometidos contra animais de tração, além do apoio à comunidade carroceira por meio da promoção de oportunidades de emprego e renda, em janeiro a Prefeitura iniciou uma grande ação com os carroceiros na capital. Em uma mobilização conjunta, realizada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, BHTrans e SLU, foram vacinados 310 animais, emplacados mais de 100 veículos e cadastrados mais de 250 tutores até o início de julho. Os animais também foram microchipados, as carroças vistoriadas, para garantir o cumprimento das regras para o tráfego de veículo de tração animal em via pública, e os carroceiros receberam as instruções necessárias para a obtenção da Carteira de Condutor de Veículo de Tração Animal. 

Operação de Trânsito

Além dessas ações, diariamente os agentes da Unidade Integrada de Trânsito (BHTrans, Guarda Municipal e Polícia Militar) realizam o monitoramento das vias da capital, atuando em trechos mais críticos, que prejudicam a fluidez do trânsito e a segurança de pedestres e motoristas. Auxiliando os agentes em campo, técnicos da BHTrans acompanham a situação de momento na Área Central e nos principais corredores de trânsito da cidade por meio das câmeras do COP-BH. Com esse acompanhamento, é possível proporcionar ajustes necessários a partir do Centro de Operações ou solicitar o deslocamento de equipes para a resolução de problemas, como a alteração de planos semafóricos em função de incidentes ou eventos nas ruas da cidade ou a desobstrução de vias por meio dos reboques pesados. 

A BHTrans utiliza ainda equipamentos de fiscalização eletrônica de velocidade, de avanço do sinal vermelho do semáforo, de invasão de faixa exclusiva para o transporte coletivo e de circulação de caminhões. A fiscalização eletrônica é o meio mais eficaz e confiável para redução do número de acidentes e do grau de severidade, promovendo a segurança no trânsito, 24 horas do dia, nos 365 dias do ano. 

Participação Popular 

Reuniões CRTT - Foram realizadas reuniões das Comissões Regionais de Transporte e Trânsito (CRTT) nas nove regionais da capital, com a participação dos 141 integrantes eleitos pelas comunidades (titulares e suplentes), moradores, pessoas interessadas, representantes da BHTrans e de outros órgãos da Administração Municipal. Foram mais 110 sugestões viárias implantadas a partir das reuniões da CRTT. 

Contribuições via WhatsApp - Os usuários do transporte coletivo ganharam mais um canal para contribuir com sugestões e solicitações, agora por meio WhatsApp (31) 98472-5715. De Julho até Novembro já são mais de 12 mil contribuições via WhatsApp. 

Mais obras  

Mais de 180 Km de vias recapeadas e 162 mil operações de tapa-buracos executadas até o mês de novembro nas 9 regionais

Dentre os benefícios das obras de manutenção de vias públicas estão melhorias nas condições de trafegabilidade, segurança viária, restabelecimento dos parâmetros técnicos viários, economia na manutenção dos veículos coletivos e privados, conforto acústico e redução no tempo de deslocamento. Os cuidados com as vias da cidade são realizados diariamente durante todo o ano. 

Manutenções em pontes, viadutos e passarelas

A Prefeitura realizou neste ano de 2022 a manutenção preventiva e corretiva em 42 Obras de Artes especiais (OAEs) do município. As OAEs são de equipamentos estruturais da capital, tais como pontes, viadutos, passarelas, túneis, trincheiras e outras estruturas da construção civil. Este trabalho aumenta a segurança e a durabilidade dessas estruturas e equipamentos. As OAEs são projetadas com uma determinada vida útil e, para assegurar e prolongar esse tempo, precisam passar por processos contínuos de preservação.

Informações: BHTrans
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Rede de ciclovias tem trechos sucateados em Belo Horizonte

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

A subutilização das ciclovias de Belo Horizonte não se deve apenas à desconexão entre as pistas exclusivas. O sucateamento dos trechos, a sinalização precária e principalmente a falta de respeito de motoristas e pedestres impedem que bicicletas sejam usadas como meio de locomoção por mais pessoas na capital. Apesar da promessa da prefeitura de atingir 40 quilômetros de ciclovias em 2011 e superar os cem este ano, a cidade só conta, hoje, com oito rotas. Juntas, elas somam 36 quilômetros. A meta do programa PedalaBH é oferecer uma rede interligada de 380 quilômetros até 2020.
Foto: Lucas Prates
A BHTrans reconhece o atraso no cronograma e a necessidade de reformas em trajetos antigos – como no entorno da lagoa da Pampulha, na avenida Saramenha (zona Norte) e na rua Doutor Álvaro Camargo (Venda Nova) – e promete investimentos.



Em setembro, a Associação de Ciclistas Urbanos de Belo Horizonte (BH em Ciclo) concluiu um relatório sobre a situação das ciclovias da capital. O estudo apontou abandono das antigas rotas e erros na construção de trechos das novas. O levantamento está no site http://bhemciclo.org.

