Governo de SP investe R$ 450 milhões em linhas da CPTM cujo plano é privatizá-las ** ** Bauru recebe 27 novos ônibus para transporte coletivo ** ** Número de passageiros do metrô de Salvador cresce 11,6% no 1º trimestre ** ** Governo de Sergipe isenta ICMS sobre óleo diesel para transporte público em Aracaju ** ** VLT Carioca passa a circular uma hora mais cedo ** ** Itajaí testará ônibus elétrico em frota do Sistema de Ônibus Local (SOL) ** ** Empresa quer linha de trem turístico entre Porto Alegre e Gramado; entenda o projeto ** ** Pagamento em Pix passa a ser aceito em todas as estações do metrô do Recife ** ** Siga nossa página no Facebook **
Mostrando postagens classificadas por relevância para a consulta carros em São Paulo. Ordenar por data Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens classificadas por relevância para a consulta carros em São Paulo. Ordenar por data Mostrar todas as postagens

Mobilidade Urbana: São Paulo X Tóquio, em São Paulo apenas 46% usam o Transporte público todos os dias e em Tóquio, 90% usam transporte coletivo

segunda-feira, 11 de outubro de 2010


O melhor de percorrer Tóquio, no Japão, é não ter de se preocupar com problemas de locomoção, seja a pé, trem, metrô ou carro. E conseguir isso em uma cidade tão populosa quanto São Paulo, com 12 milhões de habitantes, só foi possível graças ao investimento em transporte público e planejamento urbano contínuo, que inclui melhoria do sistema viário. Diariamente, 90% da população utiliza o transporte coletivo.
O tema foi discutido durante reunião entre representantes do Departamento de Trânsito da capital japonesa e da Prefeitura de São Paulo, ontem de manhã. O encontro, que contou com a participação do deputado federal Walter Ioshi, faz parte da missão oficial cujo objetivo é promover o intercâmbio de experiências na área de administração pública, promovida pela Secretaria de Relações Internacionais de São Paulo, que também levou para o Japão eventos para comemorar o Centenário da Imigração Japonesa no Brasil.
Com 621 quilômetros quadrados, a área metropolitana de Tóquio corresponde a 10% da área habitacional e populacional do Japão, pela qual circulam 4,6 milhões de veículos. Depois de um histórico de investimento em transporte público sobre trilhos, a cidade, agora, investe para melhorar a malha viária e evitar congestionamentos. Outras medidas, como a pintura de faixas que indicam a proibição de estacionamentos nas principais vias, também foram adotadas. Em Tóquio, tais medidas são respeitadas pela população e se somam aos projetos de expansão, tanto de vias quanto de trens e metrô.
A experiência de Tóquio mostrou que o investimento em transporte público, ao longo de décadas, é a única solução para os congestionamentos, problema que aflige São Paulo, que possui uma frota de 6 milhões de veículos e tem apenas 61 quilômetros de metrô e 270 de trens. Para minimizar o problema, foi adotado o rodízio de caminhões.Rodízio " Segundo o diretor sênior da Divisão de Infra-Estrutura Urbana de Tóquio, Kimi Masu, a possibilidade de restringir a circulação em Tóquio só ocorreria se os planos de expansão de vias e da rede sobre trilhos, em andamento, não surtirem efeito.
De configuração mais organizada, Tóquio não tem problemas com o tráfego de caminhões, já que a carga e descarga é feita dentro dos estacionamentos das empresas, até as 22h. "Quando o estabelecimento não possui área para estacionar, a carga e descarga é feita em um estacionamento próximo, que é gratuito, durante 30 minutos", explicou o diretor.
Segundo ele, um plano de expansão viária e ferroviária iniciado na década de 80 tem prazo de conclusão em 2015. Neste período, a meta é aumentar a malha viária, atualmente de 1.809 quilômetros, para 3.215 quilômetros, número que corresponde apenas a vias de mais de 16 metros de largura.
O plano prevê aumento da velocidade média em 5 quilômetros/h para aumentar os atuais 18,8 km/h. A prioridade, segundo ele, é concluir os anéis viários e vias expressas, com projetos de avenidas subterrâneas e também investir em sistema de linhas de trens elevados, o que diminui os custos e permite espaço para a construção de mais ruas. As intervenções serão feitas com recursos da iniciativa privada, que arca com 14%, e do governo, que responde pela maior parte do bolo.
O investimento pesado na malha viária vai se equiparar ao eficiente sistema de trens e metrôs que a cidade já oferece, que soma mais de 940 quilômetros. Este ano, será concluída uma linha que ligará a província de Chiba a Tóquio. "Em uma das linhas inauguradas temos trens operados por computador. E a rede, que foi construída em nível elevado, tem em sua composição o uso de borracha, para que a movimentação dos trens não cause poluição sonora", disse Masu.
Segundo o diretor, a rede sobre trilhos é usada por 90% da população diariamente. "O tempo de viagem pela rede metroferroviária cai de 60 minutos para 20 minutos, comparado ao uso do veículo", disse Masu.
Fonte: Walter Ihoshi
Video: Bom Dia Brasil
  • O Lado de São Paulo
O Movimento Nossa São Paulo lançou em Setembro do ano passado a terceira edição da pesquisa inédita e exclusiva realizada em parceria com o Ibope sobre Mobilidade em São Paulo. A pesquisa abordou diversos aspectos relativos à locomoção na cidade em perguntas como: Quanto tempo você leva para se deslocar todos os dias para sua atividade principal? Caso houvesse uma boa oferta de transporte público, você deixaria de usar o carro? Com que frequência utiliza transporte público? E bicicleta? Os entrevistados também responderam perguntas que abordam temas polêmicos e recentes, como a opinião sobre a restrição aos fretados, a ampliação da Marginal Tietê e a liberação do serviço de mototáxi. Veja os resultados da pesquisa
Veja a repercussão na mídia Algumas conclusões de 2009, comparadas com os resultados de 2008: - Cresce 13 porcentuais, em um ano, o número de paulistanos com carros - Passou de 37% (em 2008) para 50% (em 2009) o total de entrevistados que afirmam possuir um ou mais veículos em casa. Dos que possuem carro atualmente, 37% compraram nos últimos 12 meses. - Cresce também a disposição dos paulistanos em deixar o carro e usar o transporte público – permanece em 43% o percentual dos que “com certeza” deixariam de usar o carro caso houvesse uma boa alternativa de transporte e aumentou de 24% para 35% os que “provavelmente deixariam”. - População se divide quanto à proibição dos fretados – 47% dos entrevistados são a favor da medida e 51%, contrários. - Também é dividida a opinião quanto à liberação de mototáxi na cidade – 50% são a favor e 48%, contrários. Mas, 57% afirmaram que não utilizariam o serviço, caso fosse liberado, e 37% disseram que utilizariam. - Maioria é a favor da ampliação da Marginal Tietê, mas, se pudesse escolher, optaria por investir os recursos no transporte coletivo – 89% dos entrevistados concordaram com a criação de novas pistas na Marginal Tietê. Porém, para 56% das pessoas o dinheiro utilizado na obra deveria ser utilizado para ampliar linhas de metrô e trem e em corredores de ônibus. - A Saúde continua sendo o problema mais grave de São Paulo. Educação está em segundo lugar – Passou de 53% (2008) para 65% (2009) o percentual de entrevistados que consideram a saúde como o mais grave problema da cidade. Neste ano, ficaram em segundo e terceiro lugares, respectivamente, Educação e Trânsito. No ano passado, a ordem era: Saúde, Desemprego e Trânsito. - A população de São Paulo está totalmente insatisfeita com o trânsito – a nota média para a situação do trânsito na cidade, de 1 a 10, está em 3,0. Para 47% dos entrevistados, o trânsito é considerado “péssimo”. - A poluição na cidade é um problema muito grave ou grave para 92% dos entrevistados. - O paulistano desperdiça, em média, 2h43 todos os dias no trânsito. - Cresce o número de usuários do transporte público – aumentou o percentual dos que utilizam, todos os dias, ônibus (de 20% para 28%), metrô (6% para 13%) e trem (3% para 5%). E é praticamente o mesmo o percentual dos que usam carro todos os dias ou quase todos os dias: 29%. - A maioria ainda é a favor do rodízio de dois dias - 52% dos entrevistados são a favor do rodízio de 2 dias em São Paulo – entre os que utilizam carro, o percentual cai para 44%. - A maioria é contrária à criação do pedágio urbano – 26% são a favor. Entre os usuários diários de carro, esse percentual sobe para 29%. - Os carros, caminhões e ônibus são os principais responsáveis pelo aquecimento global (65%), seguidos pelas indústrias (64%) e pelo desmatamento (55%). - Tempo de espera nos pontos ou terminais e a lotação nos ônibus em São Paulo pioraram no último ano. Para 44% dos usuários de ônibus o tempo de espera pelos ônibus aumentou em relação há um ano e, para 50% dos usuários, os ônibus estão mais lotados. (Os indicadores estão entre os previstos na Lei 14.173, regulamentada em 2006, que determina à Prefeitura o fornecimento de indicadores de desempenho relativos à qualidade dos serviços públicos) - Para 67% do total de entrevistados na pesquisa, os investimentos feitos para melhorar a circulação na cidade deveriam priorizar “o transporte coletivo, com ampliação e modernização das linhas de metrô, trem e ônibus”. Apenas 10% dos pesquisados disseram que os investimentos deveriam priorizar o “transporte particular, com a construção e ampliação de avenidas, pontes e viadutos”. - 40% dos entrevistados que afirmam utilizar carro estão dispostos a deixá-lo em casa e usar transporte público, bicicleta ou pegar carona. E 22% já fazem isso regularmente. 25% não estão dispostos a fazê-lo. - 41% disseram estar dispostos a trocar o carro por um menos potente mas que polua menos. 8% já o fazem e 25% não estão dispostos a fazê-lo.
Fonte: Nossa São Paulo

