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Campinas admite novo atraso em obra do BRT

domingo, 3 de julho de 2022

As obras dos corredores do BRT (Bus Rapid Transit) de Campinas estão novamente atrasadas. Os trabalhos, que deveriam ser concluídos nesta quinta-feira (30), não serão entregues devido a problemas no Corredor Ouro Verde. 

Segundo o secretário municipal de Infraestrutura, Carlos José Barreiro, o corredor integra o Lote 4, que está atualmente com 89% do trecho pronto. Porém, para que as obras continuem, a cidade terá que fazer uma nova licitação. 

"Pela complexidade, o projeto foi impactado pela pandemia. Em especial, no trecho do Corredor Ouro Verde, no Lote 4. A empresa foi penalizada, porque não cumpriu o contrato. Vamos relicitar o trecho, que corresponde a 11%", diz. 

O investimento no BRT é de R$ 450 milhões - veja mais abaixo. 

NOVO PRAZO 

Questionado sobre um novo prazo, Barreiro justificou hoje que o projeto total está 96% concluído. Segundo ele, se tudo ocorrer dentro da normalidade no processo licitatório, os trabalhos devem ser entregues até o início do ano que vem. 

"O Lote 4 tem três estações a serem feitas, que são obras simples, e dois terminais. O Terminal Ouro Verde tem 40% concluído. Já o Terminal Vida Nova tem 70% de conclusão. Até o começo do ano que vem, deve estar pronto", alega. 

Apesar de justificar o atraso, o secretário lembra que o sistema só deverá operar como o planejado depois da conclusão da licitação do transporte público, que passou por audiências públicas em maio e segue em trâmite.

"A Emdec (Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas) vai iniciar a operação parcial do Corredor Campo Grande, a partir do Terminal Satélite Íris, com somente uma linha", afirma. 

O QUE FALTA 

Enquanto isso, ao longo da Avenida Ruy Rodriguez, vários trechos estão inacabados. A situação ocorre, por exemplo, perto do Terminal Ouro Verde, onde a faixa que será usada pelos coletivos está atualmente sem a pavimentação. 

Até esta quinta, 96% das obras previstas no cronograma dos três corredores - Campo Grande, Ouro Verde e Perimetral - estão entregues ou em acabamento. A porcentagem é a mesma divulgada em julho do ano passado. 

O sistema do BRT foi proposto para beneficiar 450 mil pessoas em 36,6 km de vias, com investimento de R$ 450 milhões. Ao todo, são 36 estações, sete terminais e 18 pontes e viadutos, incluindo o primeiro viaduto estaiado de Campinas.  

Em julho do ano passado, a Prefeitura de Campinas ampliou por mais 12 meses o prazo final da conclusão. Na época, a informação foi publicada no DOM (Diário Oficial do Município) pela secretaria municipal de Infraestrutura. 

A construção dos corredores começou em 2017 e a última previsão da prefeitura, era de concluir a construção ainda no primeiro semestre de 2021. Com a ampliação, o novo prazo para término dessas estruturas é julho de 2022. 

Segundo a Prefeitura, a finalização da obra do BRT teria sido impactada pela construção de dois viadutos no Corredor Campo Grande. Um viaduto ficará sobre a Avenida Transamazônica e outro, sobre a Rodovia dos Bandeirantes. 

"No momento, a prorrogação é apenas um aditivo de prazo, sem impacto orçamentário. O principal motivo para isso é a maior dificuldade para aprovações em órgãos reguladores. Devido à pandemia de covid-19, essas têm sido mais complexas e demoradas", informou a nota da secretaria na ocasião. 

COMO SERÁ 

Quando estiver em operação, a circulação será em faixas exclusivas, separadas do trânsito, feitas em pavimento de concreto. Os usuários farão embarque e desembarque pela esquerda, com acessibilidade no nível dos ônibus. 

Os veículos serão articulados, com ar-condicionado. A tarifa será paga antes de embarcar. 

As linhas convencionais (alimentadoras) funcionarão integradas às do BRT. São três corredores: Campo Grande, Ouro Verde e Perimetral, totalizando 37 estações, 6 terminais e 18 pontes/viadutos. 

O Corredor Campo Grande começa no Terminal Mercado, passa próximo ao Terminal Rodoviário Ramos de Azevedo, depois segue pelo leito desativado do antigo VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) e segue pela Avenida John Boyd Dunlop a partir do Jardim Aurélia. Ele vai até o Terminal Itajaí, totalizando 17,9 km. 

O Corredor Ouro Verde parte do Terminal Central e percorre as avenidas João Jorge, Amoreiras, Piracicaba, Ruy Rodriguez e Camucim até o Terminal Vida Nova, totalizando 14,6 km. 

O Corredor Perimetral liga os corredores Campo Grande e Ouro Verde. Os 4,1 km do Perimetral passam pelo leito do VLT, entre Vila Aurocan e Campos Elíseos. 