Problemas comuns nos percursos são falta de sinalização luminosa e de placas em cruzamentos, ausência de proteção acima dos bueiros, pinturas derrapantes, falhas na limpeza, existência de obstáculos, desrespeito ao espaço destinado às bicicletas e até a implantação de pontos de ônibus nas pistas exclusivas. “Criam ciclofaixas sem consultar os ciclistas e não garantem a segurança do usuário”, afirma um dos fundadores da BH em Ciclo, Guilherme Tampieri. “Além de tirar o espaço do pedestre, as ciclovias não levam a lugar algum”.

Espaço disputado

Nas oito rotas visitadas pelo Hoje em Dia, seja pela falta de informação, de passeios ou dos próprios ciclistas, as vias especiais foram transformadas em pista de caminhada. É o que acontece, por exemplo, na avenida Bernardo Monteiro, no Santa Efigênia (Leste).

Até em trajetos tradicionais, como o da lagoa da Pampulha, quem usa bicicleta prefere se arriscar dividindo espaço com veículos a correr o risco de se acidentar com pedestres.

“A ciclovia não dá volta completa na orla e peca na demarcação do espaço de cada um”, reclama o estudante Hudson Marchesi Amaral, de 30 anos, praticante de ciclismo no ponto turístico de BH. Leia na edição digital do Hoje em Dia a disputa de espaço entre pedestres e motoristas.

Informações: Hoje em Dia

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Brasil vai inaugurar mais de 250 quilômetros de BRT em 2014

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro e Porto Alegre pretendem iniciar novas operações em sistemas BRT nos próximos meses. Até 2016, mais mil quilômetros devem ser implantados

Do projeto abstrato às pis­tas concretas. Após qua­tro anos do lançamento do Programa de Acelera­ção do Crescimento “PAC Copa do Mundo”, é assim que, em breve, sete cidades brasileiras, que irão sediar os jogos da Copa do Mundo de 2014, poderão resumir os longos meses de investimentos na moderna, efi­ciente e sustentável mobilidade ur­bana tão sonhada pelos brasileiros.

Desde 2009, o Governo Federal já disponibilizou R$ 51 bilhões para a infraestrutura do transporte público e da mobilidade urbana de forma geral. Os recursos foram disponibi­lizados por meio dos PACs Copa do Mundo, Mobilidade Grandes Cida­des e Mobilidade Médias Cidades. Hoje, parte dessa verba está sendo utilizada na implantação de corre­dores exclusivos de ônibus e siste­mas rápidos de ônibus, os conheci­dos BRT (Bus Rapid Transit).

Até 2014, a previsão é de inaugurar cerca de 250 quilômetros de novas linhas de BRT nas cidades de Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Curiti­ba (PR), Fortaleza (CE), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ) e Porto Alegre (RS). Até 2016, 25 cidades brasilei­ras estarão com o foco na implanta­ção desses sistemas que prometem revolucionar a mobilidade urbana nessas cidades e inspirar outras ci­dades a investirem nessa solução.

No total, serão 113 projetos, sendo 53 de BRT com 697 km de extensão e 60 de corredores exclusivos, que somarão 575 km. Juntos, esses pro­jetos totalizam 1.272 km de vias para os ônibus circularem livres e com eficiência. Serão nove mil veículos BRT, operando em 442 estações e 60 terminais. Tudo isso em benefício de mais de 57 milhões de brasileiros.

BRASÍLIA

Mesmo não estando no cronogra­ma das obras de mobilidade urba­na para a Copa de 2014, a capital federal tem previsão de finalizar as obras do Expresso DF, sistema que ligará as regiões administrativas de Santa Maria, Gama, Park Way ao Plano Piloto - centro de Brasília- até dezembro de 2013. Com 43 km de extensão, o sistema terá capacida­de diária de transportar cerca de 200 mil passageiros. Ao todo, serão 15 estações com embarque em nível e 15 passarelas para a segurança de travessia dos pedestres.

Quando em operação, o BRT do Distrito Federal prevê uma redução no tempo de viagem de 90 para 40 minutos. O monitoramento da frota, feito pelo Centro de Controle Operacional (CCO), ajudará no con­trole do tempo do percurso e tam­bém em casos de emergências. O novo sistema terá ramais no Gama (8,7km de extensão) e em Santa Maria (5,3km). O trecho se tornará único a partir de um ponto de en­contro na BR-040, a 27,8km de dois pontos de desembarque no Plano Piloto (terminal Asa Sul e rodoviá­ria do Plano Piloto).

BELO HORIZONTE

Outros projetos que estão em dia e devem ser inaugurados no primei­ro semestre de 2014 são os de Belo Horizonte, em Minas Gerais. A cida­de toca quatro obras de BRT previs­tas na matriz de responsabilidades para a Copa do Mundo.

As quatro obras são: corredor Antô­nio Carlos/Pedro I, corredor Carlos Luz/Pedro II, corredor Área Central e corredor Cristiano Machado. Serão 41,6 quilômetros com mais de 60 es­tações e cerca de 420 ônibus. A de­manda diária estimada é de 750 mil passageiros em todos os corredores.

CAPITAL MINEIRA VAI INAUGURAR MAIS DE 40 KM DE CORREDORES EXCLUSIVOS PARA ÔNIBUS

O caso de Belo Horizonte é tão po­sitivo que foi usado recentemente como exemplo pelo juiz federal Mar­llon Sousa em uma decisão contra as obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) de Cuiabá (MT), que visava a construção e implantação do modal. Na decisão, o magistrado destacou que, se Belo Horizonte, que tem 2,4 milhões de habitantes, adotou o BRT, não há justificativa para Cuiabá es­colher o VLT, que é um modelo mais oneroso para o poder público.