Video: Jornal A Gazeta
READ MORE - Mobilidade Urbana: São Paulo X Tóquio, em São Paulo apenas 46% usam o Transporte público todos os dias e em Tóquio, 90% usam transporte coletivo

Mobilidade Urbana: São Paulo X Tóquio, em São Paulo apenas 46% usam o Transporte público todos os dias e em Tóquio, 90% usam transporte coletivo

sábado, 3 de abril de 2010


O melhor de percorrer Tóquio, no Japão, é não ter de se preocupar com problemas de locomoção, seja a pé, trem, metrô ou carro. E conseguir isso em uma cidade tão populosa quanto São Paulo, com 12 milhões de habitantes, só foi possível graças ao investimento em transporte público e planejamento urbano contínuo, que inclui melhoria do sistema viário. Diariamente, 90% da população utiliza o transporte coletivo.

O tema foi discutido durante reunião entre representantes do Departamento de Trânsito da capital japonesa e da Prefeitura de São Paulo, ontem de manhã. O encontro, que contou com a participação do deputado federal Walter Ioshi, faz parte da missão oficial cujo objetivo é promover o intercâmbio de experiências na área de administração pública, promovida pela Secretaria de Relações Internacionais de São Paulo, que também levou para o Japão eventos para comemorar o Centenário da Imigração Japonesa no Brasil.

Com 621 quilômetros quadrados, a área metropolitana de Tóquio corresponde a 10% da área habitacional e populacional do Japão, pela qual circulam 4,6 milhões de veículos. Depois de um histórico de investimento em transporte público sobre trilhos, a cidade, agora, investe para melhorar a malha viária e evitar congestionamentos. Outras medidas, como a pintura de faixas que indicam a proibição de estacionamentos nas principais vias, também foram adotadas. Em Tóquio, tais medidas são respeitadas pela população e se somam aos projetos de expansão, tanto de vias quanto de trens e metrô.

A experiência de Tóquio mostrou que o investimento em transporte público, ao longo de décadas, é a única solução para os congestionamentos, problema que aflige São Paulo, que possui uma frota de 6 milhões de veículos e tem apenas 61 quilômetros de metrô e 270 de trens. Para minimizar o problema, foi adotado o rodízio de caminhões.Rodízio " Segundo o diretor sênior da Divisão de Infra-Estrutura Urbana de Tóquio, Kimi Masu, a possibilidade de restringir a circulação em Tóquio só ocorreria se os planos de expansão de vias e da rede sobre trilhos, em andamento, não surtirem efeito.

De configuração mais organizada, Tóquio não tem problemas com o tráfego de caminhões, já que a carga e descarga é feita dentro dos estacionamentos das empresas, até as 22h. "Quando o estabelecimento não possui área para estacionar, a carga e descarga é feita em um estacionamento próximo, que é gratuito, durante 30 minutos", explicou o diretor.

Segundo ele, um plano de expansão viária e ferroviária iniciado na década de 80 tem prazo de conclusão em 2015. Neste período, a meta é aumentar a malha viária, atualmente de 1.809 quilômetros, para 3.215 quilômetros, número que corresponde apenas a vias de mais de 16 metros de largura.

