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São Paulo já conta com 331,4 km de trilhos entre Metrô e Trem

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

As últimas pesquisas mostram que, pela primeira vez em 40 anos, o transporte coletivo voltou a crescer em relação ao individual Em setembro, inauguramos a primeira fase da Linha 4 - Amarela. Conhecida como a linha da integração, ela irá reduzir em 20% o fluxo de passageiros das estações Sé e Paraíso do metrô, oferecendo novas opções para os usuários do transporte público de São Paulo.

O Estado responde hoje por três em cada quatro passageiros de transporte sobre trilhos do Brasil. Esse número se expande cada vez mais, com a ampliação da estrutura física, a aquisição de trens e a diminuição dos intervalos de espera.

Prova disso é que, de 2007 a 2011, o aumento de viagens diárias (incluindo metrô e trens da CPTM) foi superior a 40%, passando de 4,5 milhões para 6,4 milhões. Em 2014, chegaremos a impressionantes nove milhões de passageiros.

Os investimentos feitos também contribuíram para que se promovesse uma importante mudança na cultura dos habitantes da região metropolitana da capital. A última pesquisa origem-destino do metrô mostrou, pela primeira vez em 40 anos, que o transporte coletivo voltou a crescer em relação ao individual. Isso resulta em menos poluição, menos trânsito e mais qualidade de vida para todos os cidadãos.

Contribuiu para esse novo cenário a implementação de medidas de política tarifária que permitem a transferência livre entre CPTM e metrô e a integração desses ao bilhete único da capital, a preços reduzidos. Por sinal, hoje o sistema metroferroviário se apresenta como aquele com a menor tarifa de transporte público da cidade.

A ampliação da rede física segue a pleno vapor. Somente em 2011, são quatro novas estações na Linha 4 - Amarela, o que implica mais 5,4 quilômetros na rede, que se aproxima cada vez mais da população.

Até 2014, vamos implantar 30 quilômetros de metrô em São Paulo. Serão outras cinco estações na Linha 4 - Amarela; oito na Linha 17 - Ouro, que passará pelo aeroporto de Congonhas e pelo Morumbi; uma na Linha 5 - Lilás, em Adolfo Pinheiro; e oito no monotrilho da Linha 2 - Verde, até São Mateus, na zona leste.

Alcançaremos, assim, uma média recorde de 7,5 quilômetros por ano em novos trilhos.

Em relação à CPTM, as nossas ações envolvem reforma de estações, entrega de novos trens, modernização de linhas e de sistemas de sinalização, telecomunicações e energia.

Aproveito a oportunidade para esclarecer a população acerca de alguns mitos criados durante as campanhas eleitorais e reproduzidos no artigo de Eduardo Fagnani publicado neste espaço, em 8 de setembro.

Sobre o metrô do México, citado por Fagnani, é importante identificar que ele abrange trens de superfície e estações elevadas. Se considerarmos, portanto, a rede de trens metropolitanos, observaremos que São Paulo conta com 331,4 km de trilhos contra apenas 201 km do sistema mexicano.

Outro fator de extrema relevância é a fonte dos investimentos. Enquanto em outros países os recursos vêm dos governos federais, em São Paulo não se recebe um centavo de investimentos diretos da União. Vale observar que a prefeitura passou a repassar recursos para o metrô, medida tantas vezes prometida, mas que só foi de fato adotada recentemente.

Lembro também da importância do transporte público na preparação para a Copa do Mundo. Investiremos R$ 2,5 bilhões na modernização das linhas 3 - Vermelha do Metrô e 11 - Coral da CPTM. Assim, vamos dobrar a capacidade de passageiros por hora exigida pela Fifa na hora dos jogos.

Se governar é escolher, optamos por dar prioridade absoluta ao transporte sobre trilhos. Já temos um caminho definido para os próximos anos. A meta é trilhá-lo com rapidez, responsabilidade e eficiência, em sintonia com o desenvolvimento crescente de nossa metrópole.


Fonte: Governo de São Paulo

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Metrô de São Paulo quer atender 50% a mais em 2014

domingo, 14 de agosto de 2011

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) quer fazer do transporte público de massa uma de suas principais bandeiras de governo. Na terceira passagem pelo Palácio dos Bandeirantes, o tucano, em menos de sete meses, já anunciou sete grandes projetos de Metrô e trens da CPTM. Além disso, prometeu, em Jundiaí, um trem de média velocidade para ligar a cidade do interior à capital em 25 minutos. Hoje, o trajeto de cerca de 60 quilômetros dura, em média, uma hora e cinquenta minutos.

Somados, os investimentos nesse setor chegam a R$ 18 bilhões. Para se ter uma ideia do volume de recursos, neste ano o estado tem R$ 21,2 bilhões reservados para investimentos.

Em 2013, o estado deve começar ainda a ligação entre a capital e o Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, de trem. A linha da CPTM vai da estação do Brás, no Centro, até o aeroporto internacional. A Linha 13-Jade vai ser um prolongamento da Linha 12-Safira. O custo estimado chega a R$ 950 milhões.

"Nossa meta é chegar a nove milhões de passageiros transportados por dia ao final de 2014", diz Alckmin. Hoje, seis milhões de pessoas usam o Metrô ou a CPTM todos os dias.

Além de atacar um dos maiores problemas dos paulistanos e moradores de cidades vizinhas que trabalham na capital, Alckmin mira também municípios governados hoje pelo PT, como São Bernardo, Osasco e Carapicuíba, na Grande São Paulo, e bairros carentes excluídos do mapa do transporte sobre trilhos e de predominância petista, como Sapopemba, São Mateus e Cidades Tiradentes, na Zona Leste, e Capão Redondo, na Zona Sul.

"Nós vamos ultrapassar os cem quilômetros de Metrô", projeta. Hoje são 70 quilômetros de vias. A extensão da CPTM chega a 40 quilômetros. Há 15 dias, o governador retomou as obras da Linha 5-Lilás, atualmente entre Capão Redondo e Largo Treze, em Santo Amaro, na Zona Sul, e que vai até a Estação Chácara Klabin, na Linha 2-Verde. O trecho, orçado em cerca de R$ 7 bilhões, será a obra mais cara do Metrô.

Outro projeto que saiu do papel é a Linha 17-Ouro, que fará a ligação do Aeroporto de Congonhas até a Estação Morumbi da CPTM. Antes prioridade por conta da provável abertura da Copa do Mundo de 2014 no estádio do São Paulo, a obra perdeu força no ano passado após a exclusão do Morumbi do Mundial. Mesmo assim, o investimento de R$ 1,3 bilhão foi mantido. A expectativa é inaugurar o primeiro trecho até maio de 2014, antes, portanto, da Copa. E, em 2015, entregar as segundas e terceiras fases, que vão passar sobre o Rio Pinheiros até chegar a Linha 4-Amarela na Estação São Paulo-Morumbi.

Nova tecnologia
O Metrô contratou uma empresa especializada  para fazer o prolongamento da Linha 2-Verde.  Serão usadas fôrmas de alta tecnologia para a fabricação de trilhos de concreto que serão usados no monotrilho. O trecho entre Cidade Tiradentes e a Vila Prudente será feito em 50 minutos.

Linhas diretas para a capital são prioridades
As linhas diretas dos municípios da região metropolitana com a capital também entraram no mapa de prioridades da gestão estadual. A promessa é construir um Metrô Leve do ABC (Veículo Leve Sobre Trilho), com 20 quilômetros de extensão, para ligar São Bernardo e São Caetano à Estação Tamanduateí do Metrô  na capital. Anunciada num "território" do PT, a obra de R$ 4,1 bilhões deve ser licitada  em 2012.