A NOVA LICITAÇÃO 

A atual licitação do transporte público municipal é de 2005 e foi considerada irregular pelo TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo) desde agosto de 2015. O prazo da concessão será de 15 ou 20 anos e os parâmetros da licitação serão de menor tarifa e maior outorga. 

Além do TCE-SP, o novo edital irá atender também as sugestões do MP (Ministério Público), feitas em relação ao edital anterior. Entre os objetivos, deve contemplar a racionalização das linhas para adequação ao plano viário do município. 

"O cenário de concessão por 20 anos possui mais vantagens para o município, como tarifa técnica (tarifa que o concessionário tem o direito de receber) de R$ 5,02, contra R$ 5,14 de 15 anos; e subsídio anual de R$ 63,3 milhões, contra R$ 72,8 milhões no cenário de 15 anos", informou a Prefeitura no final do ano passado. 

O modelo operacional da concessão inclui a criação de uma estação central de recarga e de uma unidade de energia solar, o incentivo ao uso de combustível limpo, assim como limpeza e segurança das paradas do BRT (Ônibus de Trânsito Rápido). 

Além disso, deve incluir dois lotes. O Lote 1 abrange as áreas Norte, Oeste e Noroeste. Já o Lote 2, as áreas Leste, Sul e Sudoeste. Serão, quatro linhas BRT e 10 linhas troncais, que poderão ser convertidas em BRT, e três linhas centrais. 

A demanda de passageiros foi projetada para 88 milhões por ano, em 2022. 

Parte da frota operacional será elétrica, começando com 85 veículos no primeiro ano, e chegando a 306 a partir do quarto ano da concessão, ainda segundo o município. 

Informações: A Cidade
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Em Ribeirão Preto, Primeira etapa do corredor de ônibus Norte-Sul é entregue na Avenida Independência

sexta-feira, 29 de abril de 2022

A primeira etapa do corredor de ônibus ‘Norte-Sul’ foi entregue na nesta quinta-feira (28) em Ribeirão Preto (SP). O trecho, de três quilômetros, fica na Avenida Independência, com início na Rua João Penteado até o bairro Jardim João Rossi. Ainda faltam duas etapas da obra que faz parte do programa Ribeirão Mobilidade.


A primeira etapa liberada teve investimento de R$ 40 milhões e conta com paradas de ônibus localizadas nos canteiros centrais, a cada 500 metros.

Moradores dos bairros Jardim Califórnia, Jardim João Rossi, Residencial Flora, Alto da Boa Vista, Jardim Sumaré, Jardim América, Centro, Vila Seixas, Jardim Paulista, Jardim Mosteiro, Jardim Paulistano e Jardim Independência são os mais beneficiados com a liberação do trecho, segundo a prefeitura.

Com o término das obras de construção do corredor de ônibus, o trânsito na rotatória das avenidas Independência e Professor João Fiúsa também foi liberado nesta quinta.

Ao final das outras duas etapas, o corredor Norte-Sul será o maior em extensão, com cerca de 20 quilômetros, passando pelas principais avenidas da cidade, como Independência, Meira Júnior, Cavalheiro Paschoal Innecchi, Mogiana, Thomaz Alberto Whately e Antônia Mugnatto Marincek. O custo total da obra é de R$ 78 milhões.

Corredor Norte-Sul
De acordo com a prefeitura, também estão previstas melhoras em toda extensão do corredor para garantir acessibilidade aos pedestres e sinalização eletrônica inteligente, que detecta a presença do ônibus. As esquinas também vão ter rampas de acesso para cadeirantes.

Ainda segundo a prefeitura, será feito um recapeamento reforçado nas faixas preferenciais para garantir maior tempo de uso e menor risco de danos devido ao peso dos ônibus, além do piso de concreto nas paradas.

Programa Ribeirão Mobilidade
Além do corredor Norte-Sul, Ribeirão Preto (SP) outros 30 projetos de intervenção viária fazem parte do Ribeirão Mobilidade, que somam um investimento de cerca de R$ 500 milhões.

Entre as obras já entregues estão o corredor de ônibus da Avenida do Café, duplicação das Avenidas Antônia Mugnatto Marincek e Adelmo Perdizza, e adequação viária na rotatória das Avenidas Nove de Julho, Portugal e Antônio Diederichsen.

Segundo a prefeitura, ao todo serão implantados 11 corredores de ônibus em Ribeirão Preto, em um total de 56 quilômetros percorrendo as principais avenidas do município.

Informações: G! Ribeirão e Franca
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Governo de SP entrega 116 novos ônibus e marca o início da modernização da operação metropolitana no ABC

segunda-feira, 2 de agosto de 2021

O Governador João Doria entregou nessa segunda-feira (02), 116 ônibus que irão beneficiar a população de Diadema, São Caetano do Sul, São Bernardo do Campo, Santo André, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Os novos veículos integrarão o sistema intermunicipal de concessão do ABC (antiga área 5), gerenciado pela EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos), vinculada à Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos.



