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Linha do metrô de São Paulo fica R$ 1 bilhão mais cara

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Depois de quase seis meses do lançamento do edital do prolongamento da Linha 2-Verde do metrô de São Paulo, o investimento total no projeto, previsto pelo governo de São Paulo, ficou R$ 1,1 bilhão mais caro. A obra vai estender a linha da Vila Prudente, na região leste de São Paulo, à rodovia Presidente Dutra, próximo à divisa com Guarulhos, terá 13,5 quilômetros de extensão e 12 estações. O projeto recebeu na semana passada licença ambiental prévia.

O lançamento do edital da obra ocorreu em 15 de outubro de 2012 e foi feito pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), em ato na estação Corinthians-Itaquera, na região leste. Na época, Alckmin afirmou que o investimento total, incluindo trens, sistema elétrico e obras, chegaria a R$ 7,7 bilhões, com recursos totalmente aplicados pelo governo do Estado. Ontem, o Metrô informou que o investimento saltou para R$ 8,8 bilhões, 14,3% a mais do que o inicialmente previsto.

De acordo com o Metrô, o processo de pré-qualificação para contratação das obras de extensão da Linha 2-Verde está em andamento e ainda não há valor final para o intervenção, já que ainda não há projeto básico da obra. "Os custos estimados para a licitação só serão estabelecidos após a conclusão dos projetos básicos. O valor de R$ 8,8 bilhões é apenas uma projeção, que é uma exigência legal", informou a empresa em nota.

O Metrô afirmou ainda que para o financiamento do projeto está contratando uma linha de R$ 1,5 bilhão com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e que estuda outras formas de financiamento. A estimativa da companhia é concluir o primeiro trecho do projeto no fim de 2018 e a linha completa em 2019.

A licença prévia foi emitida pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), mas ainda não permite o início das obras. De acordo com a assessoria de imprensa do Metrô, para garantir o começo da intervenção, a companhia entrará agora com processo de solicitação da licença ambiental de instalação.

Com o prolongamento, a Linha 2-Verde, que começa na Vila Madalena, região oeste de São Paulo, fará interligação com a Linha 3-Vermelha, na estação Penha. O número de passageiros que serão transportados quando a obra estiver concluída também mudou. No lançamento do edital do prolongamento, a previsão era que esse número saltaria para 1,1 milhão. Agora, a previsão é transportar 1,7 milhão de passageiros.

A linha é uma das sete previstas para os próximos anos pela Secretaria de Transportes Metropolitanos. Até 2015, o sistema metroferroviário deve receber mais 30 quilômetros de metrô e 41 quilômetros de trem da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Entre os projetos previstos para os próximos anos estão a conclusão da Linha 4-Amarela do metrô (Luz-Vila Sônia), obras da extensão da Linha 5-Lilás (Santo Amaro-Chácara Klabin), início do monotrilho da Linha 17-Ouro (Aeroporto de Congonhas-Morumbi), da Linha 13-Jade da CPTM (Engenheiro Goulart-Aeroporto de Guarulhos), do monotrilho da Linha 15-Prata (Vila Prudente-São Mateus), da Linha 6-Laranja (Brasilândia-São Joaquim), e da Linha 20-Rosa (Lapa-Moema).

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São Paulo: como estão as obras de expansão do Metrô e da CPTM?

domingo, 5 de novembro de 2023

O  Metrô de São Paulo revisou no mês passado, em setembro, a previsão original de investir R$ 5,6 bilhões nas reformas de expansão e melhorias da rede metroviária para R$ 3,5 bi. Mesmo com o corte, o valor representa um dos patamares mais elevados dos últimos anos.

A redução, no entanto, afeta diretamente os projetos da Linha 19-Celeste, que baixou em 71%, e da Linha 17-Ouro, cujo orçamento diminuiu de quase R$ 1,1 bilhão para R$ 460 milhões. A Linha 2-Verde, apesar de ter perdido R$ 1 bilhão, continua avançando, com aproximadamente 60% dos recursos utilizados em oito meses.

Desde 2020, o Metrô de São Paulo e as linhas de trens da  CPTM estão em reforma, em um amplo projeto de expansão. Algumas dessas melhorias foram entregues, outras seguem em andamento. No plano original, segundo a Companhia do Metropolitano, seria investido o maior volume de recursos de sua história, equivalente ao custo de cerca de 6 km de linha subterrânea.

Até agosto de 2023, os investimentos haviam superado o mesmo período do ano anterior, atingindo R$ 1,63 bilhão. O último relatório de empreendimentos da CPTM, divulgado neste mês, e o mais recente relatório integrado da Companhia do Metropolitano de São Paulo, divulgado todo final de ano, trazem algumas atualizações e informações sobre as obras.

Situação das obras

Os empreendimentos de expansão e melhoria da rede metroviária são diversos, e envolvem novas linhas e adaptações em estações já existentes. Segundo o último relatório integrado da Companhia do Metropolitano de São Paulo, o Metrô opera as Linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata, além de gerenciar projetos em linhas operadas pela iniciativa privada, como a Linha 4-Amarela e a Linha 5-Lilás.

