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Metrô e VLTs em Fortaleza geraram R$ 149 milhões em benefícios socioambientais

terça-feira, 26 de março de 2024

O mais recente Balanço Socioambiental do Metrofor revelou que as operações da empresa, em Fortaleza e cidades vizinhas, no ano de 2023, resultaram em um impacto na economia do estado de mais de R$ 149 milhões de reais. Esse valor corresponde a 80,7% dos subsídios financeiros recebidos pela empresa para a prestação do serviço de transporte público sobre trilhos.

Isso significa que uma grande parte das verbas investidas pelo poder público para garantir que o Metrô e os sistemas de VLTs continuem servindo à população é devolvida ao estado, em forma de benefícios socioambientais, que apesar de indiretos, são valores de alta relevância para a população.

O transporte sobre trilhos é o modal mais acessível à população, em termos de economia, rapidez e segurança. Enquanto a Linha Nordeste (VLT Parangaba-Mucuripe) segue gratuita para todos os usuários e a Linha Oeste (VLT Fortaleza-Caucaia) tem tarifa de R$ 1, a Linha Sul (Fortaleza – Pacatuba) está com passagem congelada em R$ 3,60 desde 2019. Sendo estas as menores tarifas praticadas no transporte público urbano e metropolitano. Em 2023, as três linhas registraram mais de 15 milhões de embarques.

Balanço socioambiental 2023
O valor de R$ 149.024.980,52 (cento e quarenta e nove milhões, vinte e quatro mil, novecentos e oitenta reais e cinquenta e dois centavos), apontado pelo Balanço Socioambiental, é a soma de todos os benefícios sociais, quantificados e valorados, conforme índices universais estatísticos, aplicados pela região de incidência, caso todos os 15,1 milhões de deslocamentos realizados pelo Metrofor – Região Metropolitana de Fortaleza, tivessem sido realizados por outros modais de transporte, tais como carros, ônibus, motos etc.
Isso acontece devido às características do transporte sobre trilhos que, além de ser mais rápido e mais seguro que o transporte rodoviário, também emitem menos poluentes, quando comparados direta ou proporcionalmente aos demais meios de transportes coletivos.

Ao gerar menos poluição, resulta numa contribuição significativa para a saúde pública; transportando trabalhadores com mais rapidez, proporciona um ganho no tempo de produtividade e de lazer da população; ao retirar carros e motos das ruas, reduz o número de acidentes e, consequentemente, as despesas do estado com saúde e com seguros de modo geral. A fórmula utilizada no Balanço Socioambiental divide o impacto dos sistemas de Metrô e de VLTs em 06 (seis) eixos, conforme detalhamento na tabela abaixo:

A metodologia para o cálculo dos benefícios socioambientais é a mesma adotada em trabalhos similares realizados em diversas outras operadoras metroferroviárias nacionais e internacionais, sendo destaque no Brasil o Metrô de São Paulo, com publicação regular na revista da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos).

Ao analisarmos os repasses financeiros do Governo do Estado do Ceará ao transporte público sobre trilhos – lembrando que a totalidade desses repasses foram destinados ao subsidio das passagens -, concluímos que a operadora dos sistemas de metrô e de VLT devolveu aos cofres públicos um montante de R$ 149.024.980,50 (cento e quarenta e nove milhões, vinte e quatro mil, novecentos e oitenta reais e cinquenta centavos), tendo o Estado gasto financeiramente, entre a diferença desembolsada para o subsídio e os benefícios advindos da economia pelo meio de transporte adotado, o total de R$ 35.583.057,41 (trinta e cinco milhões, quinhentos e oitenta e três mil, cinquenta e sete reais e quarenta e um centavos).

Informações: Metrofor

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Metrô de Fortaleza e Seinfra lançam cartilha explicativa sobre VLT Parangaba-Mucuripe

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Com o objetivo de dirimir dúvidas frequentes a respeito do Ramal VLT (veículo leve sobre trilho) Parangaba-Mucuripe, já está disponível, no site do Metrô de Fortaleza (www.metrofor.ce.gov.br), uma cartilha explicativa a cerca do projeto. O material é fruto de uma parceria estabelecida entre a Secretaria da Infraestrutura do Estado do Ceará (Seinfra), o Metrô de Fortaleza e a Procuradoria Geral do Estado (PGE) para dar mais transparência as ações do poder público. Também participou do processo de edição de conteúdo a Defensoria Pública do Estado.

Além de fornecer informações sobre a implantação do transporte ferroviário de passageiros (já existente para carga), a publicação foca na orientação da comunidade lindeira sobre o processo de desapropriação resultante da obra. Para tanto, é exposto todo um planejamento desenvolvido pelo Governo do Estado, desde a identificação dos imóveis que deverão ser impactados parcial ou totalmente, até a escolha das novas moradias, a qual preza pela manutenção dos laços de vizinhança entre as famílias atingidas.

Ao todo, a cartilha é dividida em 10 tópicos: Apresentação; Mobilidade Urbana; O Projeto VLT; O processo de desapropriação; Surge o Projeto Cidade Jardim: sua nova moradia; Acompanhamento social das famílias – TTS; Entenda a lei; Contando a história em quadrinhos; Perguntas e respostas; e As leis na íntegra. O conteúdo demonstra a relevância do ramal para a mobilidade urbana da cidade, uma vez que atravessa 22 bairros e atenderá cerca de 90 mil passageiros/dia em quatorze veículos que ainda serão integrados a outros modais de transporte.