"Hoje temos um momento muito importante, que é a entrega dos 116 ônibus para o Grande ABC. São ônibus modernos, funcionais, com ar-condicionado, wifii e acessibilidade, com elevadores para as pessoas com deficiência. Além disso, são ônibus que possuem eficiência energética, com baixa emissão de poluentes", destacou o Governador João Doria.

A renovação da frota faz parte de um investimento de R$ 55,3 milhões a ser realizado pela Next Mobilidade (ABC Sistema), SPE (Sociedade de Propósito Específico) criada a partir da prorrogação por 25 anos do contrato de concessão com a Metra, operadora do Corredor ABD. Os novos ônibus, todos com carroceria Caio Apache Vip e ar-condicionado, vão atender 97 linhas metropolitanas na região e cerca de 110 mil pessoas diariamente.

"Nós estivemos aqui, na EMTU, há dois anos quando entregamos veículos articulados que operam no corredor da Metra. E hoje voltamos na sede da Metra, uma concessão que é elogiada pelo cidadão, para a reformulação da frota dos ônibus que atende quem mais precisa do transporte público. A entrega de 116 ônibus está associada a todos os investimentos que serão realizados no atual corredor da Metra e na construção do BRT ABC", comentou o secretário Alexandre Baldy ressaltando que soma de todas as melhorias para região terá investimento de R$ 1,3 bilhão por parte da Metra.

Todos os 116 veículos entregues são fabricados com motor Euro V, com tecnologia para menor emissão de partículas poluentes em veículos movidos à diesel, 20 dispõem de suspensão a ar, característica que oferece mais segurança e melhor dirigibilidade, maior estabilidade e menor impacto com o solo, reduzindo o desgaste dos pneus. Câmeras nas portas estão instaladas em 60 desses veículos, proporcionando mais segurança aos motoristas e passageiros. Todos possuem elevador para pessoas com mobilidade reduzida e são equipados com roteador wi-fi e tomadas USB para celulares.

BRT ABC - O investimento privado na renovação da frota faz parte de um pacote de investimentos e melhorias na área de mobilidade urbana do ABC, previsto como contrapartida à prorrogação do contrato de concessão com a Metra, concebido pelo Governo do Estado. O pacote inclui a construção do BRT ABC no valor estimado de R$ 860 milhões em investimentos privados. O sistema está previsto para operar plenamente a partir de 2023 com faixas exclusivas e corredores em 17,3 km de extensão ligando o centro de São Bernardo à capital. O pacote ainda contempla a reforma do Corredor ABD e a renovação da frota metropolitana remanescente que opera na região.

Informações: EMTU SP

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Campinas tem mais 1,8 km do Corredor BRT Ouro Verde liberado para circulação

sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Dando sequência às liberações de trechos do projeto de implantação do BRT (Bus Rapid Transit, Ônibus de Trânsito Rápido) em Campinas, a Administração municipal abre para circulação, a partir desta quinta-feira, dia 5 de setembro, trecho de 1,8 km na Avenida das Amoreiras. O trecho está inserido entre o viaduto da Rodovia Anhanguera até o futuro Terminal BRT Campos Elíseos, após a Vila Rica.

São seis faixas de rolamento, sendo três por sentido (Centro – bairro; bairro – Centro). As faixas centrais, junto ao canteiro central, feitas em pavimento rígido (concreto) são exclusivas do sistema de transporte público coletivo municipal. Além do novo piso de concreto, a região também recebeu nova massa asfáltica (piso flexível), por onde circulam os demais veículos. Também foi executada nova sinalização viária; tanto vertical (placas), como horizontal (solo). O canteiro central recebeu a implantação de grama.

“O trabalho é amargo, mas o fruto é doce. A obra traz os inconvenientes. Mas, depois, vêm os benefícios. Já estamos completando cerca de 10 km de trechos do BRT liberados. Quase 1/3 de toda a obra”, enfatizou o prefeito Jonas Donizette durante o evento de entrega do trecho. A cerimônia contou com a participação de secretários municipais; vereadores; moradores da região; representantes dos operadores do transporte público coletivo de Campinas; diretores e funcionários da empresa responsável pela obra; e funcionários da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec).

A região liberada para circulação integra o trecho 1 do Lote 3 do Corredor BRT Ouro Verde, que liga a região central, pelo Terminal Central, até o futuro Terminal BRT Campos Elíseos. O trecho todo tem 4,8 km de extensão. O investimento é de R$ 66,5 milhões; e a empresa responsável pelas obras é a Compec Galasso.


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“Essa é uma grande obra. Não apenas para o transporte público, mas também para a reurbanização da cidade, por onde os corredores estão passando. Continuamos o processo de liberações de trechos do BRT, oferecendo à população os benefícios dos espaços já concluídos”, disse o secretário de Transportes e presidente da Emdec, Carlos José Barreiro.