O plano prevê aumento da velocidade média em 5 quilômetros/h para aumentar os atuais 18,8 km/h. A prioridade, segundo ele, é concluir os anéis viários e vias expressas, com projetos de avenidas subterrâneas e também investir em sistema de linhas de trens elevados, o que diminui os custos e permite espaço para a construção de mais ruas. As intervenções serão feitas com recursos da iniciativa privada, que arca com 14%, e do governo, que responde pela maior parte do bolo.

O investimento pesado na malha viária vai se equiparar ao eficiente sistema de trens e metrôs que a cidade já oferece, que soma mais de 940 quilômetros. Este ano, será concluída uma linha que ligará a província de Chiba a Tóquio. "Em uma das linhas inauguradas temos trens operados por computador. E a rede, que foi construída em nível elevado, tem em sua composição o uso de borracha, para que a movimentação dos trens não cause poluição sonora", disse Masu.

Segundo o diretor, a rede sobre trilhos é usada por 90% da população diariamente. "O tempo de viagem pela rede metroferroviária cai de 60 minutos para 20 minutos, comparado ao uso do veículo", disse Masu.

Fonte: Walter Ihoshi




Video: Bom Dia Brasil
  • O Lado de São Paulo
O Movimento Nossa São Paulo lançou em Setembro do ano passado a terceira edição da pesquisa inédita e exclusiva realizada em parceria com o Ibope sobre Mobilidade em São Paulo. A pesquisa abordou diversos aspectos relativos à locomoção na cidade em perguntas como: Quanto tempo você leva para se deslocar todos os dias para sua atividade principal? Caso houvesse uma boa oferta de transporte público, você deixaria de usar o carro? Com que frequência utiliza transporte público? E bicicleta?
Os entrevistados também responderam perguntas que abordam temas polêmicos e recentes, como a opinião sobre a restrição aos fretados, a ampliação da Marginal Tietê e a liberação do serviço de mototáxi.
Veja os resultados da pesquisa
Veja a repercussão na mídia
Algumas conclusões de 2009, comparadas com os resultados de 2008:
- Cresce 13 porcentuais, em um ano, o número de paulistanos com carros - Passou de 37% (em 2008) para 50% (em 2009) o total de entrevistados que afirmam possuir um ou mais veículos em casa. Dos que possuem carro atualmente, 37% compraram nos últimos 12 meses.
- Cresce também a disposição dos paulistanos em deixar o carro e usar o transporte público – permanece em 43% o percentual dos que “com certeza” deixariam de usar o carro caso houvesse uma boa alternativa de transporte e aumentou de 24% para 35% os que “provavelmente deixariam”.
- População se divide quanto à proibição dos fretados – 47% dos entrevistados são a favor da medida e 51%, contrários.
- Também é dividida a opinião quanto à liberação de mototáxi na cidade – 50% são a favor e 48%, contrários. Mas, 57% afirmaram que não utilizariam o serviço, caso fosse liberado, e 37% disseram que utilizariam.
- Maioria é a favor da ampliação da Marginal Tietê, mas, se pudesse escolher, optaria por investir os recursos no transporte coletivo – 89% dos entrevistados concordaram com a criação de novas pistas na Marginal Tietê. Porém, para 56% das pessoas o dinheiro utilizado na obra deveria ser utilizado para ampliar linhas de metrô e trem e em corredores de ônibus.
- A Saúde continua sendo o problema mais grave de São Paulo. Educação está em segundo lugar
– Passou de 53% (2008) para 65% (2009) o percentual de entrevistados que consideram a saúde como o mais grave problema da cidade. Neste ano, ficaram em segundo e terceiro lugares, respectivamente, Educação e Trânsito. No ano passado, a ordem era: Saúde, Desemprego e Trânsito.
- A população de São Paulo está totalmente insatisfeita com o trânsito – a nota média para a situação do trânsito na cidade, de 1 a 10, está em 3,0. Para 47% dos entrevistados, o trânsito é considerado “péssimo”.
- A poluição na cidade é um problema muito grave ou grave para 92% dos entrevistados.
- O paulistano desperdiça, em média, 2h43 todos os dias no trânsito.
- Cresce o número de usuários do transporte público – aumentou o percentual dos que utilizam, todos os dias, ônibus (de 20% para 28%), metrô (6% para 13%) e trem (3% para 5%). E é praticamente o mesmo o percentual dos que usam carro todos os dias ou quase todos os dias: 29%.
- A maioria ainda é a favor do rodízio de dois dias - 52% dos entrevistados são a favor do rodízio de 2 dias em São Paulo – entre os que utilizam carro, o percentual cai para 44%.
- A maioria é contrária à criação do pedágio urbano – 26% são a favor. Entre os usuários diários de carro, esse percentual sobe para 29%.
- Os carros, caminhões e ônibus são os principais responsáveis pelo aquecimento global (65%), seguidos pelas indústrias (64%) e pelo desmatamento (55%).
- Tempo de espera nos pontos ou terminais e a lotação nos ônibus em São Paulo pioraram no último ano. Para 44% dos usuários de ônibus o tempo de espera pelos ônibus aumentou em relação há um ano e, para 50% dos usuários, os ônibus estão mais lotados. (Os indicadores estão entre os previstos na Lei 14.173, regulamentada em 2006, que determina à Prefeitura o fornecimento de indicadores de desempenho relativos à qualidade dos serviços públicos)
- Para 67% do total de entrevistados na pesquisa, os investimentos feitos para melhorar a circulação na cidade deveriam priorizar “o transporte coletivo, com ampliação e modernização das linhas de metrô, trem e ônibus”. Apenas 10% dos pesquisados disseram que os investimentos deveriam priorizar o “transporte particular, com a construção e ampliação de avenidas, pontes e viadutos”.
- 40% dos entrevistados que afirmam utilizar carro estão dispostos a deixá-lo em casa e usar transporte público, bicicleta ou pegar carona. E 22% já fazem isso regularmente. 25% não estão dispostos a fazê-lo.
- 41% disseram estar dispostos a trocar o carro por um menos potente mas que polua menos. 8% já o fazem e 25% não estão dispostos a fazê-lo.

Fonte: Nossa São Paulo

Video: Jornal A Gazeta
READ MORE - Mobilidade Urbana: São Paulo X Tóquio, em São Paulo apenas 46% usam o Transporte público todos os dias e em Tóquio, 90% usam transporte coletivo

Em São Paulo, Apenas 46% usam o Transporte público todos os dias e em Tóquio a média é de 90%

sábado, 5 de fevereiro de 2011

O melhor de percorrer Tóquio, no Japão, é não ter de se preocupar com problemas de locomoção, seja a pé, trem, metrô ou carro. E conseguir isso em uma cidade tão populosa quanto São Paulo, com 12 milhões de habitantes, só foi possível graças ao investimento em transporte público e planejamento urbano contínuo, que inclui melhoria do sistema viário. Diariamente, 90% da população utiliza o transporte coletivo.

