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São Paulo: O teste dos ônibus: no sufoco da catraca

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011


Elzilene Pereira Xavier e eu nunca estivemos tão próximas como na tarde da última terça-feira (8). Apesar de nossa convivência de quase dois anos, jamais havíamos passado tanto tempo tão perto uma da outra. Em São Paulo, poucas coisas aproximam mais duas pessoas do que um ônibus lotado. Elzilene é diarista e trabalha na minha casa três vezes por semana. Nesses dias, ela sai de Pirituba, onde mora, caminha 400 metros para chegar ao ponto, espera entre quarenta minutos e uma hora para embarcar e passa mais uma hora em pé dentro do ônibus até chegar ao meu bairro, o Sumaré. Terminados os afazeres domésticos, ela vive a dura reprise da volta. E o mesmo no outro dia, no outro, no outro e no outro. Embora a distância entre nossas casas seja de apenas 10 quilômetros, em horários de pico o tempo gasto do portão dela ao meu chega a superar duas horas.  

As catracas dos nossos 15.000 ônibus giram diariamente 9,6 milhões de vezes. Ou seja, depender dos grandalhões para se locomover é a realidade de muita gente. Além do aperto dentro dos veículos, quem utiliza o sistema está sentindo outro aperto: no bolso. No mês passado, a tarifa subiu de 2,70 para 3 reais. O anúncio do reajuste de 11% (a inflação do período foi de 7,62%) desencadeou uma série de protestos. No último dia 27, cerca de 400 manifestantes foram do Teatro Municipal à Câmara Municipal reclamar do aumento. Quem ganha salário mínimo e trabalha de segunda a sexta, indo e voltando de ônibus, deixa agora com o cobrador 1 real de cada 5 recebidos no mês. Isso para, na maioria das vezes, viajar de pé em percursos que, para um terço dos passageiros, consomem duas horas de seu dia. Sempre recorri ao transporte coletivo. Meus embarques, porém, não coincidem com o horário de rush. Assim, desfruto certo conforto, em viagens curtas, que normalmente faço sentada e não ultrapassam trinta minutos. Trata-se de exceção. A realidade de milhões de paulistanos são aperto, cotoveladas e olhares fatigados através da janela enquanto os ônibus andam numa velocidade de tartaruga — nos momentos de maior movimento, alguns trechos registram 6 quilômetros por hora.

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Quando perguntei a Elzilene se poderia acompanhá-la no trajeto para casa, ela respondeu: “Acho bom. Assim você vai ver”. Não só vi como senti: o suor (meu e dos mais de 100 passageiros a bordo, num veículo cuja capacidade é de 75 pessoas), a dor no braço esticado, o cansaço generalizado e a impaciência de não chegar. Durante uma hora e dez minutos, sacolejamos em pé, lado a lado, segurando como dava nas barras de segurança. A cada curva, a falta de espaço fazia com que eu e ela quase caíssemos uma sobre a outra. Tudo isso em uma temperatura fervilhante, que, do lado de fora, chegava a 30 graus. Situações semelhantes foram vivenciadas por outros dez repórteres de VEJA SÃO PAULO, que embarcaram em linhas de cinco regiões da cidade. Sete deles usam ônibus como meio de transporte. A ideia era testar, no ápice dos congestionamentos (7 e 17 horas), o conforto e o tempo gasto em cada viagem (rumo ao centro e vice-versa). Quando cada um dos repórteres embarcava em uma linha, um carro partia do mesmo ponto e fazia trajeto igual, sem desvios, para compararmos a demora dos deslocamentos. Em dezessete dos vinte trajetos, os ônibus concluíram o percurso em mais tempo. Não em muito mais, um reflexo de que nossas ruas estão cada vez mais entupidas. Apareceram algumas surpresas: do Metrô Vila Mariana ao Terminal Capelinha, o ônibus levou uma hora e dezesseis minutos e o carro duas horas. Da Estação da Luz ao Terminal Campo Limpo, a viagem de carro durou uma hora a mais que a de ônibus. 
De acordo com a SPTrans, a velocidade média nos corredores de ônibus é de 20 quilômetros por hora, mais ou menos o ritmo que o maratonista Marílson Gomes dos Santos imprimiu para vencer a última Corrida de São Silvestre. Nos testes realizados por VEJA SÃO PAULO, o índice ficou abaixo do oficial, com média de 15,2 quilômetros por hora. Além de desgastar os usuários, a lentidão tem outro efeito: o aumento do custo do sistema. Um veículo que poderia fazer quatro viagens por dia, por exemplo, conclui apenas três, o que eleva os gastos. Embora sejam pagos 3 reais na catraca, o custo por passageiro, segundo a prefeitura, é de 3,27 reais. Ou seja, para que o cidadão não arque com o valor integral, a administração municipal desembolsa os 27 centavos restantes aos empresários que operam as linhas. É o chamado subsídio tarifário. 