Nova operação
Neste momento, apesar das faixas exclusivas à esquerda, as paradas dos ônibus seguem à direita. Apenas a linha 130 – Terminal Vida Nova / Terminal Central (expressa) segue de forma expressa pela faixa exclusiva.

A linha 130, que antes operava somente nos horários de pico (manhã e tarde), também passa a rodar no período de entrepico. Ainda não haverá atendimento no horário noturno, fim de semana e feriados. Mas ajustes na operação podem ser realizados.

A ação traz vantagens como: requalificação da circulação dos ônibus; redução do tempo de viagem das linhas; redução dos intervalos dos ônibus; e melhoria da fluidez viária. No total serão beneficiados 79 mil passageiros.

São 28 linhas do sistema de transporte público coletivo municipal que circulam pelo trecho liberado. Além da 130, também as linhas 118; 118.1; 121; 121.1; 125; 131; 131.1; 132; 133; 133.1; 136; 140; 141; 142; 153; 154; 161; 162; 163; 164; 171; 213; 228; 317; 382; 404; e 416. Os atendimentos das linhas serão redimensionados de forma gradativa.

Liberações
Desde maio deste ano (2019), ocorrem liberações de trechos do BRT para a circulação de veículos. A última foi em 1º de agosto, quando foi liberado um trecho de 4,25 km do Corredor BRT Campo Grande, na Avenida John Boyd Dunlop, entre o viaduto da Rodovia dos Bandeirantes (região do Jardim Ipaussurama) até o viaduto da linha férrea (região do Jardim Florence).

O atual sistema de transporte público utiliza as faixas exclusivas do BRT, com paradas transitórias. Ocorreu uma requalificação na circulação; organização das linhas; e reduções de veículos nas vias marginais, no tempo de viagem e nos intervalos dos ônibus. Em torno de 69 mil passageiros foram beneficiados, com a melhoria da fluidez no trecho.

Em junho, no dia 27, foi aberto para circulação um trecho de 1,8 km do Corredor BRT Ouro Verde, nas avenidas Ruy Rodriguez e Camucim, desde o Spazio Ouro Verde até a Avenida Aglaia. As faixas do BRT são utilizadas pelo transporte público e compartilhadas com o trânsito comum. Ao todo foram beneficiados 31 mil passageiros do transporte coletivo, com maior fluidez durante o deslocamento, no trecho.

E em 29 de maio foram entregues novos acessos viários entre o Parque Industrial e o Jardim Miranda. O local está inserido dentro do Corredor BRT Perimetral; e fica em região entre o chamado “Balão do Curtume” e a Rodovia Anhanguera (SP 330), num trecho com cerca de 1 km. É uma importante ligação entre as avenidas John Boyd Dunlop e Amoreiras. A nova dinâmica de circulação entre os bairros, além dos novos acessos, conta com novos viários, nova sinalização, paisagismo e alterações no sentido de tráfego em sete vias.

Dados gerais
Os três corredores BRT de Campinas têm custo total de R$ 451,5 milhões. O BRT é a maior obra de Mobilidade Urbana já realizada no município; e a maior obra pública em execução no Brasil, na atualidade. São 36,6 km de corredores exclusivos; 18 pontes e viadutos; e 37 estações e 6 terminais.

O BRT campineiro abrange terminais, estações e infraestrutura adequada; veículos articulados; corredores exclusivos com espaços para ultrapassagens; embarque e desembarque pela esquerda (junto ao canteiro central das avenidas); embarque em nível; e pagamento desembarcado. Será um sistema mais seguro, rápido, eficiente e confiável.

O BRT Campo Grande tem 17,9 km de extensão, saindo da região central, ao lado do Terminal Mercado, seguindo pelo leito desativado do antigo VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), Avenida John Boyd Dunlop, passando pelo Terminal Campo Grande e chegando ao Terminal Itajaí.

O BRT Ouro Verde tem 14,6 km de extensão, saindo da região central, do Terminal Central, seguindo pelas avenidas João Jorge, Amoreiras, Ruy Rodriguez, passando pelo Terminal Ouro Verde, Camucim até o Terminal Vida Nova.

Entre os dois corredores há um corredor perimetral, chamado de BRT Perimetral, com 4,1 km de extensão, ligando a Vila Aurocan até o Campos Elíseos, seguindo pelo leito desativado do VLT.

Informações: EMDEC


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Passageiros de Votorantim terão 35 novos locais de acesso para utilizar o sistema BRT durante as viagens de ônibus em Sorocaba

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Uma mobilidade urbana eficiente é fundamental na rotina de uma cidade e em Sorocaba não será diferente. Para embarcar nos veículos do sistema BRT (Bus Rapid Transit), o passageiro que vem de Votorantim e região terá a comodidade de escolher qual dos 35 acessos será melhor para o seu deslocamento em Sorocaba. Serão três terminais, quatro estações de integração e 28 estações preferenciais, totalizando 35 novos locais de embarque. Para diferenciar esses três tipos de acesso será bem simples.