Segundo o diretor-presidente da BH­Trans, Ramon Victor César, em cada corredor o sistema contará com li­nhas expressas e paradoras. Haverá ainda linhas interligando os corredo­res de BRT com os demais da cidade. “O BRT será expandido progressiva­mente para outros corredores que justifique a implantação de média/alta capacidade, conforme previsto no Plano de Mobilidade Urbana de Belo Horizonte. Estamos concluin­do o projeto na avenida Pedro II e o próximo a ser desenvolvido será o da avenida Amazonas. O plano prevê que toda a rede seja implantada até 2020”, afirma César.

CURITIBA

Cidade pioneira na concepção dos sistemas BRT, Curitiba, vai expan­dir a Linha Verde, o BRT brasileiro mais conhecido do mundo. O cor­redor, que hoje possui 22 km em sua extensão, já está em fase de construção de mais 3 km. O pro­jeto também contempla o fecha­mento lateral das estações tubos com vidros de película interna, ca­paz de reduzir a incidência de luz solar e aumentar o conforto térmi­co. As estações possuem sistemas de captação de águas de chuva, que serão utilizadas para a limpe­za das instalações.

Com recursos do PAC da Copa e contrapartidas, a extensão da Li­nha Verde Sul tem custo estimado de R$ 15,5 milhões e previsão de ser entregue à população até maio de 2014, conforme ofício entregue em dezembro de 2012 pela prefeitura da capital paranaense ao Ministério das Cidades. Por falta de repasse de recursos, as obras haviam sido paradas, mas foram retomadas em janeiro de 2013.

Atualmente, Curitiba opera com uma rede de transporte totalmente inte­grada formando um sistema comple­to de BRT com 81 km de extensão de corredores e ainda com a previsão de inauguração – em maio de 2014 – do Corredor Aeroporto Rodoviá­ria (15 km) e a reforma do Corredor Avenida Cândido de Abreu (1,1 km).

FORTALEZA

A prefeitura de Fortaleza, no Ceará, criou recentemente uma secretaria especial para a Copa do Mundo. A cidade deve receber dois jogos da seleção brasileira no Mundial. O órgão vai acompanhar as obras e tentar resolver os problemas de lo­gística que envolvem a criação dos corredores exclusivos para a im­plantação dos sistemas BRT.

Em um mês, a secretaria iniciou o acompanhamento semanal dos ór­gãos, instituições e empresas en­volvidas. “Entre eles, estão o des­locamento de linhas telefônicas, postes de iluminação pública e gás que não estavam previstos nem no projeto inicial nem no orçamento”, explica o secretário recém-nomea­do Domingos Neto. As obras agora se concentrarão nas etapas de alar­gamento, terraplanagem, pavimen­tação, urbanização, paisagismo e sinalização de vias.

Na capital cearense, são quatro projetos de BRT nas avenidas Dedé Brasil, Paulino Rocha, Alberto Cra­veiro e Raul Barbosa, que totali­zam 20 quilômetros de extensão. Serão 52 novas estações com de­manda diária estimada em 245 mil pessoas no total. Nos horários de pico, cada corredor atenderá a uma demanda concentrada que varia de 6 a 11 mil pessoas.

Segundo Domingos Neto, o projeto foi pensado não só para atender a rede hoteleira e turística, mas para facilitar o deslocamento em toda a cidade, deixando um legado para as próximas gerações. “As vias que dão acesso à região onde se loca­liza o setor hoteleiro, o aeroporto e o estádio Castelão estão nesse fluxo. Também estão regiões muito afetadas por congestionamentos. Tratam-se de vias que ligam os lo­cais de maior fluxo, onde as pes­soas trabalham, aos bairros dormi­tórios. O legado fica para a cidade, sem dúvida”, explica.

RECIFE DEVE INAUGURAR O BRT NORTE/SUL PARA BENEFICIAR 180 MIL PESSOAS

RECIFE

Os projetos dos três sistemas BRT previstos para a cidade de Recife fa­zem parte das obras de infraestrutu­ra de mobilidade urbana destinadas à Copa do Mundo de 2014. Juntos, somam cerca de 50 quilômetros de vias exclusivas para ônibus. Ao longo de todo o sistema, serão im­plantadas ciclovias com o objetivo de estimular a integração com o transporte público. Os corredores previstos para serem entregues até o Mundial são o Norte/Sul, o Leste/Oeste e o Corredor Ramal da Copa.

O corredor Norte/Sul conta com dois trechos, sendo o primeiro já em obra com 33,2 km (de Igarassu até o Centro da Cidade), previsto para se­tembro de 2013, e com investimento de R$ 151 milhões. Esse trecho terá 33 estações e vai beneficiar cerca de 180 mil passageiros por dia quando estiver concluído. O segundo trecho, do Tacaruna até o Terminal de Joana Bezerra, cerca de 4,8 km de exten­são, terá sua obra iniciada ainda nes­te trimestre e contará com 9 esta­ções de embarque e desembarque. O investimento para esse trecho é de R$ 110 milhões. A obra será en­tregue em dezembro de 2014.