O tema foi discutido durante reunião entre representantes do Departamento de Trânsito da capital japonesa e da Prefeitura de São Paulo, ontem de manhã. O encontro, que contou com a participação do deputado federal Walter Ioshi, faz parte da missão oficial cujo objetivo é promover o intercâmbio de experiências na área de administração pública, promovida pela Secretaria de Relações Internacionais de São Paulo, que também levou para o Japão eventos para comemorar o Centenário da Imigração Japonesa no Brasil.

Com 621 quilômetros quadrados, a área metropolitana de Tóquio corresponde a 10% da área habitacional e populacional do Japão, pela qual circulam 4,6 milhões de veículos. Depois de um histórico de investimento em transporte público sobre trilhos, a cidade, agora, investe para melhorar a malha viária e evitar congestionamentos. Outras medidas, como a pintura de faixas que indicam a proibição de estacionamentos nas principais vias, também foram adotadas. Em Tóquio, tais medidas são respeitadas pela população e se somam aos projetos de expansão, tanto de vias quanto de trens e metrô.

A experiência de Tóquio mostrou que o investimento em transporte público, ao longo de décadas, é a única solução para os congestionamentos, problema que aflige São Paulo, que possui uma frota de 6 milhões de veículos e tem apenas 61 quilômetros de metrô e 270 de trens. Para minimizar o problema, foi adotado o rodízio de caminhões.Rodízio " Segundo o diretor sênior da Divisão de Infra-Estrutura Urbana de Tóquio, Kimi Masu, a possibilidade de restringir a circulação em Tóquio só ocorreria se os planos de expansão de vias e da rede sobre trilhos, em andamento, não surtirem efeito.

De configuração mais organizada, Tóquio não tem problemas com o tráfego de caminhões, já que a carga e descarga é feita dentro dos estacionamentos das empresas, até as 22h. "Quando o estabelecimento não possui área para estacionar, a carga e descarga é feita em um estacionamento próximo, que é gratuito, durante 30 minutos", explicou o diretor.

Segundo ele, um plano de expansão viária e ferroviária iniciado na década de 80 tem prazo de conclusão em 2015. Neste período, a meta é aumentar a malha viária, atualmente de 1.809 quilômetros, para 3.215 quilômetros, número que corresponde apenas a vias de mais de 16 metros de largura.

O plano prevê aumento da velocidade média em 5 quilômetros/h para aumentar os atuais 18,8 km/h. A prioridade, segundo ele, é concluir os anéis viários e vias expressas, com projetos de avenidas subterrâneas e também investir em sistema de linhas de trens elevados, o que diminui os custos e permite espaço para a construção de mais ruas. As intervenções serão feitas com recursos da iniciativa privada, que arca com 14%, e do governo, que responde pela maior parte do bolo.

O investimento pesado na malha viária vai se equiparar ao eficiente sistema de trens e metrôs que a cidade já oferece, que soma mais de 940 quilômetros. Este ano, será concluída uma linha que ligará a província de Chiba a Tóquio. "Em uma das linhas inauguradas temos trens operados por computador. E a rede, que foi construída em nível elevado, tem em sua composição o uso de borracha, para que a movimentação dos trens não cause poluição sonora", disse Masu.

Segundo o diretor, a rede sobre trilhos é usada por 90% da população diariamente. "O tempo de viagem pela rede metroferroviária cai de 60 minutos para 20 minutos, comparado ao uso do veículo", disse Masu.

Fonte: Walter Ihoshi
Video: Bom Dia Brasil
  • O Lado de São Paulo
O Movimento Nossa São Paulo lançou em Setembro do ano passado a terceira edição da pesquisa inédita e exclusiva realizada em parceria com o Ibope sobre Mobilidade em São Paulo. A pesquisa abordou diversos aspectos relativos à locomoção na cidade em perguntas como: Quanto tempo você leva para se deslocar todos os dias para sua atividade principal? Caso houvesse uma boa oferta de transporte público, você deixaria de usar o carro? Com que frequência utiliza transporte público? E bicicleta?
Os entrevistados também responderam perguntas que abordam temas polêmicos e recentes, como a opinião sobre a restrição aos fretados, a ampliação da Marginal Tietê e a liberação do serviço de mototáxi.

Algumas conclusões de 2009, comparadas com os resultados de 2008:
- Cresce 13 porcentuais, em um ano, o número de paulistanos com carros - Passou de 37% (em 2008) para 50% (em 2009) o total de entrevistados que afirmam possuir um ou mais veículos em casa. Dos que possuem carro atualmente, 37% compraram nos últimos 12 meses.

- Cresce também a disposição dos paulistanos em deixar o carro e usar o transporte público – permanece em 43% o percentual dos que “com certeza” deixariam de usar o carro caso houvesse uma boa alternativa de transporte e aumentou de 24% para 35% os que “provavelmente deixariam”.

- População se divide quanto à proibição dos fretados – 47% dos entrevistados são a favor da medida e 51%, contrários.
- Também é dividida a opinião quanto à liberação de mototáxi na cidade – 50% são a favor e 48%, contrários. Mas, 57% afirmaram que não utilizariam o serviço, caso fosse liberado, e 37% disseram que utilizariam.

- Maioria é a favor da ampliação da Marginal Tietê, mas, se pudesse escolher, optaria por investir os recursos no transporte coletivo – 89% dos entrevistados concordaram com a criação de novas pistas na Marginal Tietê. Porém, para 56% das pessoas o dinheiro utilizado na obra deveria ser utilizado para ampliar linhas de metrô e trem e em corredores de ônibus.

- A Saúde continua sendo o problema mais grave de São Paulo. Educação está em segundo lugar
– Passou de 53% (2008) para 65% (2009) o percentual de entrevistados que consideram a saúde como o mais grave problema da cidade. Neste ano, ficaram em segundo e terceiro lugares, respectivamente, Educação e Trânsito. No ano passado, a ordem era: Saúde, Desemprego e Trânsito.

