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Prefeitura de Campinas gastará R$ 6 milhões a mais por mês para garantir tarifa de ônibus a R$ 3

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

A lei que autoriza o aumento do subsídio da Prefeitura de Campinas (SP) pago às empresas que prestam serviço de transporte público coletivo na cidade foi publicada pelo Executivo nesta quinta-feira (29), data em que a medida entra em vigor. No entanto, ainda há um prazo de 30 dias para regulamentação. A aprovação do prefeito Jonas Donizette (PSB) foi publicada no Diário Oficial do Munícipio e autoriza o pagamento de R$ 5,97 milhões a mais por mês às empresas para manter a tarifa a R$ 3, reduzida de R$ 3,30 em junho, além de subsidiar a gratuidade oferecida a idosos e deficientes físicos.

De acordo com a Prefeitura, o sistema de transporte público de Campinas tem 1.252 veículos em circulação, entre empresas, consórcios, permissionários e cooperativas. A idade média da frota é de 4,66 anos e são transportados 15,4 milhões de pessoas mensalmente, sendo que 10,7 milhões são pagantes.

Subsídio e tarifa
Segundo o líder do governo na Câmara, o vereador Rafa Zimbaldi (PP), caso o projeto fosse rejeitado, a tarifa voltaria para R$ 3,30, valor cobrado pela passagem antes das manifestações de junho, que pressionaram o poder público e que culminaram em duas reduções consecutivas do preço, chegando a R$ 3.


De acordo com a administração pública, o custo do transporte está em torno de R$ 38,4 milhões mensais e a receita total é de aproximadamente R$ 32,4 milhões, o que gera um déficit de R$ 5,97 milhões por mês. Com a aprovação do projeto na Câmara, a administração municipal fica autorizada a cobrir a diferença.

O projeto de lei facilita as regras para o aumento do valor pago às empresas de transporte. Na atual redação, de 2011, o Executivo é autorizado a subsidiar apenas gratuidades do sistema público de ônibus oferecida a idosos e deficientes, e a intenção da Prefeitura é derrubar essa limitação.

CPI e audiência pública
Nas manifestações em Campinas, um dos temas reivindicados é a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o sistema de transporte público na cidade e dar mais transparência aos valores que compõem a tarifa de ônibus. Contudo, sem apoio da base governista, a proposta não vingou.

O secretário de Transportes, Sérgio Benassi, participou na segunda-feira (26) da audiência pública na Câmara e falou sobre a elaboração da planilha de custos do transporte. Segundo ele, mesmo não sendo obrigada por lei, a Prefeitura entrega trimestralmente a planilha à Câmara e publica no site da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec).

Informações: G1 Campinas
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Campinas recebe 60 novos ônibus acessíveis para o transporte público

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Campinas recebe mais 60 novos ônibus para o transporte público coletivo municipal. Todos os veículos são acessíveis. Essa é mais uma ação de renovação da frota que atende o município. Com esses veículos, já são 180 ônibus entregues em 2014; e 248 em dois anos de governo Jonas Donizette.

“Nossa Administração trabalha com afinco para resolver os problemas de Campinas. Na área de Transportes, os desafios são grandes, mas estamos atuando para que o sistema seja mais eficiente. Além da renovação da frota, aumentamos o tempo de integração do Bilhete Único, implantamos o Passe Lazer e vamos criar o Bilhete Único Universitário, que reduz em 50% o valor da tarifa de ônibus”, revelou o prefeito Jonas.

A entrega dos novos ônibus beneficia 64 mil passageiros por dia, que utilizam 13 linhas do transporte público. Essas linhas percorrem o eixo da Avenida John Boyd Dunlop, regiões do Swift, Boa Vista, Nova Aparecida e Vila Padre Anchieta. A acessibilidade da frota agora atinge a marca de 70,1%, uma das mais altas do país.

Os 60 veículos são da empresa Expresso Campibus, que investiu R$ 18 milhões na nova frota. A apresentação dos ônibus foi realizada no final da manhã desta quinta-feira, dia 4 de dezembro na Pedreira do Chapadão (Praça Ulysses Guimarães).

Além do prefeito, também participaram do evento o secretário de Transportes e presidente da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), Carlos José Barreiro, secretários municipais, vereadores, empresários do setor de transporte, representantes de conselhos e lideranças municipais e operadores do sistema.

“É sempre uma grande satisfação realizar mais uma entrega de ônibus. Em apenas quase dois anos de governo do prefeito Jonas Donizette, a renovação da frota representou 1/5 do total de veículos do sistema. Isso demonstra a preocupação constante da Administração com a qualidade do transporte coletivo”, afirmou o secretário Carlos Barreiro.

Em seu discurso, o prefeito Jonas salientou as mudanças que o município vem experimentando. “Hoje Campinas é uma cidade diferente do que era há dois anos. Nós estamos resgatando a normalidade na cidade, que hoje tem controle e uma Administração que ouve o povo”.

Atendimento
A renovação da frota favorece 13 linhas de ônibus. Os veículos têm capacidade para 72 passageiros, sendo 28 sentados e 44 em pé. Todos os veículos são acessíveis, dotados de elevador para cadeira de rodas com acionamento elétrico e pneumático, espaço para cadeirantes, assentos preferenciais para idosos, obesos, gestantes, mães com criança de colo. Todos os ônibus também possuem cinco portas, permitindo a operação nos dois lados do veículo.

As linhas que recebem os novos veículos são:

2.22 – Jardim Florence I
2.23 – Satélite Íris III
2.24 – Residencial Sirius
2.28 – Princesa D’Oeste
2.29 – Jardim Florence II
2.30 – Ipaussurama / Carrefour Dom Pedro
2.52 – Parque São Jorge
2.53 – Swift / Vila Boa Vista
2.60 – Nova Aparecida / Shopping Iguatemi
2.63 – Terminal Padre Anchieta / Terminal Mercado I
2.64 – Vila Padre Anchieta
2.65 – Padre Anchieta
2.66 – Parque São Jorge / Hospital de Clínicas

Raio X
O sistema de transporte público coletivo Campinas possui 1.239 ônibus em operação, sendo 992 do sistema convencional e 247 do sistema alternativo. Deste total, 869 são acessíveis, representando 70,1% da frota.