Há décadas os ônibus são controlados pelos mesmos grupos. Donos de numerosas frotas, eles não têm concorrentes à altura. A segunda geração dos barões das catracas, composta de seus filhos e sobrinhos, já comanda boa parte dos negócios, aos quais tem dado um caráter mais profissional que o criado pela primeira geração. Aproximadamente metade de toda a operação está concentrada nas mãos da família de José Ruas Vaz, detentor da viação Campo Belo. Seu filho, Paulo Ruas, preside o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SP-Urbanuss). Apesar do auxílio municipal, as prestadoras de transporte público estão desobrigadas de investir em melhorias nos terminais, pontos de ônibus e corredores, ao contrário do que ocorre em outros acordos municipais de concessão. No contrato de coleta de lixo, por exemplo, as duas concessionárias que recolhem resíduo domiciliar têm um cronograma de tarefas a cumprir, como a construção de estações intermediárias de tratamento de resíduos. O investimento em infraestrutura, portanto, depende exclusivamente do dinheiro público. “O subsídio deveria servir para baixar a tarifa, mas está financiando a ineficiência do sistema”, afirma o vereador petista Antonio Donato. “A prefeitura diz não ter dinheiro para investir porque paga subsídio, mas sem investimento terá de pagar cada vez mais”, conclui ele, que na semana passada protocolou um requerimento para auditar as contas do transporte. Para o superintendente da Associação Nacional dos Transportes Públicos (ANTP), Marcos Bicalho, reduzir os custos significa priorizar os ônibus. “Mas, historicamente, o espaço público é tratado em benefício quase exclusivo de quem tem automóvel”, afirma. 

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Neste ano, a fatia destinada ao custeio do sistema, conforme foi publicado no "Diário Oficial", é de 743 milhões de reais. De acordo com o secretário de Transportes, Marcelo Cardinale Branco, apesar da reserva, apenas 520 milhões de reais serão destinados ao subsídio. Os 223 milhões de reais restantes servirão para melhorar o sistema. “Queremos dar prioridade total ao transporte público, ainda que seja preciso reduzir o espaço dos carros”, promete o secretário. Formado em administração, Branco tem extensa experiência na gestão pública e bom trânsito entre empresários. Integrou as diretorias de Cohab, CDHU, Emurb, Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura. Assumiu a pasta de Transportes em junho, após a saída do ex-secretário Alexandre de Moraes. 


Sob o comando do antecessor, a secretaria havia anunciado a criação de cinco corredores: na Avenida Corifeu de Azevedo Marques, na Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini, na Avenida Celso Garcia, na Avenida Indianópolis e na Avenida Brás Leme. Três anos depois, a intenção não saiu do papel. No mês passado, novo plano foi divulgado, com a criação de três corredores: na Avenida Radial Leste, na Avenida Inajar de Souza e na Zona Sul, entre a futura estação Vila Sônia e a estação Campo Limpo. Um sistema ágil é indispensável para reduzir os congestionamentos. “O transporte coletivo é questão de sobrevivência da metrópole”, diz Bicalho. “Mas, do jeito que está, não só a classe média não é atraída para os ônibus como os usuários, na primeira oportunidade, vão abandoná-los por um carro usado ou uma moto.” A seguir, especialistas apontam ideias para melhorar a eficiência dos ônibus na cidade e, quem sabe, deixar o dia a dia da Elzilene menos tortuoso. 
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VLT começará a operar em janeiro de 2016, diz presidente da EMTU

terça-feira, 15 de setembro de 2015

O presidente da EMTU - Empresa Metropolitada de Transportes Urbanos, Joaquim Lopes, disse na manhã desta segunda-feira (14) que as operações comerciais do VLT da Baixada Santista, no litoral de São Paulo, serão iniciadas em 4 de janeiro de 2016. O anúncio foi feito durante uma visita técnica as obras do Centro de Controle Operacional (CCO) do VLT, em Santos.

Na companhia do prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa, o presidente da EMTU percorreu as obras CCO do VLT, na esquina das ruas Rua Rodrigues Alves e Senador Dantas. "Nesse momento todo o esforço está sendo concentrado na construção do Centro de Controle Operacional (CCO) e no pátio que servirá para o estacionamento dos VLTs", disse Paulo Alexandre.

Segundo o presidente da EMTU, as obras no prédio, onde será feito todo o controle do sistema, estão dentro do prazo e a operação comercial do VLT terá início em janeiro de 2016.
"Nós vamos começar a operação comercial em 4 de janeiro, entre as estações Pinheiro Machado (Santos) e Mascarenhas de Moraes (São Vicente), que estamos funcionando hoje. A diferença é que vamos ter sistema implantado, já coordenado por aqui (CCO), e vamos estar entrando nessa fase da operação comercial, com cobrança de tarifa e tudo mais", disse Lopes.