Já o Expresso ABC vai levar os passageiros à capital com mais rapidez. Com menos paradas (seis estações), vai ser implantado paralelamente à Linha 10-Turquesa da CPTM. Sairá de Mauá, passando por Santo André, São Caetano, Tamanduateí, Brás e Luz.

"Estamos agora com quatro obras do Metrô ao mesmo tempo (Linha 2-Verde, Linha 5-Lilás, Linha 4-Amarela, Linha 17-Ouro), mais uma da CPTM (Linha 8-Itapevi). Vamos começar a Linha 6, da Freguesia do Ó, a extensão da Linha 9 até Varginha, a Linha 13 até o aeroporto e o Expresso ABC. Ano que vem vão ser oito obras em conjunto", projeta o secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes.

Há ainda  um estudo para criar uma linha direta entre Pinheiros e Barueri. Os 20,8 quilômetros teriam somente quatro estações  com tempo de viagem estimado de 20 minutos -  hoje o passageiro fica 35 minutos dentro do trem e ainda é obrigado a fazer uma baldeação (troca de trem). O projeto é iniciar essa obra em 2013 e terminá-la em dois anos. "É uma tônica para fazer com que o trem seja mais eficiente", explica Jurandir.

Para o presidente do Metrô, Sérgio Avelleda,  os novos trajetos vão permitir uma melhor distribuição dos passageiros na rede, reduzindo a lotação nas principais linhas. "O desafio é criar as alternativas de trajeto.  (O investimento) vai significar mais gente, mas mais bem distribuída dentro da rede, tendo mais opções de trajeto e de conexões. Portanto, será uma operação com mais conforto para o passageiro e mais opções para o usuário", explica.

Novos trens vão substituir frota antiga
Recentemente, o Metrô
comprou 33 novos trens, ao custo de R$ 1 bilhão, que já estão circulando nas Linhas 1-Azul (sete composições), 2-Verde (16) e 3-Vermelha (dez carros). Foram adquiridos também 14 trens novos para a Linha 4-Amarela, operada pela concessionária ViaQuatro.

R$ 1 bi
foi o valor gasto pelo Metrô com as 33  composições

Vagões velhos também serão reformados e  modernizados
Os 98 trens das frotas originais das Linhas 1-Azul e 3- Vermelha serão modernizados até 2014. Outros 15 serão
comprados para as linhas 1, 2 e 3, segundo o governo. Já foi autorizada a compra de 26 novos trens para a Linha 5-Lilás.

Linhas 8 e 7 da CPTM ganham mais carros nos próximos anos
A CPTM também terá investimentos em novas composições. A Linha 8-Diamante vai ganhar 36 trens, a Linha 7-Rubi terá 80% da frota renovada e os 20% restantes reformados, firma o secretário de Transportes, Jurandir Fernandes.


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Picos de 10 passageiros por metro quadrado, lentidão, falhas técnicas e opções arriscadas são o retrato do metrô paulista

sexta-feira, 4 de março de 2011

Gastam-se em média três horas para ir ao trabalho ou à escola e voltar para casa na Grande São Paulo, onde vivem 19 milhões de habitantes. Há décadas, a região convive com o deslocamento da expansão demográfica para as periferias e momentos de crescimento econômico – como o dos últimos anos –, desacompanhados de planejamento urbano e de investimentos em infraestrutura de transporte coletivo. As pessoas moram cada vez mais longe do emprego. Na cidade mais rica do país, as cenas de plataformas repletas e passageiros revoltados com as condições degradantes dos trens tornaram-se rotina – quase todas as sete linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) apresentam média de usuários superior a seis por metro quadrado, o máximo recomendado pela Organização Mundial de Saúde. A novidade é que o metrô, que já teve fama de eficiente, confortável e rápido, cada vez mais se assemelha ao “primo pobre”.

O número de passageiros por metro quadrado nas Linhas 1 (Azul) e 3 (Vermelha), responsáveis por 80% das viagens, já supera o das linhas mais lotadas da CPTM (com até 8,4 por metro quadrado) nos horários de pico: na Linha Vermelha a lotação chega a 9,8. Na hora do rush, o tempo das viagens é triplicado por paradas e velocidade reduzida. “A demanda pelo metrô cresceu com o aquecimento da economia e por sua capacidade de integração com os outros meios de transporte, impulsionada pelo bilhete único”, diz o economista Eduardo Fagnani, professor da Unicamp, com tese sobre transporte público de São Paulo. “Mas era um aumento previsto: há 20 anos a demanda já atingia picos acima de 2 milhões de passageiros por dia (hoje são mais de 3,7 milhões).”

A superlotação traz mais do que desconforto no “metrô mais caro e mais lotado do mundo”, segundo Fagnani. Cerca de 40 falhas são percebidas por dia pelos funcionários do Centro de Controle Operacional do Metrô, principalmente na Linha Vermelha, devido sobretudo, de acordo com os próprios metroviários, à superlotação dos trens, que interfere no fechamento das portas nas estações e dificulta a manutenção. No ano passado, pelo menos dez dessas falhas ganharam destaque no noticiário, envolvendo problemas em portas, freios, fornecimento de energia e ventilação. Seis delas tiveram duração de mais de 30 minutos e em alguns casos o trem teve de ser esvaziado. 

No episódio mais grave, em 21 de setembro, três horas de paralisação na Linha Vermelha prejudicaram 150 mil pessoas e provocaram a depredação de 17 trens. Tudo começou com a parada de um trem fora da plataforma no horário de pico da manhã. Presos por até 50 minutos nos vagões sem ventilação – nos trens mais novos as janelas não abrem –, passageiros acionaram a abertura de emergência das portas e saíram caminhando pelos trilhos, forçando o desligamento do sistema elétrico.

Segundo o metrô, a paralisação do primeiro trem deu-se porque o sistema de sinalização indicava portas abertas em um dos vagões, o que teria sido provocado por uma blusa. Mas o laudo do Instituto de Criminalística, divulgado semanas depois, não ratificou esse argumento. Metroviários e especialistas explicaram: houve uma pressão sobre as portas por excesso de passageiros. “O mecanismo é sensível justamente para dar segurança ao sistema e, naquele ponto, o trem faz uma curva para a direita em um trecho inclinado, o que empurrou os passageiros contra as portas”, diz o engenheiro Jaime Waisman, professor de transportes públicos da USP que atuou como projetista do metrô nos anos 1980. 

“Qualquer sistema que opera no limite está sujeito a falhas, e isso, com certeza, vai se repetir”, frisa o engenheiro Sérgio Ejzenberg, também da USP. “Somos a metrópole com o metrô mais acanhado do mundo, com o menor número de linhas e o mais lotado. No mundo inteiro, o metrô é a solução para as metrópoles por ser o único sistema com capacidade de transportar 100 mil passageiros hora/sentido e permitir várias linhas em paralelo. As linhas se interligam e o embarque é pulverizado, sem necessidade de grandes estações. Aqui, em vez de uma rede de metrô, temos apenas três linhas superlotadas”, avalia. 

Como comparação, Ejzenberg observa que entre 1967 e 2000 a Cidade do México criou uma rede de 200 quilômetros de metrô, enquanto o de São Paulo, que começou a ser construído em 1968, tem 69 quilômetros. “O nosso cresce em um ritmo de dois quilômetros por ano. Barcelona construiu 80 em cinco anos para sediar os Jogos Olímpicos de 1992”, diz. 