- A população de São Paulo está totalmente insatisfeita com o trânsito – a nota média para a situação do trânsito na cidade, de 1 a 10, está em 3,0. Para 47% dos entrevistados, o trânsito é considerado “péssimo”.
- A poluição na cidade é um problema muito grave ou grave para 92% dos entrevistados.
- O paulistano desperdiça, em média, 2h43 todos os dias no trânsito.
- Cresce o número de usuários do transporte público – aumentou o percentual dos que utilizam, todos os dias, ônibus (de 20% para 28%), metrô (6% para 13%) e trem (3% para 5%). E é praticamente o mesmo o percentual dos que usam carro todos os dias ou quase todos os dias: 29%.
- A maioria ainda é a favor do rodízio de dois dias - 52% dos entrevistados são a favor do rodízio de 2 dias em São Paulo – entre os que utilizam carro, o percentual cai para 44%.
- A maioria é contrária à criação do pedágio urbano – 26% são a favor. Entre os usuários diários de carro, esse percentual sobe para 29%.
- Os carros, caminhões e ônibus são os principais responsáveis pelo aquecimento global (65%), seguidos pelas indústrias (64%) e pelo desmatamento (55%).
- Tempo de espera nos pontos ou terminais e a lotação nos ônibus em São Paulo pioraram no último ano. Para 44% dos usuários de ônibus o tempo de espera pelos ônibus aumentou em relação há um ano e, para 50% dos usuários, os ônibus estão mais lotados. (Os indicadores estão entre os previstos na Lei 14.173, regulamentada em 2006, que determina à Prefeitura o fornecimento de indicadores de desempenho relativos à qualidade dos serviços públicos)
- Para 67% do total de entrevistados na pesquisa, os investimentos feitos para melhorar a circulação na cidade deveriam priorizar “o transporte coletivo, com ampliação e modernização das linhas de metrô, trem e ônibus”. Apenas 10% dos pesquisados disseram que os investimentos deveriam priorizar o “transporte particular, com a construção e ampliação de avenidas, pontes e viadutos”.
- 40% dos entrevistados que afirmam utilizar carro estão dispostos a deixá-lo em casa e usar transporte público, bicicleta ou pegar carona. E 22% já fazem isso regularmente. 25% não estão dispostos a fazê-lo.
- 41% disseram estar dispostos a trocar o carro por um menos potente mas que polua menos. 8% já o fazem e 25% não estão dispostos a fazê-lo.
Fonte: Nossa São Paulo


READ MORE - Em São Paulo, Apenas 46% usam o Transporte público todos os dias e em Tóquio a média é de 90%

Prefeitura de SP estuda liberar fretados em faixas de ônibus

terça-feira, 3 de novembro de 2015

O secretário de Transportes de São Paulo, Jilmar Tatto, disse nesta quinta-feira (29) que a Prefeitura discute flexibilizar as faixas exclusivas de ônibus da cidade para os fretados, em determinados locais e horários fora do pico de trânsito.

A afirmação foi feita em reunião do Conselho Municipal de Trânsito. O pedido é uma antiga reivindicação do setor, que afirma contribuir com a diminuição do trânsito, ao receber passageiros que deixam seus carros em casa, mas os ônibus acabam ficando presos nos congestionamentos por não poder usar as faixas.

"Desde que não atrapalhe o ônibus [do transporte público municipal], vamos abrir esse diálogo com muita calma", disse Tatto.

A possibilidade é comemorada pela Assofresp, que representa parte do setor. "Seria ótimo. As pessoas perdem muito tempo no trânsito hoje", afirma Anderson Souza, presidente da entidade. Ele calcula que 1.500 fretados circulem na capital todos os dias.

155 pedidos
As faixa exclusivas de ônibus de São Paulo, que se multiplicaram na cidade nos últimos anos, além dos corredores à esquerda, motivaram pelo menos 155 empresas, associações ou moradores da capital paulista a pedir à Prefeitura de São Paulo liberações para uso desses espaços.

A origem dos pedidos é variada. Além das empresas de fretados, associações para transporte escolar, para carros fúnebres,  escolas, comerciantes, taxistas e moradores inconformados com a restrição pediram para trafegar pela via e tiveram a solicitação negada.

Além dos ônibus urbanos e dos táxis transportando passageiros em horários pré-definidos, podem circular nas faixas livremente  veículos em condições estabelecidas pelo Código de Trânsito Brasileiro.

É o caso de viaturas policiais e ambulâncias com giroflex ligado. Além dos táxis, que incialmente foram proibidos, mas depois conseguiram liberação para circular.

Um morador de Cidade Dutra, por exemplo, pediu que a Prefeitura de São Paulo voltasse atrás em relação à construção de uma faixa exclusiva de ônibus na Avenida Senador Teotônio Vilela. “Os transtornos são enormes, como comércio vazia e grande fluxo de trânsito em ruas que não foram planejadas para este fim”, disse.

Na mesma linha, a Câmara dos Dirigentes Lojistas de São Mateus, na Zona Leste, pediu a flexibilização da faixa de ônibus da via sob pena do fechamento de 12 mil vagas de emprego no local. A alegação de muitos comerciantes da cidade é que as faixas impedem hoje o estacionamento de clientes e que isso causa queda nas vendas.

Entre os últimos pedidos a chegar à Prefeitura de São Paulo neste ano está um da Coordenadoria de Unidades Prisionais da Região do Vale do Parnaíba e Litoral Centro de Detenção. As solicitações eram para o transporte de presos.

Resgate de ônibus
Tatto também afirmou nesta quinta que a Prefeitura começou a discutir uma operação-resgate para ônibus que fiquem parados no trânsito em locais onde não existam faixas exclusivas para os coletivos.

Isso poderia ser implantado em locais com poucas linhas, onde a Prefeitura não viu a necessidade da criar faixas exclusivas. Ele citou o exemplo da Avenida Juscelino Kubitschek, na Zona Sul, que em alguns trechos chega a ter seis faixas de rolamento.

Tatto admitiu que a discussão é "muito prematura ainda". "Estamos começando a discutir", afirma. "Não tem sentido um ônibus, um biarticulado, cheio de gente, ficar junto com os carros", completou.

Segundo o secretário, um carro da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) liberaria a passagem de um ônibus preso no trânsito.
Tatto comparou a operação a um serviço de ambulância com o giroflex ligado.
"Se a ambulância vai socorrer alguém, a mesma lógica deveria servir para o transporte público", diz.

O diretor de planejamento da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) diz que o impacto é significativo na rede de saúde. Além da liberação de 60 leitos por dia, há uma economia de R$ 6,2 mi em despesas hospitalares.

Por Márcio Pinho
READ MORE - Prefeitura de SP estuda liberar fretados em faixas de ônibus

Organização pede à prefeitura desestímulo ao 'transporte solitário' em São Paulo

quinta-feira, 27 de março de 2014

A Rede Nossa São Paulo, organização que reúne cerca de 700 entidades da sociedade civil para discutir ações de desenvolvimento sustentável, apresentou na manhã de ontem (26) ao Conselho Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT) uma lista de propostas para que a prefeitura produza um Plano de Mobilidade Urbana para a cidade. As sugestões, que utilizaram como base dados as pesquisas de origem e destino realizadas em 2007 e de outras pesquisas sobre trânsito, dão ênfase aos deslocamentos feitos a pé e de ônibus como principais fatores para a melhoria do transporte coletivo em médio prazo.