O corredor Leste/Oeste, previsto para fevereiro de 2014 terá 12,3 km de extensão e um investimento de R$ 145 milhões, beneficiando a re­gião metropolitana de Recife, por meio da interligação da Avenida Caxangá à Cidade da Copa. Isso será feito por meio da UR-7, em São Lourenço da Mata, onde o BRT atenderá o terminal e a estação de metrô a serem inaugurados.
Outro corredor que ficará pronto até 2014 será o Ramal da Copa. Com investimento de R$ 131 mi­lhões, o Ramal tem 6,3 km de ex­tensão e também vai operar com o sistema BRT ou o Transporte Rápido por Ônibus (TRO), como é chamado em Recife. Sua principal função é levar à população usuá­ria de ônibus até a Arena da Copa. Sua primeira fase (ramal interno) será entregue em abril de 2013. Em junho, para a Copa das Confedera­ções, outro trecho estará concluído e em dezembro deste ano, todo o Ramal será entregue. Serão benefi­ciados 20 mil passageiros/dia.

RIO DE JANEIRO

Outra cidade que está com os pro­jetos adiantados visando melhorias de mobilidade tanto para os even­tos esportivos quando para a popu­lação é o Rio de Janeiro. Em 2012, foi inaugurado o BRT Transoeste com 31 estações. O corredor tem 56 km de extensão total e liga a Bar­ra da Tijuca à Santa Cruz e Campo Grande com capacidade para trans­portar 220 mil passageiros por dia.

BRT TRANSCARIOCA TERÁ UMA PONTE EXCLUSIVA PARA OS ÔNIBUS.

A previsão é que até agosto deste ano o corredor esteja funcionando completamente com as 53 esta­ções previstas. Até agora, o projeto já atingiu o objetivo de reduzir pela metade o tempo de viagem do ca­rioca nessa região. Além do Tran­soeste, o Transcarioca também está previsto para ser concluído em 2013. A linha terá 41 km de extensão, 46 estações e capacidade máxima para transportar 400 mil pessoas por dia.

O BRT Transcarioca vai ligar o Ae­roporto Internacional Antônio Car­los Jobim até a Barra da Tijuca, passando pela Penha e a Ilha do Governador. Nesse trecho, está sen­do construída a Ponte Estaiada da Ilha do Governador, que será usada exclusivamente pelos ônibus. Serão 400 metros de ponte construídos ao lado do atual acesso sobre a Baía de Guanabara.

A expectativa é de grande redução no tempo de viagem. De acordo com a prefeitura do Rio de Janeiro, o trajeto entre a Ilha do Governa­dor e Santa Cruz, que é de até três horas em horário de pico, poderá ser feito em 50 minutos com os no­vos corredores.

O diretor de Comunicação e Marke­ting da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Esta­do do Rio de Janeiro (Fetranspor), Paulo Fraga, lembra que essa rapi­dez do deslocamento é o que faz do BRT um exemplo mundial para solução em transporte. “Na verda­de, o BRT é uma tendência mundial. Hoje, se você for parar para analisar, os grandes projetos de mobilidade urbana no mundo estão focados no BRT. E, se você for comparar, o cus­to para implantação da malha ferro­viária e metroviária é muito alto. Por isso, o BRT é tão viável”, justifica.

PORTO ALEGRE

Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, é mais uma cidade que está melho­rando sua mobilidade urbana por meio do BRT. A capital já possui três corredores - Protásio Alves, Bento Gonçalves e João Pessoa -, que serão modernizados e um novo corredor, o Padre Cacique, será im­plantado. Juntos, esses corredores farão parte de um sistema tron­co-alimentador formando uma rede estrutural destinada a racionalizar e integrar o sistema de transporte público coletivo da cidade.

A cidade reinaugura até agosto des­te ano os corredores adaptados para BRT João Pessoa, Protásio Alves e Bento Gonçalves. O projeto com os três corredores prevê 17,2 quilôme­tros somando custos no valor de 199,5 milhões com desapropriações.

PORTO ALEGRE ESTÁ MODERNIZANDO OS CORREDORES EXCLUSIVOS PARA INAUGURAR BRT NESTE ANO

Na Avenida Bento Gonçalves a ade­quação será entre os terminais Aze­nha e o Terminal Antônio de Carva­lho, numa extensão aproximada de 6,5 km, e com previsão de 12 esta­ções de embarque e desembarque.

O corredor da Avenida Protásio Alves está localizado entre a Rua Sarmen­to Leite e a Rua Saturnino de Brito numa extensão de aproximadamente 7,5 km, com previsão de 14 estações de embarque e desembarque.

Já o corredor da Avenida João Pessoa terá a adequação no tre­cho compreendido entre a Avenida Azenha e Avenida Salgado Filho com extensão aproximada de 3,2 km, com previsão de 8 estações e 1 estação de integração multimodal.

DE OLHO NAS OBRAS

A NTU lançou em 2012 o projeto BRT Brasil no intuito de acompanhar a im­plantação desses projetos no Brasil. O monitoramento é realizado por uma rede técnica, composta por profis­sionais das empresas de transportes associadas e dos órgãos públicos envolvidos nas implantações do BRT. Essa rede alimenta o banco de dados da NTU, que pode ser consultada em www.brtbrasil.org.br.

