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Grande BH é a quarta pior em deslocamentos

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Ir de casa para o trabalho e vice-versa é mesmo uma viagem para mais de 1 milhão de moradores da Região Metropolitana de Belo Horizonte, que gastam, em média, duas horas e cinco minutos nos trajetos. O dado foi revelado por pesquisa divulgada nesta semana pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), tendo como base informações de 2012. Em relação ao custo, R$ 5,46 bilhões deixaram de ser produzidos naquele ano, na Grande BH, com esse tempo “perdido” acima de 30 minutos – tempo de deslocamento considerado razoável.
Foto: Flávio Tavares

Belo Horizonte é a quarta área metropolitana onde mais se perde tempo no trânsito, dentre 37 pesquisadas, totalizando 601 municípios. Em primeiro lugar ficou o Rio de Janeiro (141 minutos), seguido de São Paulo (132 minutos) e Salvador (128 minutos). No país, o impacto da chamada “produção sacrificada” na economia ultrapassa R$ 111 bilhões. Ao todo, mais de 17 milhões de trabalhadores demoram, em média, 114 minutos nesses percursos.

Extremo

O estagiário de engenharia civil Victor Matheus Souza Vieira Santos, de 24 anos, está entre eles. Diariamente, ele gasta cerca de uma hora e 50 minutos apenas no trecho de ida para o trabalho, saindo de Betim para a Savassi, zona Sul de BH.

A rotina de espera, transporte coletivo lotado e trânsito engarrafado começa bem cedo, por volta das 6h30. Depois de pegar dois ônibus e andar uns cinco minutos a pé, ele chega ao serviço com a certeza de que o tempo foi desperdiçado. “Gasto cerca de quatro horas por dia nesses deslocamentos. Em um ano, são 960 horas perdidas no ônibus, o equivalente a um mês”, calcula Santos.

Para ele, falta transporte público de qualidade, sobretudo com agilidade. “No Canadá, onde morei, percorria uma distância semelhante em meia hora de Sky Train”, conta. O sistema metropolitano ligeiro é adotado na grande Vancouver, província da Colúmbia Britânica, e utiliza tecnologia com trens automatizados que percorrem trilhas elevadas.

Ao volante

Mesmo de carro, esse deslocamento diário não é fácil. O analista de planejamento logístico Alexander Francisco precisa de uma hora e 20 minutos para sair de Contagem (RMBH) e chegar ao trabalho, no Funcionários (zona Sul). “O fluxo de veículos é intenso, com vários pontos de lentidão. É um tempo que eu poderia estar investindo em outras coisas, ficando com a família, estudando”.

Principais serviços estão dispersos nas cidades

O tempo que se perde preso no trânsito é uma “disfunção metropolitana”, diz o arquiteto e urbanista Sérgio Myssior. Segundo ele, o grande problema é que as pessoas precisam se deslocar muito para ter acesso às principais funções da cidade, como habitação, saúde, comercio, serviços e trabalho. “Tudo isso está disperso no território e desintegrado”.

Essa disfunção ocorre tanto entre os bairros da capital quanto em relação às cidades da região metropolitana. “Em Ribeirão das Neves, por exemplo, você tem grande contingente de pessoas de renda mais baixa, mas esses moradores não encontram no seu entorno oportunidades de trabalho, estudo e precisam percorrer muitos quilômetros para satisfazer essas demandas. Mesmo em locais de renda mais alta, como o bairro Alphaville, em Nova Lima, as pessoas também têm de sair para ter acesso a estudo, a saúde, a trabalho”, exemplifica.

Desequilíbrio

Ainda segundo Myssior, no Brasil, as cidades têm territórios com ocupação “segregada”, como se uma determinada região só pudesse abrigar habitação e outras só oportunidades de trabalho. Ele ainda destaca a grande dependência dos municípios menores em relação aos grandes centros, como Belo Horizonte. Pesquisa do IBGE de 2014 mostrou que dos 380 mil habitantes de Betim, 95 mil (25%) saem diariamente da cidade para trabalhar ou estudar em regiões vizinhas. Em Contagem, isso acontece para 191 mil, ou 31% dos 600 mil moradores. Em Confins, bem mais da metade da população faz esse deslocamento, 4 mil dos 6 mil habitantes.