  • Linha 1-Azul: Prevê melhorias, incluindo a ampliação da estação São Joaquim, devido à chegada da Linha 6-Laranja, visando atender às demandas futuras.
  • Linha 2-Verde: Obras de expansão em andamento entre Vila Prudente e Penha, com integração com as Linhas 3-Vermelha e 11-Coral da CPTM, reduzindo a demanda nas estações centrais.
  • Linha 3-Vermelha: Não há projetos mencionados, mas estão em andamento investimentos, como a implantação de portas de plataforma e o novo sistema de sinalização CBTC. Atualmente, existem fachadas nas estações Corinthians-Itaquera, Vila Matilde, Belém, Bresser-Mooca e Palmeiras-Barra Funda.
  • Linha 4-Amarela: Operada pela ViaQuatro, com obras finalizadas, mas ainda com algumas obras sob responsabilidade do Metrô de São Paulo, incluindo o acesso da estação Paulista para a rua Bela Cintra, e o túnel entre as estações Consolação e Paulista. O governador  Tarcísio de Freitas (Republicanos), porém, prevê uma nova reforma que ligue esta linha à Taboão da Serra, com previsão de início no começo de 2024.
  • Linha 5-Lilás: Operada pela ViaMobilidade, com retirada de pendências no novo trecho, incluindo extensões até a estação Chácara Klabin.
  • Linha 6-Laranja: Responsabilidade da LinhaUni e da construtora Acciona, sem envolvimento do Metrô de São Paulo.
  • Linha 9-Esmeralda: Implantação de extensão da Linha 9-Esmeralda desde a estação Grajaú até Varginha, com uma parada intermediária na nova estação Bruno Covas/Mendes-Vila Natal. A previsão é que a estação comece as novas operações ainda no segundo semestre deste ano.
  • Linha 15-Prata: Projetos em andamento incluem a expansão leste do monotrilho com duas novas estações e a construção de novas vias e a estação Ipiranga na parte oeste.
  • Linha 16-Violeta: Projeto diretriz finalizado, com EIA/RIMA e projeto básico em andamento, ligando a estação Oscar Freire até Cidade Tiradentes.
  • Linha 17-Ouro: Projetos básicos, executivos e implantação em andamento, com a implantação paralisada devido a contratações mal sucedidas, mas trens em fabricação na China.
  • Linha 19-Celeste: Em fase de elaboração do projeto básico e obtenção de licenças ambientais, ligando o centro de Guarulhos à estação Anhangabaú.
  • Linha 20-Rosa: Anteprojeto de engenharia e EIA-RIMA concluídos, com planos de ligar a região da Santa Marina até o ABC, passando pelo município de São Paulo.
  • Linha 22-Marrom: Projeto repaginado, com novo anteprojeto de engenharia e EIA-RIMA em andamento, ligando a estação Sumaré até Cotia, com integração com cinco linhas.
Os empreendimentos metroviários se dividem entre concluídos e em melhoria; em construção e expansão; e em projeto. O desafio futuro do Metrô e da CPTM será finalizar obras em andamento e garantir a implantação de novos trechos.

Concluídas e em melhoria: Linhas 1-Azul, 3-Vermelha, 4-Amarela, 5-Lilás e 9-Esmeralda;
Em construção e expansão: Linha 2-Verde, 6-Laranja (privada), 15-Prata e 17-Ouro;
Em projeto: Linha 16-Violeta, 19-Celeste, 20-Rosa e 22-Marrom.

Informações: Ultimo Segundo

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São Paulo terá cinco linhas de metrô e monotrilho em construção simultânea em 2013

sábado, 20 de outubro de 2012

A partir de 2013, com o início das obras de expansão da Linha 2-Verde em direção a Guarulhos chega-se a um fato inédito na cidade de São Paulo: cinco linhas de metrô e monotrilho em construção simultânea. As obras em realização são o prolongamento da Linha 5-Lilás (Largo Treze-Chácara Klabin), a segunda fase da Linha 4-Amarela (Vila Sônia-Luz) e a construção dos monotrilhos da Linha 15-Prata (Vila Prudente-Hospital Cidade Tiradentes) e da Linha 17-Ouro (que terá ligação com o aeroporto de Congonhas).

Hoje, São Paulo conta com uma malha metroviária de 74,3 quilômetros e  até 2014 deverá ultrapassar 100 km de extensão. No início de 2013 está prevista a licitação de mais duas obras: a Linha 6 - Laranja (Brasilândia-São Joaquim), de metrô convencional, e a Linha-18 Bronze (Tamanduateí-ABC), com monotrilho.

Publicado o Edital para expansão da Linha 2
Conforme anúncio realizado na segunda-feira (15/10) pelo governador Geraldo Alckmin e pelo secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, foi publicado nesta quarta-feira o edital de licitação para as obras de expansão da Linha 2-Verde (que funciona atualmente entre Vila Madalena e Vila Prudente) de Vila Prudente a Dutra.

Após a publicação do edital, as empresas interessadas  deverão apresentar propostas no dia 23/11 em Sessão Pública de Recebimento e Abertura. E depois da análise das propostas, a Companhia do Metrô divulgará o vencedor.

Leia:



O novo trecho da Linha 2 terá 13,5 km de extensão e 12 estações: Orfanato, Água Rasa, Anália Franco, Vila Formosa, Guilherme Giorgi, Nova Manchester, Aricanduva, Penha, Penha de França, Tiquatira, Paulo Freire e Dutra. Com o prolongamento, a Linha 2-Verde terá interligação com a Linha 3-Vermelha do Metrô, na estação Penha, e com a futura Linha 6-Laranja de metrô (na estação Anália Franco) e também com três linhas da CPTM: 11-Coral, na estação Penha, 12-Safira e a futura 13-Jade, na estação Tiquatira.

Autorizado empréstimo para obras da Linha 5
A Assembleia Legislativa aprovou nesta terça-feira (16/10) o Projeto de Lei 554/2012, de autoria do governador Geraldo Alckmin, que autoriza a Companhia do Metrô a contratar empréstimo junto a instituições financeiras federais no valor de R$ 1,95 bilhão.

