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Pesquisa aponta que 92% dos paulistanos aprovam faixa de ônibus

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Uma das bandeiras da gestão do prefeito Fernando Haddad (PT), as faixas exclusivas de ônibus parecem ter caído nas graças dos paulistanos.  Segundo pesquisa  Ibope divulgada ontem, 92% dos entrevistados aprovam os locais reservados nas vias  para circulação de veículos do transporte público municipal. 
Foto: Nelson Coelho/ Diário SP

A amostra foi feita na capital paulista entre os dias 16 e 19 deste mês, com 602 pessoas,  a pedido do Setcesp (Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de SP e Região). 

Do total de pessoas que responderam o levantamento, apenas 7% são contra às faixas. 

Segundo a Prefeitura, São Paulo possui 506,2 quilômetros de espaços exclusivos para os coletivos. O DIÁRIO esteve em dois deles, em diferentes regiões, e ouviu impressões de usuários de ônibus, que elogiaram o projeto, mas reclamaram do desrespeito de motoristas de carro, que insistem em invadir  as faixas para furar o congestionamento, atrasando quem está no transporte público.

Na Radial Leste, na Zona Leste, o vendedor Pedro Henrique Sanches, de 20 anos, contou como a via alterou sua rotina. “Moro na Casa Verde (Zona Norte) e demorava de meia-hora a 40 minutos para chegar na Barra Funda (Oeste). Hoje, levo só dez minutos”, elogiou.

A comerciante Adelaide Pires, 45, também aprova as faixas. “É justo, mas ainda há  carros estacionados e isso atrapalha o ônibus”, disse.

Na Freguesia do Ó, na Zona Norte, o feirante João dos Santos Gomes, 61, considera a medida necessária. “De manhã, aqui na Avenida Nossa Senhora do Ó (que dá acesso à Marginal Tietê), carros travam e os ônibus passam velozes”, disse. 

Para o diretor-executivo de Opinião Pública do Ibope, Helio Gastaldi, o resultado não é surpresa. “A pesquisa mostra aceitação maior do transporte coletivo.”

O engenheiro Horácio Figueira, especialista em transportes, considerou o resultado “arrebatador”. “Só confirma que quando se tem visão de coletivo, as coisas funcionam.  As faixas foram incorporadas à cidade.”  Para ele, as vias segregadas trazem fluxo mais harmônico, pois acabam com “entrelaçamentos”. “Somente um prefeito irresponsável desativaria as faixas.”

CICLOVIAS, NO ENTANTO, AINDA ESTÃO LONGE DE SER CONSENSO/ Perguntados sobre a viabilidade  das ciclovias e ciclofaixas espalhadas por São Paulo, outra marca da gestão Fernando Haddad (PT),  o resultado da pesquisa Ibope mostra divisão dos paulistanos.  Segundo o estudo, 51% dos entrevistados aprovam os espaços reservados para as bicicletas enquanto 44% rejeitam o projeto. 

Quando foi implantado, a iniciativa recebeu críticas de motoristas, moradores e comerciantes. Ciclistas, que enfim tiveram seus pedidos atendidos, foram só elogios.  Haddad acabou  acusado de apenas “jogar tinta vermelha no solo” e ter colocado as ciclovias em ruas onde não fluxo de bikes.

A pesquisa perguntou também sobre a importância das ciclovias na capital.  Do total de paulistanos entrevistados,  47% acham que os espaços para bikes não afetaram o deslocamento pela cidade.

“O que precisa é educação do berço. As bicicletas podem muito bem conviver com carros, pedestres e ônibus. Basta respeito”, afirmou o comerciante Valdir Teixeira, 71. Ele possui uma loja  bem em frente a uma faixa exclusiva de ônibus na Freguesia. 

Para a servente Helenice Maia, 53, as bikes já fazem parte da cidade. “É questão de se adaptar”, disse ela.  Já o empresário Aurélio Mello, 45, critica o projeto. “É só um monte de tinta vermelha. Algumas são bacanas, como a da (Avenida) Paulista, mas são poucas que provam sua utilidade.” 

A cidade tem 414,5 km de ciclovias e ciclofaixas, dos quais 317,9 km foram implantados na atual gestão.