Integração

O projeto VLT Parangaba-Mucuripe prevê, dentre outras, a construção de três tipologias de estação, sendo uma elevada em Parangaba, que fará integração com a Estação Parangaba - Linha Sul do Metrô de Fortaleza e o terminal de ônibus do Sistema Integrado de Fortaleza, a Estação elevada do Papicu (que fará a integração com a Linha Leste do Metrô e o terminal de ônibus) e outro tipo de padronização para as outras oito estações: Montese, Vila União, Rodoviária, São João do Tauape, Pontes Vieira, Antônio Sales, Mucuripe e Iate Clube.

O novo modal vai operar em via dupla e fará conexão ferroviária de 12,7 km entre a Estação Parangaba e o Porto do Mucuripe, sendo 11,3 km em superfície e 1,4 km em elevado e se constitui em uma das grandes obras estruturantes no conceito de mobilidade urbana em Fortaleza para a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014.

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Investimentos em mobilidade urbana para a Copa diminuem R$ 3 bilhões em um ano

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Os investimentos previstos em mobilidade urbana para a Copa do Mundo de 2014 diminuíram R$ 3 bilhões em relação à previsão inicial da Matriz de Responsabilidades da Copa, documento que estabelece os compromissos da União, estados e municípios com ações referentes ao evento.

Na Matriz inicial, de 2010, R$ 11,9 bilhões estavam previstos para serem investidos em projetos de mobilidade urbana nas 12 cidades-sede do Mundial. De acordo com as últimas atualizações do Portal da Transparência, a previsão atual de investimentos caiu para R$ 8,9 bilhões.
Veículo Leve sobre Trilhos em Brasília estão entre as obras excluídas
A diminuição pode ser explicada tendo em vista que, apenas em 2012, seis grandes obras foram retiradas da Matriz de Responsabilidades. Estes empreendimentos estavam orçados em R$ 4,7 bilhões e equivaliam na época a 38% dos investimentos totais em mobilidade urbana – que eram de R$ 12,3 bilhões no início do ano passado. Os dados foram obtidos por meio de um levantamento no Portal da Copa.

Veja tabela das obras aqui.

A construção do Veículo Leve sobre Trilhos em Brasília, do monotrilho de São Paulo, do corredor exclusivo para ônibus em Salvador e do corredor metropolitano em Curitiba estão entre as obras excluídas da Matriz. Em Manaus, foram retiradas a construção do corredor exclusivo para ônibus e do monotrilho, tornando a cidade a única das sedes que não receberá obras em mobilidade urbana.

As obras de mobilidade urbana nas cidades que receberão os jogos da Copa e estão previstas na Matriz de Responsabilidades possuem linha de crédito especial da Caixa Econômica Federal. Como o documento prevê que apenas empreendimentos que ficarem prontos até o início do Mundial podem receber recursos da Caixa, a retirada pode ser vista como uma manobra dos governos estaduais para as obras não ficarem sem o financiamento da União. Sendo assim, os governos podem pedir outra linha de financiamento ao Ministério do Planejamento, como os recursos do PAC Mobilidade.

Embora outras sete ações tenham sido incluídas na Matriz em 2012, o valor previsto para a execução destas é bem menor do que o montante que as obras retiradas representariam nos investimentos em mobilidade urbana. Juntas, conforme mostrado na tabela acima, elas somam R$ 641 milhões ao orçamento.

As obras de mobilidade urbana, juntamente com os aeroportos, são consideradas os principais legados que serão deixados aos brasileiros após a realização do Mundial. Em relatório de dezembro, o Tribunal de Contas da União observou que há morosidade na elaboração dos projetos e na contratação por parte dos entes federados responsáveis pelos empreendimentos.

Principais obras em mobilidade urbana

Corredor Exclusivo de Ônibus - São espaços viários delimitados, destinados prioritariamente à circulação de transporte público urbano, com ônibus operando em faixas preferenciais no nível da superfície. O planejamento para a Copa do Mundo de 2014 prevê a implementação de vários corredores exclusivos de ônibus nas cidades-sede, com destaque para as cidades de Cuiabá, Natal e Porto Alegre.

BRT (Bus Rapid Transit) – Traduzido como Linha de Ônibus Rápida, o BRT é um transporte coletivo sobre pneus, rápido, flexível e de alto desempenho. O conceito evoluiu a partir dos corredores exclusivos para ônibus, como alternativa ao metrô.

Além de segregar o tráfego geral e impor medidas de prioridade na circulação, o que facilita o trânsito das pessoas, o BRT também proporciona redução dos tempos de embarque e desembarque de passageiros, por ser composto de veículos com grande número de portas e de plataformas niveladas ao piso do ônibus. Outras vantagens são o pagamento fora do veículo, as estações fechadas e seguras e os mapas de informação em tempo real. Serão implantados BRTs nas seguintes cidades-sede: Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife e Rio de Janeiro.

Veículo Leve sobre Trilhos - O VLT é um trem urbano de passageiros, cujo tamanho permite que sua estrutura de trilhos seja construída no meio urbano existente. Embora possua menor capacidade para transportar passageiros e velocidade inferior a dos trens de metrô, o VLT produz menos poluição e menor intensidade de ruído. Está prevista a construção e a operação dos seguintes VLTs até o início do Mundial: VLT Cuiabá/ Várzea Grande, no Mato Grosso e VLT Parangaba/Mucuripe, em Fortaleza (CE). Os VLTs terão capacidade de 20 mil passageiros/hora e percorrerão mais de 35 km.

Metrô – Estão previstos investimentos em estações e terminais de metrô nas cidades-sede de Fortaleza e Recife. O metrô tem elevada capacidade de passageiros, atinge alta velocidade e possui um curto intervalo de tempo entre embarque e desembarque.