"É evidente que, ao longo dos anos, o carro deixou de ser uma opção para o deslocamento na cidade", disse o consultor Horácio Augusto Figueira, engenheiro de tráfego e mestre em mobilidade urbana pela USP. "Em 1957, você tinha 77 carros por quilômetro quadrado na cidade. Naquela época, havia espaço para crescer a frota. Hoje, são 4,5 mil carros por quilômetro quadrado." De acordo com Figueira, o congestionamento máximo possível em São Paulo, em situação hipotética em que toda a frota está na rua ao mesmo tempo, chega a 716 quilômetros em 2014, suficiente para ligar São Paulo e Rio de Janeiro por duas filas de carros encostados uns nos outros.

Para reafirmar que a responsabilidade pelos congestionamentos é dos veículos individuais, Figueira apresentou outra projeção: a quantidade de pessoas transportadas em São Paulo com e sem ônibus e caminhões no trânsito. Hoje, com todos os veículos dividindo as vias, 1,4 milhões de pessoas se deslocam pela cidade todos os dias. Se os ônibus fossem retirados e o mesmo espaço físico fosse ocupado por veículos individuais, seriam apenas 851 mil pessoas transportadas. "A queda é de 42%. Ou seja, 42% das pessoas que hoje transitam pela cidade e que não conseguiriam sair de casa, já que o espaço ocupado é o mesmo, já saturado."

"Fala-se muito do Metrô, mas nós não vamos ter 200 quilômetros de metrô nos próximos 10, 20 ou 30 anos. Temos, hoje, 70 quilômetros de metrô, e já precisaríamos dos 200 quilômetros. A Linha Vermelha está saturada. A Linha Azul está saturada. Quando o metrô chegar a Guarulhos, então, como prometeu o governador, acabou a Linha Verde. Você tem, em uma cidade que passou as últimas décadas investindo no transporte sobre quatro rodas, a necessidade de fortalecer o ônibus", ressaltou Figueira.

De acordo com os dados apresentados pela Rede Nossa São Paulo, se considerados apenas os passageiros cujos pontos de partida e destino final estejam ambos dentro da cidade de São Paulo, o ônibus já é mais representativo que o Metrô para o transporte público: atualmente, ocorrem 390 mil viagens sobre os trilhos diariamente, ao mesmo tempo em que 3,6 milhões de viagens ocorrem nos coletivos.

As propostas da Rede Nossa São Paulo incluem, além da expansão da frota de ônibus e biarticulados e de maior fiscalização da prefeitura sobre a qualidade e a segurança dos veículos, a criação da "faixa solidária", corredor de transporte a ser implementado ao lado das faixas de ônibus com tráfego exclusivo para fretados, transporte escolar, táxis com cliente a bordo e veículos particulares com mais de dois passageiros. "Essa seria uma medida para já começar hoje na avenida 23 de maio, por exemplo", apontou Figueira. "Você cria duas faixas para o transporte coletivo e deixa as demais para o 'transporte solitário', que deve ser desestimulado."

O secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, disse receber as sugestões com "simpatia", mas alegou que, no momento, a prefeitura está concentrada nos planos que já estão em andamento. "Sou favorável a toda proposta que valorize o transporte coletivo e vejo com simpatia as propostas, mas, neste momento, ainda estamos concentrados em continuar implantando as faixas de ônibus. Ontem mesmo enfrentamos protesto contra uma delas. Nossa prioridade agora é garantir essa ação", disse.

Além disso, a prefeitura aguarda manifestação do Tribunal de Contas do Município para poder dar seguimento à instalação de corredores de ônibus na cidade: desde janeiro deste ano o órgão analisa documentos para decidir se permite ou não a licitação para a construção de 150 quilômetros de corredores exclusivos, a um custo de R$ 55 bilhões. "Já encaminhamos todos os documentos. Já é a segunda leva que encaminhamos. É claro que pode causar atrasos na obra, por isso esperamos que esse processo seja concluído o mais rápido possível", afirmou Tatto.

Ao mesmo tempo está em andamento a auditoria do serviço prestado pelas empresas de ônibus à prefeitura por parte da consultoria Ernst & Young (EY), contratada pela prefeitura para averiguar como tornar os contratos mais eficientes – e que pode inspirar uma nova licitação para a realização do serviço, caso haja a compreensão de que o sistema atual não é o mais vantajoso para a cidade.

Tatto afirmou ainda que o novo rodízio, que será expandido ao longo de vias estratégicas da cidade, e não mais por zonas ou bairros como anteriormente, pode não sair este ano. "Ainda estamos fazendo a licitação para os radares, vamos ter de substituir todos os radares para atualizar a tecnologia, temos de trocar a sinalização, e mais tarde vamos ter Copa do Mundo... Não posso garantir prazo para a validade do novo rodízio", disse.

Informações: G1 PR

Leia também sobre:
READ MORE - Organização pede à prefeitura desestímulo ao 'transporte solitário' em São Paulo

Inesperada, paralisação de ônibus fecha terminais; trânsito é recorde em São Paulo

terça-feira, 20 de maio de 2014

A paralisação inesperada de ônibus iniciada por motoristas e cobradores, na manhã desta terça-feira (20), em São Paulo, tumultuou a capital paulista durante todo o dia. A CET registrou, às 19h, 261 km de engarrafamento, recorde no ano. Pelas contas da Prefeitura, 15 terminais de ônibus foram fechados e cerca de 230 mil pessoas foram afetadas, segundo o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto. A CET chegou a suspender o rodízio de carros, entre 17h e 20h, e a PUC-SP, as aulas.
 Mais de 280 linhas foram afetadas, o que representa cerca de 20% do total que circula na capital (cerca de 1.300). Segundo a SP Trans, foram fechados os terminais Bandeira, Princesa Isabel, Amaral Gurgel, Parque Dom Pedro e Mercado (centro), Pinheiros, Lapa, Barra Funda, Butantã (zona oeste), Casa Verde, Pirituba, Santana, Cachoeirinha (zona norte), Varginha e Sacomã (zona sul).
Passageiros reclamaram da falta de ônibus em diversos pontos da cidade. Os motoristas iniciaram a paralisação no largo Paissandu, no centro de São Paulo, por volta das 9h50. Ruas e avenidas importantes das zonas oeste, sul e do centro foram fechadas pelos manifestantes.