Lentidão e suspeita

Inaugurado em 1974, o metrô de São Paulo entrou no Guiness, em 1994, por ter a maior demanda por quilômetro quadrado. Mario Covas assumiu o governo do estado, em 1995, prometendo acelerar as obras e criar a Linha 4 (Amarela), àquela altura já tida como imprescindível. A linha vai do sudoeste ao centro da cidade, conecta-se à Vermelha (leste-oeste), na estação República – até hoje gigantesca e ociosa –, à Azul (norte-sul), na Luz, e ainda à Verde (região da Avenida Paulista), dividindo o movimento em direção ao centro. Covas morreu em março de 2001. Quando foi substituído pelo vice, Geraldo Alckmin, dois meses antes, o metrô tinha crescido apenas 3,5 quilômetros na Linha Azul e 4,1 na Verde.

Nada na Amarela, cuja licitação foi aberta no final daquele ano, com previsão de conclusão em 2004, o que não ocorreu até hoje. Em outubro de 2003 o governo assinou contratos de R$ 1,8 bilhão com empreiteiras para começar a obra. Os recursos viriam de empréstimos do Banco Mundial, Bank of Japan e BNDES. A parceria público privada (PPP), que deveria financiar metade da obra, só foi assinada no final de 2006 com o consórcio Via Quatro, encabeçado pela CCR, concessionária que já explorava comercialmente as principais rodovias estaduais.

O contrato dá à empresa privada a concessão da linha por 30 anos – empreendimento seguro, uma vez que o metrô de São Paulo é o único do mundo a dar lucro operacional, de acordo com José Jorge Fagali, presidente da companhia até o final de 2010. Quem mais coloca dinheiro no negócio, porém, é o contribuinte paulista. Até o momento, a Companhia do Metrô investiu R$ 2,4 bilhões dos R$ 3,8 bilhões previstos para por a primeira fase em operação até o final deste ano, com seis estações entre Butantã e Luz – a obra completa prevê 11 estações até 2014. 

Mas o único trecho efetivamente entregue por Alckmin, depois de seis anos de gestão, foi o da Linha Lilás, que liga o Capão Redondo, na periferia da zona sul, ao largo Treze de Maio, em Santo Amaro, a 18 quilômetros do centro. Inaugurada em outubro de 2002, essa é a única linha razoavelmente vazia, já que está fora da rede, integrando-se apenas com linhas de ônibus e uma linha de trem da CPTM. 

Outra construção, um trecho de 11,5 quilômetros entre Santo Amaro e a Estação Klabin – quando a Linha Lilás se ligaria à rede do metrô pela Linha Verde –, teve a licitação, iniciada no governo Serra em 2008, suspensa por fraudes. O orçamento de R$ 6 bilhões indica um custo por quilômetro (R$ 500 milhões) bem maior que o estimado por especialistas como Ejzenberg e Fagnanin, com base em preços internacionais (R$ 290 milhões).

Gestão duvidosa

Os atrasos sucessivos para entregar as linhas do Metrô trazem prejuízos à imagem do governo, mas favorecem a farra dos “aditivos”, que inflam o valor e os prazos previstos nos contratos iniciais. Foi o que aconteceu no primeiro trecho da Linha Lilás: o contrato firmado em 2000 pela CPTM – então responsável pela obra, depois transferida ao Metrô – com a francesa Alstom, a alemã Siemens e a espanhola CAF, no valor de R$ 527 milhões, foi alterado diversas vezes, resultando em um preço final de R$ 951 milhões e um prazo de entrega ampliado de 30 para 56 meses. 

Esse é o maior dos mais de 20 contratos da Alstom com o governo paulista investigados pelo Ministério Público. Contratos suspeitos celebrados com o Metrô somam R$ 1,37 bilhão.  O primeiro inquérito do Ministério Público sobre a Alstom foi aberto em maio de 2008, depois de o Wall Street Journal revelar que a multinacional francesa era investigada na Suíça e na França por suposto pagamento de propinas a agentes públicos do Brasil, da Venezuela e de Cingapura. A Justiça suíça tinha documentos que comprovavam pagamento de US$ 6,8 milhões de propina em um dos contratos suspeitos, justamente o da Alstom para fornecer equipamentos ao Metrô e à Eletropaulo.

As investigações levaram a prisões de intermediários estrangeiros e ao bloqueio de contas de dois brasileiros no banco Safdié, de Genebra: Robson Marinho, conselheiro do TCE desde 1997, ex-tesoureiro da campanha do PSDB e chefe da Casa Civil de Covas; e Jorge Fagali Neto, irmão de José Jorge Fagali (presidente do Metrô entre 2007 e 2010) e sucessor do hoje senador tucano Aloysio Nunes Ferreira na Secretaria Estadual de Transportes Metropolitanos em 1994.

 A conta atribuída a Fagali Neto em Genebra recebeu US$ 10,5 milhões; a que seria de Marinho, R$ 2 milhões. O Tribunal de Contas do Estado também considerou irregulares contratos de R$ 556 milhões entre o Metrô e a Alstom. Em um dos negócios, de 2007, o então governador José Serra ressuscitou uma licitação de 1992, que pela lei das licitações teria caducado em 1997, para comprar 16 novos trens da multinacional francesa. Como os preços estavam defasados depois de 15 anos da celebração do acordo, o governo realizou uma pesquisa na internet para atualizar o valor de uma compra de meio bilhão de reais. Pagou mais de R$ 31 milhões para cada um dos trens, quantia considerada abusiva pelo TCE.

Outro contrato para modernizar o Centro de Controle Operacional (CCO), assinado em 1994 – ano em que Covas concorria ao governo do estado e Fagali Neto, suspeito do caso Alstom, era presidente do Metrô –, recebeu 12 aditivos ao longo do tempo, o que fez o valor inicial saltar de R$ 17 milhões para R$ 56 milhões. Um parecer de 14 de setembro de 2004 do conselheiro Edgard Rodrigues anota: “Ora, não é de se supor que o Metrô esteja funcionando a todo esse tempo sem o CCO. Ele está lá. É de se estranhar que para implantar um CCO se levem dez anos”.

De acordo com operadores do CCO, a reestruturação ocorreu em 1999 e até hoje os equipamentos fornecidos pela Alstom para o “cérebro tecnológico” do superlotado metrô não têm a qualidade esperada. Citam um exemplo singelo: o software instalado nos computadores provoca quedas constantes do sistema, que deveria estar permanentemente em funcionamento. 

Ganância x segurança

Em 12 de janeiro de 2007, pouco depois de Serra assumir o governo do estado, a escavação de um túnel na estação Pinheiros, da Linha Amarela, provocou um desabamento. A cratera aberta sugou uma van – com motorista e passageiros. Sete pessoas morreram e mais de 200 foram desalojadas.

Tocada pelo consórcio Via Amarela – Camargo Corrêa, Odebrecht, Queiroz Galvão, Andrade Gutierrez e Alstom –, a obra deveria ter sido fiscalizada pelo Metrô. Mas isso não ocorreu, segundo os promotores que moveram na Justiça uma ação criminal e outra civil. Se condenados, os 14 réus da ação civil – que inclui as construtoras e o presidente do Metrô na época, o engenheiro Luiz Frayse David – terão de indenizar  em R$ 240 milhões as famílias das vítimas e o estado. E serão proibidos de assinar contratos com o poder público por cinco anos. 

A argumentação feita pelo promotor Saad Maz­loum – que está no blog da promotoria – fundamenta-se nos documentos da ação criminal, que pede a condenação dos réus por imprudência e negligência. Maz­loum aponta como responsáveis pelo acidente a “desenfreada caça ao lucro, a ganância e a cupidez” das empreiteiras e o “total e deliberado desrespeito à lei e aos mais elementares princípios administrativos” por parte do Metrô.