O presidente da NTU, Otávio Cunha, lembra que em todo o Brasil serão 1.272 quilômetros de corredores. Isso representa investimentos pri­vados em veículos e sistemas in­teligentes com monitoramento da operação em tempo real, por GPS, e gerenciamento por meio do Cen­tro de Controle Operacional (CCO). “Estamos falando em R$ 8 bilhões de investimentos privados, 521 esta­ções e 60 terminais”, ressalta.

Cunha destaca que a priorização do transporte público coletivo em detrimento do individual é a solu­ção para melhorar a mobilidade nas cidades. Ele lembra que é possível, num sistema BRT, com ônibus arti­culados e biarticulados, atingir de­mandas de 40 a 45 mil passageiros por hora e por sentido. “Poucos metrôs no mundo operam com essa capacidade. Você consegue melho­rar muito a qualidade do transporte e as viagens vão ser muito mais rá­pidas”, aponta.

A qualidade, eficiência e seguran­ça, aliados à maior velocidade co­mercial, vai estimular o usuário do transporte público individual moto­rizado a migrar para esse sistema. A expectativa é que haja uma trans­ferência em torno de 20% para o transporte coletivo. “O BRT é uma invenção brasileira que ganhou o mundo, presente em mais de 145 cidades. O maior conforto e a rapi­dez proporcionados pelo BRT cer­tamente convencerão o usuário do automóvel a usar o transporte pú­blico como uma boa opção de des­locamento”, opina.

GANHOS DE MOBILIDADE

Os projetos de mobilidade contribuirão para a melhoria dos principais indicadores de qualidade do transporte público. Entre eles:

Aumento de 2% ao ano dos passageiros transportados;
Transferência superior a 20% das viagens do transporte individual para o coletivo;
Redução de 40% no tempo de viagem;
Aumento de 78% na velocidade média nos corredores;
Aumento significativo de confiabilidade dos serviços.

Fonte: NTU / Portal da Transparência do Governo Federal / Consórcio BRT-Sul *Estimativa.

Fonte: Revista NTU Urbano - Jan/Fev 2013
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Prefeitura vai rever projetos de ciclovias em Belo Horizonte

quinta-feira, 21 de março de 2013

Belo Horizonte tem hoje 50 quilômetros de ciclovias. Até o final do ano esse número deve dobrar e chegar a 380 km em sete anos. Mas quem anda pela cidade vê mais carros e motos do que bicicletas nessas faixas exclusivas.

Agora, a BHTrans decidiu ouvir os ciclistas antes de projetar os novos trechos. A bicicleta é o item menos visto nas ciclovias de Belo Horizonte. Elas estão quase sempre vazias. Talvez por causa da geografia da cidade, que é cheia de morros como na Av. João Pinheiro. Ou porque a ciclovias foram mal projetadas. 

Na opinião de ciclistas, a ciclovia devia ser construída ao lado dos passeios e não dando espaço para os carros estacionarem. 

O analista internacional Guilherme Tampiere, usa a bicicleta como principal meio de transporte há quase dez anos. Ele pertence a um grupo que está ajudando a BHTrans a elaborar os próximos projetos. Para ele, o principal problema da cidade é que os motoristas não compreendem a bicicleta como veículo e ator do trânsito. Ele defende, por exemplo, que as próximas ciclovias não sejam pintadas, pois a tinta faz com que o ciclista escorregue e é um custo caro.

O acordo feito entre a Prefeitura e o grupo de discussão é que nenhum projeto seja implantado sem a validação do grupo. Belo Horizonte tem hoje 50 km de ciclovia, o objetivo da BHTrans é fechar o ano com 100 km. E atingir 380 km em 2020. Mas só isso não basta para fazer com as pessoas tenham coragem de deixar o carro em casa e optar pela bicicleta.

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Ciclovias em Belo Horizonte são desrespeitadas constatemente

terça-feira, 5 de agosto de 2014

As ciclovias são “atropeladas” diariamente pelo desrespeito em BH. Dois motoristas são multados todo dia por invadir, parar ou estacionar o veículo nos 70 quilômetros de ciclovias de Belo Horizonte. Foram 379 autuações no primeiro semestre. Transitar em ciclovia, por exemplo, gerou 94 autuações em 2012, 504 no ano passado e 271 entre janeiro e julho deste ano. Os números apresentados pelo Detran, Guarda Municipal e Polícia Militar comprovam o desrespeito frequente ao Código Brasileiro de Trânsito (CTB) e aos ciclistas, mas ainda são subnotificados em relação ao que é observado nas ruas, conforme constatou a reportagem do EM. Um problema que tende a se agravar, porque, até o fim do ano, estão previstos outros 20 quilômetros na capital, e a meta é chegar a 380 quilômetros em 2020. 

Em menos de meia hora percorrendo as ruas Fernandes Tourinho, Rio de Janeiro, Alvarenga Peixoto e São Paulo, ligadas por uma rota cicloviária de 3,3 quilômetros no Bairro de Lourdes, na Região Centro-Sul, a reportagem flagrou quatro caminhões estacionados em parte da faixa para ciclistas e cinco carros e uma moto transitando na pista exclusiva. 

