O Ministério Público Estadual (MP) quer limitar o número de passageiros nos vagões do metrô. Em ação ajuizada na sexta-feira, o órgão pede que a Justiça obrigue a concessionária Metrô Rio a fechar os guichês de venda de bilhetes quando as estações estiverem com lotação máxima ou superior àquela necessária para prestação adequada do serviço. O promotor Carlos Andresano Moreira explica que, com a interrupção da venda de passagens, a intenção é evitar problemas gerados pela superlotação e, como consequência, impedir risco à vida dos passageiros. A ação propõe ainda que a empresa informe que a estação está com a lotação esgotada.
A concessionária ainda não tem conhecimento da ação, mas afirma que já faz controle de acesso às estações, antes da roleta, para evitar superlotação. A medida, no entanto, não tem impedido que passageiros viagem amontoados ou tenham que disputar espaço na hora de embarcar nos trens. A ação civil pública movida pelo MP pede a suspensão imediata da circulação de trens entre as estações São Cristóvão e Central, enquanto as obras dessa ligação não estiverem concluídas. A Promotoria constatou risco de acidentes por falha na sinalização e declive inadequado. O MP requer ainda que a concessionária seja condenada a tomar medidas para adequar a prestação do serviço, sob pena de multa diária de R$ 100 mil.
“Nos baseamos em estudos que apontam riscos aos passageiros caso o serviço continue com tantas falhas. A empresa está desrespeitando a integridade física e psicológica dos usuários”, afirma o promotor.
Caso o juiz Ricardo Lafayette Campos, titular em exercício da 6ª Vara Empresarial, decida a favor do MP, o Metrô Rio terá que informar aos passageiros sobre atrasos, o motivo e a previsão para restabelecimento do serviço. O MP também pede que a empresa restabeleça o número de composições, com no mínimo três vagões cada uma.
Fonte: O Dia
0 comentários:
Postar um comentário