Apoiado em laudos do Instituto de Criminalística e do Instituto de Pesquisas Tecnológicas, o promotor acusa as empreiteiras de não fazer estudos e sondagens geotécnicos complementares e de ignorar sinais de instabilidade no túnel e de rebaixamento do solo constatados em medições e relatos técnicos, prosseguindo com as obras em ritmo acelerado. Tudo com a cumplicidade do Metrô. O objetivo, na opinião do promotor, era economizar custos, uma vez que, por exigência dos financiadores da obra, o contrato foi assinado em modelo turnkey – preço fechado – para impedir os malfadados aditivos. 

Em meio ao escândalo provocado pelo acidente, a Secretaria de Transportes Metropolitanos demitiu o então presidente do Metrô e o substituiu por um engenheiro com muitos anos de casa. José Jorge Fagali ostentava o crachá funcional número 2 e era gerente de custos, em 1994, quando seu irmão, Fagali Neto, assumiu a secretaria. José Jorge concedeu entrevista à Revista do Brasil agora em dezembro, dias antes de deixar a presidência, sem comentar o bloqueio da conta atribuída ao irmão na Suíça – sobre isso preferiu divulgar nota negando envolvimento no caso. 

A reportagem questionou os problemas que afetam diretamente os usuários: a superlotação e as falhas técnicas, fatores que, segundo ele, não estão relacionados. O executivo reconheceu a demora na entrega da Linha 4 (Amarela), que teve apenas duas estações postas para funcionar parcialmente no ano passado, a poucos meses da eleição. E garantiu que as seis estações da primeira fase da linha estão prontas, atribuindo o atraso da entrada em operação aos testes do novo sistema de sinalização – CBTC –, implantado pela Siemens, que dispensa a presença de condutor no trem.

Depois do escândalo provocado pela investigação suíça, o Metrô assinou pelo menos mais um contrato com a Alstom, de R$ 706 milhões, justamente para fornecer o mesmo sistema de sinalização de trens para as linhas já existentes. “Os testes demoram porque antigamente havia um sistema de sinalização que era mais simples, mas o trem parava a 150 metros um do outro; nesse sistema o trem pode parar a 15 metros do outro. Com isso, o intervalo entre eles diminui e é possível colocar mais composições na linha, carregando mais passageiros”, afirmou, citando dois exemplos de implantação do sistema, uma linha em Barcelona e duas em Paris (com rede de 212 quilômetros de metrô). 

“Quem não precisa não troca de sistema. Por que estou substituindo? Para aumentar a oferta de trem. Sem aumentar a oferta nas linhas que estou operando não há como enfrentar a demanda”, disse José Jorge. Atualmente, o metrô de São Paulo tem o terceiro menor intervalo do mundo entre trens: 115 segundos (Moscou tem 90 segundos; Paris, 95 segundos). Com a mudança, o Metrô espera reduzir o intervalo para 75 segundos. 

A ideia de resolver a superlotação colocando mais trens preocupa os funcionários da companhia, acostumados às falhas técnicas das linhas, quase sempre resolvidas pela operação manual dos condutores. Qualquer usuário do horário de pico está acostumado a ter a viagem prolongada por redução de velocidade e sucessivas paradas anunciadas pelos alto-falantes “para aguardar a movimentação do trem à frente”. Como seria se as linhas tivessem mais trens?

José Jorge admitiu que a redução do intervalo é uma solução arriscada para o pequeno e lotado metrô: “Você tem razão, mas é preciso entender o plano como um todo, que tem a parte de expansão também. Se não fechar a rede, não botar mais linhas, chegaremos num ponto em que não tem mais o que fazer”. “Vira uma panela de pressão?”, questionou a reportagem. “Isso, com certeza”, confirmou. Naquele momento, 22 de dezembro de 2010, o Metrô previa uma expansão de 66,7 quilômetros de linha até 2014. 

Duas semanas depois, Jurandir Fernandes assumiu a pasta dos Transportes Metropolitanos, a qual já havia ocupado na gestão anterior de Alckmin, período em que se concentra o maior número de contratos investigados no caso Alstom. No dia 10 de janeiro, o secretário anunciou o cancelamento dos planos de expansão, exceto da Linha Amarela – ainda ela –, que seria entregue até a Copa de 2014. O investimento previsto para o metrô será direcionado para a instalação de trens-bala, tecnologia em que a Alstom é uma das maiores fornecedoras mundiais, ligando a capital paulista aos municípios de São José dos Campos, Campinas, Sorocaba e Santos. É melhor que os visitantes fiquem longe da “panela de pressão”. 



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São Paulo: Computadores 'pilotam' sala de comando da Linha 4-Amarela do Metrô

segunda-feira, 31 de maio de 2010


Andar num trem de metrô sem condutor, como o existente na Linha 4-Amarela de São Paulo, é o mesmo que viajar num avião no piloto automático. Computadores comandam tudo. A diferença é que no avião os controles ficam no computador de bordo ao lado do piloto. Nos trens da Linha 4 o controle é feito de modo remoto direto do centro de controle operacional (CCO), localizado no pátio Vila Sônia, zona oeste da capital, onde é feita a manutenção e há a garagem do ramal.
O envio de dados das composições do metrô em operação para o CCO tem o mesmo procedimento da telemetria utilizada nos carros de Fórmula 1, com dados online sobre consumo de energia elétrica, funcionamento do sistema de freios, tração e até ar condicionado dentro do trem.
O sistema de controle da nova linha é totalmente automatizado, o que torna as operações mais precisas e rápidas. A base do sistema é a comunicação integral com o trem através de rádio. "É o mesmo modelo de funcionamento do transponder do avião. Antenas estão colocadas em todo o túnel. É informada a localização do trem, sua velocidade, o abre e fecha das portas da composição, o abre e fecha das portas de plataforma nas estações", explica Luís Valença, diretor-presidente da ViaQuatro, concessionária da Linha 4.
Com um toque no mouse, o operador no CCO pode aumentar ou diminuir a velocidade do trem, manter a composição mais tempo parada na plataforma, segurar a porta de plataforma aberta ou mesmo inserir mais um carro no sistema caso a demanda de passageiros seja maior que o esperado. "No dia da inauguração, o operador segurou a porta de plataforma aberta por mais tempo que o definido (30 segundos) para que o governador (Alberto Goldman) entrasse no trem junto com toda a comitiva. Esse é um exemplo do que os operadores podem fazer", explicou Valença.
Ontem, segundo dia de operação assistida da Linha 4, um problema considerado de rotina mas não informado, levou o CCO a segurar um trem que ia no sentido Estação Paulista mais tempo no túnel antes de chegar à plataforma. "Foi um problema considerado normal, sanado rapidamente", justificou o diretor da concessionária.
E qual a garantia que um sistema não falhe e provoque algum problema na operação colocando em perigo a segurança? Para todos os principais sistemas existentes - alimentação de energia elétrica, operação do trem, controle de frenagem, controle de velocidade, entre outros - há sempre um sistema reserva. É o chamado sistema de redundância. Se um falha, o outro assume a posição instantaneamente. "Se o sistema que alimenta o trem, chamado de on board control unit (OBCU) falhar, tem um segundo que o substitui. O CCO vai julgar o tamanho da falha e determinar se o trem continua a operar ou precisa ser recolhido", explica Valença.