Na Rua Fernandes Tourinho, o servidor público Alexandre Freire, de 29, que vai e volta de bicicleta todos os dias do Bairro Prado (Oeste) até a Savassi (Centro-Sul), reclamou da quantidade de veículos estacionados ao longo da ciclovia. “Já fiz três reclamações formais à BHTrans e nunca vejo policiais na fiscalização. Já vi carros estacionados e motos rodando”, conta Alexandre.

Um dos gargalos dessa rota fica na Fernandes Tourinho, em frente ao restaurante Ah! Bon, entre as ruas da Bahia e Espírito Santo. Clientes que chegavam para o almoço deixavam os veículos sobre a ciclovia e entregavam a chave aos manobristas do estabelecimento, que ainda aguardavam um tempo até levar o carro a uma vaga definitiva. Dessa forma, a pista para as magrelas ficou completamente obstruída. 

Pouco mais à frente, entre a Espírito Santo e a Rio de Janeiro, um caminhão de mudança estacionou em área permitida, mas ocupou também metade da ciclovia. O dono do veículo, Raimundo Israel, de 54, afirmou que não tem alternativa: “Não há um espaço compatível perto do prédio onde preciso descarregar. Como vou parar longe e carregar móvel pesado?”.

Na Rua Rio de Janeiro entre a Antônio de Albuquerque e a Fernandes Tourinho, outro caminhão descarregava mudança. Além de ocupar toda a ciclovia, o veículo ainda tapava praticamente toda a pista destinada aos carros em um dos sentidos. Na Rua São Paulo entre a Alvarenga Peixoto e a Gonçalves Dias, outros dois caminhões faziam carga e descarga em área permitida, mas invadiam parte da ciclovia.

Outros exemplos de obstrução foram encontrados na Rua Piauí, entre a Avenida Carandaí e a Rua Padre Rolim, que integra uma rota de 2,8 quilômetros na Savassi. Uma empreiteira que prestava serviços à prefeitura cortou uma árvore e deixou os troncos fechando o caminho das bikes, além de galhos de poda de outros espécimes. 

Os obstáculos fizeram os ciclistas Gabriel Barros, de 32, e Eric Gregório, de 29, irem para a rua, já que não havia passagem disponível na parte destinada a eles. “Não custava ter colocado os troncos ocupando a vaga de um carro na área de estacionamento. Eliminaria uma vaga e deixaria toda a rota de ciclistas livre”, reclamou Gabriel. “Passo por aqui três vezes por semana e sempre tem obstrução, como pessoas transitando com carrinhos de bebê, motos ou carros. Já fui ofendido por um motorista enquanto eu transitava pela ciclovia”, conta Eric.

EDUCAÇÃO E FISCALIZAÇÃO 
A BHTrans é proibida de aplicar multa de trânsito desde 2009 por decisão judicial. A superintendente de Desenvolvimento de Projetos e Educação da BHTrans, Eveline Trevisan, acredita que a principal vertente de trabalho é a conscientização dos motoristas, e a mudança de postura será uma atitude natural com a consolidação da presença das bikes na cidade. “O aumento do uso vai fazer com que os motoristas respeitem mais, pois o ciclista é muito antenado. Essa questão da consciência cidadã é bem forte em quem anda de bicicleta, são parceiros na educação”, diz.

Até o mês que vem, será lançada campanha nos moldes das ações recentes de respeito aos pedestres, para acelerar o processo de educação, segundo a superintendente. 

Hoje, crianças que vão à BHTrans recebem material alertando para a importância das ciclovias. Ela também garante que com a educação deve andar a fiscalização. “Quando a infração é punida, o motorista passa a ficar mais atento”, completa.

A assessoria do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), principal órgão responsável por multar os infratores, informou que a Lei 9.503, que regulamenta o CTB, estipula que o município é responsável pelo trânsito. Já a assessoria da Guarda Municipal, que apoia a PM nas multas, informou que, pelo fato de novas ciclovias estarem previstas para BH, a corporação dará maior atenção às ciclovias, inclusive nas reuniões semanais da unidade integrada de trânsito. 

O restaurante Ah! Bon informou que não compactua com estacionamento em ciclovias e que normalmente os próprios clientes já param o veículo no lugar proibido antes de entregar as chaves aos manobristas. A Regional Centro-Sul da PBH disse que a árvore cortada na Piauí ficou na pista de bicicletas momentaneamente e já foi removida. 