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Fortaleza vem registrando queda de usuários e menos ônibus nas ruas

domingo, 2 de junho de 2019

Nos últimos 10 anos, Fortaleza tem registrado mais de 20 milhões de deslocamentos de passageiros, em média, por mês. Entre 2014 e 2017, tendo em vista esta demanda, a frota de ônibus era crescente. Mas, nos dois últimos anos, o sistema de transporte coletivo da capital cearense tem registrado queda da quantidade de veículos. O total de veículos cadastrados (frota que engloba os carros em circulação e os reservas) passou de 2.301 em 2017 para 2.141 em 2019.

Os dados relativos à frota da capital cearense foram obtidos pelo G1 via Lei de Acesso à Informação (LAI). Nas ruas, usuários alegam sentir os gargalos no dia a dia, sobretudo, de superlotação em determinados trajetos e horários.

A diarista Antonieta Soares, conta que precisa deslocar-se de ônibus, pelo menos três vezes por semana, seguindo do Bairro Vila Peri para o Dionísio Torres. Para ela, em determinados horários, as viagens continuam cansativas, sobretudo, devido a dois fatores: o tempo de espera e a lotação do ônibus.

Já o estudante Jonas Rodrigues, morador do Bairro Papicu, admite que o transporte público de Fortaleza tem passado por melhorias, mas reclama da superlotação persistente em linhas e horários distintos. Para ele, essa condição pode ser um efeito da redução da quantidade de coletivos.

Os dados repassados pela Divisão de Planejamento da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) apontam ainda que o volume de deslocamentos – quantidade de passageiros registrados –, no primeiro trimestre de 2019 em Fortaleza, foi 10,41% inferior, se comparado ao período semelhante de 2018.

Para o vice-presidente da Etufor, Antônio Ferreira, ao analisar o quantitativo adequado da frota do transporte coletivo deve-se considerar não somente a frota global, mas sim a quantidade de ônibus necessária linha a linha. “A gente pega uma linha, a demanda da linha, vamos por cada faixa horária, ver quantos passageiros estão passando. Vou dimensionar a frota por horário de pico e vou dimensionar no trecho crítico. Pego a faixa horária, vejo quantos passageiros tem e vou determinar qual é a quantidade de viagens que eu preciso”, informa destacando a complexidade da definição da quantidade adequada de coletivos.

Conforme Ferreira, a frota em Fortaleza cresceu em determinados anos mas a demanda caiu em função de vários fatores, como: a crise econômica, as novas modalidades de transporte e as facilidades que a tecnologia tem provocado com menor demanda de deslocamentos.

O superintendente técnico do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus), Pessoa Neto, reitera que a redução da quantidade de coletivos tem relação direta com a retração da demanda, que, segundo ele, ocorre, sobretudo, desde o final de 2015. Conforme o representante do Sindiônibus, inicialmente, a diminuição de passageiros foi justificada pela crise econômica, mas posteriormente percebeu-se que há outros fatores.

Segundo Pessoa Neto, a partir do momento em que se constatou a redução da demanda, houve diminuição da frota. “Mas é uma redução muito cuidadosa porque nós não podemos simplesmente pensar, se a demanda caiu 10%, vamos reduzir a frota em 10%. Até pra tomar uma decisão dessa é feito estudo linha por linha. Nós só tiramos um veículo de circulação após uma ordem de serviço da Etufor”, explica.

Hoje, de acordo com o superintendente técnico, há 24 pesquisadores do Sindiônibus designados para fazerem a contagem de passageiros de linhas diversas, além de outras formas de assessoramento para adequação da oferta de viagens à demanda. “A redução não é linear, muitas vezes a gente tira carro de uma linha e transfere para outra. Não podemos fazer uma viagem a mais ou a menos sem ir para o órgão gestor”.

Redução gera efeitos diretos em trajetos
A disposição do transporte coletivo segue a ordem econômica e, portanto, a oferta cresce sempre que a demanda garante essa ampliação, explica o professor de economia de transporte da Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade da Universidade Federal do Ceará (UFC), Gildemir da Silva. “Se a demanda está em oscilação, para o operador, isto é uma justificava para reduzir a frota”, completa.

No entanto, o professor avalia que, embora a redução da frota seja "um fenômeno natural por conta da economia", o efeito dessa ação é sentido diretamente pela população pois, segundo ele, a cidade tem crescido e a redução implica na rotina de quem precisa fazer trajetos mais longas.

"Com a frota maior, as empresas de ônibus atendiam com mais frequência determinadas regiões da cidade”, ressalta. Nesta lógica, diz o professor, há menos frota para atender a mais quilômetros.

A espera por coletivos, acrescenta ele, tem provocado outro fenômeno que é a antecipação ou atraso dos passageiros no planejamento dos trajetos. “Com a redução, o operador pode até estar operando melhor. Mas os passageiros não contam com qualidade interna, sobretudo, em horário de pico. Para fugir disso, as pessoas estão saindo de casa cada vez mais cedo e deixando para voltar mais tarde, quando os ônibus ficam menos lotados”.

Informações: G1 CE


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Programa emprega detentos em obras do VLT de Fortaleza

terça-feira, 26 de março de 2013

O programa de reinserção social de detentos, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), acaba de oferecer a 100 presidiários, do regime semiaberto e aberto, a oportunidade de trabalhar nas obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) da capital Fortaleza (CE), que vai integrar a infraestrutura para a Copa do Mundo.

Os detentos participantes do Programa Começar de Novo, que foram selecionados para as obras do VLT de Fortaleza, passaram por uma triagem psicológica e social, realizada pela Coordenadoria de Inclusão Social do Preso e do Egresso (Cispe), vinculada à Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania. Após a seleção, eles passaram a ser acompanhados semanalmente pela Cispe, que também presta assistência a seus familiares.