ANÁLISE/ Flamínio Fichmann, especialista em mobilidade urbana

Acredito que a pesquisa não revela exatamente a opinião da maior parte da população. A aprovação de 92% das faixas exclusivas de ônibus me parece muito alta. As pessoas aprovam em maioria, mas não tanto. A verdade é que ninguém larga o carro para andar de ônibus em faixa exclusiva. O aumento das pessoas circulando em coletivos se deve ao Bilhete Único, então não é uma novidade. Já os números do rodízio parecem traduzir o sentimento do paulistano em relação à restrição de veículos na cidade. Considero o resultado em relação a esse indicativo razoável, porque toda ação que restringe encontra reação, oferece resistência. Mas quem é contra a ampliação pertence, provavelmente, à classe média, que é resistente em deixar os carros em casa e andar de transporte público na capital.

MUDANÇAS NO RODÍZIO SÃO RECHAÇADAS

A ampliação do rodízio municipal de veículos foi reprovada pela maioria das pessoas consultadas na pesquisa Ibope/Setcesp. 

No ano passado, após muita polêmica, o prefeito Fernando Haddad (PT ) abandonou a ideia de estender a restrição para áreas periféricas e ampliar os horários depois de até a sinalização de solo ter ficado pronta. 

Dos entrevistados, 61% são contra a extensão da restrição de carros em determinado dia da semana – dependendo do  número final da placa  – para além do chamado Centro Expandido. Já 36% declararam que são a favor da proibição em áreas maiores na cidade.

Além disso, 57% de quem participou do estudo disseram ser contrários à ampliação do horário da medida e 40% opinaram favoravelmente. A rejeição aumenta quando foi colocada a opção de o rodízio vigorar dois dias na semana – hoje a restrição é de um dia (veja na arte ao lado).  “Acho um absurdo essa ideia. Já temos o direito de ir e vir de carro caçado em determinado período da semana. Essa ampliação iria prejudicar a periferia, que usa o carro para se locomover, muitas vezes, dentro do próprio bairro”, disse o arquiteto Hélio   da Silva Vieira, de 54 anos. 

O tecnólogo Aparício de Lima Souza, 43, considera que a medida poderia aumentar ainda mais o número de carros na cidade. “Quem pode, vai tentar driblar usando carro com outra placa, tendo mais de dois veículos na garagem.” 

A pesquisa apontou ainda que a redução das velocidades é aceita  por  51% dos entrevistados. Outros  46% rejeitam a medida, outra grande polêmica do governo Fernando Haddad (PT). “Até diminuíram os acidentes, isso é inegável como melhoria,  mas é impraticável andar a 50 km/h nas marginais, por exemplo. É preciso rever excessos”, disse   o comerciante José Santos, 49.

Questionada sobre os resultados favoráveis e críticos à administração, a Prefeitura disse não comentar pesquisas de opinião. O Ibope também perguntou a intenção de votos do paulistano para a Prefeitura. 

Informações: Diário de SP
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Em SP, Estudantes têm mais uma maneira para imprimir o boleto do Bilhete Único

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Para facilitar o acesso ao Bilhete Único Estudante, a SPTrans disponibiliza a partir desta quinta-feira, 25 de fevereiro, mais um meio de emissão do boleto da revalidação anual do benefício.

Agora, além de ter o boleto disponível na página de acesso público ao sistema Bilhete Único, os estudantes também podem obter o documento ao acessar “Consultar Situação do Estudante”, no endereço https://scapub.sbe.sptrans.com.br/sa/consultaEstudante. Caso os dados do aluno tenham sido enviados pela instituição de ensino e o documento já estiver disponível para pagamento, será aberto um link para impressão do boleto.

Cadastro

Quem vai utilizar o Bilhete Único Escolar pela primeira vez deve acessar o site e realizar seu cadastro junto à SPTrans e, depois, solicitar o benefício na área “Estudante – Solicitação do Benefício”, no menu à esquerda. Já os alunos que possuem o cartão do ano passado, devem solicitar a renovação do seu benefício.

Em ambos os casos, o boleto referente à taxa de validação anual do Bilhete Escolar deve ser pago, no valor de sete tarifas, ou R$ 26,60.