ROTINA DE MULTAS
Punição por tráfego e estacionamento nas ciclovias de BH

            Total    Média diária
2013      775         2,12
2014*     379        2,10

*Até 30 de junho

Fonte: Detran/Polícia Civil

CICLOVIAS
70,4km
implantados na cidade até abril de 2014

20,9km
a mais serão implantados até o fim do ano

10,8km
a mais quilômetros no Barreiro e em Venda Nova
Fonte: BHTrans

O QUE DIZ A LEI
O artigo 181 do Código de Trânsito Brasileiro diz: estacionar o veículo sobre ciclovia ou ciclofaixa. Infração grave, cinco pontos na carteira, multa de R$ 127,69 e remoção do veículo. Artigo 193: transitar com o veículo em ciclovias ou ciclofaixas. Infração gravíssima, sete pontos na carteira e multa de R$ 574,62

Por Guilherme Paranaiba
Informações: Estado de Minas

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Sistema BRT vai beneficiar 700 mil por dia em Belo Horizonte

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Corredores de BRT, implantação de ciclovias, modernização do controle de tráfego e atividades de paisagismo. Cidade-sede tanto da Copa do Mundo da FIFA 2014 quanto da Copa das Confederações de 2013, Belo Horizonte pretende estar "repaginada" para os megaeventos esportivos. A capital mineira foi a primeira a assinar a linha de financiamento do governo federal para mobilidade urbana, em junho de 2010. Ao todo, de acordo com a Matriz de Responsabilidade da Copa de 2014, serão investidos R$ 1,38 bilhão. Desse valor, o financiamento federal compreende R$ 1,02 bilhão e a contrapartida municipal, R$ 365,5 milhões.

A maioria das obras já está licitada ou em processo licitatório. As intervenções de infraestrutura urbana têm a intenção de oferecer transporte público mais ágil e com aumento significativo da capacidade de usuários. "A cidade vai ganhar três novos corredores para trânsito exclusivo dos ônibus de trânsito rápido, o BRT. Serão 51 estações de embarque e desembarque com modelo pré-pago de passagem. Hoje, o metrô de Belo Horizonte transporta 150 mil passageiros por dia. Os BRT transportarão 750 mil por dia", diz Flávia Rohlfs, coordenadora do Comitê Executivo da Copa do Mundo da FIFA 2014 em Belo Horizonte.

Em detalhes

O corredor das avenidas Antônio Carlos e Pedro I ligará o aeroporto de Confins à região hoteleira e ao centro. Passará próximo ao complexo do Mineirão. Esse trecho terá 16 quilômetros, com duas faixas exclusivas para ônibus em cada direção e 25 estações.

O BRT Cristiano Machado prevê 16 terminais de embarque e desembarque. O sistema terá 6,25 quilômetros e ligará o centro à região nordeste, com integração ao metrô. A melhoria vai contribuir para a redução do tráfego no corredor Antônio Carlos. As obras foram iniciadas em setembro de 2011 e têm previsão de término em março de 2013.

Duas das mais importantes vias de acesso ao Mineirão, as avenidas Pedro II e Carlos Luz (Catalão) receberão outra das linhas de BRT, num trecho de 12 quilômetros. O projeto irá beneficiar 300 mil pessoas e está em processo de licitação, aberto em setembro de 2011. A previsão é que o conjunto da obra termine em novembro de 2013.

Intervenções urbanas

Em algumas das vias da região central, como as avenidas Boulevard Arrudas e Tereza Cristina, haverá intervenções urbanísticas e paisagistas, com tratamento de travessias e calçadas e sistemas informatizados para controle do tráfego e implantação de ciclovias.

As intervenções também preveem a possibilidade de acesso à cidade sem passar pelo centro. Para tanto, um corredor de ônibus com extensão 4 km na Via 710 integrará os bairros da região nordeste e o BRT Cristiano Machado. A previsão é de que a obra tenha início em junho de 2012 e termine em novembro de 2013.

Desapropriações

Em função das obras de mobilidade, alguns terrenos deverão ser desapropriados para alargamento de avenidas, construções de corredores para ônibus e expansão de metrô. "A mudança é para permitir essa nova configuração das avenidas, que estão sendo revitalizadas, assim como o seu entorno, num ganho para todos os que frequentam esses corredores. A postura da prefeitura é de respeito irrestrito aos direitos de moradores do entorno, com desapropriações sempre abalizadas pelos valores de mercado e da própria Justiça", diz Flávia Rohlfs, coordenadora do Comitê Executivo da Copa 2014.


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Primeira ciclovia do Pedala BH é inaugurada na região Norte

sexta-feira, 8 de julho de 2011

A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da BHTRANS, inaugurou neste sábado, dia 2, a primeira Rota Cicloviária do Pedala BH, programa de incentivo ao uso da bicicleta que irá implantar seis novas ciclovias na cidade em 2011. A ciclovia da avenida Risoleta Neves liga a ciclovia da avenida Saramenha à Estação BHBus São Gabriel, tem 2,2 quilômetros de extensão e 2,4 metros de largura.

Implantada na calçada da avenida Risoleta Neves (Via 240), na região Norte, a ciclovia opera em mão dupla e foi pintada de verde ao longo do trajeto e de vermelho nas interseções. O investimento do projeto foi de R$ 300 mil. A Estação BHBus São Gabriel conta com um bicicletário no Setor Leste com vagas para 58 bicicletas.

O prefeito Marcio Lacerda destacou a importância do programa Pedala BH e falou sobre a utilização da ciclovia como um instrumento de transporte. “Este programa vai ter um impacto muito importante na qualidade de vida das pessoas, além da ciclovia agir como um importante instrumento de transporte. Estamos conectando as principais estações de embarque às ciclovias para que as pessoas possam usar as bicicletas como meio de se locomover para o trabalho e para outras atividades”, disse.