Segundo a Secretaria Especial da Copa do Ceará (Secopa/CE), 25 dos 100 selecionados começaram a trabalhar nas obras do VLT em março como pedreiros e serventes. Além de remunerados, eles têm o tempo de cumprimento da pena reduzido em um dia a cada três de trabalho, conforme a legislação penal brasileira.

Ainda de acordo com a Secopa/CE, outros 25 serão admitidos em abril, e o início da contratação dos 50 restantes está previsto para maio. Todos prestarão serviços ao Consórcio CPE-VLT, responsável pelas obras. Quando o sistema estiver concluído, o VLT cruzará 20 bairros de Fortaleza, ligando o Parangaba ao Mucuripe.

O emprego dessa mão de obra resulta do termo de acordo de cooperação técnica assinado pelo CNJ com o Comitê Organizador Local (COL), o Ministério dos Esportes e os estados e municípios que vão receber o mundial de futebol. Firmado em janeiro de 2010, o termo prevê que, em empreendimentos com mais de 20 operários, 5% dos postos de trabalho sejam reservados para detentos, ex-detentos, cumpridores de penas alternativas e adolescentes em conflito com a lei.

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Linha Sul do metrô de Fortaleza só transporta 9,7% do total projetado de passageiros

segunda-feira, 5 de agosto de 2019

Há sete anos a Linha Sul do Metrô de Fortaleza (Metrofor) entrou em funcionamento. Isto, após quase 13 anos de obras. Hoje, a linha que liga a capital a Maracanaú, na Região Metropolitana, é a maior via de transporte de passageiros sobre trilhos em operação no Ceará, tanto em extensão como em quantidade de usuários. Entre 2015 e 2018, o aumento dos embarques foi de 84%, passando de 4,6 milhões para 8,6 milhões. A situação da linha reflete justamente os dilemas do transporte metroferroviário em Fortaleza, que, apesar de bem avaliado por quem usa, ainda padece com o ritmo lento de expansão e oferta integral dos serviços.
Foto: Kid Júnior / SVM

Apesar da expansão de 84% no número de usuários, a linha transporta por mês 34 mil passageiros, o equivalente a 9,7% do projetado em 2012, quando o metrô entrou em operação. A estimativa era de que 350 mil passageiros fossem transportados por mês caso o sistema metroferroviário estivesse operando totalmente, com a Linha Oeste e o VLT, e integrado a outros modais, como ônibus.

O presidente do Metrofor, Eduardo Hotz, considera essa quantidade "um avanço significativo" e reitera que o número estimado de transporte de 350 mil pessoas por dia seria possível se, além da Linha Sul completamente estruturada, as linhas Oeste, Leste e o VLT já estivessem em funcionamento pleno.

"Eu não avalio como um problema, embora a primeira vista seja 10% do que havia sido citado, porque na realidade o nosso sistema está operando com marcha à vista, isto é, sem sistemas automatizados, porque eles não acabaram de ser implantados. A nossa previsão era conseguir fazer essa implantação até o fim do ano e ainda continuamos com essa pauta. Se isso acontecer nós estaremos em condição de dobrar a frota e reduzir pela metade o intervalo entre os trens, portanto estarei oferecendo um serviço de muito melhor qualidade", afirma.

Eduardo também garante que não "há decepção com esse processo", porque ele depende da liberação de recursos. "Nós sabemos que o metrô de Fortaleza tem sofrido com a liberação de recursos sendo feita de maneira não sistemática e abaixo do que estava previsto nos contratos originais por conta da dificuldades financeiras que passou o governo federal, e os próprios cuidados que eram necessários o governo estadual ter pra fazer as suas despesas".

Ele avalia que, embora a operação tenha déficits, ainda é bastante consistente em relação aos outros projetos. "A nossa demanda hoje é de 34 mil. Quando começamos esse processo, não tínhamos 5 mil ou 6 mil passageiros por dia. Isso é positivo porque traz não apenas uma receita adicional como também oferece às pessoas uma confiança de que o metrô está andando".

Intervalo entre as viagens gera queixas
Entre os usuários as queixas referem-se, sobretudo, ao intervalo de tempo entre as composições. Os 20 minutos de espera na Estação da Parangaba poderiam ser reduzidos, projeta a técnica de enfermagem Amanda da Silva, mas ela reconhece que de forma gradual o intervalo entre um metrô e outro tem diminuído. Há mais de dis anos, a Linha Sul é prioridade em seu deslocamento entre Maracanaú e Fortaleza.

O faturista Michel Platini, morador da Região Metropolitana, compartilha da percepção. Dos sete anos de abertura da Linha Sul, há seis ele usufrui do modal para chegar ao trabalho no Bairro Parangaba, em Fortaleza. Sai de casa às 6h e retorna às 17h. Trajeto rápido, que caso fosse de ônibus levaria cerca de duas horas. "É um transporte muito bom, mas se tivesse menos intervalo seria melhor. Tem vezes que está tão lotado que não tem nem como a gente subir", desabafa.

O presidente do Metrofor ressalta que a perspectiva é garantir recursos para que até março de 2020 o metrô esteja automatizado. O que poderá reduzir o intervalo das viagens e aumentar a frota uma vez que haverá mais segurança da sinalização. "Isto é, eu posso reduzir o intervalo para a metade. Com isso, posso dobrar a minha frota, porque terei mais segurança para colocar mais trens operando. Hoje opero com cinco trens e passarei a operar com dez quando tiver o sistema de sinalização. A oferta de lugares será não apenas maior do ponto de vista de quantidade como muito maior do ponto de vista da qualidade. Hoje tenho de 16 a 17 minutos, terei algo em torno de sete minutos e meio a oito minutos, que facilita muito a vida das pessoas".