Vale lembrar que esses passos devem ser seguidos após a realização da matrícula junto à instituição de ensino. A responsabilidade do envio dos dados dos estudantes regularmente matriculados é de cada escola. Desta forma, os alunos cujo sistema não estiver liberado para solicitação do benefício devem pedir providências às instituições de ensino.

Passe Livre

Os estudantes do Ensino Superior que têm direito ao Passe Livre têm de acessar seu cadastro e preencher a declaração de baixa renda para ter seu direito ao benefício. A análise do cadastro é feita em até três dias úteis.

Quem cursa os ensinos Fundamental e Médio da rede pública municipal ou estadual de ensino já têm direito à gratuidade automaticamente.

INFORMATIVO

A SPTrans informa que o ponto final da linha 174M-10 Jd. Brasil / Museu do Ipiranga será remanejado para a Rua dos Ituanos a partir de segunda-feira, dia 29, por conta da implantação da faixa exclusiva de ônibus na Rua Agostinho Gomes, no bairro do Ipiranga.

A faixa, que será construída entre as ruas Leais Paulistanos e Xavier Curado, funcionará das 17h às 20h, de segunda a sexta-feira.

Acompanhe as mudanças na linha

174M/10 Jd. Brasil / Museu do Ipiranga

Ponto inicial: Sem alteração

Ponto final: Rua dos Ituanos, oposto ao nº 250

Itinerário:

Ida: Normal até a Rua Agostinho Gomes e Rua dos Ituanos (Praça Nami Jafet).


Volta: Rua dos Ituanos (Praça Nami Jafet), Rua Cipriano Barata, Rua Tabor, prosseguindo normal.

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CET inicia mão dupla em trecho da Brigadeiro Luís Antônio

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Moradores, comerciantes e motoristas reclamam da implantação de mão dupla na Avenida Brigadeiro Luís Antônio, entre a Rua dos Ingleses, no Centro, e a Rua Groenlândia, nos Jardins. A alteração foi anunciada neste domingo (21), e começou a ser testada na madrugada de segunda-feira (22), segundo a CET. Na prática, no entanto, a mudança já está valendo, com pintura de faixa amarela para dividir a pista, novas faixas de pedestres e bloqueio para conversão à esquerda na Alameda Jaú, um dos maiores pontos de descontentamento e confusão. Muita gente diz ter sido pega de surpresa com a mudança repentina.

A Avenida Brigadeiro Luís Antônio liga a região central de São Paulo ao Ibirapuera. Originalmente, ela tinha uma faixa para ônibus e duas para carros no sentido Centro. E apenas uma faixa, somente para ônibus, no trecho entre a Rua dos Ingleses e a Rua Groenlândia, no sentido Ibirapuera. Com a nova proposta, esse trecho passa a ter duas faixas para o Ibirapuera e, consequentemente, o sentido Centro perdeu uma das faixas para carros.

Segundo a CET, a medida foi tomada para reduzir o índice de acidentes na via, principalmente no trecho entre a Rua Cincinato Braga e a Alameda Santos, onde a  companhia registrou 116 atropelamentos, entre 2013 e 2015.

O engenheiro Sérgio Ejzenberg, mestre em transportes pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo afirma que "o que foi feito foi algo para proteger pedestres."
"Para o leigo parece uma coisa louca porque, se tinha atropelamento e você coloca mais carros, parece que vai matar mais gente. Não é este o raciocínio. O raciocínio é não dar a falsa impressão de mão única."

Ejzenberg diz que há uma lógica nisso, porque uma via com faixa exclusiva no contrafluxo costuma ser perigosa para pedestre. Isso ocorre porque passam milhares de veículos em um sentido (que é o sentido que o tráfego é normal) e no sentido oposto passam, talvez, 50, 60 ônibus por hora, o que dá, às vezes, menos do que um minuto entre cada ônibus.

Para Ejzenberg, isso dá impressão de que é via de mão única.

"As pessoas acabam atravessando como se fosse via de mão unica. Na hora que começam a atravessar (porque viram que o semáforo segurou o tráfego mais lá para baixo) vem um ônibus pela contramão, entre aspas, e mata na hora."
O especialista diz que essas vias de ônibus no contrafluxo "são intrinsecamente perigosas por esta razão, não só para o pedestre, mas também para quem entra pela transversal, de carro ou de motocicleta."