O recurso será utilizado no prolongamento já em obras da Linha 5-Lilás, da Estação Largo Treze, em Santo Amaro, até a Estação Chácara Klabin (local de integração com a Linha 2), passando pela estação Santa Cruz (integração com a Linha 1). Com a conclusão dessas obras, em 2015, a Linha 5 terá 19,9 km de extensão e 17 estações, com estimativa de atender 770 mil passageiros diários.  

A Linha 5 contará, futuramente, com mais uma ampliação já prevista: da estação Capão Redondo até o bairro de Jardim Ângela. O novo trecho prevê  3,7 quilômetros de extensão e três estações: Parque Santo Dias, São José e Jardim Ângela.

Informações: Metrô SP

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Monotrilho será aberto este mês em São Paulo

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Prometido para o primeiro semestre deste ano, o monotrilho da Linha 15-Prata do Metrô, na zona leste, só vai funcionar definitivamente em setembro.

O secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, afirmou ontem que ainda neste mês (a partir do dia 26, provavelmente) o novo modal será aberto ao público, mas só para visitas monitoradas e nos fins de semana.

Além disso, estações anunciadas para 2014 foram adiadas para o ano que vem.

É o caso de duas paradas: Camilo Haddad e Jardim Planalto. Fernandes afirmou que as estações para o lado leste de Oratório não serão inauguradas neste ano.

"Não dá mais para 2014. O sonho falhou", disse nesta quarta-feira, 2,.

Fernandes explicou que, conforme as fundações das vigas de sustentação da estrutura da linha eram feitas, elementos subterrâneos como córregos e canalizações de gás antigas, não mapeados, eram encontrados, atrasando o cronograma.

Além disso, duas greves dos funcionários das obras neste ano comprometeram o andamento do projeto, conforme o governo do Estado.

Com isso, a Linha 15, a primeira de monotrilho da história de São Paulo, só terá 2,9 km operacionais e duas estações nos próximos meses.

De acordo com o secretário, esse trecho passará a funcionar em horário integral e em todos os dias da semana mais para o fim de setembro.

Antes da entrega definitiva do primeiro trecho da Linha 15 para a população, o Metrô fará uma série de testes com pessoas dentro dos trens, que correm suspensos a até 80 km/h em vigas a cerca de 15 metros da Avenida Professor Luís Ignácio de Anhaia Mello.

Testes

Até hoje, esses deslocamentos só vinham sendo realizados com sacos de areia, para simular o peso de passageiros nos horários de maior lotação.

As viagens com passageiros começam em meados da semana que vem. Por volta do dia 23, a imprensa deverá circular no trecho.

Depois, a intenção é abrir a linha ao público, de forma controlada, no dia 26, com partidas de trem a cada meia hora. Quando a Linha 15 estiver pronta, terá 26,6 km e 18 estações, ligando Vila Prudente à Cidade Tiradentes.

Ela custará R$ 6,4 bilhões. Além de Vila Prudente e Oratório, a Estação Fradique Coutinho, na Linha 4-Amarela, na zona oeste, será inaugurada em setembro.

Por Caio do Valle, Estadão
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Em São Paulo, Monotrilho é prometido para julho

quinta-feira, 19 de junho de 2014

A gestão Geraldo Alckmin (PSDB) deve entregar as primeiras duas estações de monotrilho da capital paulista no início de julho, ou seja, com um novo atraso em relação ao cronograma divulgado no fim do ano passado, que previa as paradas Vila Prudente e Oratório da Linha 15-Prata, na zona leste, prontas em março. A nova data também ficará mais próxima do dia 4 de julho, o limite para que o governador, que tentará a reeleição, possa participar de inauguração de obras.

Com as restrições eleitorais, o tucano também deixará de descerrar as placas das próximas estações da Linha 4-Amarela, cujas obras se iniciaram dez anos atrás, ainda em seu primeiro governo. A previsão do secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, é de que a Estação Fradique Coutinho, em obras, seja aberta ao público em setembro.

Outras duas, Oscar Freire e Higienópolis-Mackenzie, só devem receber passageiros no ano que vem. As últimas - São Paulo-Morumbi e Vila Sônia -, apenas em 2016, ano em que a linha de 12,8 km e 11 estações poderá finalmente estar pronta. "Oscar Freire e Higienópolis sofreram muitos atrasos importantes. Estamos tentando ainda ver se fazemos isso (inaugurá-las) este ano. Se não for possível, no comecinho do ano que vem", disse Fernandes nesta terça-feira, 17, durante a entrega de dois trens na Estação da Luz, na região central.

Política

O secretário também atribuiu o atraso da entrega do primeiro trecho do monotrilho a um "jogo político" envolvendo sindicatos, já que os operários que participam da construção do ramal entraram em greve duas vezes neste ano. A última paralisação terminou na última sexta-feira, depois de duas semanas.

"Eles escolheram fazer greve na Linha 15, no Rodoanel e em um trecho da Linha 5-Lilás. É evidente que isso tem uma demonstração política. De mais de 1,2 mil obras no Estado, escolher três que são de alta importância para o governo, para o Estado e para a população evidencia um viés político muito forte", afirmou Fernandes.

A greve teria contado com o apoio do Sindicato dos Metroviários, informou o secretário de Alckmin. "Um sindicato que deixou de tratar da sua categoria, que deixou de pensar na melhoria de sua categoria, para pensar num viés político-partidário. Isso foi claro", atacou Fernandes, que tem criticado a entidade, desde a paralisação de cinco dias dos metroviários.