Integração necessária
Uma das premissas para otimizar a expansão do transporte sobre trilhos é não vê-lo como "concorrente de algum outro sistema, sobretudo transporte público por ônibus", alerta o professor de Engenharia de Transportes da Universidade Federal do Ceará (UFC), Bruno Vieira Bertoncini. De acordo com ele, a não integração da rede metroferroviária com os ônibus e bicicletas é um elemento que prejudica o desempenho do sistema, bem como a mobilidade urbana. Um dos exemplos é a ausência de políticas para transporte de bicicletas nos vagões ou mesmo de bicicletários nas estações.

Além disso, o traçado da linha passando por áreas pouco adensadas de população, ou de comércio, pode comprometer a atração do modal e provocar um efeito de concentração de viagens em momentos bem definidos do dia e gerar ociosidade em outros períodos. "Uma quantidade de passageiros transportada por dia muito abaixo da capacidade do sistema pode ser ruim, não apenas para o equilíbrio financeiro do mesmo, mas também para outros aspectos, como manutenção do nível de serviço do sistema. Contudo, a demanda dependerá da existência de atividades ao longo do corredor, bem como da possibilidade de integração com os demais componentes da oferta de transportes".

Tarifas não pagam operação
Na Linha Sul, as tarifas são R$ 3,60 a inteira e R$ 1,80 a meia. Mas os valores pagos pelos usuários não custeiam nem as operações e nem a manutenção da linha. Essa situação, explica o conselheiro da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos), Conrado Grava de Souza, é comum nas operações do transporte público sobre trilhos. Conforme o professor Bruno Bertoncini, "seria inviável repassar tais custos para o valor da tarifa, pois ficaria muito cara".

O representante da ANPTrilhos também destaca que poucos sistemas pesados de metrô público do mundo são autossuficientes. Um exemplo é o sistema de São Paulo, que paga o próprio custo operacional. "Se você tiver um bom planejamento e diminuir a ineficiência do sistema, consegue manter. Mas sequer tem condições de ampliar", pondera Souza.

Informações: G1 CE


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Em Fortaleza, sistema de faixas para ônibus ainda não tem previsão de início

quinta-feira, 15 de março de 2012

Apesar de muitas das obras de mobilidade urbana realizadas em Fortaleza, a exemplo do Transfor, já preverem a implantação de faixas prioritárias de ônibus nas vias da Capital, ainda não existe previsão para que o sistema entre em funcionamento. Na Avenida Mr. Hull, por exemplo, é visível no asfalto a inscrição "ônibus", como alusão à prioridade dos veículos coletivos, entretanto, de acordo com o chefe da Divisão de Planejamento da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), Ferreira Silva, os estudos para a escolha das vias que devem disponibilizar uma faixa para ônibus ainda estão sendo realizados. Com isso, segundo ele, ainda não há data prevista para a implantação do sistema.
No momento, está sendo realizada, até domingo, a votação que decidirá em qual trecho devem ser implantadas as primeiras faixas prioritárias para o transporte público em Fortaleza. As opções de trechos são: Antônio Bezerra/Centro, Antônio Bezerra/Messejana, Lagoa/Centro, Messejana/Centro e Leste-Oeste/Centro.
Fiscalização é fundamental
A fiscalização do fluxo de veículos particulares nas faixas prioritárias ao transporte público de Fortaleza deve ser fundamental para o funcionamento do Serviço Rápido de Ônibus (BRS). Foi o que garantiu o arquiteto e urbanista da engenharia de transportes da Universidade Federal do Ceará (UFC), Antônio Paulo.
Para ele, o novo sistema já funciona com eficiência em grandes cidades do País, como o Rio de Janeiro, e terá resultado positivo em Fortaleza apenas com o monitoramento necessário. "A Etufor está acertando em implantar o sistema, mas o essencial é que consiga mapear o fluxo dos veículos nessas faixas", disse.
De acordo com Ferreira Silva, da Etufor, os veículos particulares poderão ter acesso às faixas apenas para fazer desvios ou ter acesso a locais. "Temos que dar o acesso ao usuário do automóvel às garagens, mas eles não pode andar mais do que 100 metros, podendo ser multados", disse.
O Chefe de Núcleo de Trânsito da AMC, Acelino Lima, afirmou em entrevista ao Diário do Nordeste Online que a fiscalização será eletrônica e também feita pelos agentes de trânsito. De acordo com ele, os estudos serão concluídos após a definição dos pontos de implantação das faixas.
Conscientização da população
Outro fator que deve garantir o bom funcionamento do novo sistema é a conscientização da população para aderir o uso dos transportes públicos. De acordo com Ferreira Silva, o objetivo do programa é também melhorar a qualidade do serviço de transportes públicos. "Daqui a pouco vai ser inaugurado o metrô, o VLT, incentivando que esse usuário do automóvel utilize. Para você tirar as pessoas de dentro do automóvel é muito difícil. Hoje nós temos consciência que precisamos dar essa velocidade, o conforto, para que parte dessa demanda migre para o ônibus. A Prefeitura de Fortaleza está dando o primeiro passo nesse sentido", disse.

Fonte: Mobilize


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Sem controle, custo de obras da copa já subiu R$ 2 bilhões

terça-feira, 29 de novembro de 2011

BRASÍLIA - A fraude no Ministério das Cidades que abriu caminho para a aprovação do projeto de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Cuiabá, R$ 700 milhões mais caro que o original, é apenas um dos exemplos de como o custo das obras da Copa do Mundo escapou do controle público. No que diz respeito à mobilidade urbana, os gastos totais aumentaram R$ 760 milhões, quando comparada a atual estimativa à previsão inicial de janeiro de 2010. O caso de Cuiabá foi revelado pelo Estado na última quinta-feira.