Ele também anunciou que o resultado da licitação das obras complementares, que compreende o trecho da avenida Pinheiro Machado a Campos Melo, será publicado nesta segunda-feira. "Nós vamos implantar três estações, Ana Costa, Washington Luiz e Conselheiro Nébias, via permanente e ciclovia, como está no projeto", disse. Segundo Lopes, a assinatura do contrato será em outubro e o início das obras está previsto para julho de 2016.

A segunda etapa do VLT, que terá mais 5,8 km de extensão entre a estação Conselheiro Nébias até o Terminal Valongo, no centro velho da cidade de Santos, está em processo de licenciamento ambiental, que teve terminar em março do ano que vem.

Em Santos, as estações Nossa Senhora de Lourdes e Pinheiro Machado funcionam em fase de teste. As estações Bernadino de Campos, Ana Costa, Washington Luiz e Conselheiro Nébias ainda não estão prontas. Todas funcionarão sob a coordenação do CCO.
"O importante é que se discute o tempo que ele (VLT) ficará pronto e não mais se ele ficará pronto. Isso já é uma condição definitiva para Santos e para a Baixada Santista", disse o prefeito de Santos.

VLT
O VLT da Baixada Santista beneficiará 220 mil passageiros por dia. O primeiro veículo chegou ao porto de Santos em maio de 2014 e, após testes estáticos, em agosto de 2014 foi realizado o primeiro teste dinâmico no trecho de 1 km entre as estações Mascarenhas de Morais e Nossa Senhora das Graças, no bairro de Vila Valença.

O primeiro trecho faz a ligação de 11,1 km entre São Vicente (Barreiros) e Conselheiro Nébias (Santos) até o Porto. A segunda etapa terá mais 5,8 km de extensão entre a Estação Conselheiro Nébias até o Terminal Valongo, no centro velho da cidade de Santos. Os dois trechos, totalizam 16,9 km de extensão.

O usuário poderá utilizar as duas plataformas (ônibus e trem), por meio do Sistema Integrado Metropolitano (SIM), pagando R$ 3,80 pelo serviço. Já as passagens do VLT devem custar R$ 3,60.

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Prefeitura de São José dos Campos adia expansão de corredores de ônibus

terça-feira, 29 de julho de 2014

A Prefeitura de São José condicionou a implantação de corredores de ônibus nos bairros ao projeto do BRT (Transporte Rápido por Ônibus), o que só deve ocorrer a partir de 2015.

Os atuais 7 km de vias preferenciais e exclusivas poderão saltar para 70 km com o BRT. Para isto, segundo a Secretaria de Transportes de São José, a ideia é aproveitar o que já foi feito nos corredores de ônibus.
“As avenidas São José e Madre Teresa, por exemplo, têm grande possibilidade do BRT passar. O corredor deverá ser readequado para o sistema de forma definitiva”, disse o secretário de Transportes, Luiz Marcelo Santos. 

Adaptações. Entre os pontos que mais causam controvérsias está a adaptação no trânsito do município para a implantação do BRT. Segundo o secretário de Transportes, todas as alterações no sistema viário de São José dependerão do projeto executivo. 
“Faremos uma licitação no chamado RDC (Regime Diferenciado de Contratação), onde poderemos licitar o projeto executivo e a obra ao mesmo tempo, agilizando o processo. Acredito que o projeto executivo esteja pronto no final deste ano para as obras começarem já no começo do ano que vem.”

Usuários criticaram o adiamento do projeto de expansão dos corredores (leia texto nesta página).
O secretário afirmou ainda que todo o trajeto do BRT será contemplado também por ciclovias, com o objetivo de incentivar o transporte sobre duas rodas, menos poluente e mais saudável. 

Rapidez. A agilidade no transporte é a marca do BRT. Trata-se de um sistema em que os ônibus trafegam em canaleta segregada no sistema viário, por isso, mais rápido. Pela proposta inicial, as estações serão de pré-embarque, ou seja, o usuário paga a passagem antes de ingressar no ônibus, o que facilita a mobilidade do sistema.

Embora as intervenções no sistema viário ainda não sejam conhecidas, possivelmente haverá necessidade de troca de pavimento em vias e readequação de sistemas de galeria de águas pluviais e de saneamento básico para acomodar o BRT. 

A obra deverá custar cerca de R$ 842 milhões, verba vinda do PAC 2, incluindo a contrapartida do município, no valor de R$ 42 milhões. Enquanto o BRT não chega, usuários do transporte público de São José reivindicam a expansão dos corredores de ônibus para os bairros ainda neste ano.

A auxiliar de serviços gerais, Ednaura Romana, 41 anos, moradora do bairro Putim, zona leste, diz que os corredores poderiam melhorar a fluidez dos ônibus nos pontos mais distantes. “Já devia atender aos bairros. Espero quase uma hora pelos ônibus. Se os corredores fossem até os bairros teria mais agilidade.” 