As portas de plataforma de vidro nas estações foram colocadas para isolar os trilhos. Se forem forçadas, o sistema entende que foram abertas à força e bloqueiam o acesso dos trens às estações. As composições param 30 metros antes ou depois das plataformas até que a segurança confirme que não há nenhum usuário nos trilhos.
A automação do sistema, segundo o consultor em transportes Peter Alouche, que trabalhou por 35 anos no Metrô, sempre existiu em São Paulo. "Não é uma novidade do outro mundo. Em 1974, quando foi aberta a Linha 1-Azul, já entrou em operação o automatic train operation (ATO), que nada mais é do que o condutor nos carros utilizado apenas para abrir e fechar as portas nas estações. O restante da operação é feito por comandos do CCO", conta Alouche. De acordo com José Geraldo Baião, presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Metrô de São Paulo (Aeamesp), o sistema ATO funciona nos horários de maior movimento do metrô, quando é necessário colocar mais carros para atender a toda a demanda existente.
Aliás, o novo sistema de comunicação via rádio utilizado na Linha 4 permitirá, quando todas as 11 estações estejam em operação em 2012, que o tempo de partidas dos trens nas estações chegue a 75 segundos. Hoje o recorde na Linha 3-Vermelha é 101segundos. "Com 75 segundos será o menor intervalo do mundo", diz Gerson Toller, presidente da Feira Negócios nos Trilhos. O recorde de menor intervalo é do metrô de Moscou, com 90 segundos de intervalo entre os trens.
O sistema de monitoramento no CCO da Linha 4 é feito por um vídeo wall, uma grande tela de 12 metros de comprimento. Nessa tela gigante é possível acompanhar toda a extensão da linha, as estações, o pátio de manobra e manutenção e todos os sistemas de operação no ramal, nas estações e até mesmo a segurança. São três operadores - elétrica, trem e passageiros/segurança -, um supervisor e três agentes de seguranças por turno. A sala se parece com uma torre de controle dos aeroportos. O prédio em que está localizado já foi apelidado pelos funcionários de "amendoim" por causa do formato se assemelhar a bago de amendoim com três grãos.

Fonte: Estadão
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Linha do metrô de São Paulo fica R$ 1 bilhão mais cara

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Depois de quase seis meses do lançamento do edital do prolongamento da Linha 2-Verde do metrô de São Paulo, o investimento total no projeto, previsto pelo governo de São Paulo, ficou R$ 1,1 bilhão mais caro. A obra vai estender a linha da Vila Prudente, na região leste de São Paulo, à rodovia Presidente Dutra, próximo à divisa com Guarulhos, terá 13,5 quilômetros de extensão e 12 estações. O projeto recebeu na semana passada licença ambiental prévia.

O lançamento do edital da obra ocorreu em 15 de outubro de 2012 e foi feito pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), em ato na estação Corinthians-Itaquera, na região leste. Na época, Alckmin afirmou que o investimento total, incluindo trens, sistema elétrico e obras, chegaria a R$ 7,7 bilhões, com recursos totalmente aplicados pelo governo do Estado. Ontem, o Metrô informou que o investimento saltou para R$ 8,8 bilhões, 14,3% a mais do que o inicialmente previsto.

De acordo com o Metrô, o processo de pré-qualificação para contratação das obras de extensão da Linha 2-Verde está em andamento e ainda não há valor final para o intervenção, já que ainda não há projeto básico da obra. "Os custos estimados para a licitação só serão estabelecidos após a conclusão dos projetos básicos. O valor de R$ 8,8 bilhões é apenas uma projeção, que é uma exigência legal", informou a empresa em nota.

O Metrô afirmou ainda que para o financiamento do projeto está contratando uma linha de R$ 1,5 bilhão com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e que estuda outras formas de financiamento. A estimativa da companhia é concluir o primeiro trecho do projeto no fim de 2018 e a linha completa em 2019.

A licença prévia foi emitida pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), mas ainda não permite o início das obras. De acordo com a assessoria de imprensa do Metrô, para garantir o começo da intervenção, a companhia entrará agora com processo de solicitação da licença ambiental de instalação.

Com o prolongamento, a Linha 2-Verde, que começa na Vila Madalena, região oeste de São Paulo, fará interligação com a Linha 3-Vermelha, na estação Penha. O número de passageiros que serão transportados quando a obra estiver concluída também mudou. No lançamento do edital do prolongamento, a previsão era que esse número saltaria para 1,1 milhão. Agora, a previsão é transportar 1,7 milhão de passageiros.

A linha é uma das sete previstas para os próximos anos pela Secretaria de Transportes Metropolitanos. Até 2015, o sistema metroferroviário deve receber mais 30 quilômetros de metrô e 41 quilômetros de trem da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Entre os projetos previstos para os próximos anos estão a conclusão da Linha 4-Amarela do metrô (Luz-Vila Sônia), obras da extensão da Linha 5-Lilás (Santo Amaro-Chácara Klabin), início do monotrilho da Linha 17-Ouro (Aeroporto de Congonhas-Morumbi), da Linha 13-Jade da CPTM (Engenheiro Goulart-Aeroporto de Guarulhos), do monotrilho da Linha 15-Prata (Vila Prudente-São Mateus), da Linha 6-Laranja (Brasilândia-São Joaquim), e da Linha 20-Rosa (Lapa-Moema).

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Greve no Metrô e na CPTM prejudica passageiros nesta quarta em São Paulo

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Funcionários do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) entraram em greve nesta quarta-feira (23) em São Paulo. Em razão disso, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) suspendeu o rodízio municipal de veículos. A SPTrans, por sua vez, acionou o Plano de Atendimento entre Empresas de Transporte em Situação de Emergência (Paese), ampliando o atendimento de ônibus entre as estações afetadas.

O trânsito foi prejudicado. Às 7h25, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), havia 117 km de congestionamento na cidade. Em Itaquera, na Zona Leste, passageiros revoltados com a paralisação bloquearam os dois sentidos da Radial Leste e furaram pneus de um ônibus na via.

Veja abaixo a situação das linhas do Metrô e da CPTM às 6h25:
Linha 3-VermelhaA Linha 3-Vermelha, do Metrô, que liga Corinthians-Itaquera à Estação Palmeiras-Barra Funda, operava apenas no trecho entre a Estação Santa Cecília e a Estação Bresser.

Linha 1-Azul
A Linha 1-Azul, do Metrô, operava apenas entre as estações Luz e Ana Rosa.

Linha 2-VerdeA Linha 2-Verde, do Metrô, só funcionava entre as estações Ana Rosa e Clínicas.
Segundo informações do Metrô, as três linhas em operação nesta manhã tinham velocidade reduzida. Ainda segundo o Metrô, a operação era realizada com funcionários que não aderiram à greve e com o quadro administrativo que auxilia nas estações e bilheterias.

Linha 5-Lilás
A Linha 5-Lilás começou a operar em todas as suas estações às 5h10. De acordo com o Metrô, os passageiros que estavam na Zona Sul acessavam o Centro da cidade por meio da integração com a Linha 9-Esmeralda da CPTM, na estação Santo Amaro, e com a Linha 4-Amarela, na estação Pinheiros.

Linha 4-Amarela
A Linha 4-Amarela, operada pela iniciativa privada, operava normalmente desde a madrugada.

Linha 11-Coral e Linha 12-SafiraNa CPTM, as linhas 11-Coral e 12-Safira estavam paradas. Ônibus gratuitos foram colocados à disposição dos passageiros de todas as linhas para fazer os trajetos de Mogi das Cruzes a Guaianazes e Guaianazes a Brás e de Poá a Itaim Paulista e do Itaim Paulista a Brás.