A idade média da frota é de 4,5 anos. O município tem 202 linhas de ônibus, distribuídas em quatro áreas:

1) Área 1 (Azul Claro). Regiões: Ouro Verde, Vila União e corredor Amoreiras.

2) Área 2 (Vermelha). Regiões: Campo Grande, Padre Anchieta e corredor John Boyd Dunlop.

3) Área 3 (Verde). Regiões: Barão Geraldo, Sousas, Amarais, Rodovia Campinas - Mogi Mirim e corredor Abolição.

4) Área 4 (Azul Escuro). Regiões: Nova Europa, Santos Dumont e aeroporto de Viracopos.

Nos dez primeiros meses de 2014, o sistema de transporte público registrou uma média de 634 mil passageiros por dia. São 15,8 milhões de passageiros por mês. Estima-se que essas viagens sejam realizadas, diariamente, por 240 mil usuários (pessoas).

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Campinas adia novamente a licitação do transporte coletivo

segunda-feira, 13 de junho de 2022

A Prefeitura adiou novamente a licitação do transporte coletivo de Campinas. Agora, o certame que definirá o funcionamento do transporte público municipal pelos próximos 20 anos e que estava previsto para se iniciar no fim deste mês só deve ser lançado em outubro. A nova concessão é esperada desde 2016.
A quantidade de audiências públicas realizadas, no total de 11, e a necessidade de ajustes no edital a partir dos apontamentos colhidos pela Administração Municipal são os motivos que levaram ao novo adiamento. A recomendação por maior prazo de consulta pública foi feitas pelo Ministério Público. A Prefeitura informou que mudou o prazo de 30 para 90 dias, e a alteração contribuiu para que a licitação tivesse a data novamente estendida. As audiências públicas realizadas tiveram a participação total de mais de 600 pessoas.

É grande a expectativa pelo novo sistema de transporte público coletivo porque, com a nova licitação, deverão ser oferecidos à população viagens mais confortáveis, ônibus silenciosos e menos poluentes, informações mais confiáveis e em tempo real, menor tempo de espera nos pontos, estações e terminais mais adequados, e maior facilidade para o pagamento da tarifa, além do fim da expiração de créditos.

A empresa que vencer a licitação terá concessão do transporte na cidade por 15 anos, prorrogáveis por mais cinco. O projeto inclui ainda a implantação de 85 ônibus elétricos já no primeiro ano, além da queda gradual de veículos movidos a diesel que, no início, totalizarão 546. Depois, após quatro anos, a expectativa é que Campinas tenha 309 ônibus elétricos e 306 a diesel.

Diante do adiamento da publicação do edital, a Prefeitura definiu um novo cronograma para a mudança no sistema de transporte público. O edital e anexos para consulta pública serão publicados a partir da próxima semana nos sites da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) e da Prefeitura. Também são previstas a revisão e a consolidação das contribuições da consulta pública nas minutas do edital e anexos até a segunda semana de outubro. Em seguida, vem a etapa de publicação do aviso de licitação e do edital até o fim de outubro. A licitação é fundamental para que o BRT passe a operar, já que inclui a entrega dos novos ônibus adaptados ao sistema.

O projeto abrange também a criação de uma estação central de recarga e de uma unidade de geração elétrica solar, além do incentivo à adoção de energia limpa. Os investimentos serão de R$ 500 milhões no primeiro ano de contrato e o subsídio da Administração Municipal está sendo estimado em mais de R$ 70 milhões no ano.

As linhas de BRT previstas atenderão o Terminal Campo Grande / Terminal Metropolitano; Terminal Campo Grande / Terminal Central (via Perimetral); Terminal Ouro Verde / Terminal Central; Terminal Ouro Verde / Terminal Metropolitano (via Perimetral). 

A frota do BRT será 100% elétrica, integrada ao sistema, e os ônibus terão ar-condicionado, wi-fi, tomadas USB, câmeras CFTV, GPS e terminal de computador de bordo.

Em Campinas, o sistema de transporte atende mais de 200 mil usuários por dia.

Auditoria

Em paralelo ao cronograma, prosseguem os trabalhos da Fundação Instituto de Pesquisa Econômicas (Fipe), contratada para realizar uma auditoria do contrato do transporte público, além de ajudar na elaboração do novo edital para a modalidade. O contrato firmado com a Fundação estabelece pagamento de mais de R$ 1,6 milhão. A medida é tratada pela Administração como requisito para a Prefeitura finalizar o processo da nova licitação.

A Administração informa que o aditamento não causa nenhum ônus ao município, uma vez que apenas foi estendido o prazo, mas o objeto da contratação é o mesmo.

Informações: Correio
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Campinas recebe 35 novos ônibus acessíveis para o transporte público

quinta-feira, 13 de março de 2014

Prosseguindo com o processo de renovação, melhoria e acessibilidade da frota do transporte público coletivo municipal, adotado pelo prefeito Jonas Donizette desde o início da gestão, Campinas está recebendo 35 novos ônibus, todos acessíveis. Os veículos irão atender as regiões dos bairros Jardim Santa Mônica, Amarais, Esmeraldina, Alphaville, Taquaral, Castelo, Proença, Cambuí, Centro, São Bernardo e eixo da Abolição.

A iniciativa beneficia 19,5 mil passageiros por dia. Com os novos veículos, a frota atinge 54% de acessibilidade. Em 2010, a acessibilidade representava 30% do total de veículos. “Campinas tem muitos desafios e nós precisamos lidar com todos eles, no nosso dia a dia. O transporte é um deles. Por isso, continuamos na nossa missão de oferecer, cada vez mais, a entrega de ônibus com qualidade para a população e a busca da meta de 100% da frota toda acessível”, declarou o prefeito Jonas Donizette.


A apresentação dos veículos à população foi realizada na manhã desta terça-feira, 11 de março, na Praça Arautos da Paz. Além do prefeito Jonas, o evento também contou com a presença do secretário de Transportes e presidente da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), Carlos José Barreiro, secretários, vereadores, empresários do setor de transporte, representantes de conselhos municipais, motoristas e familiares.