"Fica com a impressão que a via é de mão única, porque só se vê passar carro em um sentido e na hora que se imbica para passar vem um ônibus na contramão entre aspas e gera um acidente."
Eizenberg diz que a CET deveria ter divulgado o estudo, por uma questão de transparência. "Divulgar o que está acontecendo e por que está acontecendo. Se é esse o problema, então a solução é correta. Mas o estudo não foi divulgado", afirmou. 

Segundo Ejzenberg, a CET tem obrigação de estudar outras vias iguais que existem na cidade. "Se não me engano, tem uma na Penha, na Coronel Rodovalho. A CET tem que explicar isso com mais detalhes porque é de interesse público."

CET trabalha em três turnos
A CET trabalha com agentes em três turnos para ajudar a orientar o tráfego nessa fase de implementação. Funcionários estão desde segunda orientando os motoristas. Na avaliação de alguns deles, a mudança, por ora, é negativa.

"Foi desfavorável porque não houve divulgação. Os motoristas estão sendo pegos de surpresa. Eles não conseguem se programar", disse um deles. Os agentes revelaram ao G1 que a lentidão, no final da tarde, está afetando o trânsito até a Avenida Santo Amaro.

Até as 18h desta terça-feira, nenhum acidente tinha sido registrado, apesar de muitos veículos ignorarem a sinalização feita com cones. Segundo os agentes, 90% dos motoristas que erraram e seguiram na contramão são motociclistas.

Segurança de uma agência de turismo da avenida, no sentido Bairro, Ari Maurício França disse que, para o comércio, a alteração foi positiva. "Ficou mais fácil para os clientes acessarem, parar o carro. Mas para o trânsito foi caótico", comentou. 

Em nota, a CET informou que "visando manter as condições de segurança na travessia de pedestres junto ao cruzamento das avenidas Paulista e Brigadeiro Luis Antonio, as conversões à direita em ambos os sentidos da Avenida Paulista para a Avenida Brigadeiro Luis Antonio permanecerão proibidas."

Ainda segundo a companhia, a medida tem como objetivo garantir as condições de segurança e fluidez no trânsito e a redução do índice de acidentes na avenida, após a finalização dos serviços, os motoristas terão uma semana para se adaptarem ao novo projeto de sinalização na via.

Com a mudança, a Avenida Brigadeiro Luís Antônio contará com faixas exclusivas destinadas aos ônibus e faixas de rolamento liberadas para os demais veículos nos dois sentidos. A circulação no contrafluxo será eliminado ao longo do trecho de implantação.

Informações: G1 São Paulo

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Em Sorocaba, Fiscalização na Avenida Itavuvu começará no dia 26 de fevereiro.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

A fiscalização das autuações por estacionamento irregular na faixa exclusiva da Avenida Itavuvu, na Zona Norte de Sorocaba (SP), começará apenas no dia 26 de fevereiro. A medida foi anunciada pela Urbes, empresa que administra o trânsito na cidade depois de uma audiência pública na segunda-feira (15). 

De acordo com a Urbes, o adiamento do período de orientação quanto a proibição de estacionamento visa dar mais prazo para que os motoristas se adequem às regras. Implantada em 1º de fevereiro na Avenida Itavuvu, no trecho entre Unidade Pré-Hospitalar (UPH) da Zona Norte e a área de transferênci, a faixa exclusiva para o transporte coletivo tem sete quilômetros de extensão nos dois sentidos de circulação.

A faixa exclusiva opera das 6h às 8h e das 17h às 19h. Proibição de circulação e estacionamento é feita nos períodos de pico, entre 6h e 8h e entre 17h e 19h, não é permitida a circulação de motocicletas, veículos de passeio, utilitários e caminhões na faixa exclusiva.

O estacionamento do lado direito, nos dois sentidos da avenida - no trecho que recebeu a faixa exclusiva - é proibido das 6h às 20h, de segunda a sexta-feira, conforme prevê a sinalização instalada nesses locais. À noite e aos sábados e domingos, o estacionamento é liberado. A avenida já possui outros trechos de proibição de estacionamento em tempo integral que deve ser respeitada pelos condutores.