Mesma opinião tem a advogada Marilza Vitória Carvalho, 63 anos, que mora no Jardim Bela Vista, região central. 
“Quanto antes ampliassem os corredores seria melhor, pois foi uma boa iniciativa. Onde eles passam está mais rápido o transporte. Esperar até o fim das obras do BRT vai demorar muito”, disse. 

Já a coordenadora de atendimento, Eliziane Campos Victor, 43 anos, da Vila Industrial, diz que a espera vai valer a pena. “Ainda estamos nos acostumando e as avenidas são curtas. Se aumentar mais uma faixa não teria espaço para estacionamento”, disse.

Por Lauro Lam 
Informações: O Vale

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Em BH, Passageiros estão cheios de dúvidas sobre linhas e itinerários com entrada do BRT

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

"O que vai acontecer com a minha linha?”. "Por onde entro nas estações?”. "Onde vou passar meu cartão de embarque?”. Faltam apenas seis dias para a inauguração do Move, o BRT de BH, e a falta de informações oficiais deixa os passageiros confusos e indica a especialistas um cenário de transtorno quando os ônibus articulados e simples (padron) começarem a rodar no trecho inaugural de 8,4 quilômetros dos corredores das avenidas Cristiano Machado e Santos Dumont/Paraná.

O novo conceito de transporte de massa é a aposta da capital mineira para a Copa do Mundo e exige muitas adaptações dos usuários, que terão de aprender a embarcar em linhas novas, fazer baldeação em estações, conhecer os pontos de compra de bilhetes e se acostumar a não ter mais de pagar pela viagem aos cobradores. Entre embarques e desembarques, passageiros relataram inúmeras dúvidas à reportagem do Estado de Minas, nem todas devidamente respondidas pela BHTrans.

Até sexta-feira, nenhuma informação prática foi divulgada nos pontos de embarque, nos murais das estações de integração ou no jornalzinho do ônibus sobre o serviço que entrará em operação no próximo sábado com a inauguração do Move.

A dúvida mais frequente nesses locais é saber o destino dos veículos que percorrem os trajetos atuais. O EM apurou que nenhuma linha será substituída no dia 15, quando a previsão inicial da BHTrans será de operar o Move com quatro novas linhas troncais percorrendo os corredores exclusivos e pontos nas áreas central e hospitalar, Savassi e Lagoinha. "Estou completamente perdido. Uso ônibus para trabalho e diversão, mas até agora não sei o que ocorrerá com o 3503 (Santa Terezinha/Estação São Gabriel). Fico na expectativa, porque meu ônibus roda justamente na Cristiano Machado”, disse o gerente comercial Gustavo Lameu, de 19 anos.

Hoje, paro no ponto da Rua Jacuí, mas com o BRT não sei como vou fazer para chegar ao ponto que fica no meio da Cristiano Machado”, diz o professor Roberto Caldeira, de 54. "Acho que vai ter muita confusão quando as mudanças começarem, mas se for só por um ou dois dias, não tem problema”, completa.

Outra questão que confunde passageiros é a venda de passagens. O projeto definitivo da BHTrans determina que no corredor Santos Dumont/Paraná haverá quiosques entre as estações de embarque para vender e carregar os cartões. No corredor da Cristiano Machado, as passagens serão vendidas nas bilheterias das estações modulares ao longo da via, chamadas estações de transferência (ET), e na Estação São Gabriel. Mas a BHTrans ainda não informou se esse sistema já estará operando no dia 15 nem como serão as transações nos hospitais e outras regiões.

"Outra preocupação é o transporte de tanta gente para o Centro, no corredor mais perigoso da cidade, onde ocorrem assaltos e furtos por causa do grande número de viciados. Imagina só ter de ficar comprando passagens em quiosques com os marginais o espreitando”, teme o advogado Amâncio Dias Sampaio, de 67.

Quando estiverem completamente operantes, os corredores inaugurados no dia 15 chegarão a comportar cerca de 300 mil passageiros por dia. O volume representa 43% do total previsto para o sistema completo do BRT, estimado em 700 mil usuários com a adição futura dos trechos das avenidas Antônio Carlos, Dom Pedro I e Vilarinho, num total de 23,1 quilômetros.

Segundo a BHTrans, os passageiros que estiverem nos bairros terão duas opções: poderão pegar um ônibus de linha alimentadora, que os levará até uma estação de integração (EI), como a de São Gabriel, e se estiverem longe das estações embarcarão em linhas troncais que os levarão até as estações de transferência.

Essa dúvida incomoda quem está acostumado a subir num ônibus em seu bairro e seguir diretamente para seu destino, no Centro ou em outra região. "Moro no Xangrilá (Pampulha) e uso um ônibus apenas para ir ao Centro. Se tiver de ir até uma estação para pegar outro será um transtorno maior. Não sei se vai compensar, mesmo sendo mais rápido. Prefiro, por exemplo, demorar mais 20 minutos, mas ir sentada”, afirma a costureira Selma dos Reis Dias, de 62, que leva uma hora nas viagens, mas gasta até 40 minutos esperando a chegada de um ônibus nos pontos tradicionais.