Demais linhas da CPTMNa CPTM, as linhas 7-Rubi, 8-Diamante, 9-Esmeralda e 10-Turquesa funcionavam normalmente.

Estações fechadasBoa parte das estações amanheceu com as portas fechadas. Sindicatos que representam trabalhadores do Metrô e das linhas 11 e 12 da CPTM decidiram na noite desta terça-feira (22) declarar greve a partir da 0h desta quarta. Nos dois casos, decisões da Justiça do Trabalho determinam que o efetivo fosse mantido sob pena de multa diária de R$ 100 mil.
Metrô e CPTM estimam que aproximadamente 4,8 milhões de passageiros possam ser afetados pela greve.

Rodízio e PaesePor causa da declaração de greve, o rodízio municipal de veículos, que às quartas limita a circulação de carros e caminhões com placas finais 5 e 6, foi suspenso, segundo a CET. A SPTrans acionou o Plano de Atendimento entre Empresas de Transporte em Situação de Emergência (Paese) - com ele, as linhas com destino às estações do Metrô tiveram seu trajeto estendido até a região central de São Paulo.

Segundo a Polícia Militar, foi feito um reforço no policiamento nas estações da CPTM e do Metrô, inclusive nas operadas pelo Consórcio ViaQuatro.

Greve no MetrôA decisão do Sindicato dos Metroviários de São Paulo de optar pela paralisação ocorreu após uma audiência com representantes do Metrô que terminou sem acordo. A Justiça do Trabalho determinou, no entanto, que o sindicato dos Metroviários mantivesse 100% da frota funcionando durante os horários de pico e 85% nos demais horários e proibiu a liberação das catracas.

O sindicato terá que pagar multa de R$ 100 mil diários por descumprimento da decisão. Os horários de pico são das 5h até as 9h e das 17h às 20h. A audiência de conciliação desta tarde foi realizada no Tribunal Regional do Trabalho - 2ª Região, e mediada pela desembargadora e vice-presidente do tribunal, Anélia Li Chum.

Reivindicação e negociações
Os metroviários reivindicam 5,13% de reajuste salarial, 14,99% de aumento real, vale-alimentação de R$ 280,45 e reajuste de 23,44% no vale-refeição, além de equiparação salarial, 36 horas semanais, periculosidade sobre todos os vencimentos, adicional de risco de vida de 30%, plano de saúde acessível para os aposentados e reintegração dos demitidos em 2007.

Durante a audiência desta tarde, a companhia propôs reposição da inflação pelo Índice Nacional de Preços (IPC) e aumento real de 1,5%. A desembargadora propôs reajuste pelo INPC mais 1,5% de aumento real.

O Metrô propôs vale-alimentação de R$ 158,57, enquanto os metroviários mantiveram a reivindicação de R$ 280,45. A desembargadora propôs R$ 218. Em relação ao vale-refeição, o Metrô propôs elevar o valor para R$ 21 e o sindicato manteve a reivindicação de R$ 25,25. A desembargadora estipulou o valor em R$ 23.

Houve divergências também sobre o adicional de risco para agentes de segurança e de plataforma, sobre a equiparação salarial de funcionários que exercem as mesmas funções, adicional de periculosidade, aumento da contribuição do Metrô nos planos de saúde dos funcionários e readmissão de 61 grevistas demitidos em 2007.

Os dois lados concordaram apenas em montar comissões para discutir pontos mais polêmicos como a distribuição de participação nos resultados e a jornada de trabalho dos funcionários que iniciam ou terminam seus turnos fora do horário de funcionamento do sistema de transporte público.

Em nota, a Secretaria de Transportes Metropolitanos informou que o Metrô e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) também concordaram em consolidar todas as cláusulas sociais presentes nos atuais dissídios coletivos e estão dispostos a debater eventuais pendências remanescentes.

Linhas 11 e 12 da CPTM
Os funcionários das linhas 11-Coral e 12-Safira da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) decidiram entrar em greve em assembleia realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil (STEFZCB).

A greve nas duas linhas da CPTM teve início à 0h desta quarta-feira (23), e deve perdurar por tempo indeterminado. Está prevista uma nova assembleia às 18h desta quarta, para avaliar a paralisação. Cerca de 850 mil passageiros usam diariamente as duas linhas.

Em nota, a CPTM informou que os sindicatos das linhas 7, 8, 9 e 10 continuam em negociação e as linhas vão operar normalmente. A companhia ressaltou que espera que seja cumprida decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT/SP) para que 85% efetivo seja mantido nos horários de pico (das 5h30 às 10h e das 16h às 20h30) e 70% nos demais horários.

Segundo a companhia, foi apresentada uma nova proposta nesta terça reajustando o valor do vale-refeição de R$ 18 para R$ 20, correção salarial de 4,60% (IPC/FIPE) + 1,5% de produtividade. Além disso, sinalizou que os funcionários terão direito a participação nos resultados da empresa, a ser pago em 2013, com valor mínimo de R$ 3 mil.

Fonte: G1 SP

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Metrô de São Paulo entrega as estações Luz e República amplia integração

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O Metrô paulistano inaugura nesta quinta-feira as estações Luz e República da linha 4-Amarela. Mais que duas novas paradas, o trem metropolitano de São Paulo ganhará integração entre suas principais linhas com a CPTM e a viagem da Luz ao Butantã agora será feita em 12 minutos. Inicialmente operando no horário de 10h às 15h, a meta da Via 4 é instituir horário integral até o fim do mês.

Com a inauguração das estações, o passageiro terá a possibilidade de fazer uma baldeação para a Linha Azul (Tucuruvi/Jabaquara) através da estação República, o que já era possível na estação Paulista, mas ganhou também uma integração nova com a Linha Vermelha (Barra Funda/Itaquera) na parada da Luz. A integração com a Linha Verde ocorre desde 2010 via Consolação, integrada à estação Paulista. Três linhas da CPTM conectam com a Linha 4 na Luz.

A inauguração das estações soma 9 km de extensão ao sistema. Somados aos 65,3 km da Companhia do Metrô, totalizam 74,3 quilômetros de rede metroviária na capital paulista. O total de estações agora é de 64: 58 operadas pela Companhia do Metrô e seis pela concessionária ViaQuatro.

Entre as novidades das novas estações, iluminação por luz solar através de uma claraboia construída na superfície, que alcança quatro níveis e chega até a plataforma. Alé disso, contadores com um sensor de presença para contabilizar usuários que fazem a passagem das linhas operadas pelo Metrô e a CPTM para a do consórcio Via 4, responsável pela linha. A previsão é de que mais de 200 mil pessoas façam isso diariamente na estação Luz. As lixeiras presentes no local são transparentes para evitar que artefatos explosivos sejam colocados, em especial por torcedores de equipes de futebol em dias de jogos.

Além das duas novas, na Linha 4 foram inauguradas as estações Butantã, Pinheiros, Faria Lima e Paulista. Para completar o trajeto, restam as estações Vila Sônia, no outro extremo, Fradique Coutinho, Oscar Freire e Higienópolis - as três últimas no trajeto entre o centro e a zona oeste. Existem estudos que preveem o prolongamento da Linha 4 até Pari, em uma ponta, e até a cidade de Taboão da Serra no extremo oeste, esta via transporte motorizado.

A linha 4-Amarela opera em período integral (das 4h40 à 0h) desde a segunda-feira em dias úteis e, aos sábados, até a 1h entre as estações Butantã e Paulista. Nas novas estações, Luz e República, a operação será das 10h às 15h. Não é divulgada oficialmente uma previsão, mas a meta é que o horário seja ampliado até o dia 30, de acordo com a ViaQuatro.