USUÁRIOS RECLAMAM DE PARALISAÇÃO: "CATRACA LIVRE SERIA MELHOR"

"Greve é isso mesmo produção. Andar a pé para chegar ao trabalho e chegar atrasada é o fim. Andar a pé para chegar em casa é o fim", disse Caroline Garcia.
Alguns internautas, como Daniela de Jesus, fotografaram as fileiras de ônibus estacionados na cidade.

"[Avenida] Francisco Morato com os ônibus todos parados. Triste e revoltante ", escreveu.

A mobilização é feita por motoristas e cobradores das viações Santa Brígida, Gato Preto, Sambaíba, Via Sul e Vip. Eles são contrários à proposta de reajuste salarial acolhida pela maioria da categoria em assembleia nessa segunda-feira (19) no Sindimotoristas, sindicato que representa os cobradores e condutores da capital paulista.
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, reconheceu que a administração municipal foi pega de surpresa com o protesto. O prefeito informou que Tatto foi acionado para avaliar "providências cabíveis", entre elas disponibilizar uma frota adicional para substituir os ônibus em greve.

"Ontem, recebi uma comunicação do sindicato dos empresários dizendo que fecharam um acordo com a categoria. Então, para mim foi uma completa novidade, uma dissidência do sindicato que não aceita os termos do acordo", afirmou.

Tatto, classificou como "injustificável" a paralisação de motoristas e cobradores em São Paulo. Ele afirmou que "um pequeno grupo está sabotando" o transporte público, e disse ainda que a PM (Polícia Militar) precisa agir para garantir o direito de ir e vir das pessoas.

"Cheira a sabotagem o que estão fazendo na cidade de São Paulo. Não é uma manifestação legítima, não há uma pauta clara e os representantes do sindicato não estão participando", afirmou o secretário.

Na região de Pinheiros, na avenida Faria Lima, sete ônibus fecharam totalmente a pista sentido oeste, na altura da rua dos Pinheiros, provocando lentidão na via. No largo da Batata e na rua Teodoro Sampaio, uma longa de fila de ônibus ocupa as faixas da direita.

Trânsito
Às 19h, a capital registrou 261 km de engarrafamento, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), maior trânsito do ano. A média para o horário fica entre 105 km e 139 km.

O recorde anterior foi registrado há pouco mais de um mês, na véspera do feriadão de Páscoa e Tiradentes: 258 km, em 17 de abril deste ano, às 17h30. O maior trânsito já registrado em São Paulo é de 309km, no dia 14 de novembro de 2013, às 18h.

Imagens: Renato S. Cerqueira/Futura Press/Estadão
READ MORE - Inesperada, paralisação de ônibus fecha terminais; trânsito é recorde em São Paulo

Expansão de ciclovias impulsiona o turismo de bicicleta em São Paulo

domingo, 16 de novembro de 2014

Com cada vez mais quilômetros de ciclovias por São Paulo, os turistas, e também moradores que querem ver a cidade por outro ângulo, estão desbravando a capital sobre duas rodas em passeios oferecidos por agências de turismo. Elas apostam no forte apelo de marketing das bicicletas após a boa recepção dos paulistanos ao aumento das vias para ciclistas.

Desde junho estão sendo inauguradas novas ciclovias, e a cidade tem hoje 183,3 km de vias para bicicletas, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). A meta da Prefeitura de São Paulo é entregar um total de 400 km de novas ciclovias até o final de 2015. Os passeios oferecidos pelas agências já utilizam essas rotas, mas os trajetos não ficam restritos às ciclovias.

O aumento de ciclovias na cidade causou polêmica e debates acalorados nas redes sociais. Em meio à comemoração dos cicloativistas, comerciantes reivindicam calçadas livres para receber mercadorias, motoristas questionam o impacto no trânsito e moradores se preocupam com a falta de vagas para estacionar.

Mas pesquisa realizada pelo Ibope apontou que 88% dos paulistanos são favoráveis à criação de mais ciclovias na cidade. "O investimento nas ciclovias abriu um nicho de mercado, mas a curto prazo contamos mais com o marketing que ele oferece do que com o lucro", afirma Gustavo Angimahtz, fundador da agência Pediverde.

Segundo Wilson Poit, presidente da SPTuris, o cicloturismo urbano já é comum em metrópoles como Nova York, Londres e Buenos Aires. "São lugares com estrutura mais consolidada para bicicletas e que, posteriormente, passaram por um processo de transformação cultural para aceitá-las em seus cotidianos. A oferta de estrutura proporciona serviços especializados nesse tipo de público, como o turismo de bike", explica.

Pacotes
As agências paulistanas trabalham com guias bilíngues e, geralmente, a bicicleta e os equipamentos de segurança estão incluídos no pacote. O preço varia de R$ 30 a R$ 300 por pessoa, dependendo dos itens opcionais que os clientes queiram incluir no passeio. Mas há também o Bike Tour SP que pede apenas doação de alimentos não perecíveis.

Os trajetos podem ter de 3 km a 30 km e são realizados pela manhã ou à tarde. A duração é de até 4 horas, com paradas para visitas aos pontos turísticos. Algumas empresas oferecem rotas definidas, como a Infinity Tour, que apresenta o Centro Histórico. Outras, como a Bike Expedition, têm serviços personalizados.

Normalmente, os itinerários são percorridos por grupos de no máximo 12 pessoas. A bicicleta padrão, aro 26, é utilizada como referência para a participação no city tour, mas algumas agências têm bicicletas infantis para crianças ou permitem que elas acompanhem o passeio em cadeirinhas na bicicleta de adultos.

Além dos estrangeiros, que formam parte do público de cicloturismo em São Paulo, muitos moradores da cidade têm comprado pacotes, dizem as agências. “As novas ciclovias despertaram a curiosidade dos paulistanos, que agora parecem estar criando coragem para pedalar pela cidade”, afirma Angimahtz, da Pediverde.

Confira abaixo alguns pacotes oferecidos pelas agências de cicloturismo e escolha o seu roteiro para conhecer São Paulo pedalando:

Infinity Turismo
Diz atender em média 90 pessoas por mês. Oferece o pacote SP Ciclo Tour, criado antes dos investimentos em novas ciclovias na cidade e inspirado em passeios semelhantes realizados em Barcelona (Espanha) e Buenos Aires (Argentina).

Os cicloturistas saem da Estação da Sé e passam pelos principais pontos turísticos do Centro, como o Pátio do Colégio, o Mosteiro de São Bento, o Mercado Municipal, o Edifício Martinelli e o Teatro Municipal.