Contudo, no mês passado, o próprio Fernandes havia atribuído a demora da entrega da Linha 15-Prata, na zona leste, a outro motivo: atrasos da canadense Bombardier, responsável pelos trens que circularão no ramal. Agora, ele disse que os operários grevistas impediram a entrada de técnicos da empresa para realizar os testes.

A assessoria de imprensa do Sindicato dos Metroviários não se manifestou. Já representantes do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada (Sintrapav) não foram encontrados nesta terça.

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Em SP, Leilão da linha 15 é o novo alvo da CCR

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Após levar, por R$ 553,9 milhões, a concessão das linhas 5-Lilás e 17-Ouro do Metrô de São Paulo a CCR planeja o próximo certame. Segundo o presidente da divisão de mobilidade urbana da companhia, Leonardo Vianna, o alvo será o monotrilho da linha 15-Prata.

“Nosso interesse não é construção, mas operação de linhas. Por isso temos interesse na linha 15 do metrô, que também é um monotrilho”, disse o executivo a jornalistas após a CCR vencer o leilão de concessão das linhas 5-Lilás e 17-Ouro.

A licitação citada pelo executivo ainda está em desenvolvimento pelo Governo do Estado de São Paulo. Ano passado, o governador Geraldo Alckmin determinou a concessão de um trecho de 15,34 km com 11 estações.

A perspectiva de conclusão fica para março de 2021, com a entrega do trajeto entre São Mateus e Iguatemi. A estimativa é que as obras entre Oratório e São Mateus se dê este ano, sob cuidado do estado.

Martelo batido
O certame da semana passada foi vencido pela CCR com ágio de 185%, e Vianna comentou que a empresa pretende usar recursos próprios para pagar a outorga de R$ 553,9 milhões.

Ele explicou que a decisão de entrar no certame se deu pelo baixo risco das duas linhas. No entanto, ressaltou ter preocupação sobre o fornecedor de material rodante do monotrilho da linha 17. “A empresa (Scomi) tem pouco histórico em monotrilho, mas acreditamos que vai ser entregue dentro do cronograma.”

O prazo de concessão é de 20 anos e o contrato é de R$ 10 bilhões. Durante o período da concessão, a CCR terá que investir R$ 3 bilhões. A linha 5 terá 20,1 quilômetros, enquanto a 17, com tecnologia de monotrilho tem uma extensão de 7,7 quilômetros.

Por Paula Cristina e Reuters
Informações: DCI
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Custo benefício do monotrilho divide opiniões no ABC Paulista

sábado, 12 de novembro de 2011

A necessidade mais que urgente de medidas que possam minimizar o impacto do caótico congestionamento da região metropolitana emerge discussões que, despidas de bandeiras partidárias dos governos de plantão, mostra que não existe um modelo “tecnicamente perfeito”. As opções apresentadas têm prós e contras.

Assim como ocorre em alguns Estados que irão sediar a Copa do Mundo, no ABC, o debate sobre qual modelo será adotado para fazer o transporte esquenta a discussão. O projeto adotado pelo Estado é o monotrilho.

Porém, o monotrilho não era a única opção do Estado. O professor da FEI, Creso Peixoto, explica que, no contexto local, o BRT (do inglês Bus Rapit Transit, ou transporte rápido por ônibus) também seria uma alternativa. “Ele é mais econômico o que permitiria um traçado maior”, afirma o especialista.

O monotrilho, orçado em mais de R$ 4,2 bilhões, contemplará um percurso de 28 km. O mesmo aporte financeiro, segundo o professor, permitiria um traçado três vezes maior se o equipamento fosse o BRT.

A capilaridade do veículo sobre pneus, segundo Creso, auxilia no gargalo da morosidade da expansão, por exemplo, do Metrô. Enquanto no México são pavimentados 6 km por ano, no Brasil o índice é reduzido a 2 km. “Uma reengenharia técnica e financeira permitiria imprimirmos uma velocidade maior”, explica o mestre em Transportes.

Bônus e ônus

Os dois modais encontram eco no que diz respeito ao bônus e ao ônus. Se o BRT é mais econômico e, por possuir, no molde terrestre, linhas exclusivas para a circulação dos ônibus, fato que facilita também a flexibilidade da linha, o monotrilho é mais econômico no consumo de energia, além de ser um projeto mais impactante no que diz respeito ao visual.

O monotrilho é propulsionado por energia elétrica e tem normalmente pneus em vez das usuais rodas de ferro. Estes pneus rolam por cima e pelos lados do trilho, de forma a fazer movimentar e estabilizar. Trata-se de um sistema automático, sem condutor, elétrico e não poluente. No Brasil, o único sistema de monotrilho existente é o de Poços de Caldas (MG).

Já o BRT é um modelo de transporte coletivo de média capacidade. Constitui-se de veículos articulados ou biarticulados que trafegam em canaletas específicas ou em vias elevadas. Várias capitais como Curitiba (PR) e Goiânia (GO) adotaram o BRT como meio mais econômico de construir do que um sistema de metropolitano (Metrô), com capacidade de transporte de passageiros similar à de um sistema de VLT. O primeiro BRT foi implantado em 1979, na capital paranaense.