Tempo para adaptação

O coordenador do curso técnico de Transporte e Trânsito do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG), professor Guilherme de Castro Leiva, alerta para o risco de transtornos devido à falta de informações precisas. "É preciso dar publicidade a todo o sistema, porque quando é implantado acaba gerando um ou dois dias de adaptações e de experimentações entre as pessoas e isso pode envolver alguma confusão”.

Já o mestre em engenharia de transportes e professor da Fumec Márcio Aguiar considera preocupante o ritmo de andamento das obras do Move e diz não acreditar que no próximo sábado haja uma inauguração de linhas que tragam impactos consideráveis para os usuários. "Vai estar inacabado, sem operar plenamente as estações. Isso tudo colabora também para dificultar a adaptação dos usuários”, afirma.

A BHTrans informou que nesta semana deverá esclarecer "todas as dúvidas” sobre o sistema, que passa a operar no dia 15.

Fim das faixas exclusivas

O trecho inaugural do Move, nas avenidas Cristiano Machado, Santos Dumont e Paraná, e os próximos a serem ativados, até 15 abril, nas avenidas Antônio Carlos e Dom Pedro I, serão os únicos a contar com calhas de concreto exclusivas. Nas demais vias do Move a BHTrans planeja apenas a demarcação do espaço de rodagem dos ônibus por pistas de asfalto, algumas simples, outras duplas, com ou sem espaço para ultrapassagens e adequações nas dimensões de passeios e baias.

As medidas constam do relatório final do plano de mobilidade da BHTrans, o Planmob, lançado em outubro do ano passado e com implantação calculada para este ano. O EM teve acesso com exclusividade ao plano, que esclarece o funcionamento dos ônibus articulados e simples (padrons), em corredores como Amazonas, Tereza Cristina, Via do Minério e Nossa Senhora do Carmo e que estavam previstos para este ano, mas que não deverão ser cumpridos nesse prazo, segundo a BHTrans.

De acordo com o Planmob, os ônibus do Move poderão circular em uma faixa exclusiva por sentido que conta com áreas de ultrapassagem nas aproximações de pontos e de baias. As pistas poderão ser implantadas ao longo de canteiros centrais ou acompanhando as calçadas. Esse modelo será o adotado nas avenidas Presidente Carlos Luz, Dom Pedro II, Portugal, Amazonas, Tereza Cristina, Vilarinho e Via do Minério. Somente a Avenida Nossa Senhora do Carmo teria uma faixa exclusiva por sentido sem espaços para que um coletivo possa ultrapassar outro que esteja parado num ponto. As manobras se dariam em meio às pistas mistas.

O mestre em engenharia de transportes e professor da Fumec Márcio Aguiar diz que esse tipo de organização do tráfego de ônibus não pode ser considerado, por si só, uma solução. Para ele, o investimento que poderá trazer um alívio real ao tráfego é a implantação e a ampliação das três linhas de metrô, que têm previsão de estar totalmente concluídas até 2018.

DÚVIDAS NO MEIO DO CAMINHO

Principais perguntas de passageiros do Move/BRT

Quais linhas serão substituídas?

A BHTrans ainda não informou, mas o EM apurou junto à Ouvidoria do Município que serão 134 linhas.

Quais os novos itinerários?

Não informado. A definição por enquanto é que as linhas alimentadoras levarão passageiros dos bairros para as estações de transferência, onde será feita a baldeação para o corredor exclusivo.

Onde comprar a passagem?

Normalmente, nas bilheterias das estações ou em quiosques na Estação Santos Dumont/Paraná. Mas a BHTrans não informou como será o esquema no dia 15.

Onde será o embarque?

A BHTrans não informou como seráfeito o embarque fora das estaçõesa partir do dia 15.

O cartão de embarque será passado dentro ou fora do ônibus?

Dentro das estações o cartão será passado uma vez. A BHTrans não informou como será fora das estações.

Será aceito dinheiro nos ônibus?

Inicialmente, seria aceito dinheiro nas bilheterias, mas não se sabe ainda como isso ocorrerá fora das estações.

As linhas dos bairros já serão alteradas?

A BHTrans não adiantou se haverá mudanças de linhas já no dia 15. O EM apurou que só entrarão em funcionamento as linhas troncais.

Quanto tempo vai valer a integração das passagens?

Inicialmente, foi prevista para durar 90 minutos, mas isso ainda não foi confirmado.

Quem pegava ônibus na Avenida Cristiano Machado para outras regiões vai ter de ir até alguma estação?

Não informado.

Os pontos de ônibus fora dos corredores serão adaptados?

Não informado.

Nos bairros de onde partirão as linhas, como serão compradas as passagens?

Não informado.

Como entrar nas estações de transferência instaladas no meio da Avenida Cristiano Machado?