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Corredores reduzem tempo de deslocamento e esperas de ônibus

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

A cada dia ocorrem em São Paulo cerca de 10 milhões de embarques em 15 mil ônibus de 1,3 mil linhas para percursos em ruas disputadas com 5,4 milhões de veículos particulares. Mais de dois terços da população da cidade, ou 68%, utilizam o meio de transporte e não há alternativa satisfatória em curto ou médio prazo. O subdimensionamento da rede de metrô, sistema capaz de atender apenas a uma pequena parte das necessidades de deslocamento, faz daqueles veículos coletivos o meio principal para os percursos na metrópole – muitas vezes com uma longa história de má reputação devido à lentidão e a uma consequência inevitável: a superlotação.
Foto: Fábio Arantes

Esse quadro começou a mudar em 2013, quando a prefeitura de São Paulo criou 150 faixas exclusivas para ônibus nos principais corredores de tráfego, o dobro da extensão existente até então. As faixas foram implantadas nas vias com frequência superior a 40 ônibus por sentido nos horários de pico.

Três anos depois, a meta foi superada em 259%, e o total de corredores atingiu 481,2 quilômetros em julho do ano passado, segundo o monitoramento do programa de 2013-2016 feito pelo Planeja Sampa, site da prefeitura.

Diversas pesquisas comprovaram a melhora e chegaram aos seus próprios números. Segundo uma aferição do Observatório de Indicadores da Cidade de São Paulo, houve “substantiva melhora” nos tempos médios de percurso das linhas do sistema de transporte. No horário de pico da manhã, na direção bairro-centro, a duração dos trajetos dos ônibus diminuiu de 66 minutos em 2012 para 61 em 2014. No pico da tarde, na direção centro-bairro, caiu de 69 minutos para 64.

Uma consequência previsível da redução do tempo de percurso foi a diminuição do número de passageiros por veículo por quilômetro percorrido nos dias úteis, de 830 em 2012 para 729 em 2014.

O encurtamento da duração das viagens e o desafogo da lotação dos ônibus beneficiou bairros como o do Capão Redondo, distrito da região sudoeste localizado a 18 quilômetros do centro e vinculado à subprefeitura do Campo Limpo, com 268,7 mil moradores distribuídos em bairros e favelas. Com a implantação de uma faixa exclusiva para os ônibus na avenida Ellis Maas e melhorias para facilitar o tráfego em vias conexas, a velocidade das 23 linhas de veículos coletivos daquele eixo de transporte dobrou.

Na prática, os usuários dos 173 veículos coletivos que transitam por hora na Ellis Maas no pico da manhã passaram a poupar 40 minutos por dia. O resultado é um dos melhores dentre os sete principais gargalos do trânsito da cidade desafogados com a implantação dos corredores.

Os Indicadores de Referência de Bem-Estar no Município de 2014, divulgado pela Rede Nossa São Paulo e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo, mostram uma diminuição no tempo de espera nos pontos de ônibus, menor duração dos deslocamentos e maior pontualidade no transporte coletivo. A pesquisa aponta uma redução de cinco minutos no tempo médio de espera nos pontos de ônibus, item avaliado com nota 4,4 em 2014 (contra 3,9 de 2013). A pontualidade dos ônibus recebeu nota 4,3 (no anterior era 4,0) e o tempo de deslocamento na cidade, 4,1 (contra 3,7 de 2013). A nota do item Transporte, Trânsito e Mobilidade subiu de 3,9, para 4,1.

Segundo uma pesquisa realizada pela Rede Nossa São Paulo e pelo Ibope, a aprovação das faixas exclusivas para ônibus “continua alta”, com 90% dos entrevistados favoráveis à “ampliação das faixas”. Um total de 71% dos entrevistados deixariam de usar o carro “caso houvesse uma boa alternativa de transporte”, o equivalente a 2,3 milhões de pessoas, ou 26% dos paulistanos.

“Em 2014, o aspecto mais favorável à atração de usuários refratários ao uso de ônibus é a diminuição do tempo de espera pela condução (para 28% dos que nunca utilizam o meio de transporte), seguida de mais linhas de ônibus que cubram percursos não atendidos atualmente (para 26% dos que nunca utilizam ônibus)”, aponta um trecho do relatório da pesquisa Rede Nossa São Paulo/Ibope.