Ainda nesse primeiro semestre, a expectativa da Administração municipal é de que mais 105 novos ônibus acessíveis entrem em operação, totalizando 140 veículos. “Nós realizamos estudos permanentes, para avaliar a quantidade de passageiros e a oferta de veículos. O processo de renovação da frota será constante e, também, a ampliação ao acesso das pessoas com deficiência”, afirmou o secretário Carlos Barreiro.

Em 2014, essa é mais uma ação positiva da Prefeitura no transporte público. Em fevereiro, o prefeito Jonas Donizette ampliou o Passe Lazer de uma para duas datas no mês.

Acessibilidade
Todos os 35 veículos são acessíveis. Eles são dotados de elevador, para acesso de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida; balaústres emborrachados para direcionamento ao botão de parada; botão de parada com indicação em braile; espaço para cadeirantes; bancos para idosos, obesos e gestantes; além de encostos dos bancos mais altos, oferecendo maior conforto e comodidade aos usuários.

Os veículos têm capacidade para 82 passageiros. Os investimentos foram da ordem de R$ 9,8 milhões.

Linhas favorecidas
Confira as linhas que ganharão novos veículos:

3.11 – Jardim Santa Mônica;
3.42 – Jardim Aliança;
3.53 – Alphaville;
3.60 – Proença / Castelo;
3.82 – Cambuí / Campinas Shopping.

Essas linhas integram a Área 3 (Verde) do Sistema InterCamp, formada pelas regiões de Barão Geraldo, Sousas, Amarais, Rodovia Campinas - Mogi Mirim e Corredor Abolição. A Área Verde é operada pelo Consórcio Urbcamp, formado pelas empresas VB Transportes e Turismo Ltda. e Coletivos Pádova Ltda.

InterCamp
O Intercamp é o sistema de transporte público coletivo de Campinas. Com os novos veículos, o Sistema Intercamp tem 1.247 ônibus em operação, sendo 999 do sistema convencional e 248 do sistema alternativo. Desse total, 671 são acessíveis (54%).

A idade média da frota é de cinco anos. Campinas possui 208 linhas de ônibus municipais. Em 2013, o Intercamp registrou uma média de 15,6 milhões de passageiros por mês. Estima-se que essas viagens sejam realizadas, diariamente, por 240 mil usuários.

Áreas
O Sistema Intercamp é distribuído em quatro áreas:

- Área 1 (Azul Claro). Regiões: Ouro Verde, Vila União e corredor Amoreiras.
- Área 2 (Vermelha). Regiões: Campo Grande, Padre Anchieta e corredor John Boyd Dunlop.
- Área 3 (Verde). Regiões: Barão Geraldo, Sousas, Amarais, rodovia Campinas – Mogi Mirim e corredor Abolição.
- Área 4 (Azul Escuro). Regiões: Nova Europa, Santos Dumont e Aeroporto de Viracopos.

Informações: EMDEC

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Campinas terá só ônibus elétricos na região central, garante secretário

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Diferentemente do que deve ocorrer com a licitação dos transportes da capital paulista, em Campinas, no interior de São Paulo, a concorrência que deve ser realizada até o final deste ano vai prever que a região central tenha os menores impactos ambientais possíveis pela operação dos serviços. Para isso, será criada a Área Branca, por onde só vão circular ônibus elétricos.

É o que revela em entrevista exclusiva ao Diário do Transporte, em parceria com a ANTP – Associação Nacional de Transporte Público, o engenheiro Carlos José Barreiro, atual secretário de Transportes de Campinas e presidente da EMDEC – Empesa Municipal de Desenvolvimento de Campinas S.A.

Segundo o secretário, a cidade será divida em seis áreas de concessão e mais uma que abrange a zona central da cidade. Esta última está sendo chamada pela Administração de “Área Branca”, que terá como foco a melhoria da questão ambiental.

Para tanto, nesta região, interligando os terminais do centro ao entorno, um conjunto de medidas será realizado visando garantir a sustentabilidade, envolvendo todos os modais de transporte ativo.

“Todos os ônibus da Área Branca serão elétricos”, garante Barreiro.

O secretário disse também que o Plano Diretor (PD), que está em revisão pela Prefeitura, colocará algumas premissas básicas que irão garantir na região central a mobilidade assentada na sustentabilidade ambiental.

Dentre as premissas traçadas na revisão do PD estão os princípios traçados pelo DOTs – Desenvolvimento Orientado ao Transporte Sustentável (DOTS, em tradução do termo original em inglês “Transit Oriented Development”). O que, traduzindo em ações práticas, Barreiro explica, transformará a região central de Campinas numa zona privilegiada para o transporte ativo, com estímulo aos pedestres, ao uso da bicicleta e ao transporte público realizado por ônibus elétricos, e num desestímulo cada vez maior ao uso do automóvel. “Será o privilégio do não-motorizado em detrimento do motorizado”, ele resume.

Os investimentos em ciclovias segregadas serão intensivos, com a implantação de um grande Plano Cicloviário na área central e demais regiões do município, permitindo que todo o percurso possa ser feito através da integração desses modais sustentáveis. “Estamos criando uma rede sustentável assentada no transporte ativo, onde o caminhar e o pedalar se integrarão ao transporte feito exclusivamente por ônibus elétricos”, ele afirma. Nesse projeto inclui-se também a adoção massiva de um sistema de bike-sharing.

CONCESSÃO DE PONTOS DE PARADA EXIGIRÁ INFORMAÇÃO AO USUÁRIO

Ainda sobre a licitação do sistema de transportes, Barreiro afirma que será incluída no certame a concessão dos pontos de embarque. Ele se refere aos pontos da região central – uma área num raio de 5 km -, mais os pontos de parada dos nove corredores. No total, isso representa 40% dos pontos de parada de toda a cidade, que despendem 70% de todo o custo de manutenção. A empresa vencedora poderá explorar comercialmente a publicidade nos pontos.

O secretário explica que as paradas de ônibus deverão disponibilizar informações ao passageiro.