Com o funcionamento das novas estações República e Luz da Linha 4, o Metrô prevê uma redução de movimento nas estações Paraíso, Sé, Luz (da Linha 1) e no trecho Paraíso-Luz, o mais carregado da Linha 1-Azul. Também há a perspectiva de redução de movimento na estação Brás, em razão da integração com as linhas da CPTM em Luz.

A partir da consolidação da demanda da Linha 4-Amarela, ela deverá transportar cerca de 700 mil pessoas por dia, a partir de 2012. Na sequência, será concluída a 2ª fase de implantação da Linha 4-Amarela. Segundo o Metrô, está prevista a construção de 1 km de túnel até a futura estação Vila Sônia, além de complemento de acessos, acabamento e instalação de sistemas operacionais e equipamentos em quatro estações: São Paulo-Morumbi, Fradique Coutinho, Oscar Freire e Higienópolis-Mackenzie. O percurso entre Luz e Vila Sônia terá 12,8 km de extensão e 11 estações. A previsão é de entrega das obras em 2014.



Fonte: Terra

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Metrô de São Paulo reduzirá tempo de espera com reforma de trens

sábado, 11 de junho de 2011

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), entregou hoje dois trens reformados para a Linha 3-Vermelha do Metrô de São Paulo e três composições novas para a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). A meta do governo é, até 2014, reformar todos os 98 trens originais da Linha 1-Azul e da Linha 3-Vermelha do Metrô.


Com a modernização dos trens, a intenção é reduzir em 20% o intervalo na frequência dos trens, possibilitando assim que sejam colocados mais carros na linha, transportando mais gente. "Se multiplicar 98 (trens) por seis vagões, estamos falando de 588 novos vagões. Hoje a espera na Linha 3 é de 103 segundos, ela vai ser reduzida para 82 segundos. Isso permite 20% a mais de trem, para diminuir o sufoco, diminuir o aperto. Será um dos menores intervalos de espera em estação de metrô do mundo", disse Alckmin.
 

O governador afirmou que as melhorias estarão prontas antes da Copa do Mundo de 2014. A estação Itaquera do Metrô, na zona leste, fica ao lado do futuro estádio do Corinthians, que pode vir a receber jogos do mundial de futebol.
 

O presidente do Metrô-SP, Sérgio Avelleda, lembrou que os novos motores dos trens reformados consomem menos energia e a manutenção é muito mais fácil. "A gente tinha trem em corrente contínua, agora é em corrente alternada. Diminui o consumo e a manutenção é melhor", explica. Outra novidade são os freios ABS. "Com isso, acaba a restrição em dias de chuva. Nós vamos poder circular com a mesma velocidade", acrescentou.
 

Durante a viagem que fez hoje no novo trem, entre a estação Barra Funda e a Sé, Alckmin teve de ouvir reclamações dos usuários, que dividiram o vagão com as autoridades. "As pessoas que vão trabalhar às vezes ficam presas meia hora dentro do trem. Eu trabalho, sou cidadão e tenho o direito de reclamar", criticou o ajudante geral Dionatas Silva, de 19 anos. Ele mora em Franco Morato e usa a CPTM e o Metrô todo dia para ir trabalhar, no Bom Retiro. Alckmin ouviu a reclamação e relembrou as modernizações que estão sendo feitas nos transportes sobre trilhos.

 
Monotrilho

O governo espera para a semana que vem um parecer favorável sobre o processo judicial envolvendo a construção do monotrilho entre o Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, e a região do Morumbi, a Linha 17-Ouro do Metrô. "O desembargador deve dar essa análise na semana que vem e se Deus quiser haverá compreensão. Há muita gente que quer e há aqueles que não querem. Todos têm de ser respeitados", disse o secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes.


A construção do monotrilho está impedida devido a uma liminar obtida pela Sociedade dos Amigos de Vila Inah (Saviah), que entrou na Justiça com uma ação civil pública alegando falta de licença ambiental e projeto básico. "Queremos o monotrilho pronto para maio de 2014 (para a Copa do Mundo). Agora, se nós não conseguirmos assinar o contrato até julho deste ano, aí nós só conseguiremos começar a obra em dezembro, janeiro (de 2012), aí não dá mais tempo", explicou o secretário.


 
O presidente do Metrô afirma que a Linha 17 não será construída para atender a demanda do Estádio do Morumbi, mas que, em dias de jogo, ela daria conta do público. "Ela terá capacidade de 50 mil passageiros por hora/sentido", lembra Avelleda. Na quarta-feira, o Metrô obteve a primeira licença ambiental para a construção, mas o Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Cades), ligado à Secretaria do Verde e Meio Ambiente, fez 55 exigências para liberar outras duas licenças ambientais necessárias.

 
Linha 4

No dia 29 de junho o governo do Estado pretende completar a integração da nova estação Pinheiros da Linha 4-Amarela do Metrô com a CPTM. "Teremos todas as escadas rolantes, elevadores, banheiros. E vamos também fazer a extensão do horário", afirmou o secretário de Transportes Metropolitanos. Atualmente a Linha 4 funciona das 4h40 às 15h, e a operação será estendida então até à meia-noite no final do mês, segundo Fernandes.























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Em São Paulo, Linhas intermunicipais da região Oeste terão ponto final na Estação Butantã da Linha 4 – Amarela do Metrô

sábado, 15 de outubro de 2011


A partir de 15 de Outubro, haverá modificação do itinerário de 17 linhas intermunicipais metropolitanas, gerenciadas pelo Governo do Estado (EMTU/SP), que operam nos eixos das avenidas Corifeu de Azevedo Marques / Vital Brasil e Rodovia Raposo Tavares. Ao invés de seguirem até o Largo da Batata, em Pinheiros, terão seu ponto final alterado para a Estação Butantã do Metrô, com acesso à Linha 4 – Amarela, a chamada “linha integradora”, que se conecta a toda a rede do Metrô e da CPTM.

Além das facilidades aos usuários, a reorganização das linhas intermunicipais metropolitanas gerenciadas pela EMTU/SP proporcionará significativa melhora nas condições de trânsito da região do Largo da Batata, em Pinheiros, que passará a receber 20 ônibus/ hora ao invés dos 54 ônibus/hora que atualmente finalizam o seu itinerário naquele local.

O Terminal Butantã, projetado para oferecer condições apropriadas de conforto e segurança aos usuários, localiza-se no quarteirão formado pelas ruas Camargo, MMDC, Pirajussara e Avenida Vital Brasil. Haverá quatro plataformas de embarque, três delas destinadas às linhas intermunicipais. O acesso ao Terminal será feito pela Av. Vital Brasil ou Rua Camargo e a saída se dará pelas Ruas MMDC ou Camargo.

A EMTU/SP estima que, de 42 mil passageiros/dia útil que utilizam essas linhas, cerca de 6 mil serão transferidos para a linha circular com destino ao  Largo da Batata e aproximadamente 7 mil embarcarão na Linha 4 do Metrô (sem integração tarifária). O restante já desembarca dos ônibus em destinos anteriores ao Terminal Butantã.

Para informar os usuários sobre as mudanças, a EMTU/SP está realizando distribuição de folhetos explicativos, disponibilizando equipes informativas na Estação Butantã, além de comunicados em rádios da Grande São Paulo.

Linha circular 576 (Metrô Butantã – Largo da Batata)
Os usuários das linhas intermunicipais que desejarem prosseguir até Pinheiros poderão contar com a linha circular 576 (Largo da Batata / Metrô Butantã) em intervalos de três minutos nos horários de pico. Para embarcar nesse serviço de complementação da viagem, será necessário o uso do Cartão BOM, sem nova cobrança de tarifa.