Levando-se em conta a alteração orçamentária dos estádios, o aumento total das obras da Copa supera R$ 2 bilhões.
Projeto do VLT de Cuiabá é um dos mais polêmicos

A mudança de planos em Cuiabá atendeu aos apelos do governador de Mato Grosso, Sinval Barbosa (PMDB). Além de Cuiabá, houve aumento de preço nas obras de mobilidade urbana em outras cinco cidades: Belo Horizonte, Manaus, Porto Alegre, Recife e Rio de Janeiro.

Em Belo Horizonte, o BRT da avenida Cristiano Machado saltou de R$ 51,2 milhões para R$ 135,3 milhões, acréscimo de 164,3%. Em Manaus, o valor global das duas obras previstas - um monotrilho, já criticado pela Controladoria-Geral da União (CGU), e uma linha rápida de ônibus - aumentou 20%.

O prolongamento da Avenida Severo Dullius, em Porto Alegre, ficou 70% mais caro.
Exceção. Em São Paulo, por outro lado, a obra do monotrilho despencou de R$ 2,8 bilhões para R$ 1,8 bilhão, o que, no conjunto, reduziu o impacto do aumento de preço em outros Estados. Já em Fortaleza não houve mudança nos investimentos. Em Brasília, a variação foi mínima: 4,48%.

Levando-se em conta a alteração orçamentária dos estádios, o aumento total das obras da Copa supera R$ 2 bilhões.

A mudança de planos em Cuiabá atendeu aos apelos do governador de Mato Grosso, Sinval Barbosa (PMDB). Além de Cuiabá, houve aumento de preço nas obras de mobilidade urbana em outras cinco cidades: Belo Horizonte, Manaus, Porto Alegre, Recife e Rio de Janeiro.

Em Belo Horizonte, o BRT da avenida Cristiano Machado saltou de R$ 51,2 milhões para R$ 135,3 milhões, acréscimo de 164,3%. Em Manaus, o valor global das duas obras previstas - um monotrilho, já criticado pela Controladoria-Geral da União (CGU), e uma linha rápida de ônibus - aumentou 20%.

O prolongamento da Avenida Severo Dullius, em Porto Alegre, ficou 70% mais caro. Todas as cinco obras de mobilidade urbana programadas para Recife encareceram - entre elas, o BRT Leste/Oeste - Ramal Cidade da Copa, que aumentou de R$ 99 milhões para R$ 182,6 milhões (84,40% de diferença). O Corredor Caxangá (Leste/Oeste), por sua vez, agora custa R$ 133,6 milhões, ou 80,54% a mais.

Exceção. Em São Paulo, por outro lado, a obra do monotrilho despencou de R$ 2,8 bilhões para R$ 1,8 bilhão, o que, no conjunto, reduziu o impacto do aumento de preço em outros Estados. Já em Fortaleza não houve mudança nos investimentos. Em Brasília, a variação foi mínima: 4,48%.

O BRT Cristiano Machado, em Belo Horizonte, por exemplo, ganhou recursos remanejados de outro projeto, "em função de estudos mais aprofundados, que mostraram a necessidade de mudanças na pavimentação e inclusão de estações de integração", informou a pasta. (Autor: Rafael Moraes Moura)

Informações: O Estado de S. Paulo

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VLT de Sobral será entregue em Março de 2013

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

A conclusão das obras do Veículo Leve Sobre Trilhos, o VLT de Sobral, estão programadas para março de 2013. A população de Sobral vem acompanhando as transformações estruturais que estão em andamento na cidade. Nessa entrevista, o Diretor de Desenvolvimento e Tecnologia da Companhia Cearense de Transporte Metropolitano, Edilson Aragão, fala dos benefícios que o novo empreendimento trará a Sobral e das ações em andamento para a finalização dos trabalhos.

Em breve, Sobral passará por grandes transformações. E a implantação do VLT é fundamental nesse processo. A população já compreendeu os benefícios desse projeto?

É uma tendência mundial investir em transportes de alta capacidade, de modo a facilitar e criar alternativas para que a população tenha opção de transporte coletivo de qualidade, evitando o transporte individual. Se as médias e grandes cidades do Brasil tivessem, na época certa, feito o que Sobral está fazendo, certamente não teríamos tanto caos, como temos em Fortaleza. Nós perdemos a hora certa de fazer os investimentos. Hoje, é muito mais caro a implantação de uma linha de metrô. Tanto que, na Europa, desde 1900 se faz transporte coletivo. Paris, em 1890, já tinha metrô. Na América do Sul, a Argentina inaugurou a primeira linha em 1910. São Paulo, a maior cidade do Brasil, veio inaugurar a primeira linha de metrô em 1974, portanto, 64 anos depois da Argentina. Sobral, hoje, tem mais de 200 mil habitantes e recebe toda essa Macrorregião Noroeste do Estado do Ceará, que é fornecedora de serviços. Ela tem que estar preparada para a qualidade do espaço urbano. O transporte é só um capítulo, apenas um equipamento, evidentemente, temos que nos preocupar com outros setores que irão viabilizar Sobral como cidade de médio porte sustentável.

Em que etapa estão os trabalhos?

A previsão de conclusão da obra é março deste ano. São duas linhas: a linha norte, que vai da Grendene até a Cohab III, (essa última) ela requer ainda um processo de desapropriação que está em andamento, em negociação. Uma parte, ao lado da Estação Coração de Jesus, já foi negociado. Vamos providenciar o pagamento das indenizações para poder restabelecer a caixa, o perfil da Avenida Pericentral. Tem um segundo conjunto de imóveis a serem atingidos, que é ali na esquina da Avenida Jonh Sanford com a Pericentral, envolvendo oito casas que também vão ser motivo de negociação com nossa equipe de desapropriação. Os laudos já foram emitidos, e também o documento de avaliação dos imóveis, para que a gente possa iniciar a conversa com os proprietários. A equipe está vindo para fazer a negociação e, após a conclusão, procederemos a demolição e o fechamento da obra, que é a instalação da curva que vai ligar o lado da Jonh Sanford com o lado da Pericentral.