O projeto define o uso de passarelas e faixas de pedestres, mas a BHTrans ainda não informou como isso ocorrerá no dia 15, já que muitas passarelas ainda serão montadas.

Os passageiros que ficarem esperando o ônibus dentro das estações não vão acabar entrando todos de uma vez? Como isso vai melhorar o embarque?

Não informado

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Em Santos, Em dois anos, quase 4,5 mil motoristas foram autuados em corredor de ônibus

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Apesar de estar em vigor desde 2009, o corredor exclusivo para ônibus na Avenida Ana Costa, em Santos, ainda é palco para uma série de infrações de trânsito. Nos últimos dois anos, por desconhecimento ou desrespeito às regras de trânsito na avenida, 4.499 motoristas foram flagrados circulando nos dois sentidos da via. As autuações, conforme levantamento da Companhia de Engenharia de Trânsito (CET), foram mais frequentes no sentido praia/Centro. 

Em 2013, de acordo com a companhia, foram verificadas 1.496 infrações de trânsito neste sentido. No ano seguinte, o número de multas aplicadas saltou para 2.227. Já no sentido Centro/praia, a circulação de veículos na faixa exclusiva de ônibus resultou na aplicação de 588 multas, em 2013 e 188, em 2014. 

Na Avenida Ana Costa, a exclusividade vigora entre 6h e 9h no sentido praia/Centro e das 17h às 20h no sentido Centro/praia. E, apesar do curto período em funcionamento, para desafogar o trânsito nos horários de pico, quem era flagrado trafegando nos cerca de 3 km da via, desembolsava aos cofres públicos R$ 53,20, já que a multa pela infração de trânsito era considerada leve (3 pontos). 

Agora, a expectativa é que os motoristas, que não conhecem as regras e ficam confusos nas vias onde a CET implantou o corredor exclusivo de ônibus, fiquem mais atentos antes de circular e estacionar nesses trechos. Isso porque desde a última sexta-feira (31), transitar em faixas exclusivas de ônibus no País passa a ser considerado infração gravíssima. Neste caso, o motorista perde 7 pontos na carteira e é obrigado a desembolsar R$ 191,54 ao Município. 

Vale ressaltar, que em Santos, além da Avenida Ana Costa, outra importante via da Cidade, a Rua João Pessoa, também passará a contar com a faixa exclusiva para o tráfego de coletivos. Por enquanto, a data para a implantação do corredor exclusivo ainda não foi divulgada. A expectativa é que a medida passe a ser adotada ainda na primeira quinzena de agosto. 

Além das faixas exclusivas, Santos conta ainda com faixas preferenciais nas Avenida Conselheiro Nébias (das 12h às 20h no sentido Centro/praia) e na Avenida Bernardino de Campos (das 17h às 20 horas no sentido Centro/praia. Diferente da exclusiva, a faixa preferencial permite compartilhar no mesmo espaço ônibus e veículos, desde que respeitada a preferência aos coletivos. O estacionamento de veículos fica proibido no horário de ativação da faixa preferencial. 

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VLT traz tecnologia de ponta no transporte da Baixada Santista

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Implantado com sucesso em sistemas de transporte de diversas cidades ao redor do mundo, o VLT – Veículo Leve Sobre Trilhos agora é realidade na Baixada Santista. A população já utiliza diariamente o novo modal em horários gradativamente ampliados desde o primeiro semestre de 2015.
A2/Eduardo Saraiva

Silencioso e não poluente o VLT já mudou o visual de Santos e São Vicente. Iniciativa do Governo do Estado de São Paulo, o empreendimento está a cargo da EMTU/SP, uma empresa vinculada à Secretaria dos Transportes Metropolitanos.

Grande parte das obras do primeiro trecho de 11km, que liga Barreiros, em São Vicente, à região do Porto de Santos, foram entregues. Estão previstas ainda mais quatro estações em Santos – Bernardino de Campos, Ana Costa, Washington Luis e Conselheiro Nébias -, além do Terminal Barreiros, em São Vicente, a serem concluídas até julho de 2016.

Na área do Terminal Porto, construímos o moderno Centro de Controle Operacional do VLT. Do prédio de três andares é possível controlar a operação dos veículos, sistemas de energia, movimentação do embarque e desembarque de passageiros e segurança das estações e vias.

A segunda etapa, Conselheiro Nébias – Valongo, em Santos, terá obras iniciadas em 2016. Serão 8km de extensão, com a construção do Terminal Valongo e de 13 estações de embarque e desembarque. A extensão Barreiros – Samaritá, em São Vicente, em fase de projeto, contará com 7,5km e quatro estações.

As operações-teste em andamento alcançaram grande sucesso, transportando cerca de 90 mil usuários desde 2015. No início deste ano, o Consórcio BR Mobilidade assumiu a Operação Assistida conjuntamente com a EMTU/SP, e os horários de atendimento à população foram novamente ampliados.