Na volta, o usuário que estiver em Pinheiros, ao embarcar na linha circular 576, terá descontado do Cartão BOM a tarifa de R$ 2,80. Ao chegar ao Terminal Butantã, poderá embarcar na linha de seu interesse, mediante complementação de tarifa em relação ao valor de R$ 2,80, já descontado.

Cartão BOM
Para informações de como obter o Cartão BOM, o interessado pode ligar para o Consórcio Metropolitano de Transporte – CMT (0800-7711800). No endereço http://www.cartaobom.net/ o usuário pode fazer o cadastro dos seus dados e retirar o cartão no posto indicado, num prazo de sete dias corridos.

Linhas alteradas para a Estação Butantã do Metrô
036                   Vargem Grande Paulista (Jardim São Marcos)
036BI1              Embu (Jardim Tomé)
037                   Cotia (km 21 da Rodovia Raposo Tavares)
059                   Osasco (Conjunto dos Metalúrgicos)
059PR1           Carapicuíba (Jardim Novo Horizonte)
060                   Osasco (Olaria do Nino)
060BI1             Osasco (Jardim Santa Maria)
061                  Carapicuíba (Jardim Guapiuva)
081                  Jandira (Jardim Nossa Senhora de Fátima)
297                  Cotia (Caucaia do Alto)
334                  Cotia (Jardim do Engenho)
404                  Osasco (Olaria do Nino)
428                  Barueri (Jardim do Líbano)
492                  Carapicuíba (Parque Santa Tereza)
516                  Jandira (Jardim Nossa Senhora de Fátima)
517                  Itapevi (Centro)
543                  Cotia (Jardim Santa Isabel)

Criação de  linha para o Terminal Butantã
572                  Osasco (Jardim Santa Maria) via Raposo Tavares

Alteração de itinerário para atendimento de passagem ao Terminal Butantã
020                    Carapicuíba (Vila Dirce) – São Paulo (Pinheiros) via Ponte Cidade Universitária
023                    Carapicuíba (Cohab V) – São Paulo (Pinheiros) via Ponte Cidade Universitária
225                    Carapicuíba (Cohab V) – São Paulo (Pinheiros) via Clínicas
061EX1             Carapicuíba (Jardim Guapiuva) – São Paulo (Pinheiros), via Ponte Cidade Universitária
                                                                                           
Informações adicionais sobre as alterações podem ser obtidas no site da EMTU/SP: http://www.emtu.sp.gov.br/, ou pela Central de Atendimento ao Usuário (tel. 0800 724 0555).

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Obras de expansão do Metrô de São Paulo terão R$ 37 bilhões em PPPs

terça-feira, 19 de março de 2013

O secretário estadual de Transportes Metropolitanos de São Paulo, Jurandir Fernandes, anunciou, na abertura do Congresso Franco-Brasileiro de Mobilidade Urbana, na manhã de hoje (18), que quatro projetos de expansão metroferroviária paulista serão realizados por meio de parcerias público-privadas (PPPs). As obras apresentadas pelo secretário, orçadas em R$ 37 bilhões, foram as linhas 6- Laranja (Freguesia do Ó-São Joaquim) e 20-Rosa do Metrô (Moema-Lapa), a linha 18-Bronze do trem metropolitano (Alvarengas-Tamanduateí), e os trens intercidades, os primeiros ligando São Paulo a Campinas e Sorocaba, no interior.

O secretário ressaltou que, em 2014, o estado terá em andamento sete obras do Metrô ao mesmo tempo. “Até o final deste ano teremos a contratação de boa parte das obras da linha 18-Bronze, da extensão da linha 2-Verde, com 15 quilômetros, e da primeira fase da linha 6-Laranja, também com 15 quilômetros. Além disso, teremos a continuidade do processo das linhas 5-Lilás (Capão Redondo-Chacará Klabin), que deverá ficar pronta até 2015, da linha 17-Ouro (Congonhas-Morumbi), da linha 4-Amarela (Luz-Vila Sônia) e da linha 15-Branca (Oratório-Cidade Tiradentes)."

Fernandes minimizou o atraso de obras em andamento no metrô, sobretudo na linha 4-Amarela, que também é uma PPP. “Os atrasos foram decorrentes de uma série de fatores, como desapropriações, pendências judiciais, e até o acidente de 2007 na estação Pinheiros, nenhum deles relacionado ao modelo de contratação por PPP. Muito pelo contrário, a parceria acabou afetada por fatores externos a ela. Além disso, a parceria é fundamental para que consigamos construir todas estas linhas ao mesmo tempo. Nós não temos condição de gestão no Metrô para realizar isso sozinhos”, explicou.

As linhas 4-Amarela e 5-Lilás acumulam vários anos de atraso. A primeira iniciada em 2001, tinha previsão de conclusão total em 2008, ligando o bairro da Luz à Vila Sônia. No entanto, o primeiro trecho, com seis estações operando entre a Luz e Pinheiros, só foi entregue no final de 2010. Em 2007, uma cratera se abriu no que viria a ser a estação Pinheiros, matando sete pessoas e levantando inúmeros questionamentos sobre a qualidade dos serviços realizados pelas empresas consorciadas.

A previsão atual de entrega da segunda fase, com as estações Higienópolis-Mackenzie, Oscar Freire, Fradique Coutinho, São Paulo-Morumbi e Vila Sônia e a ampliação do numero de trens em circulação, dos atuais 14 para 29, é entre junho e setembro de 2014, com pelo menos seis anos de atraso.

Já a linha Lilás, teve sua construção iniciada em 1998, gerida pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), sendo denominada Linha G. O primeiro trecho, entre Capão Redondo e Largo Treze, foi entregue em 2002. desde então nenhuma outra estação foi concluída. Em 2010, a licitação de seis lotes de construção da linha foram suspensas por suspeita de favorecimento de empresas e formação de cartel.

Os projetos foram apresentados a lideranças políticas e agências governamentais francesas, como a Ubifrance, responsável pela promoção do desenvolvimento internacional de empresas francesas. Além disso, estão participando do congresso 17 empresas que vêm apresentar casos de sucesso, entre elas a Alstom, que já sofreu denúncias de que realizava subornos para ganhar licitações da extensão do Metrô de São Paulo, a partir de uma investigação do Ministério Público da Suíça.

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Brasil precisa sair da inércia em relação aos ônibus elétricos

Brasil tem mais de cinco mil vagões de trem sem uso parados em galpões

LIGAÇÃO VIÁRIA PIRITUBA-LAPA


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Prefeitura do Rio inaugura o Terminal Intermodal Gentileza

‘Abrigo Amigo’ registra 3,5 chamadas por dia em Campinas

Ônibus elétricos e requalificação dos BRTs tornam transporte eficiente e sustentável em Curitiba

Brasil prepara lançamento do primeiro VLT movido a hidrogênio verde

Informativos SPTrans

Nova mobilidade urbana revela o futuro dos deslocamentos

Em SP, Passageiros elogiam Tarifa Zero aos domingos

Porto Alegre terá 12 ônibus elétricos na frota em 2024

Recife: Motoristas mulheres são mais confiáveis no transporte coletivo junto aos usuários

Obras do VLT em Curitiba devem custar cerca de R$ 2,5 bilhões

VLT no terminal Gentileza


Com metrô, Salvador deixou de emitir mais de 45 mil toneladas de CO2 em oito anos

Barcelona dá transporte gratuito para quem deixar de usar carro

Os ônibus elétricos do Recife começaram a circular em junho de 1960