Na região

O traçado de 28 km de extensão no ABC deverá ter início no primeiro semestre de 2012 e partirá da estação Tamanduateí, em São Paulo. Ao todo, serão construídas 12 estações até o Paço de São Bernardo: Carioca, Goiás, Espaço Cerâmica, Estrada das Lágrimas, Rudge Ramos, Instituto Mauá, Afonsina, Fundação Santo André, Winston Churchill, Senador Vergueiro, Baeta Neves e Paço.

Por ser administrado pelo Metrô, o traçado foi batizado de linha 18-bronze. A distância média entre as paradas será de 600 a 1.000 metros e caso seja de média capacidade receberá 30 mil passageiros/hora. A segunda fase do projeto, que ligará o centro de São Bernardo até a região do Alvarenga abrangerá mais seis estações: Djalma Dutra, Lauro Gomes, Ferrazópolis, Café Filho, Capitão Casa e Estrada dos Alvarenga.

Orlando defende escolha

O deputado estadual Orlando Morando (PSDB), integrante da comissão de Transportes da Assembleia Legislativa de São Paulo, defende a implantação adotada pelo governo do Estado.

O parlamentar, que acompanhou o projeto desde a concepção, lista os benefícios do monotrilho. “Pela questão urbanística, qualidade, velocidade do Metrô (90 km/h) que não tem no BRT, além de ser amplamente menos poluente. O mundo moderno transporta sobre trilho”, defende.

A elevação que dará suporte ao equipamento terá a altura média de um poste (7 a 8 metros). Indagado sobre as modificações dos planos - Urbano e Diretor – dos municípios, como sugere o engenheiro e presidente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), Ailton Brasiliense, Orlando Morando diz que a realidade não condiz com a teoria. “Isso é uma utopia. Não vamos fazer uma cidade no entorno do traçado. As pessoas não podem esquecer que têm o direito adquirido. Nós estamos trocando o pneu com o carro em movimento”, observa.

Durante visita ao ABC, no dia 14 de junho, o governador Geraldo Alckmin falou da empreitada. "Tivemos uma grande conquista com a linha 18 do Metrô, que é a Integração Tamanduateí. Lá, já temos estação de metrô - a Linha 2; e, de trem, a Linha 10 da CPTM. Dessa estação partirá o Metrô Leve, o monotrilho, para São Bernardo . Será uma obra regional, porque sai de Tamanduateí, atende São Caetano e Santo André. Irá até o Paço Municipal e numa segunda etapa, até Grande Alvarenga, atendendo as regiões ainda mais populares", afirmou.

Brasiliense questiona plano diretor

A implantação do BRT ou do monotrilho sem um rearranjo geral na matriz de transportes da cidade e um esforço no sentido de ampliação da mobilidade urbana pode representar não um avanço, mas um grande retrocesso. É preciso, segundo Ailton Brasiliense, projetar o equipamento no contexto de um Plano de Mobilidade Urbana abrangente e inclusivo.

A mobilidade dos pedestres, dos ciclistas, dos portadores de necessidades especiais, em suas diversas finalidades, deve ser levada em conta, bem como a densidade no entorno de todo traçado, segundo o engenheiro. “Antes de se perguntar o que é mais viável, é preciso fazer outro questionamento. Cadê o plano diretor de cada cidade envolvida (Santo André, São Bernardo e São Caetano)? Como ficarão as moradias e o comércio ao longo do corredor?, provoca Ailton Brasiliense. “Não basta ter alta ou média capacidade, é preciso associar o plano diretor de transporte ao plano diretor das cidades”, sustenta.

Brasiliense explica que o modal deve ser feito com lupa na demanda. “Se for transportar uma média de 10 mil a 12 mil passageiros/dia pode se pensar em algo ‘no chão’, porque o impacto no sistema semafórico (Plano de Circulação) é menor. Se a demanda for maior do que isso – como é projetada no ABC – o mais apropriado é que se construa uma via própria sobre pneu ou trilho”, acredita.

Governo chegou a cogitar VLT

O governo do Estado definiu o monotrilho como o modelo de transporte que será utilizado na linha 18-bronze. Inicialmente, foi cogitada a possibilidade de se adotar o VLT (veículo leve sobre trilhos). Os dois sistemas têm características distintas, como a capacidade de transporte. O VLT pode transportar até 15 mil pessoas por hora. Já o monotrilho consegue levar cerca de 50 mil usuários no mesmo período, levando em consideração as duas direções do trajeto.

Os vagões de ambos os sistemas são alimentados por energia elétrica. No entanto, há diferenças na superfície de contato dos trens. O VLT possui rodas de aço, e como o próprio nome sugere, circula em cima de trilhos, semelhante ao funcionamento de bondinhos. Já o monotrilho funciona sobre pneus.

O diretor de Comunicação da Bombardier, Luis Ramos, acredita que o monotrilho oferece mais vantagens. “É mais barato que o Metrô, sem contar que o tempo para construção da linha também é menor”, diz. Ramos aponta, ainda, outro ponto positivo. “Como o monotrilho funciona com pneus, ele também gera menos barulho do que outros meios de transporte”, explica. A canadense Bombardier é a responsável pela construção dos trens que serão utilizados no monotrilho que vai ligar a vila Prudente até a Cidade Tiradentes, na Capital.

O tamanho dos vagões varia de acordo com o modelo. O trem que será utilizado na expansão da linha 2-verde do Metrô, por exemplo, terá sete vagões, com 13 metros cada. Como o projeto do monotrilho do ABC ainda está em fase inicial, não está definido que tipo de veículo será utilizado – muito menos a empresa que construirá os vagões.