Os terminais são estruturas mais robustas que permitirão a integração de diferentes linhas que compõem a rede de transporte do município. As linhas serão provenientes das vias expressas BRT, dos corredores estruturais (já existentes) e das linhas alimentadoras que chegarão dos bairros. Esses terminais terão plataformas de embarque, cobertura de estrutura metálica, piso de pavimento rígido e um prédio administrativo e operacional responsável pela gestão do fluxo de veículos e pessoas. Os passageiros terão central de atendimento para informações, sanitários, wifi, carregadores de aparelhos eletrônicos e a segurança de estarem em um ambiente seguro com central de monitoramento 24 horas.

Além dos Terminais Santo Antônio e São Paulo, já em pleno funcionamento, a cidade ganhará os terminais Vitória Régia, no corredor Itavuvu, o São Bento, no corredor Ipanema, e o Nova Manchester, no corredor Oeste. 

As estações de integração são aparelhos urbanos menores, em comparação com os terminais, e que permitem que o passageiro faça sua transferência de linha, através de uma viagem continuada utilizando um ou mais ônibus desde o local de partida até o ponto final, com uma única tarifa e sem pagar nada a mais por isso, dentro do período de tempo de integração.

As estações preferenciais têm como característica o acesso direto ao BRT. Se o passageiro estiver no corredor Itavuvu, por exemplo, ele poderá pegar o ônibus em um dos 12 pontos de parada.  Já no corredor Ipanema serão 10 pontos e no corredor Oeste, 10 pontos. Esse fluxo dará mais comodidade e rapidez à rotina das pessoas durante as viagens.

Para Rodrigo Pasquali Fabbri Martins, Gerente da Concessionária BRT Sorocaba, o projeto BRT foi estruturado visando agilidade, conforto e segurança para todos. “A eficiência do sistema é pensada especialmente em atender as necessidades dos usuários e queremos que os sorocabanos adotem o transporte público como meio para transitar na cidade. A quantidade e conforto dos acessos facilitará a chegada aos terminais, com isso, acreditamos que o fluxo aumentará consideravelmente conforme as pessoas forem conhecendo a nova rede. Para quem passa na Av. Itavuvu já é possível ver a construção das estruturas de concreto das futuras estações”, explica.

Responsabilidade ambiental

Toda operação nos terminais, estações e garagem terá a energia fotovoltaica como fonte alimentadora, ou seja, um sistema com energia limpa que é abastecido pela irradiação solar e irá gerar energia elétrica. Esse é um recurso renovável e inesgotável que contribui não somente para o funcionamento do BRT, mas também para o meio ambiente.

Projeto BRT Sorocaba

O BRT é um sistema de mobilidade urbana moderno que oferecerá conforto, segurança e eficiência, tornando os deslocamentos mais rápidos do que os atuais. Seus principais diferenciais são:

Rapidez na viagem: deslocamento por corredores e faixas exclusivas.
Economia e embarque rápido: tarifa paga na entrada das estações.
Conforto: veículos com ar-condicionado, wi-fi gratuito e câmeras de segurança.
Acessibilidade e segurança: estações no canteiro central sinalizadas e protegidas.
Mobilidade: interligação com as linhas de ônibus.
Previsibilidade: viagens monitoradas e informações de espera e de deslocamento fornecidas em tempo real por monitores nas estações, possibilitando que as pessoas se planejem melhor.

Informações: OS2 Comunicação


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Passageiros abandonam o transporte coletivo em Santos

segunda-feira, 8 de julho de 2019

Em 1939, os bondes em Santos transportavam 66 milhões de passageiros por ano, quando a Cidade tinha 165 mil habitantes. Hoje, passados 80 anos e com uma população quase três vezes maior, o número de cidadãos que circulam nos coletivos caiu 33%. No ano passado,45 mil pessoas utilizaram os ônibus na Cidade.

O cenário do transporte mudou de um século para o outro, com mais carros circulando – Santos é uma das cidades com maior número de veículos, com um carro para cada 2,98 santistas –, motos, opções de táxi, carros por aplicativo, bicicletas e patinetes. Mas congestionamentos cada vez mais constantes refletem que a opção pelo transporte individual segue o fluxo contrário da mobilidade urbana.

Para o presidente da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Santos), Rogério Vilani, a principal causa da redução do número de passageiros dos coletivos e seletivos na Cidade está atrelada à crise e à falta de empregos. "O que dá mais consistência ao transporte público é o emprego formal, com o empregado recebendo do patrão o vale transporte”.

Para tentar reverter a situação, a Administração Municipal diz trabalhar para tornar o transporte público mais atraente à população, exigindo da empresa concessionária veículos novos, conforto e comodidade para os passageiros, e dá como exemplo os 95% da frota com ar-condicionado e wi-fi.

Reflexos nas tarifas

Andar de bonde nos anos 30 podia ser mais em conta. Um anúncio publicado em A Tribuna pela Companhia City, que administrava os veículos, dava como vantagem um percurso de "sete quilômetros e meio por um tostãozinho”. Um tostão equivalia a 100 réis e o salário-mínimo de 1940 era de 240 mil réis – ou 2.400 passagens de bonde.