“Há quase dois anos nós desenvolvemos um aplicativo que fornece todas as informações dos 1.250 ônibus da cidade, como localização, traçado da linha, horário de chegada ao ponto. Tudo isso está ligado ao Núcleo de Monitoramento de Transporte (NUMT), que se baseia no sistema AVL (Automatic Vehicle Location, Localização Automática de Veículos) para rastrear e gerenciar a operação de todos os ônibus em tempo real”.

OBRAS DO BRT COMEÇAM EM AGOSTO:

O secretário também falou com o Diário do Transporte e com a ANTP  sobre o sistema de corredores de ônibus BRT na cidade.

Barreiro afirmou que a obra, com 37 km de extensão, distribuída em três corredores, está pronta para ser iniciada, o que deve ocorrer, segundo ele, já em meados de agosto.

 “A obra fora estimada, inicialmente, em R$ 550 milhões, mas ao realizarmos a licitação, no final de 2016, conseguimos derrubar este valor para R$ 451,5 milhões”,diz Barreiro. Foram 4 lotes, vencidos por 4 consórcios e empresas diferentes.

Com a recente visita do ministro das Cidades a Campinas, Bruno Araújo, no final de março, ocasião em que o início da obra foi autorizado, as ações começaram a se suceder com celeridade. No dia 15 de maio o prefeito Jonas Donizette assinou com a Caixa Econômica Federal (CEF) o contrato de financiamento de R$ 100 milhões para dar início às obras. Com isso, a equação financeira fechou.

Barreiro explica que dos R$ 451,5 milhões previstos, R$ 200 milhões já estavam garantidos com recursos do FGTS, dentro do PAC – Mobilidade, programa do Governo Federal. Outros R$ 100 milhões, previstos no orçamento da União, somam-se agora aos recursos autorizados pela CEF. A parte da prefeitura, que fecha a conta, é de R$ 50 milhões, e já está garantida.

“O BRT atenderá uma população de 450 mil pessoas, e terá capacidade de transportar 250 mil por dia”, diz Barreiro. A obra do BRT começará pelo corredor Campo Grande, e o prazo para a conclusão total do projeto de implantação é de três anos, contados a partir de maio de 2017. Portanto, em 2020 a cidade de Campinas já poderá contar com seu BRT.

NÃO HÁ MAIS COBRADOR  EM CAMPINAS

No dia 18 de maio o Ministério Público do Trabalho (MPT) de Campinas ingressou com uma ação civil pública contra as empresas de ônibus. O motivo: impedir que motoristas de ônibus acumulem a função de cobrador, o que, segundo o MPT, configuraria dupla função.

Barreiro disse que esta é uma discussão que muito em breve perderá sentido. Ele conta que hoje apenas 8% das tarifas são pagas em dinheiro. E logo, logo, o dinheiro vai ser extinto do sistema de transporte da cidade, uma meta perseguida pela Prefeitura desde 2014.

Desde aquele ano a prefeitura vem discutindo a extinção da figura do cobrador.  Com apoio do SEST / SENAT, foram oferecidos vários cursos de capacitação e requalificação profissional aos cobradores, todos eles na cadeia do setor, como motorista de ônibus, borracheiro e atividades administrativas.

Ao lado de se preocupar com o fator humano, buscando soluções para a requalificação dos 1.800 cobradores, a Prefeitura teve que avançar no desenvolvimento da tecnologia.

“Desde janeiro estamos testando uma nova tecnologia, baseado no código QR Code. Os testes estão sendo feitos desde janeiro em dois distritos da cidade – Joaquim Egídio e Sousas. Ao invés de dinheiro, o usuário vai adquirir um bilhete com um código gráfico (QR Code) fora dos ônibus, que ele vai poder comprar em mais de 400 pontos de venda espalhados pela cidade”, diz Barreiro.

O sistema QR Code (Quick Response Code, ou Código de Resposta Rápida na sigla em Inglês) é um código de barras bidimensional, impresso em papel, que armazena dados e caracteres. O ticket terá a codificação da tarifa. Após comprar nos pontos de venda que estarão espalhados pela cidade, o passageiro validará seu código no interior do ônibus. “Os validadores para todos os ônibus utilizam sistema infravermelho, e já foram encomendados pela empresa responsável pela tecnologia”, diz o secretário.

Barreiro estima que já na primeira quinzena de junho todos os 1.250 ônibus que operam em Campinas já terão os validadores instalados, e a partir daí novos testes serão realizados por mais 90 dias. Assim, antes do fim do ano não haverá mais dinheiro em circulação nos ônibus da cidade. “A consequência disso é que não haverá também mais cobradores no sistema de transportes de Campinas”, ele afirma.

COMO SERÁ FEITA A LIGAÇÃO COM VIRACOPOS: TRILHOS (VLT / MONOTRILHO) OU PNEUS (BRT)?

Viracopos é atualmente o principal aeroporto de cargas do País, e Barreiro estima que nos próximos cinco anos ele alcançará a marca de principal aeroporto de passageiros. “É preciso organizar uma solução de mobilidade para a ligação aeroporto-Centro”, diz Barreiro.

O estudo de viabilidade já está sendo realizado por uma importante empresa de consultoria, que irá definir qual modal será o mais adequado. Os recursos para bancar o estudo, que custará R$ 1,2 milhão, foram garantidos pelo ministro das Cidades, Bruno Araújo, na mesma ocasião em que esteve em Campinas e autorizou o início das obras dos corredores do BRT (março/2017).

Barreiro afirma que tanto as soluções do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), como a do monotrilho, que é menor que um metrô e corre sobre vigas de concreto a 15 metros do chão, estão sendo analisadas. Há também a possibilidade de se fazer uma extensão do BRT, já que o futuro corredor chegará próximo ao aeroporto.

“O estudo busca respostas para perguntas que são essenciais: quais os trajetos possíveis? Qual o custo de cada alternativa? Qual a melhor tecnologia para atender a demanda?”. Até outubro Campinas terá a resposta do estudo: a ligação do Centro da cidade com o Aeroporto de Viracopos, de cerca de 20 km, será feita por trilhos ou sobre pneus?