Padrão
O sistema de monotrilho está sendo adotado como padrão das futuras linhas elevadas que o Metrô pretende construir, entre elas a linha 18-bronze. O projeto mais avançado é o prolongamento da linha 2-verde, que já está em construção e está previsto para ser entregue parcialmente em 2012.

Outra obra que segue o mesmo padrão é a linha 17-ouro, que vai ligar a estação Jabaquara do Metrô até a futura estação São Paulo-Morumbi da linha Amarela. O trecho se destaca pelo fato de passar pelo aeroporto de Congonhas.

O Metrô pretende ainda construir outra linha de monotrilho na Capital: a linha 16-prata, que deverá sair da estação Lapa da CPTM e passar por bairros, como vila Dionísio e jardim Primavera, próximo à avenida Inajar de Souza.

Monotrilho enfrentou resistência em SP

Novo minhocão. Desta forma os moradores do Morumbi classificaram o projeto da linha 17-ouro. O temor dos moradores é que o monotrilho desvalorize os imóveis da região, assim como ocorreu com o Elevado Costa e Silva, a famosa via inaugurada nos anos 1970 que virou sinônimo de mau gosto na região central da Capital.

A mobilização dos moradores foi tanta, que representantes do Morumbi chegaram a conseguir na Justiça a paralisação das obras. A representação feita ao Ministério Público pela Associação dos Moradores da vila Inah resultou em ação civil pública e paralisou o andamento do projeto. Posteriormente, o governo do Estado reverteu a decisão.

A previsão de desapropriações de casas de alto padrão foi outro ponto que desagradou os residentes do bairro da Zona Oeste da Capital. Moradores dos bairros do ABC por onde passará a linha 18-bronze não esboçam – pelo menos, por enquanto -, resistência ao monotrilho.

“Aqui não é o Morumbi”, afirma a freira e líder comunitária Adriana Rubino. A religiosa reside no jardim das Orquídeas, um dos bairros que integram a região do Alvarenga, de onde partirá o monotrilho do ABC. “Aqui as casas são mais simples, acredito que não vai ter toda essa resistência que teve em São Paulo. Acho que as pessoas vão receber bem o monotrilho, como forma de transporte mais rápida”, acredita.

Na Zona Leste, parte dos moradores se mobiliza contra o monotrilho que vai passar pela região, como parte da expansão da linha 2-verde. Os residentes recolhem assinaturas em protesto ao modelo de transporte escolhido. “A resistência de moradores de alguns bairros pode ser compreendida pela falta de conhecimento. O monotrilho é uma estrutura de elegância enorme, valoriza os espaços onde é instalado”, acredita o diretor de Comunicação da Bombardier, Luis Ramos.

Preconceito
O próprio secretário de Transportes Metropolitanos reconhece que não era entusiasta do monotrilho, mas mudou de ideia. “Nós precisamos inovar. Não dá pra pensar em resolver um problema dessa complexidade, falando simplesmente em feijão com arroz, como Metrô e corredor de ônibus. Eu mesmo venci barreiras de preconceito”, afirma Jurandir Fernandes.

“Na primeira vez que ouvi falar em monotrilho me pareceu coisa de parque de diversões, porque não estava acompanhando a evolução tecnológica desse sistema. Após estudo verifiquei que é possível utilizar esse sistema”, completa o secretário.


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Monotrilho de São Paulo deve entrar em operação teste no fim deste ano

domingo, 7 de abril de 2013

A previsão da Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô é que o trecho inicial da Linha 15-Prata comece a operar comercialmente em abril de 2014, mas, a partir de dezembro deste ano passará a atender à população em horários reduzidos, sem cobrança de tarifa, em operação semelhante ao que ocorreu na inauguração da estação Vila Prudente do Metrô. Neste período serão realizados os últimos testes necessários para o pleno funcionamento do trecho de 2,4 km entre as paradas Vila Prudente e Oratório. 

As datas estimadas foram reveladas em entrevista exclusiva à Folha, na manhã da última quarta-feira, dia 3. Durante duas horas, o gerente da Linha 15, Paulo Sérgio Meca, e o chefe do Departamento de Obra Civil do empreendimento, José Arapoty Prochno, esclareceram, entre outros tópicos, porque a obra já soma mais de dois anos de atraso em relação ao prazo dado pelo então governador José Serra (PSDB) na ocasião do anúncio do início das obras na avenida Anhaia Mello.

“Estamos falando de um transporte que é novidade no Brasil e com uma capacidade que não existe em nenhum lugar do mundo. Tanto o Metrô como as construtoras envolvidas no projeto desconheciam o sistema, por isso, o ritmo inicial das obras foi lento, até mais do que a gente previu”, comenta Meca. Além disso, entre 2010 e 2011, com a obra já em andamento, ocorreu uma grande mudança na proposta inicial da estação Vila Prudente a pedido da Prefeitura. “A princípio a parada seria semelhante a parada Oratório, atendendo apenas o monotrilho. Mas, como a SPTrans (São Paulo Transportes) também tinha planos de implantar um novo terminal de ônibus na Vila Prudente, que também necessitaria de intervenções na Anhaia Mello, o órgão nos procurou e acabamos unificando os projetos. Por conta dessa readequação, a obra, que ficou sob a responsabilidade do Metrô, ganhou outra dimensão, praticamente triplicou, e precisamos fazer uma nova licitação. Todo esse processo atrasou os serviços em cerca de um ano e meio”, esclarece o gerente da Linha 15.