Hoje, o mínimo é de R$ 998,00, equivalente a 232 passagens de ônibus a R$ 4,30 – a tarifa atual é dez vezes mais cara, proporcionalmente. Essa redução do número de passageiros pode deixar que o valor das passagens fique mais salgado, pois é a tarifa que custeia integralmente o serviço oferecido pelas concessionárias.

"A conta do transporte é como a de um condomínio. Se alguém deixa de pagar, fica mais pesada para quem está pagando. Esse é o grande desafio: equilibrar essa conta, garantindo modicidade para a tarifa pública”, afirma Vilani, que não vê viabilidade em um subsídio por parte do Poder Público, devido à falta de recursos. "O desafio é buscar soluções para poder otimizar frequência e oferta e ter um transporte sob medida para a demanda do usuário”.

Pesquisa mostra que o problema é nacional

Uma pesquisa da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) deixa claro que o problema da redução do número de passageiros é nacional. Em todo o País, houve uma queda de 25%, atrelada à inflação, desemprego, falta de investimento em infraestrutura e incentivos para compra de carros.

Esses dois últimos itens fizeram com que a velocidade comercial média de circulação dos ônibus caísse de 25 quilômetros por hora para 13 quilômetros por hora e contribuíram para que as pessoas buscassem alternativas para deslocamento. "O caos está implantado. Senão se mudar essa lógica e criar condições de dar prioridade ao transporte público, será uma atividade em extinção para a iniciativa privada, que terá que ser assumida pelo Poder Público”, afirma o presidente da NTU, Otávio Cunha.

Proposta

A entidade, em conjunto com a Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), o Fórum Nacional de Secretários e a Frente Nacional de Prefeitos, apresentou em maio à Casa Civil da Presidência da República uma proposta para o transporte público e a mobilidade urbana.

Entre outras coisas, eles sugerem à União a implantação de 9 mil quilômetros de faixas seletivas para o BRT em 112 cidades com mais de 250 mil habitantes para recuperar a velocidade média dos ônibus e que as empresas invistam na melhoria da qualidade do serviço.

Para que essa melhoria não impacte no bolso dos passageiros, o documento recomenda que o Governo Federal arque com os custos da gratuidade das passagens de estudantes e idosos e implante outras fontes de recursos para o transporte público, como a criação de taxas para os carros. Com isso, Cunha acredita que seria possível reduzir a tarifa atual em 50%.

Procurada para saber sobre a análise dessa proposta, a Casa Civil da Presidência da República não respondeu até o fechamento desta edição.

Bicicleta, uma opção para o ônibus

A estudante universitária Marina de Barros Ackerman veio de São Paulo para Santos cursar faculdade. Se, na Capital, ela utilizava o transporte público com frequência, aqui ela resolveu apostar na bicicleta por conta da geografia plana da Cidade e da economia. "Vale a pena para o bolso e a vida estudantil me locomover de bicicleta e economizar o dinheiro da passagem para outras demandas. Uso bicicleta para estudar, ir ao estágio, passear e até fazer compras”.

Ela opta pela bike até nos dias chuvosos. "Quando eu tentava usar ônibus nos dias de chuva para não me molhar, acabava me atrasando muito, porque, quando chove, o trânsito para, não tem jeito”. A gerente de contas Naiara Barbosa também trocou o ônibus para ir ao trabalho por causa do tempo gasto no deslocamento.

"Quando eu andava de ônibus, tinha que sair mais cedo de casa. Só tinha uma opção de linha municipal e três intermunicipais, que eram mais caras. De bicicleta, economizo esse dinheiro e levo apenas dez minutos para conseguir chegar ao meu trabalho”.

Informações: A Tribuna


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Governo de SP apresenta soluções para mobilidade urbana no ABC Paulista

quarta-feira, 3 de julho de 2019

Nesta quarta-feira (3), o Governador João Doria, o Vice-Governador e Secretário de Governo, Rodrigo Garcia, o Secretário dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, o Prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando, o Prefeito de Santo André, Paulo Henrique Serra, e o Prefeito de São Caetano do Sul, José Auricchio Júnior, anunciaram a solução de mobilidade urbana para a população do ABC Paulista.

A coletiva de imprensa foi realizada no Palácio dos Bandeirantes. “Hoje, vamos anunciar um novo modal de transporte metropolitano no ABC. Uma decisão importantíssima do Governo do Estado, depois de vários anos de retardo. Será uma opção de menor custo, de menor tempo, de mais eficiência e de menos manutenção”, ressaltou o Governador.

Além de ser implementado um BRT na região, a Linha 10-Turquesa, da CPTM, se tornará um metrô de superfície e terá início a contratação do projeto da Linha 20-Rosa, do Metrô, que será alimentada com a demanda do BRT e demais modais da região. Em agosto deste ano, a Secretaria dos Transportes Metropolitanos apresentará os dados do projeto com todos os trâmites e cronogramas previstos.