Os veículos começaram a circular diariamente das 9h às 16h, atendendo as estações Mascarenhas de Moraes, São Vicente, Emmerich, Nossa Senhora das Graças, José Monteiro, Itararé, João Ribeiro, Nossa Senhora de Lourdes e Pinheiro Machado. O trecho de 6,8km é percorrido em até 20 minutos, com intervalo de 10 minutos entre as viagens.

A partir de 31 de janeiro está previsto o início da cobrança de tarifa. Em março o horário de atendimento será estendido em 5 horas (das 7h às 19h) e, em setembro, atenderemos das 6h às 23h.

Desde a concepção dos projetos até a operação atual, a população da Baixada Santista foi envolvida em cada etapa, seja participando das audiências públicas realizadas ou visitando a Estação-Modelo montada em São Vicente - onde os futuros usuários puderam ter ideia de como seria o VLT brasileiro.

O sonho de colocar em funcionamento o primeiro VLT do Estado de São Paulo foi inspirado nos modelos de sucesso em funcionamento na Europa. Visitamos a fábrica da Vossloh, em Valencia, na Espanha, e a fábrica da TTrans, em Três Rios, no Rio de Janeiro, acompanhando a produção dos primeiros VLTs da Baixada Santista. A empresa espanhola, ao lado da brasileira TTrans, integra o consórcio TREMVIA que venceu a licitação para a fabricação de 22 veículos. Deste total, 12 já foram entregues e outros dois estão previstos para março.

Os novos condutores receberam treinamento intenso, teórico e prático, ministrado pela EMTU/SP e pela empresa Ferrocarriles de la Generalitat, responsável pela operação do VLT na cidade espanhola de Valência.

E para garantir a adaptação das comunidades a esse novo modal, iniciamos em dezembro de 2015 uma campanha de conscientização. Pedestres, motoristas, ciclistas, motoqueiros e usuários que circulam na região foram orientados sobre cuidados com a segurança, além da instalação de faixas de sinalização nos cruzamentos ao longo do trecho em operação e próximo às estações, distribuição de folhetos informativos e também cartazes nos ônibus e nos VLTs.

As populações de Santos e São Vicente estavam habituadas ao tráfego pontual da antiga linha férrea e agora todos precisam prestar a atenção ao VLT, que passa com mais frequência e é muito mais silencioso do que os antigos trens. Como ocorre nas cidades europeias onde já é parte da rotina dos habitantes, temos certeza de que o VLT conviverá harmoniosamente com carros, ônibus, pedestres e ciclistas também na Baixada Santista.

Além da obra em si, o VLT é um indutor de melhorias urbanísticas. O projeto paisagístico foi pensado de forma a integrar o modal com as características locais, minimizando os conflitos com a arquitetura e o patrimônio histórico da região. O entorno foi revitalizado, especialmente na área portuária.

O VLT é o eixo principal do Sistema Integrado Metropolitano – SIM que o Governo do Estado de São Paulo implementa na região por meio da Parceria Público-Privada com o Consórcio BR Mobilidade Baixada Santista. Contaremos com a reestruturação do sistema de ônibus metropolitano, contribuindo para a melhoria da mobilidade e qualidade de vida da população dos nove municípios.

É crescente entre os moradores da Baixada a satisfação em utilizar o VLT e a confiança na melhoria da mobilidade em toda a região. São impressões que têm sido registradas nas reportagens exibidas pelos veículos de comunicação, o que nos faz acreditar ser cada vez mais possível executar bons planos de governo e fazer política pública com seriedade.

* Joaquim Lopes é presidente da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo – EMTU/SP, empresa vinculada à Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos de São Paulo.

por Joaquim Lopes, presidente da EMTU/SP 
Informações: Hoje São Paulo

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São Paulo: Reajuste nas tarifas dos ônibus intermunicipais revolta passageiros

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

O aumento de 12% nas tarifas dos ônibus intermunicipais, ontem, deixou os usuários do transporte coletivo, na Região, revoltados. Nos pontos de ônibus e nas redes sociais o descontentamento com o reajuste de 12% era unânime. As novas passagens variam de R$2,65 a R$10,60.
Foto: Luiz Torres/DL
“Esse aumento é um absurdo. Não se vê qualidade no transporte. Só se vê aumento. Fui pega de surpresa”, disse Fabiana dos Santos. A atendente mora em Praia Grande, trabalha no Centro de Santos e terá de pagar R$4,30 pelo trajeto. “Hoje não estava com o cartão- transporte. Tive que pedir para ficar devendo os centavos que faltavam para um amigo. Ninguém avisou que iria aumentar”.