Quando as obras forem finalizadas o trecho de cerca de 500 metros, entre a avenida Paes de Barros e a rua Itamumbuca, contará, além da estação de metrô, com três terminais (Central, Norte e Sul) de ônibus e um de monotrilho. No canteiro da Anhaia Mello, sob a parada do monotrilho, ficará o Central que receberá linhas de ônibus e terá passarela para ambos os lados da avenida e para a estação do metrô. O Norte será implantado na rua Trocari, onde funcionava o terminal desativado 15 dias atrás, e manterá as linhas de trólebus. No entanto, terá dimensões reduzidas já que parte do terminal anterior será transformada em pistas de rolamento da avenida. Também terá uma passarela ligando as ruas Trocari e Limeira. O Sul ficará entre a Anhaia Mello e a rua Correia Barros.

“O Metrô construirá os terminais, mas, as linhas de ônibus serão implantadas pela SPTrans. É importante ressaltar que toda a mobilidade possível está contemplada neste projeto, inclusive com escadas rolantes e elevadores”, destaca Arapoty.

Os representantes do Metrô afirmaram que se não fosse a súbita mudança de projeto, a estação Vila Prudente do monotrilho estaria pronta. “Começamos a construção antes da parada Oratório, que está praticamente finalizada”, compara Meca. “Sabemos que todas as intervenções feitas mexem com o dia-a-dia das pessoas e estão causando uma série de transtornos ao trânsito. Mas, pedimos mais um pouco de paciência, já estamos quase no final. Depois será um grande benefício”, destaca. “É importante lembrar que inicialmente estava previsto um corredor de ônibus para a Anhaia Mello, que ocuparia para sempre uma faixa de cada lado da avenida e não teria a mesma agilidade do monotrilho. Quando finalizarmos a obra, não haverá mais interferência ao tráfego e haverá um trem circulando a cada 90 segundos”, completa o gerente.

Por Kátia Leite e Rafael Gonçalo
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Com construção mais rápida e barata, monotrilho agiliza ampliação de transportes sobre trilhos

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Ampliar o transporte sobre trilhos de forma rápida e barata é um dos grandes desafios em todo o Mundo. A construção de uma linha de metrô, que envolve grandes escavações subterrâneas, movimentações de terra que exigem certificações ambientais, desapropriações, entre outros, costuma ser demorada e não acompanhar o crescimento da demanda. Para agilizar o processo e ampliar a oferta de transporte público, o Governo de São Paulo vem utilizando o sistema de monotrilho, que fica pronto mais rápido e é mais barato, além de não interferir em redes subterrâneas de esgoto.
Linha 15-Prata do Metrô de São Paulo está sendo construída com o sistema de monotrilho (foto: Edson Lopes Jr.)
A principal diferença do monotrilho é sua estrutura. O metrô subterrâneo utiliza túneis para não atrapalhar o trânsito da superfície. O monotrilho, com o mesmo objetivo, usa uma estrutura elevada. Seus vagões circulam por estruturas suspensas, como passarelas, instaladas sobre os canteiros centrais de avenidas.


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Um dos projetos, que foi internacionalmente premiado pela UITP (União Internacional dos Transportes Públicos), na categoria Inovação em Intermodalidade, é o da Linha 15-Prata, que vai conectar as estações Ipiranga e Cidade Tiradentes, na zona leste de São Paulo, em um percurso de 25,8 km, com 18 estações e capacidade para transportar 500 mil passageiros por dia.

Linha 15-Prata do Metrô de São Paulo está sendo construída com o sistema de monotrilho (foto: Edson Lopes Jr.)

A linha também será equipada com um sistema de controle automático de trens, que permite um intervalo de circulação entre trens de apenas 75 segundos. Um percurso que hoje é feito em mais de duas horas será reduzido para 50 minutos.

O Metrô utiliza ainda o sistema de monotrilho na Linha 17-Ouro, que vai ligar o Jabaquara, na zona sul, à futura estação São Paulo-Morumbi, passando pelo Aeroporto de Congonhas.

Do Portal do Governo do Estado
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Empresas do VEM ABC insistem em monotrilho para região

domingo, 16 de julho de 2017

O Consórcio VEM ABC, composto pelas empresas Primav, Cowan, Encalso e Benito Roggio, responsável pela construção e futura operação do monotrilho da linha 18 Bronze, diz que vai insistir no modal para ligar em 15,7 km as cidades de São Bernardo do Campo, Santo André, São Caetano do Sul e São Paulo (estação Tamanduateí).

No início desta semana, num workshop na capital paulista, o presidente do VEM ABC, Maciel Paiva, disse que não está prevista em contrato a substituição do meio te transporte e que o Governo do Estado também vai insistir em monotrilho.

“Sem dúvida é um modal de sucesso em diversos países. E para esta ligação é o mais adequado. Tem custo menor que o metrô e ocupa menos espaço que um BRT, corredor de ônibus” –  defendeu o responsável pelo consórcio que faz parte da PPP – Parceria Público Privada com o Governo do Estado de São Paulo.

O VEM ABC procurou destacar para jornalistas e blogueiros as vantagens do modal, alegando capacidade de 40 mil passageiros por sentido, tração elétrica e menos área ocupada dos carros e edificações nas áreas urbanas.

Entretanto, são as desapropriações os maiores entraves hoje para o monotrilho do ABC, prometido para 2014, sair do papel. Não há mais prazo para o início da obra.

A Cofiex – Comissão de Financiamento Externo, órgão vinculado ao Ministério do Planejamento, não autorizou o Governo do Estado a captar recursos externos que somam US$ 128,7 milhões para financiar as desapropriações necessárias para a instalação das estações e das vigas dos trens leves com pneus que devem seguir sobre um trilho por sentido.