CAMPINAS SUSTENTÁVEL: UM HORIZONTE PARA 25 ANOS

Além do Plano Diretor, que está sendo revisto pela atual Administração, Barreiro conta que a cidade terá, em breve, um Plano Viário, um estudo ambicioso que projetará um horizonte de futuro para Campinas, já para os próximos 25 anos.

O Plano buscará respostas a perguntas essenciais que toda cidade deve ter. “Para onde Campinas crescerá? Como ela irá se estruturar em seus deslocamentos?”, diz Barreiro. “Será a primeira vez que a cidade terá um Plano como esse, essencial para garantir um planejamento urbano sustentável e realista, que reduza as incertezas que, muitas vezes, levam muitas cidades ao caos urbano”, ele diz.

Barreiro garante que a Administração municipal finaliza o Plano Viário este ano. Na sequência, a Prefeitura vai transformá-lo numa Lei Municipal, para garantir que a cidade possa ter vetores de crescimento perenes que orientarão seu crescimento.

“Uma cidade com menos poluição, menos trânsito, menos dependência do automóvel, mais caminhável, onde andar a pé seja um prazer, uma maneira de se relacionar com a cidade e suas pessoas em segurança: mais do que sonho, esse é o projeto que estamos construindo”, finaliza o secretário.

Entrevista realizada por Alexandre Pelegi
Informações: ANTP
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Tarifa de ônibus sobe e vai a R$ 3,80 em Campinas

quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

A tarifa do transporte público coletivo em Campinas passará de R$ 3,50 para R$ 3,80, aumento de 8,57%, a partir deste domingo (3). O reajuste segue o índice aplicado na Capital, onde o bilhete unitário também passou de R$ 3,50 para R$ 3,80 e o de integração entre ônibus e trilhos aumentou de R$ 5,45 para R$ 5,92.

Nas 158 linhas de ônibus metropolitanos, que atendem à Região Metropolitana de Campinas (RMC), a partir do dia 9 as tarifas serão reajustadas em 10,39%.

O aumento da tarifa dos ônibus urbanos de Campinas, que recebem diariamente 229 mil usuários, foi o segundo autorizado pelo prefeito Jonas Donizette (PSB) em 2015. A publicação saiu na quarta-feira (30) no Diário Oficial do Município. No intervalo de um ano, a passagem saltou de R$ 3,30 para R$ 3,80.

Em três anos do atual governo, o índice de recomposição da tarifa foi de 15,15%, abaixo dos 25,74% de inflação oficial acumulado no mesmo período pelo IPCA.

Na justificativa, o governo alega que estudos e planilhas elaborados pela Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) indicaram a necessidade do reajuste para "a manutenção do equilíbrio econômico e financeiro do sistema de transporte público coletivo".
O reajuste no valor da tarifa do transporte urbano em Campinas é insuficiente para equilibrar o sistema, alega a diretoria do Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano e Urbano de Passageiros da RMC (SetCamp).

Abaixo da inflação média 11% no período, o aumento não é capaz de cobrir os reajustes, segundo as viações.

Segundo levantamento da Prefeitura, no último triênio os principais insumos diretamente ligados à cesta de transporte público tiveram reajustes acima da inflação: motoristas (50,43%), óleo diesel S10 (41,88%), pneus (25,93%) e valores dos veículos (25,89%).

“Com o atual subsídio, a tarifa teria de ser pelo menos R$ 4,20. O valor de R$ 3,80 está bem abaixo do necessário para cobrir os custos. O sistema InterCamp, que este ano passou por sérias dificuldades financeiras, continuará desequilibrado”, afirma Paulo Barddal, diretor de comunicação do SetCamp.

O balanço das contas das empresas do transporte coletivo na cidade aponta um desequilibro econômico-financeiro superior a R$ 22 milhões entre outubro de 2014 a novembro passado.

Segundo o sindicato patronal, diante da recessão, reajustes dos principais insumos da “cesta do transporte” em um ano — pneus (9,93%), peças e acessórios (19,04%) e diesel (9,7%) — e também dos aumentos nos salários dos funcionários, que chegaram a 11,37%, considerando ao valor da comissão paga, as empresas recorreram a bancos para cobrir suas despesas.
A queda de 8,6% no volume de passageiros pagantes também foi contabilizada.

Para os técnicos do SetCamp, será necessário reavaliar o valor do subsídio repassado às concessionárias, que é de R$ 3,1 milhão mensais para cobrir as gratuidades do sistema.
Estima-se que hoje 33,4% dos usuários viajam diariamente sem pagar passagens, considerando as viagens integradas e as gratuidades.

O percentual não inclui os estudantes com desconto de 60% e os universitários que pagam metade do valor da tarifa.

As concessionárias informaram que investiram R$ 58 milhões na renovação de frota com a compra de 109 ônibus novos, dos quais 45 articulados, além dos investimentos no sistema de bilhetagem eletrônica, na manutenção das garagens e frota e no treinamento dos funcionários.

Análise
Na última década, as tarifas públicas em Campinas alcançaram um reajuste real de 5,55%, compara Mucio Zacharias, professor de economia da IBE-FGV, que monitora os aumentos no período.

A tarifa, que em 2005 era de R$ 2,00, sofreu 90% de aumento e agora chega a R$3,80 contra 84,45% de inflação acumulada até novembro passado. Nos últimos três anos, com exceção do reajuste negativo de -12% em dezembro de 2012, época dos protestos no País, em 2013 e 2014 foram dois reajustes em torno de 3,5%.

Zacharias também compara que, apesar da inflação de 10,48% nos últimos 12 meses, o reajuste nominal de R$ 3,50 para R$ 3,80 representa um ganho para o trabalhador de 1,05% abaixo do acumulado no período.

“Essa diferença de R$ 0,30, para quem utiliza dois ônibus seis dias na semana, vai implicar em um aumento de R$ 31,20, o que corresponde a 3,55% do novo salário mínimo de R$ 880,00”, compara o docente. Segundo Zacharias, o trabalhador que obteve reajuste entre 9% e 10% conseguirá absorver o aumento.