Um levantamento da Companhia de Engenharia de Tráfego feito só nos 59,3 km de faixas exclusivas de ônibus implantadas em 2014 mostrou uma elevação da velocidade média dos ônibus de 12,4 quilômetros por hora para 20,8 quilômetros por hora. O melhor resultado, segundo a CET, ocorreu na faixa da ponte do Jaguaré, na região Oeste, com aumento de 317,3% na velocidade, indo de 10,8 quilômetros por hora para 44,9 quilômetros por hora. As faixas exclusivas melhoraram o desempenho dos ônibus em 140%, de 12,1 quilômetros por hora para 29,3 quilômetros por hora na avenida Lins de Vasconcelos, na região sul. Nas faixas exclusivas implantadas na avenida Cidade Jardim e nas ruas Voluntários da Pátria e Faustolo, as velocidades médias dos ônibus aumentaram em 15%, 269% e 50,7%, respectivamente.

Bus Rapid Transit

As faixas ou corredores exclusivos para ônibus, implantados também em Porto Alegre e Belo Horizonte, são considerados BRTs simplificados ou parciais. O Bus Rapid Transit, ou sistema de tráfego rápido de ônibus, foi criado em 1974 pelo arquiteto e ex-prefeito de Curitiba Jaime Lerner. Além de contarem com corredores exclusivos, os ônibus têm prioridade nos cruzamentos, e as estações de embarque possuem plataformas de acesso no mesmo nível do piso dos coletivos, detalhes que possibilitam uma redução substancial dos tempos de embarque e desembarque e encurtam a duração dos percursos. Goiânia, Uberlândia, Palmas e Caxias desenvolveram projetos de BRT.

As faixas exclusivas para ônibus são consideradas alternativas avançadas pelos urbanistas e arquitetos mais prestigiados de grandes metrópoles mundiais, como Nova York, Jacarta e Bogotá, e constituem uma parte importante do resgate das cidades na perspectiva de beneficiar a maioria da população. “Encher a cidade de carros, gastar mais gasolina e gerar mais doenças aumentam o PIB, e o que queremos é viver melhor. Isso significa ter políticas mais inteligentes, e para tanto precisamos medir o que queremos, e não aceitar aquilo nos empurram”, analisa o professor da PUC-SP Ladislau Dowbor.  

Por Carlos Drumond
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Faixa exclusiva para ônibus em Sorocaba entra em operação

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

A faixa exclusiva para ônibus entra em operação nesta segunda-feira (1º) na avenida Itavuvu, em Sorocaba (SP). No total, a faixa possui sete quilômetros de extensão, considerando os dois sentidos de circulação, começando a partir da Unidade Pré-Hospitalar (UPH) da Zona Norte, no começo da avenida, e vai até a área de transferência, perto da entrada da avenida Ulisses Guimarães.

A avenida recebeu sinalização especial e placas de regulamentação e advertência para orientar os motoristas da operação da faixa.

"As faixas ficarão dos dois lados e contam com 7,2 quilômetros de extensão. Funcionará à direita da via, com a retirada do estacionamento, e priorização do transporte público das 6h às 8h e das 17h às 19h", explica o presidente da Urbes, Renato Gianolla. Fora do horário de pico, os carros poderão transitar normalmente.

No total, 13 linhas do transporte coletivo irão operar na faixa exclusiva, entre elas a que leva os passageiros até os bairros Maria Eugênia, Santa Esmeralda, São Guilherme, Parque das Laranjeiras, Paineiras, Vitória Régia e Sorocaba Park. Esta é a quarta faixa exclusiva para ônibus na cidade. As outras três estão em operação na avenida General Carneiro, além das ruas Comendador Oeterer e Hermelino Matarazzo.

Informações: G1 Sorocaba e Jundiaí

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Em SP, Rua Lino Coutinho terá faixa exclusiva a partir desta segunda-feira,18

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e a São Paulo Transporte (SPTrans) implantam 2 km de faixa exclusiva à direita para ônibus na Rua Lino Coutinho, entre as ruas Greenfeld e dos Patriotas, no sentido Centro, a partir desta segunda-feira, 18/01.

A nova faixa exclusiva para o transporte público funcionará de segunda a sexta-feira das 6 às 9 horas.