E como fica o transporte de cargas da Transnordestina?

A linha sul prevê toda a remodelação do sistema que hoje é operado pela Transnordestina logística. Estamos retirando todos os dormentes, retirando todos os trilhos e refazendo tudo com material novo. Praticamente, dos cinco quilômetros, já estamos com quatro (quilômetros) prontos, ficando, agora, para agilizar nesses últimos dias, a passagem pelo centro de manutenção da Transnordestina, aquele ali, do pátio deles, na Estação, ao pé do Alto do Cristo. Nós precisamos cruzar, trocando todo o material, para poder fazer essa renovação. Já poderia estar pronta, no entanto, a movimentação de cargas da Transnordestina tem sido muito grande e temos que fazer conciliando.

Recentemente, a Votorantim Cimentos, a Prefeitura de Sobral e o Governo do Ceará, assinaram o Memorando de Entendimentos para a construção da nova unidade da empresa em Sobral. Qual a importância dessa parceria?

A Transnordestina tem a Fábrica de Cimento de Sobral como a maior fornecedora de cargas para este modal ferroviário. É importante para o Ceará ter um modal ferroviário. E, como no Estado do Ceará, o maior cliente é Sobral, é a Fábrica de Cimento, temos que ter respeito e conciliar. Essa operação que foi realizada na Rotatória (do Arco) foi, exatamente, para trocar trilhos, lastro de dormentes. Vamos ter que esperar uma janela da Transnordestina e entrar com nosso pessoal para fazer a troca dos materiais e restabelecer as condições para a empresa continuar funcionando. É assim que a gente vai operar.

Será uma grande transformação no sistema de mobilidade em Sobral.

Claro. O sistema todo são, inicialmente, 11 estações, mas a comunidade da Vila Recanto conseguiu, junto ao Governador Cid Gomes, uma nova estação. Então, hoje, 12 estações estão sendo concluídas para compor o sistema do VLT de Sobral que liga, praticamente, todos os bairros. Ela vai funcionar integrada com o sistema rodoviário, que é de responsabilidade do município. E, como no município, os sistemas já estão projetados, falta apenas uma decisão, por parte do Prefeito, de como será essa modelagem. Se será licitada, se será operada pelo próprio município, está sendo discutida a melhor forma para atender a população. Nossa ideia é que comecemos juntos. Assim que o VLT estiver pronto, o da prefeitura também deve estar pronto, para operarmos de forma integrada e, efetivamente, iniciar uma nova etapa na cidade de Sobral, a chamada mobilidade completa, o sistema integrado.

Quem está à frente dessas obras?

A obra do VLT é ligada à Seinfra (Secretaria de Infraestrutura do Estado do Ceará), e à Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos, que é quem opera e implanta os sistemas metroviários da Região Metropolitana de Fortaleza,  responsável pela linha Sul, Linha Oeste, Linha Leste e, agora, pela implantação da Parangaba-Mucuripe. Implantou, também, o VLT Juazeiro-Crato, e está implantando o VLT de Sobral. É uma empresa no Estado que tem o monopólio do transporte ferroviário de passageiros, só ela faz isso. A ideia é, também, desenvolver nos municípios que já tenham sistemas instalados, por exemplo, Iguatu, que tem ciclo ferroviário, Quixadá, tem via ferroviária. É possível que o Estado avance nesses processos.

E quanto aos investimentos?

Os investimentos para a implantação do VLT de Sobral giram em torno de R$ 70 milhões. A obra inicial era em torno de R$ 43 milhões, mais R$ 20 milhões de material rodante, daria R$ 63 milhões, com os ajustes naturais e reajustes, estamos em torno de R$ 70 milhões. Via Blog da Prefeitura de Sobral.

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Ações tentam incentivar o uso de ônibus em Fortaleza

segunda-feira, 28 de julho de 2014

A demanda do transporte público de Fortaleza aumentou cerca de 20% nos últimos oito anos. De acordo com a Prefeitura, esse crescimento teve o reforço da implantação do Bilhete Único (que possui 500 mil usuários cadastrados) e da ampliação de integrações no ano passado. O anúncio do funcionamento das faixas prioritárias para ônibus em 16 avenidas, até julho de 2015, e a garantia de pelo menos 12% da frota com ar-condicionado a cada ano terão a missão de fazer com que mais motoristas possam virar passageiros.
FOTO: DEIVYSON TEIXEIRA
De acordo com o presidente da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), Antônio Ferreira, a média mensal prevista de passageiros pagantes em 2014 é de 30 milhões, enquanto a média do ano passado foi de 27 milhões. “Essas ações, por si só, já aumentaram a demanda por transporte público em Fortaleza”, acrescentou o prefeito Roberto Cláudio (Pros), que destacou a intenção de reduzir em até 40% o tempo de viagem das linhas com as novas medidas. Conforme ele, a qualidade e o conforto deverão fazer do ônibus uma opção acessível para quem possui um veículo. “O ar-condicionado será também um passo ousado no sentido de termos uma nova demanda, assim como a ampliação ou reforma dos terminais”.

A previsão é de que Fortaleza tenha 122 km de faixas para os ônibus em cerca de um ano. Hoje, apenas a Bezerra de Menezes e o sistema binário das avenidas Santos Dumont e Dom Luís possuem a delimitação, que somam 15 km. A iniciativa, que faz parte do Plano de Ações Imediatas de Trânsito e Transporte (Paitt), prevê ainda novo mobiliário em todos os pontos de parada que compõem os trechos das vias por onde passarão faixas e reforço na iluminação.