Na interseção das avenidas Risoleta Neves e Saramenha, foi implantada sinalização semafórica específica para ciclistas, permitindo aos usuários mais segurança nas travessias.

Pedala BH

O programa Pedala BH tem como objetivo promover ou resgatar o uso da bicicleta na capital, criando facilidades para quem optar por esse meio de transporte. Para isso, o programa propõe ações que abrangem, desde a definição e implantação de rotas cicloviárias e estacionamentos para bicicletas, até campanhas de educação e segurança no trânsito.

Como veículo de transporte, os usuários poderão, por exemplo, utilizar a bicicleta em seu primeiro deslocamento até uma estação de integração, onde poderão deixá-la com segurança em um bicicletário, utilizando, em seguida, o ônibus ou o metrô para completar a sua viagem.

Para o ano de 2011, está prevista a implantação de aproximadamente 18 quilômetros de ciclovias, em seis rotas cicloviárias. Confira abaixo a lista completa das ciclovias que serão inauguradas até o final deste ano.

Em Belo Horizonte, existem atualmente 22 quilômetros de ciclovias. Onze ficam na avenida Otacílio Negrão de Lima, na orla da Lagoa da Pampulha, entre a Igreja São Francisco e o Museu de Artes. Os demais trechos são os da avenida Tereza Cristina, trecho próximo à Via Leste/Oeste até o final da própria avenida, avenida dos Andradas, com início na avenida Silviano Brandão até a avenida do Contorno, e avenidas Doutor Álvaro Camargo e Vilarinho, em Venda Nova.

A população ciclista conta também com paraciclos e bicicletários localizados na Savassi, na rua Pernambuco, que está temporariamente desativado em função das obras da Praça da Savassi, na Pamulha, em frente ao Parque Guanabara, na região hospitalar, próximo ao Restaurante Popular, e nas estações BHBus. Mais 33 quilômetros de ciclovias estão em fase de elaboração de projetos e outros 84 estão na etapa de seleção das empresas para a elaboração de projetos.

A BHTRANS ressalta os benefícios do uso da bicicleta como meio de transporte para a cidade e para os cidadãos. Além de desafogar o trânsito, a bicicleta não polui, promove a melhoria da saúde de quem pedala, é um veículo de baixo custo de aquisição e de manutenção, e silencioso e flexível em seus deslocamentos.

Ciclovias do programa

• Rota Risoleta Neves - Inaugurada neste sábado
• Rota Savassi - Começa na rua Professor Moraes, no cruzamento com a rua Antônio de Albuquerque, segue pela avenida Bernardo Monteiro, avenida Carandaí, rua Piauí e avenida do Contorno, quando irá se conectar com a Ciclovia Andradas, próximo ao Centro de Especialidades Médicas. As obras da Rota Savassi já estão em andamento.
• Rota avenida Américo Vespúcio - Entre avenidas Antônio Carlos e Carlos Luz. Implantação em andamento.
• Rota Norte - Ligação da ciclovia da avenida Vilarinho à futura Estação Pampulha
• Rota Leste - Liga a região Leste à rota da Savassi pela avenida dos Andradas
• Rota Estação Barreiro


Fonte: BHTrans

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BHTrans promete fazer 40 km de ciclovias até 2015

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Enquanto a frota de carros e a extensão dos engarrafamentos têm aumentado intensamente nas ruas das principais cidades do país, grupos de ciclistas organizam iniciativas para tentar mudar os hábitos dos cidadãos. Um dos exemplos ocorreu ontem – Dia de Ir de Bike ao Trabalho –, celebrado em todo o país para mostrar que a bicicleta é um meio de transporte viável.

“É uma data simbólica. Queremos conscientizar a população de que o carro não é necessário o tempo todo”, explica Andrei Golemsky, 41, membro do coletivo Bike Anjo em Belo Horizonte. Na capital, o grupo montou uma mesa de café da manhã na esquina entre a avenida Afonso Pena e a rua Bernardo Monteiro, na região Centro-Sul, ao lado da ciclovia. No local, foram distribuídos panfletos educativos, com dicas de segurança para ciclistas e orientações a motoristas.

“Tanto motoristas quanto pedestres, em geral, são mal-educados, não sabem se portar no trânsito”, reclama a bióloga Karla Fernandes, 40. Para ela, é esse – e não os morros – o maior problema relacionado ao uso de bicicletas na capital.

Karla comprou uma bicicleta há quatro meses e colocou o veículo que tem à venda recentemente. “O carro está encostado. Estou viciada em bike. Ganhei tempo e qualidade de vida”, afirma. De casa, na Savassi, na região Centro-Sul da capital, a o trabalho, na região hospitalar, ela gasta 15 minutos, 60% a menos do que gastava quando ia de carro.

Ciclovias. Segundo a Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans), 0,4% dos deslocamentos são feitos por bicicleta. A autarquia informou que pretende ampliar o índice para 6% e em 65% o número de ciclovias na capital.

Atualmente, há 61,4 km de ciclovias em Belo Horizonte. Ainda de acordo com a BHTrans, está prevista a abertura de 15 novas vias até o fim de 2014, totalizando 40,29 km.

Por Pedro Vaz Perez
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