“Apresentamos a solução que vai ao encontro dos anseios da região, pois a Linha 18-Bronze, se atualizarmos os custos de obras, teríamos uma obra para ser executada na ordem de R$ 6 bilhões. A solução poderá substituir a construção do monotrilho, na ordem de R$ 680 milhões. Uma solução de transporte público eficiente e adequado para a sociedade”, salientou Alexandre Baldy.

Trajeto

O BRT do ABC sairá do Paço Municipal de São Bernardo do Campo e levará os passageiros até a estação Tamanduateí, na Linha 2-Verde, do Metrô.

“Nós não temos no Estado um BRT no modelo que foi apresentado aqui hoje. O que estamos apresentando é uma solução com melhor qualidade, superior ao corredor que já existe e é bem avaliado. E, o mais importante, atende à demanda do ABC”, destacou Rodrigo Garcia.

O BRT pode ser implantado em 18 meses, a partir do início de sua construção, e tem capacidade para transportar até 340 mil passageiros por dia. Será um sistema inteligente de transportes, com Centro de Controle Operacional (CCO) e diversas modalidades de serviços.

Além das linhas tradicionais, com paradas, será possível operar serviços semiexpressos e expressos. Os ônibus transitam em espaço totalmente separado das outras faixas de rolamento.

Os veículos terão plataforma no nível da entrada dos ônibus, facilitando a acessibilidade e o embarque de pessoas com deficiência; cobrança de tarifa nos locais de embarque; monitoramento por câmeras em estações e terminais, sistema com informação em tempo real pela internet e painéis nas paradas que mostrarão tempo de espera.

CPTM

A região do ABC também será beneficiada com os investimentos na Linha 10-Turquesa (Brás-Rio Grande da Serra), da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). O ramal será adequado ao padrão do Metrô de qualidade. A partir da próxima quarta-feira (10), haverá troca da frota para trens mais modernos. A sinalização será modernizada e os passageiros também ganharão uma nova estação de trem, a Pirelli.

A CPTM assinou, no início deste ano, convênio com a Prefeitura de Santo André para o desenvolvimento, em conjunto, dos projetos para a implantação dessa nova estação entre Prefeito Celso Daniel-Santo André e Capuava, na Linha 10-Turquesa. “Essa ação permitirá o início da extensão do Expresso ABC”, disse o Vice-Governador, Rodrigo Garcia.

Informações: Governo de SP


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BRT tem demanda mediana no Brasil

domingo, 26 de maio de 2019

Apontado como alternativa de transporte em relação aos sistemas sobre trilhos, o BRT (Bus Rapid Transit) não tem um caso comprovado capaz de atender a uma grande demanda no Brasil. O site compilou informações dos principais operadores dos corredores de ônibus brasileiros e também na página BRT Brasil.org, mantida pela NTU, entidade que representa as empresas de transporte coletivo no país. As informações, embora em alguns casos um tanto desatualizadas ou incompletas, conseguem fornecer um panorama geral do funcionamento do modal nas principais cidades do Brasil.
Principais corredores de ônibus de grande capacidade no país estão longe do movimento visto no Transmilenio, o celebrado BRT de Bogotá, na Colômbia

O corredor que tem o número mais vistoso é o Move, de Belo Horizonte, mas no BRT de pouco mais de 23 km também circulam ônibus de bairros que utilizam as vias em trechos menores ao mesmo tempo que os veículos de maior capacidade. Os dados sobre o movimento diário de passageiros variam dependendo da fonte. No site BRT Brasil fala-se numa capacidade de 750 mil passageiros enquanto a BH Trans, a empresa responsável pela operação, diz que o número transportado seria de 450 mil passageiros por dia.

Se esse último dado for real, o BRT de Belo Horizonte transportaria quase 20 mil passageiros por km, mas é pouco provável que esse número seja exclusivo do corredor já que parte disso pode incluir usuários que circulam por bairros – distância não incluída no cálculo.

Corrobora essa hipótese o fato de os dois corredores de ônibus seguintes no ranking terem metade desse movimento. As linhas Norte e Sul da RIT, a Rede Integrada de Transporte Coletivo de Curitiba, pioneira nesse modal, transportavam diariamente 10 mil e 11,1 mil passageiros por km de vias, baseado nos dados disponíveis no BRT Brasil.

Nem mesmo os badalados BRTs cariocas chegam perto de terem uma demanda elevada diante da sua extensão. O mais movimentado dele, o Transcarioca, transporta 234 mil passageiros pelo seus 39 km, média de 6 mil pessoas por km.

Para efeito de comparação, a Linha 15-Prata, longe ainda de ter um intervalo baixo e da velocidade média prevista, consegue transportar 8,2 mil passageiros por km atualmente. Se a estimativa do governo se concretizar, essa média  subirá para quase 27 mil passageiros por km quando o trecho até São Mateus estiver em operação plena. Ou seja, bem superior ao melhor cenário do BRT.