SAIBA MAIS
Campinas:  R$ 3,80
Capital: Bilhete unitário - R$ 3,80; Bilhete integração (ônibus e trilhos) - R$ 5,92; Bilhete do Metrô unitário - R$ 3,80
EMTU (alguns exemplos)

— Campinas (Jd São Vicente) – Valinhos (Hotel São Bento) – R$ 3,85 para R$ 4,25
— Linhas de Hortolândia – R$ 3,60 para R$ 3,97 e os trechos R$ 3,80 para R$ 4,19
— Monte Mor – R$ 3,80 para
R$ 4,19
— Valinhos–Campinas - R$ 4,90 para R$ 5,40
— Jaguariúna (João Nassif)- Campinas (Botafogo) – R$ 5,35 para R$5,90
— Americana–Santa Bárbara D´Oeste – R$ 3,30 para R$ 3,64
— Sumaré (Vila Yolanda)– Campinas (Terminal Multimodal) – R$ 4,90 para R$ 5,40
— Paulínia (Cj Hab Tereza Z Vedovelo)–Campinas (Term. Pref. Magalhães Teixeira)– Sumaré Rod. Anhanguera – R$ 3,80 para R$ 4,19

Por Sheila Vieira
Informações: Correio Popular 

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Campinas pode ter greve de ônibus nesta quarta-feira

terça-feira, 15 de maio de 2012

Os motoristas e cobradores de ônibus do transporte público de Campinas (SP) prometem entrar em greve à 0h nesta quarta-feira (16). O comunicado feito pelo Sindicato dos Rodoviários de Campinas e Região foi publicado em um jornal da cidade na edição de domingo (13). O Sistema InterCamp possui 202 linhas, que atendem cerca de 676 mil passageiros diariamente. A Associação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Campinas (Transurc) informou que ficou surpreendida com o anúncio porque as empresas estão em processo de negociação com o sindicato e que a data-base da categoria é 1º de maio.

As concessionárias que podem ter funcionários em greve são a VB Transportes e Turismo, Itajaí Transportes Coletivos, Coletivos Pádova, Expresso Campibus e Onicamp Transporte Coletivo. Em nota, a Transurc alega que "a convocação de uma greve, sem se esgotar o processo de negociação, é uma demonstração clara de que os usuários do transporte, os funcionários e as empresas estão sendo prejudicados, mais uma vez, por uma disputa político-sindical envolvendo a atual diretoria do Sindicato dos Rodoviários e dissidentes descontentes".

Desde a semana passada, motoristas e cobradores de empresas de Campinas e região paralisaram as atividades por impasses com o sindicato e também com os supervidores.

Nesta terça-feira (15), passageiros que usam os ônibus da VB3 foram prejudicados por uma paralisação que afetou 160 mil pessoas.  O protesto teve início após uma confusão que terminou em agressão entre um funcionário e representantes do sindicato, de acordo com a empresa. O sindicato nega que houve confronto e alega que esteve na garagem da concessionária para informar sobre a greve desta quarta-feira.

A Transurc defende que os sindicalistas manipularam informações para, com essa prática, usar a categoria como massa de manobra e informa que "tomarão todas as medidas cabíveis para que as pessoas que dependem do transporte público não sejam novamente vítimas nesse processo de embate entre sindicalistas".

Plano emergencial
Para minimizar os transtornos à população, a Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) montou um plano emergencial caso motoristas e cobradores do Sistema InterCamp entrem em greve. A Emdec informou que solicitou ao sindicato da categoria que mantenha um quantitativo da frota em operação, por considerar que o transporte público seja um serviço essencial.

Caso ocorra a greve, os veículos que atuam no Corujão, serviço de transporte público realizado durante a madrugada, também poderão circular durante o dia. Ainda haverá um remanejamento na frota do transporte alternativo, para que ela possa operar as principais linhas das quatro áreas operacionais.

Na área Central do município haverá dois pontos de referência para os usuários do transporte público coletivo: os terminais Central e Mercado. Os veículos sairão desses locais em direção aos principais eixos da cidade: Amoreiras, John Boyd Dunlop, Prestes Maia, Santos Dumont, Amarais, Barão Geraldo e Sousas, após circularem o Centro. Caso necessário, serão criados comboios de ônibus, escoltados pela Guarda Municipal ou Polícia Militar, para evitar qualquer ato de vandalismo que coloque em risco a segurança de operadores e usuários. Os terminais urbanos nos bairros permanecerão fechados, durante a paralisação, para evitar depredações.

As dúvidas podem ser esclarecidas pelo telefone da Emdec no (19) 3772-1517. As informações serão atualizadas de hora em hora, pelo Centro de Controle Operacional e monitoramento realizado pelas câmeras da Central Integrada de Monitoramento (CIMCamp). A consulta de todas as informações também poderá ser realizada pelo site da Emdec.

Sistema InterCamp
O Sistema InterCamp é divido em quatro áreas de atuação. A Área 1 (Azul Claro) atende as regiões do Ouro Verde, Vila União e Corredor Amoreiras. A Área 2 (Vermelha), as regiões do Campo Grande, Padre Anchieta e Corredor John Boyd Dunlop. A Área 3 ( Verde) atende Amarais, Barão Geraldo, Sousas, Rodovia Campinas - Mogi Mirim e o Corredor Abolição. E a Área 4 (Azul Escuro) as regiões do Aeroporto de Viracopos, Nova Europa e Santos Dumont.

Informações do G1 SP

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Em Campinas, Contrato de operação de ônibus será revisto

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Os contratos com as concessionárias que operam o transporte público coletivo em Campinas (SP) devem ser revistos pela nova gestão da Secretaria Municipal de Transportes. A informação é do titular da pasta, Sérgio Benassi. Ele adianta ainda avaliar a necessidade de aditivos que possam aumentar a qualidade do serviço prestado ao passageiro. A Associação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Campinas (Transurc) reúne as permissionárias VB Transportes e Turismo, Itajaí Transportes Coletivos, Onicamp Transporte Coletivo, Expresso Campibus e Coletivos Pádova.
Foto: MAICON IGOR BARBOSA
Médico veterinário formado pela Universidade de São Paulo (USP), Sérgio Benassi foi vereador por 20 anos em Campinas, entre 1992 e 2012. Ele foi convidado pelo prefeito Jonas Donizette (PTB) para coordenar a campanha e a decisão de sair do Legislativo foi pessoal. Após a vitória, foi indicado para assumir a Secretaria de Transportes. Atualmente, não usa o transporte público na cidade, mas alega que antes de assumir a função de parlamentar e ter direito a um carro oficial, era usuário do sistema.
O secretário também nunca esteve à frente de órgãos relacionados à pasta de Transportes, mas alega que participou ativamente de questões relacionadas às políticas públicas. "O meu perfil de parlamentar sempre foi de uma visão mais estadista, sempre preocupado com as questões estruturantes da cidade", defende.