O mecânico de manutenção André Luiz Torres também é morador de Praia Grande. Ele trabalha na Avenida Afonso Pena, em Santos, e precisa utilizar duas conduções para chegar até o serviço. “Aumenta e o povo continua sofrendo. Pego dois ônibus. Saio do serviço e venho andando até o Centro para pegar a condução vazia, mas não adianta”, afirma.
Assim como Fabiana, Torres disse que ficou surpreso com o reajuste. “Tinha ouvido falar, mas não era nada certo. Meu chefe vai gastar mais com condução do que com pagamento”, ressalta. O mecânico, que paga duas das quatro passagens que utiliza do próprio bolso, terá que desembolsar mais de R$ 15,00 por dia.

A repercussão do reajuste nas redes sociais também chamou a atenção. Mariana Moraes, estudante de Arquitetura e Urbanismo e moradora do bairro Tancredo Neves, em São Vicente, compartilhou no Facebook a preocupação com o retorno às aulas. “R$ 8,70 por dia para ir para a faculdade? Isso só de transporte. Quem faz esses reajustes não deve ter noção que R$0,55 faz muita diferença no bolso do assalariado no final do mês. Preciso providenciar uma bike urgente e pedir proteção aos santos, para a minha segurança“. Uma amiga da estudante comentou a publicação: “Se no mínimo fosse um transporte de qualidade, seria justo o valor, mas além de tudo ainda é obrigado a ir amassado, passando sufoco no calor. Isso quando o ônibus para”.

A Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), órgão ligado ao Governo do Estado, afirma que “o reajuste das tarifas das linhas metropolitanas foi anunciado pelo Governo do Estado no dia 29/12, tendo sido amplamente divulgado pelos veículos de comunicação de todo o Estado desde então. O reajuste leva em conta a variação dos custos de insumos como combustível e mão-de-obra no período, além da distância percorrida pelas linhas”.

O Diário do Litoral não registrou o recebimento de release, no último dia 29 — ou nos dias seguintes (véspera de Ano-Novo) — com informações referentes ao reajuste das tarifas intermunicipais. A nota divulgada na edição do último domingo foi baseada em informações publicadas no Diário Oficial do Estado, no dia 31 de dezembro.

Protesto

O Movimento Passe Livre (MPL) organiza protestos em todo o País contra o reajuste das tarifas do transporte público. Em Praia Grande, o ato está marcado para o próximo domingo, às 16 horas, com saída em frente ao Terminal Tude Bastos.

No evento criado no Facebook, os organizadores ressaltam o aumento da tarifa dos coletivos de Praia Grande — de R$2,90 para R$3,30 — e também dos ônibus intermunicipais. Até o fechamento desta edição, das 4,1 mil pessoas convidadas para a atividade 243 confirmaram presença.

Em junho de 2013, uma série de protestos tomou conta de diversas cidades brasileiras. Os atos tiveram início com o Movimento Passe Livre, em São Paulo, devido ao aumento de R$0,20 nas tarifas no transporte paulistano. As manifestações ganharam força e outras pautas como melhorias nas áreas de Saúde e Educação foram incluídas na lista de reivindicações. 

Relato de uma repórter que usa o transporte público

O ponto de ônibus da Avenida Ulisses Guimarães, no Jardim Rio Branco, em São Vicente, estava movimentado. Uma maioria de trabalhadores aguardava o coletivo que os levaria para seus respectivos trabalhos, em Santos. O papo da terça-feira ensolarada poderia discorrer sobre o intenso calor ou a alta na conta de luz, por exemplo. Mas não. A conversa tinha pauta exclusiva: o aumento das passagens. 

Perguntei à primeira pessoa que vi se o 932 — linha que faz o trajeto Parque das Bandeiras/Centro de Santos via Cubatão — já havia passado. Outras pessoas também aguardavam o mesmo coletivo. Ouço como reposta: “Acabou de passar”. O rapaz de mochila, ao meu lado, estava indignado com a nova tarifa: “É um roubo! Não acredito que tiveram coragem de aumentar de R$ 3,85 para R$ 4,30”.  Apesar de saber — repentinamente e por acaso — que as passagens seriam reajustadas nesta semana, não imaginei que a alta fosse de R$ 0,40. Os demais usuários também não.

Após meia hora de conversa fico sabendo que, mais cedo, trabalhadores, pegos de surpresa com o aumento, retornaram para casa, pois não tinham os R$ 0,40 necessários para completar a passagem. Alguns contaram com a solidariedade de um senhor que ‘passou’ seu cartão transporte cobrando o valor antigo da tarifa. 

Uma hora e meia depois, dois coletivos especiais e muitas reclamações, o 932 — cuja tarifa era de R$3,85 — chega repleto de passageiros que, como eu, também estão atrasados. Durante a viagem o papo continuou. Na cabeça calculo o que poderia comprar com os R$ 0,45 que terei de pagar a mais. Considerando duas viagens em cinco dias, penso que com esse dinheiro poderia comprar um sorvete com três bolas e cobertura de morango na Rua João Pessoa. 

Quarenta minutos depois, tempo médio do percurso, chegaria ao jornal com uma pauta e diversos lados, inclusive o meu.

Por Daniela Origuela
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