A ativação está inserida na Operação Dá Licença Para o Ônibus, cujo objetivo é priorizar a circulação do transporte coletivo, contribuindo para a melhoria do desempenho dos ônibus nos corredores. Com isto, busca-se a redução dos tempos de viagens com padrões de eficiência, conforto e segurança para os usuários do transporte público.

Com esta implantação, a partir de 18 de janeiro, a malha de faixas exclusivas chegará aos 485 km. Do total de faixas exclusivas existentes na cidade, a atual gestão inaugurou 395 km. Portanto, antes, São Paulo possuía 90 km.

População beneficiada

Pelas vias, no trecho desta implantação, circulam 08 linhas de ônibus, com frequência média de 46 ônibus/hora, transportando 82 mil passageiros em média por dia útil.

Fiscalização

A ativação da nova faixa exclusiva terá um período de adaptação, quando os agentes de trânsito irão orientar os motoristas para não invadirem o espaço nos horários definidos para a exclusividade dos ônibus. A partir de 1º/02 a fiscalização será intensificada na via.

Independente disso, a orientação é para que todos os motoristas respeitem a faixa exclusiva desde o início da implantação da mesma.

De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), transitar na faixa exclusiva de ônibus é uma infração gravíssima, com perda de 7 pontos na habilitação e multa de R$ 191,54.

A Engenharia de Campo da CET e da SPTrans vão acompanhar o desempenho da nova faixa exclusiva, visando melhorar as condições de trânsito e preservar a segurança viária de todos os usuários.

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Ônibus refrigerado e com internet ainda é sonho

domingo, 10 de janeiro de 2016

Andar cerca de 22 quilômetros confortavelmente em um ônibus com ar-condicionado, internet sem fio – que funciona –, em menos de uma hora de percurso em plena cidade de São Paulo. Parece difícil, mas essa é uma realidade para quem usa a linha 4310/10, cujo itinerário vai da Estação de Transferência de Itaquera, na Zona Leste, até o terminal Parque Dom Pedro 2, no Centro.
Veículo superarticulado da linha tem 23 metros de extensão e capacidade de 171 pessoas / Kaique Souza/DiárioSP

Inaugurada em 2013, a chamada  Golden Line (Linha de Ouro) é considerada modelo na cidade – hoje existem 34 veículos  operando nesse trajeto, 26 semelhantes.

Saindo a cada três minutos no horário de pico, os ônibus concluem o percurso em 45 minutos, tempo quase igual a quem prefere fazer o trajeto de  Metrô (feito no mesmo tempo). A resposta para tamanha rapidez: o ônibus segue pela faixa exclusiva da Radial Leste praticamente sem parar nos semáforos. Além disso, em pleno verão, o ar-condicionado ameniza o calor  torna a viagem mais agradável.  “Foi uma surpresa para mim”, admitiu a aposentada Conceição Silva, de 61 anos, moradora de Itaquera. Ela costuma usar a linha quando vai a consultas no Centro e até já trocou o ônibus pelo Metrô em determinados percursos. 

O DIÁRIO testou a linha na última quinta-feira e confirmou o relato de Conceição. Durante quase todo o caminho - que começou às 11h47 no Terminal Dom Pedro 2 e terminou às 12h33 em Itaquera –, o ônibus estava com os 112 bancos ocupados, mas havia espaço  suficiente para ficar em pé sem aperto. Todos os veículos que operam o 4310/10 são superarticulados de 23 metros.

Os usuários concordam que nos horários de pico o conforto não é tão grande como na hora do almoço, mas são unânimes ao dizer que está longe do aperto de outros coletivos.

Na opinião do promotor de vendas Lucas Silva, 21, o ar-condicionado é um dos grandes diferenciais. “Em outros ônibus mais antigos é terrível de andar”, disse.

Já o assistente-administrativo Rafael Nicacio, 45, foi mais longe. “A passagem está bem cara, mas esse ônibus aqui vale o dinheiro”, opinou ele, que utiliza a linha desde 2013, quando começou a operar.

Internet/ Do total, 26 veículos da linha contam com internet sem fio grátis. Após um rápido cadastro, a internet conectou a uma velocidade de 1,6 megabytes, o suficiente para acessar sites de notícias e redes sociais sem precisar gastar os créditos do celular ou a franquia de dados do plano contratado.

Por: Caio Colagrande 
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