O aval é necessário porque o Governo Federal atua como espécie de fiador no negócio. Se a gestão estadual der calote no empréstimo, o financiamento terá de ser pago com recursos federais. A Cofiex entendeu haver risco de inadimplência pelo Governo do Estado.

Os problemas relacionados ao monotrilho do ABC não se limitam às desapropriações e aos recursos.

Ainda não houve uma definição sobre a situação das galerias de água sob a Avenida Brigadeiro Faria Lima, no centro de São Bernardo do Campo, que podem alterar o lado de implantação das vigas para o elevado por onde passariam os trens leves com pneus.

Foram problemas de galerias pluviais na Avenida Luiz Inácio de Anhaia Melo não previstas no projeto que atrasaram as obras do monotrilho da linha 15-Prata, na zona leste de São Paulo, onde há apenas duas estações no trajeto de 2,3 quilômetros.

Também há a interpretação sobre uma cláusula no contrato que determina que o monotrilho do ABC só poderia ser inaugurado após os testes e o funcionamento da linha 17-Ouro, também de monotrilho, que está em construção, mas sem operação.

O Consórcio Intermunicipal do ABC, que reúne hoje seis dos sete prefeitos do ABC, sugere a implantação de um corredor de ônibus BRT no trajeto que, segundo a entidade, transportará demanda semelhante de passageiros com custos dez vezes menores e implantação em até dois anos.

“ O prazo [do contrato do monotrilho] foi aditado por mais 180 dias, é o terceiro aditamento, e nós percebemos que mediante a crise econômica, tá muito distante [a concretização da obra] e a sociedade clama por um novo modal. Não dá para a gente continuar só simplesmente justificando que por fatores financeiros a obra não vai ser iniciada. A gente [Consórcio] está oferecendo então por autorização e deliberação que o governo do Estado submeta uma nova proposta, dentre elas poderia ser um BRT, ‘aonde’ o tempo de viagem origem-destino aumentaria alguma coisa em torno de sete minutos, o corredor seria o mesmo que hoje seria a linha, então sairia por São Bernardo do Campo, ingressando pela Aldino Pinotti, passando pela Lauro Gomes, Guido Aliberti e Presidente Wilson, que seriam as três cidades [do ABC] mais a capital, ‘aonde’ tem um trecho de 1,5 km. Nós estamos já no dia de amanhã [quarta, 07 de junho] mandando este comunicado, buscando uma solução e ao mesmo tempo oferecendo uma alternativa”– disse o presidente do Consórcio Intermunicipal ABC e prefeito de São Bernardo, Orlando Morando.

RISCO FISCAL:

A linha 18-Bronze do monotrilho que deveria ligar São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, à estação do Tamanduateí na capital, passando pelos municípios de Santo André e São Caetano do Sul representa risco fiscal e pode custar ao menos R$ 252,4 milhões a mais aos cofres públicos estaduais.

É o que aponta relatório de riscos fiscais sobre as PPPs – Parcerias Público-Privadas do Governo do Estado de São Paulo, publicado no Diário Oficial do Estado de sábado, 1 de abril de 2017.

Inicialmente, o monotrilho do ABC deveria custar, contando os recursos públicos e privados, R$ 4,2 bilhões em 2014. Em 2016, o valor foi corrigido para uma estimativa de R$ 4,8 bilhões e, se forem realizadas estas complementações previstas, a linha 18 do ABC pode ter custo que ultrapasse R$ 5 bilhões.

O empreendimento total, contando com a primeira e a segunda fase, deve ter 15,7 quilômetros para atender a uma demanda prevista de 314 mil passageiros por dia. Levando em conta o valor de R$ 5 bilhões já com a complementação, cada quilômetro do monotrilho do ABC pode custar R$ 318,4 milhões.  A título de comparação, de acordo com dados da UITP  – União Internacional de Transporte Público, cada quilômetro de BRT – Bus Rapid Transit, corredor de ônibus que pode atender a uma demanda de até 300 mil passageiros por dia, custaria em média quase 10 vezes menos, R$ 35,4 milhões. Já cada quilômetro de metrô poderia custar entre R$ 700 milhões e R$ 1 bilhão, no entanto, a demanda seria praticamente três vezes maior que do monotrilho, podendo levar até um milhão de passageiros por dia.

SUCESSOS E FRACASSOS NO MUNDO

Enquanto o Consórcio VEM ABC no Workshop procurou mostrar exemplos bem sucedidos do monotrilho, como de Kuala Lumpur, e Tóquio, por outro lado também há exemplos negativos.

Mais da metade dos monotrilhos inaugurados em todo mundo já foi desativada, de acordo com dados da Associação Internacional de Monotrilhos –  MonorailSociety –  e da UITP – União Internacional de Transportes Públicos. Além disso, com exceção da Ásia, grande parte dos países que implantaram sistemas de monotrilhos, não deu prosseguimento em outros projetos do modal.

Relatório da UITP – União Internacional de Transporte Público, de 2015, Apontam ainda que a desativação de linhas de monotrilho, como aconteceu em Sydney, na Austrália, é um sinal das deficiências do modal.

Inaugurada em 1988, a linha de 3,6 foi desativada em 2013 porque a demanda era baixa e os custos operacionais para mantê-la funcionando não valiam a pena.

Mas de 20 projetos pelos mundo foram engavetados depois da realização de estudos de viabilidade, como os dos monotrilhos de Jacarta (Indonésia), Bancoc (Tailândia), Johanesburgo (África do Sul) e Teerã (Irã).

Informações: Diário do Transporte
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