O passeio é para grupos de até 12 pessoas e inclui bicicleta, capacete e colete refletivo. “Gostaríamos de oferecer triciclos elétricos também, para pessoas com mobilidade reduzida, mas a falta de nivelamento das vias dificultaria o serviço”, explica Samir Reis, diretor da Infinity. A empresa estuda novos roteiros, focados na região do Bom Retiro e da Luz.
Duração: 3h
Percurso: 4,5 km
Preço: R$ 45 por pessoa
Mais informações: http://www.infinity.tur.br/

Bike Expedition
Para atender à demanda por cicloturismo urbano em São Paulo, a agência especializada em roteiros no exterior lançou, em 2008, o pacote Bike SP.edition. Um dos roteiros atravessa a região central da cidade, passando pela Avenida Paulista e pelo Mercado Municipal. A outra rota percorre a Marginal Pinheiros, passando pelos parques Ibirapuera, do Povo e Villa Lobos.
Foto: Gonzalo Cuéllar/HEY! SP
A Bike Expedition também oferece rotas personalizadas, focadas em temas como história, gastronomia ou cultura, dependendo do desejo do cliente. Bicicleta, capacete e van de apoio estão incluídos no pacote, que tem itens opcionais como filmagem, registro fotográfico e almoço.

Adriana Kroehne, que comanda a agência, conta que já fez passeios com grupos de até 200 pessoas. Nesses casos, o pacote exige aumento de segurança, carros de apoio, guias e ambulância.

Duração: entre 1h e 4h
Percurso: de 8 km a 30 km
Preço: de R$ 30 a R$ 300 por pessoa, dependendo da inclusão de itens opcionais

Hey! São Paulo
Os primeiros roteiros da HEY! São Paulo evitavam grandes avenidas devido ao risco de dividir a via com automóveis, mas a nova estrutura de ciclovias ampliou os percursos. Atualmente, a agência oferece quatro rotas principais, que são mais procuradas nos finais de semana. Porém, há opção de o cliente escolher tanto o percurso como a data do passeio.

O roteiro pelo Centro Histórico começa na Praça da Liberdade. Se a opção é visitar os grafites da Vila Madalena, o trajeto tem início na Praça Amadeu Amaral, na Bela Vista. Para conhecer a Vila Mariana, os cicloturistas se encontram em um hostel, e para realizar a Rota do Café, o ponto de encontro é a estação Consolação do metrô. A empresa oferece ainda um percurso pela Mooca, na Zona Leste, que começa na estação de metrô Belém. Outro, que vai até o Museu do Futebol, sai da Praça do Patriarca, no Centro.
Os passeios são com grupo de até sete pessoas e incluem bicicleta e equipamento de segurança. Cerca de 60 pessoas por mês fazem os passeios de bicicleta oferecidos pela agência.

Duração: 3h
Percurso: 10 km
Preço: R$ 70 por pessoa
Mais informações: http://heysaopaulo.com.br/

Pediverde
Há três anos trabalhando com cicloturismo por trilhas e rodovias no Brasil e no exterior, a agência pretende lançar em janeiro de 2015 um pacote de turismo por São Paulo em bicicleta. Sete roteiros já foram elaborados, e a agência promete fugir do tradicional, sem deixar de lado os pontos turísticos mais conhecidos.

Em princípio, os passeios serão realizados aos finais de semana em grupos de até 10 pessoas. A bicicleta e o equipamento de segurança ficam por conta do cliente.

Duração: até 4h
Percurso: entre 5 km e 15 km
Preço: ainda não definido
Mais informações: http://pediverde.com.br/

Bike Tour SP
Além dos pacotes de agências, há grupos que oferecem turismo de bicicleta gratuitamente. O Bike Tour SP é um trabalho social dos irmãos André e Daniel Moral, iniciado em 2013. O projeto chamou a atenção de empresas, que decidiram patrociná-lo. O dinheiro é investido na estrutura dos passeios.
Quem quiser participar precisa apenas contribuir com 2 kg de alimento não perecível, que são doados a uma ONG. O trajeto turístico tem sistema de audioguia – um equipamento acoplado ao capacete que informa ao ciclista dados e curiosidades sobre os locais visitados, conforme os monitores acionam o aparelho.

Quatro rotas em terreno plano são oferecidas aos finais de semana: Avenida Paulista, Centro Histórico, Avenida Faria Lima e Parque do Ibirapuera. Os passeios são realizados exclusivamente nas ciclofaixas. Bicicleta, capacete e equipamento de segurança estão incluídos no serviço. Cerca de 800 pessoas por mês fazem os passeios da Bike Tour SP, sendo 95% delas moradoras de São Paulo, segundo os organizadores. Crianças de 1 a 5 anos vão na cadeirinha e, a partir de 12 anos, em bicicletas infantis.

Duração: 1h15
Percurso: 3 km
Preço: 2 kg de alimento não perecível, que são encaminhados para a ONG Núcleo Assistencial Bezerra de Menezes (NABEM)
Mais informações: http://www.biketoursp.com.br/
tópicos:

Informações: Vivian Reis
READ MORE - Expansão de ciclovias impulsiona o turismo de bicicleta em São Paulo

Seja Mais Um a Curtir o Blog Meu Transporte

BRT Aricanduva

Ligeirão NORTE-SUL / Curitiba

 
 
 

Prefeitura de São Paulo anuncia retomada do Complexo Viário que ligará Pirituba à Lapa

Número de passageiros no Metrô de São Paulo cresceu em 2023

Como os trens de alta velocidade estão modernizando e desenvolvendo a Ásia

Em SP, Apenas 3 em cada 10 domicílios ficam perto de estações de metrô e trem

NOVO BRT RIO


Brasil precisa sair da inércia em relação aos ônibus elétricos

Brasil tem mais de cinco mil vagões de trem sem uso parados em galpões

LIGAÇÃO VIÁRIA PIRITUBA-LAPA


Seja nosso parceiro... Nosso e mail: meutransporte@hotmail.com

Prefeitura do Rio inaugura o Terminal Intermodal Gentileza

‘Abrigo Amigo’ registra 3,5 chamadas por dia em Campinas

Ônibus elétricos e requalificação dos BRTs tornam transporte eficiente e sustentável em Curitiba

Brasil prepara lançamento do primeiro VLT movido a hidrogênio verde

Informativos SPTrans

Nova mobilidade urbana revela o futuro dos deslocamentos

Em SP, Passageiros elogiam Tarifa Zero aos domingos

Porto Alegre terá 12 ônibus elétricos na frota em 2024

Recife: Motoristas mulheres são mais confiáveis no transporte coletivo junto aos usuários

Obras do VLT em Curitiba devem custar cerca de R$ 2,5 bilhões

VLT no terminal Gentileza


Com metrô, Salvador deixou de emitir mais de 45 mil toneladas de CO2 em oito anos

Barcelona dá transporte gratuito para quem deixar de usar carro

Os ônibus elétricos do Recife começaram a circular em junho de 1960