Em entrevista ao G1, Benassi prometeu mais rigor na fiscalização das linhas de ônibus e na cobrança pelo cumprimento dos contratos com as permissionárias. "A primeira coisa é ver no contrato até que ponto eu posso ir com a cobrança. Eu sou da opinião que é preciso amarrar maneiras e responsabilidades para a cobrança. Não basta estar no papel. O sistema atual de concesssão resolveu muitos problemas, mas é preciso melhorar a gestão e fazer o controle dos itens falhos encontrados para que haja o cumprimento e obrigar as concessionárias a fazerem isso", afirma o secretário.

A Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), responsável pela fiscalização do trânsito na cidade, também será usada como ferramenta para o aumento do rigor com as empresas. "Você precisa fiscalizar os contratos e ser rápido na cobrança do cumprimento. Mas também é preciso pensar estrategicamente a cidade. Não basta só contratar um serviço e esperar que ele funcione, porque isto depende de planejamento para a cidade. É preciso reformular viários, mudar a geometria de um trajeto para melhor o atendimento do público", explica Benassi, que também ocupa o cargo de presidente da Emdec.

A assessoria de imprensa da Transurc informou que precisa avaliar a proposta da Prefeitura sobre as alterações nos contratos para se posicionar sobre o assunto, mas que está aberta para a discussão do assunto.

Sistema reprimido
A grande promessa para desafogar o trânsito em Campinas são ônibus com tecnologia BRT (Ônibus de Trânsito Rápido, em inglês), sistema que começou a ser implantado ainda na gestão de Pedro Serafim (PDT). Os veículos podem transportar até 145 passageiros, são articulados e oferecem aos usuários acesso à internet por sistema wireless. O motorista contará com uma tela ao lado do volante, por onde poderá acompanhar o embarque e desembarque de passageiros.

No entanto, o secretário aponta que o sistema do transporte público coletivo da cidade está deprimido e que sem novos sistemas será impossível implantar um novo viário na cidade. "A Emdec precisa manter a cobrança e planejar a cidade 20 anos. O gargalo no transporte é um problema de caráter nacional dentro de um processo de urbanização acelerado na formação de grandes metrópoles", alega.

Reajuste da passagem
"Não há mais motivo para qualquer tipo de reclamação sobre a planilha de custos com transporte. Agora a questão é resolver os gargalos de mau atendimento". É desta forma que Sérgio Benassi fala sobre o reajuste da passagem de ônibus de Campinas, um dos mais altos do país. Ele afirma que, por causa do valor cobrado estar dentro das necessidades das empresas, não vai tolerar problemas nas linhas por falta de manutenção dos veículos, por exemplo. 

"Nada justifica tirar um ônibus da linha sem explicação. Nada justifica que um ônibus quebre e a que demore um dia para substituirem, sendo que no contrato está previsto que isso seja feito em 30 minutos. As empresas têm que cumprir os horários. A punição é sempre a última medida, mas precisa ser feito se for o caso", esclarece.

Aumento do tempo do bilhete único
Uma das principais propostas do plano de governo do prefeito Jonas Donizette, o aumento do tempo do bilhete único de uma hora e meia para duas horas não foi apontado como uma solução para o usuário pelo secretário de Transportes. "Não resolve. O ideal é que ele fique meia hora e não duas horas no ônibus. O bilhete de duas horas não pode ser uma panaceia. É preciso repensar todo o sistema e o conjunto de obras que vai alterar o tráfego na cidade em diferentes modalidades, como  carros, onibus, taxis e ciclistas", afirma Benassi.

Por Isabela Leite
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Metrôs e trens devem transportar 2,5 bilhões de pessoas em 2012

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Todos os dias, 8,5 milhões de brasileiros utilizam os meios de transporte sobre trilhos. No ano passado, eram 7,7 milhões. Segundo balanço divulgado nesta quinta-feira (30) pela Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos), o sistema deve transportar 2,5 bilhões de pessoas em 2012, alta de 10% em relação a 2011.
 
No entanto, a rede só aumentou 3% até agora, o que resulta em altos níveis de lotação. Das 63 médias e grandes regiões metropolitanas do país, só 12 possuem sistema de transporte de passageiros sobre trilhos. São um total de 15 sistemas, em 11 estados, com 1.030 km de extensão. Eles estão divididos em 39 linhas, 493 estações e 716 composições.
 
"Há um crescimento muito grande no número de passageiros, a gente precisa ter investimento para que a rede seja expandida na mesma proporção. E não só para ampliar e modernizar as linhas, como também a frota existente, detalha o presidente da ANPTrilhos, Joubert Flores.
 
Menos poluentes
Em 2011, as operadoras de transporte público de passageiros sobre trilhos consumiram 1,7 GWH, o que representa 0,5% do total energético do país. Segundo o relatório da ANPTrilhos, esses sistemas de transporte emitem 60% menos gases de efeito estufa que os automóveis e 40% menos que os ônibus.
 
Uma única linha de metrô é capaz de transportar cerca de 60 mil passageiros por hora/sentido. No mesmo tempo, o carro e o ônibus levam 1,8 mil e 5,4 mil pessoas, respectivamente.
 
"Vários setores contam com subsídios, no nosso não há. Se houvesse redução nos gastos com energia, por exemplo, poderíamos transformar esse custo em investimentos ou até, na redução tarifária", explica Flores.
 