As vias escolhidas são as que apresentam mais fluxo de ônibus na Capital e nove delas integram percursos de um dos seis corredores de BRT (Bus Rapid Transit) já anunciados pela Prefeitura. As seis primeiras avenidas recebem a faixa prioritária até outubro, como adiantado ontem pelo O POVO com exclusividade. O restante terá suas modificações anunciadas trimestralmente. A fiscalização com emissão de multas deverá ocorrer em até 60 dias após a implementação. As distâncias que poderão ser percorridas por veículos particulares nas faixas, compreendendo estacionamentos e conversões, poderão variar entre 100 e 300 metros, a depender da via.

Conforme o coordenador do Paitt, Luís Alberto Sabóia, estudos ainda serão feitos para definir como será feita a readequação de calçadas e de estacionamentos em escamas. “Vai depender do fluxo da via e do tipo de uso e ocupação do solo em cada espaço”, afirmou. Táxis poderão transitar nas faixas, com ou sem passageiros, ainda conforme Luís. “O volume de táxis circulando nessas vias é baixo”, justificou.

Saiba mais

Os ônibus que farão o trajeto do BRT Antônio Bezerra/Centro, a partir de setembro, já deverão ter ar-condicionado, conforme a Prefeitura. Roberto Cláudio garantiu que, a partir do dia 1º de dezembro, todas as permutas de frota de ônibus deverão ser feitas por veículos que possuem o equipamento. “Em seis anos, todos os ônibus deverão ter ar-condicionado. Sempre que houver reposição da frota, no mínimo 12,5% deverão ter”.

O impacto tarifário após a medida, de acordo com o prefeito, ainda não pode ser mensurado. “O Sindiônibus calcula cerca de 10% a mais de consumo de óleo diesel. Mas a gente precisa rodar o sistema, com o Bilhete Único e novos usuários para ver qual será esse impacto. As medidas de eficiência e integração podem compensar”, disse.

A Prefeitura pensa ainda em transformar a Washington Soares em corredor exclusivo pelo canteiro central. Mas ainda não há definições.

Até o dia 31 de julho haverá modificação na linha Canindezinho/Iguatemi. Até o fim do ano, 16 linhas serão modificadas.

Por Sara Oliveira
Informações: O Povo Online

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Em Fortaleza, 14 mil pessoas com deficiência têm direito à gratuidade no transporte coletivo

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Respaldadas pela Lei nº 57/2008, as pessoas com deficiência do município de Fortaleza contam com o benefício da gratuidade no transporte público coletivo. A Lei beneficia mais de 14 mil pessoas com deficiência e, mensalmente, são atendidas pela Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) em torno de 1.300 pessoas. Entre os cartões emitidos até hoje, 70% contam com acompanhante, benefício que é disponível desde que seja comprovada em laudo médico a necessidade permanente de acompanhamento.

Para ter direito ao cartão, é necessário residir em Fortaleza, comprovar o tipo deficiência (conforme Decreto Federal 5296/2004) por meio do laudo médico padrão emitido pela Rede Pública de Saúde dos níveis Municipal, Estadual, Federal ou pela rede conveniada ao SUS, estar fora do mercado formal de trabalho e atender a um dos critérios socioeconômicos: ser beneficiário do Benefício da Prestação Continuada (BPC) da Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS); fazer parte de família beneficiária do programa Bolsa Família, estar inscrito no Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal ou dispor de renda per capita familiar de até um salário mínimo.

A Diretoria de Acessibilidade, Sustentabilidade e Inclusão Social (Diasis) da Etufor é responsável pelo processo de inscrição, avaliação do requerimento, cadastro de beneficiários, expedição e entrega dos cartões, bem como revalidação do benefício. Tudo isso pode ser feito no posto de atendimento da gratuidade na sede da Etufor. O cartão da gratuidade tem validade de um ano, após esse período o usuário deve dirigir-se à Etufor para revalidá-lo, portando os documentos atualizados que comprovem a condição da pessoa com deficiência (laudo médico padrão) e de seu perfil socioeconômico atualizado.

Segundo o último censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010, as pessoas com deficiência em Fortaleza somam 660 mil. “É importante assegurar esse direito às pessoas com deficiência do município de Fortaleza que estejam nos critérios estabelecidos pela Lei, visando fortalecer cada dia mais essa política pública de inclusão social”, afirma Renata Flávia, Diretora da DIASIS.

Documentação necessária:
• Laudo médico padrão (complementado de informações adicionais/exames relacionados à deficiência como audiometria, acuidade visual, quesitos psiquiátricos etc).
• Declaração emitida pelo CRAS ou Regional que ateste o perfil sócio econômico exigido;
• No caso de beneficiário (a) do BPC: apresentar o histórico do benefício ou o Demonstrativo de Crédito de Benefício;
• RG (identidade) e CPF do requerente e de seu representante legal (original e cópia);
• Certidão de Nascimento, quando se tratar de criança, seguida do RG e CPF do responsável (original e cópia);
• Comprovante de residência atual do município de Fortaleza, com CEP;
• 2 (duas) fotos 3x4 originais e recentes;
• Carteira de Trabalho (CTPS) para pessoas com idade superior a 16 anos e inferior a 60 anos ou Extrato Previdenciário (Emitido pelo INSS) ou, em caso de afastamento do trabalho, o histórico do INSS.

Serviço:
Endereço: Av. dos Expedicionários, 5677, Vila União.
Atendimento: Segunda às sexta-feira, das 8h às 16h30, sem intervalo para o almoço.
Informações: 3105.3245 ou 3131.7834

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