Boxeador meio-pesado em luta de pesados

Não é apenas na comparação da quantidade de passageiros transportados por km que o BRT não comprova sua suposta capacidade equivalente a de um sistema sob trilhos. Mesmo quando analisada a capacidade de transporte por hora os corredores de ônibus se revelam uma solução no limite para dar conta de uma demanda superior. É como um boxeador meio-pesado que faz um trabalho para ganhar massa muscular e subir de categoria. Ele até pode chegar perto mas a um custo muito alto.

De acordo com um documento produzido pelo governo Lula em 2008 chamado “Manual de BRT” e que foi publicado na época em que diversas linhas estavam prestes a serem implantadas no Brasil nos anos seguintes, “um sistema BRT padrão, sem faixas de ultrapassagens para serviços expressos, proverá um máximo de, aproximadamente, 13.000 passageiros por hora por sentido“. Em outras palavras, um BRT que tomaria o lugar da Linha 18-Bronze no ABC Paulista teria de possuir vários trechos de ultrapassagens para elevar essa capacidade em 67%. O mesmo artigo afirma que para ter faixas de ultrapassagens nas estações, um sistema “exige pelo menos 20 metros de largura de rua só para uso do BRT“.

Vale dizer que a região por onde passará grande parte da Linha 18 margeia o Córrego dos Meninos, trecho onde existem avenidas com cerca de 30 metros de largura, bem menos da realidade dos BRT do Rio e Curitiba, por exemplo. Em outras palavras, a implantação de um corredor dependeria de algumas opções de intervenção: eliminar faixas de rolagem de veículos, desapropriar parte dos imóveis para alargar a via ou construir o corredor sobre o córrego, por exemplo.

Com capacidade por hora estimada em 21.640 passageiros por sentido, o monotrilho ocupa um espaço bem menor na superfície, de no máximo 1,4 metro, segundo o Relatório de Impacto Ambiental produzido pelo Metrô. Mesmo na altura das vias, a largura é de apenas 4,55 metros, segundo o mesmo documento.

Por falar em documento, o estudo do governo petista cita, como fazem muitos defensores do BRT, o Transmilenio, sistema existente em Bogotá, capital da Colômbia, como exemplo prático da capacidade do modal. De acordo com ele, o BRT colombiano chega a transportar 42 mil passageiros por hora, quase o mesmo que o estimado pelo Metrô para o monotrilho da Linha 15-Prata (48 mil passageiros/hora).

No entanto, basta uma rápida observação das vias da capital colombiana para constatar que o Transmilenio foi construído em meio à vias extremamente largas, de cerca de 90 metros de largura, o que permitiu que fossem implantadas faixas duplas em ambos os sentidos. Não é a realidade do ABC Paulista e suas malha viária congestionada.

De quebra, o sistema de Bogotá, após quase 20 anos, já demonstra sinais de saturação, elevados índices de poluição e rejeição da população de avenidas por onde existem estudos de expansão. Justamente o efeito contrário de uma linha de metrô, capaz de valorizar e promover o desenvolvimento do entorno por onde passa.

Em busca de um novo caminho

A necessidade de transporte coletivo na região do ABC é a de criar novos e mais velozes caminhos e eles só são possíveis por vias elevadas ou subterrâneas. Além de degradar o entorno, um sistema implantado na superfície reduz a eficiência do sistema, como já revelava o estudo ambiental do Metrô em 2012. Num quadro comparando alternativas de modais entre monotrilho e VLT, a hipótese de vias na superfície é de longe a pior.

Para manter a capacidade de 340 mil passageiros por dia, um VLT com quatro carros teria um intervalo de 109 segundos contra 138 do monotrilho, mas uma velocidade média de 22,9 km/h contra 35,9 km/h do segundo. E a frota teria de ser 56% maior para dar conta da demanda. Esse cenário, levado para o BRT, cujo ônibus articulado mais utilizado pode levar 170 passageiros contra 665 do VLT e até 840 do monotrilho, se mostraria ainda mais degradado.

Em declaração à imprensa nesta terça-feira (21), o governador João Doria afirmou que a decisão sobre o modal será tomada até o final de junho enquanto o vice-governador Rodrigo Garcia revelou que o estudo que baseará a escolha será finalizado no dia 30 de maio.

Doria disse ainda que fará “o que for mais adequado, independentemente de pressões, desejos, ambições, será solução técnica” e que vai optar projeto “mais adequado para a população“. Se assim for então o BRT deveria ser descartado o quanto antes afinal não se trata apenas de decidir sobre uma questão de capacidade e demanda e sim de levar à frente uma solução de mobilidade que tem potencial de requalificar seu entorno, melhorar a produtividade, reduzir a poluição e satisfazer o desejo dos habitantes que há muito tempo esperam pelo metrô.

Informações: Metrô CPTM

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