Para os próximos anos, estão previstos investimentos de R$ 100 bilhões. São recursos do governo federal, governos estaduais e da iniciativa privada. Mais de 60 projetos estão em análise para implantação, sendo cinco deles com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2): a expansão do trem urbano de São Leopoldo a Novo Hamburgo (RS); implantação do aeromóvel de Porto Alegre (RS); implantação da Linha Sul do metrô de Fortaleza (CE); aquisição de trens para o metrô de Recife (PE); e ampliação do metrô de Recife.
Por meio do PAC da Mobilidade Grandes e Médias Cidades, serão investidos recursos para garantir a infraestrutura de transporte público de cidades acima de 250 mil habitantes. Para as grandes cidades, na área metroferroviária, 22 projetos já foram selecionados, dentre os quais: implantação do sistema de metrô nas cidades de Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS); ampliação e implantação de novas linhas em Brasília (DF), Belo Horizonte (MG), Salvador (BA), Recife (PE) e Fortaleza (CE); e a implantação de VLT em, Natal (RN), João Pessoa (PB), Maceió (AL), Goiânia (GO), Brasília (DF) e São Paulo (SP).
 
"Ampliar a estrutura de transporte de cargas e de passageiros tem como resultado a melhora da qualidade de vida, com redução de tempo de viagem e ganhos para o meio ambiente. É um sistema mais econômico e eficiente", ressalta o presidente da seção de transporte ferroviária da Confederação Nacional de Transporte (CNT), Rodrigo Vilaça.
 
TAV
Um dos projetos mais polêmicos e também um dos mais importantes do governo é o do Trem de Alta Velocidade (TAV), que ligará as cidades do Rio de Janeiro/RJ, Campinas e São Paulo/SP. Após diversas tentativas de licitar sua operação, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou, no dia 23 de agosto, as minutas do edital e contrato de concessão do projeto. O leilão para escolher o consórcio responsável pelo fornecimento da tecnologia, operação e conservação do sistema está marcado para o dia 29 de maio de 2013.​
 
Fonte: Portal EBC
 
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Em Campinas, Frota do transporte público conta com 117 ônibus com wi-fi grátis

segunda-feira, 3 de junho de 2019

Os usuários do transporte público coletivo municipal contam com mais uma comodidade. Desde fevereiro, 13 linhas de ônibus de Campinas oferecem acesso gratuito à internet sem fio durante o percurso.

A tecnologia wi-fi está disponível em 117 ônibus, operados pela empresa VB Transportes e Turismo. São 68 ônibus da empresa VB3, distribuídos em seis linhas e dois carros reserva; e 51 veículos da empresa VB1, divididos em sete linhas.

A novidade beneficia, diretamente, cerca de 50 mil usuários atendidos pelas 13 linhas. Além de promover a inclusão digital, a oferta de internet sem fio proporciona aos usuários economia de seu pacote de dados. A frota do sistema de transporte público totaliza mais de 1,1 mil ônibus e o sistema registra uma média de 560 mil passageiros (passagens pela catraca) por dia útil e 14 milhões de passageiros por mês. 

“Ainda que a atual concessão do transporte público não contemple a disponibilidade de wi-fi, o sistema se adiantou e já conta com mais essa modernização. Os usuários têm a comodidade de enviar mensagens, checar e-mails e até assistir vídeos, gratuitamente, durante o percurso”, explica o secretário de Transportes e presidente da Emdec, Carlos José Barreiro. 

A disponibilização de internet sem fio nos ônibus do transporte público ocorre de forma gradativa. “A expectativa é ampliar essa aposta tecnológica para todos os veículos do sistema até o final do ano”, completa o secretário de Transportes. O projeto é fruto de uma parceria entre a VB e a empresa BlueMaxx, responsável pela operação da rede wi-fi. 

Trata-se de mais uma inovação incorporada ao sistema de transporte público, que já conta com a tecnologia QR Code (Quick Response Code; Código de Resposta Rápida). Em janeiro, Campinas extinguiu o pagamento em dinheiro embarcado da tarifa de ônibus em dinheiro, como forma de garantir viagens mais seguras e agilizar o embarque dos usuários. 

Como acessar
O acesso à internet sem fio é feito por meio do CPF e senha criada pelo usuário no primeiro acesso, após um breve cadastro. A legislação brasileira exige o cadastramento de usuários para a oferta de internet wi-fi gratuita. No interior dos veículos que contam com wi-fi, há um adesivo explicativo com orientações sobre o acesso. Confira o passo a passo: 

1) Para ativar o wi-fi no smartphone, localize e conecte-se à rede WIFIMAXX 5 ou 2. O aplicativo que realiza a conexão abrirá automaticamente, conforme a configuração do celular. Caso isso não ocorra, o usuário deverá abrir o navegador e acessar o site www.wifimaxx.com.br.

2) No primeiro acesso, escolha as opções “Acesso à Internet Grátis” e “Não sou Cadastrado”. O usuário deverá preencher o cadastro uma única vez para gerar sua senha pessoal de acesso. Todos os dados são obrigatórios, sendo necessário informar um número de celular válido para envio do código de segurança para ativação do cadastro.

3) Ao finalizar o cadastro, o usuário recebe o código de segurança por SMS para confirmar seus dados e ativar o cadastro. 

4) Nos demais acessos, basta informar o CPF no campo “login” e a senha cadastrada.

As dúvidas podem ser esclarecidas por um dos canais da Central de Atendimento ao Usuário, pelo e-mail wifimaxx@bluemaxx.com.br, WhatsApp (11) 97609-4837 ou pelo telefone (11) 2574-3268.

Confira as 13 linhas que contam com wi-fi grátis:
116 – Terminal Ouro Verde / Shopping Dom Pedro (7 veículos)
125 – Terminal Ouro Verde / Shopping Iguatemi (7 veículos)
131 – Terminal Vida Nova (14 veículos)
136 – Terminal Vida Nova (2 veículos)
153 – Terminal Vila União (6 veículos)
190 – Jardim São Domingos (11 veículos)
193 – Aeroporto de Viracopos (4 veículos)
316 – Parque Cidade (10 veículos)
317 – Jardim São José / Jardim São Marcos (9 veículos)
332 – Hospital das Clínicas (12 veículos)
353 – Alphaville (13 veículos)
359 – Jardim Esmeraldina / Estação Cidade Judiciária (9 veículos)
371 – Estação Parque Prado (13 veículos)

Informações: EMDEC


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