“Para solucionar o problema do trânsito, não basta ampliar a infraestrutura de mobilidade, mas equilibrar a oferta e demanda das principais funções urbanas, criar novas centralidades, o que já está sendo pensado no Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado da Região Metropolitana de BH e também na nova proposta do Plano Diretor da capital”, enfatiza. Os investimentos prioritários em transporte coletivo, em detrimento do individual, também devem ser uma forte diretriz na opinião do especialista.

Resposta

Em nota, a Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop) destaca que o tempo de duração e o custo do deslocamento na região metropolitana são os dois pontos centrais da revisão que o governo está realizando no sistema. “O estudo será concluído até o fim deste ano. Usuários, executivos e legislativos das cidades da RMBH estão sendo ouvidos na revisão”.


“Quando mantenho essa estrutura segregada das funções dentro das cidades, reforço a desigualdade. O território urbano, se bem planejado, além de melhorar a mobilidade, poderia ser indutor da redução das diferenças" Sérgio Myssior, arquiteto e urbanista

123 minutos era o tempo gasto no deslocamento casa-trabalho-casa na rmbh em 2011; o aumento foi de 1,5% em 2012

Por Aline Louise
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Tarifa do transporte coletivo em Uberlândia é reajustada

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Quem usa o transporte público em Uberlândia terá que desembolsar mais R$ 0,25 centavos na passagem a partir de domingo (11). O anúncio do reajuste da tarifa foi feito na tarde desta quinta-feira (8), pelo secretário de Trânsito e Transportes, Alexandre Andrade.

O usuário do Sistema Integrado de Transporte (SIT) passará a pagar o valor de R$ 3,10. Um aumento de 8,77% em relação ao valor atual de R$ 2,85.

Para as pessoas que pagam duas passagens de ônibus por dia, considerando uma média de 22 dias úteis, o gasto total passa de R$ 126,94 para R$ 136,40 mensais. Sendo um valor de R$ 9,46 a mais no orçamento, o que em um ano representa R$ 113,52 a mais em comparação com a tarifa anterior. Já os estudantes, que somam 72 mil cartões ativos no município, vão pagar R$ 1,55. 

Segundo o secretário Alexandre Andrade, o reajuste foi inferior ao do salário mínimo e tem como base o contrato vigente com as concessionárias que prestam o serviço na cidade, que estabelece atualização anual dose valores. "Existe um contato de concessão e nele  existe a obrigatoriedade de reajuste anual da tarifa e isso está sendo feito de acordo com os critérios estabelecidos de maneira contratual.  Através da composição dos custos inerentes ao transporte público e ao próprio perfil de gratuidades e benefícios que foram ampliados no último ano nós chegamos a esse novo valor da tarifa", disse.

Alexandre Andrade acrescentou que existia a possibilidade de uma tarifa diferenciada para quem utiliza o cartão SIT, mas ela não foi oportunizada a população por mais que fosse um desejo da atual administração. "A oposição prejudicou a população nesse sentido durante votação no Legislativo, mas o prefeito vai continuar trabalhando para que em 2016 possamos ter a tarifa diferenciada garantindo o menor preço possível para a população”, disse.

Ainda de acordo com o secretário, o valor também foi definido seguindo a política de correção dos demais insumos que compõem os custos de serviço e ainda a negociação com as empresas, que permitiu uma correção menor em relação à proposta apresentada ao Município - já que segundo Alexandre, as empresas haviam solicitado uma tarifa de R$ 3,30. “Para conseguir chegar ao valor de R$ 3,10 nós mostramos a qualidade do nosso sistema de transporte e também foi colocado a necessidade de se garantir uma menor tarifa aos usuários”, salientou.

Alexandre Andrade também falou dos investimentos na área. "Nós estamos avançando no processo de renovação da frota, na colocação de novos pontos de ônibus, sobretudo nos Bairros Shopping Park, Residencial Integração, no Jardim Maanaim e no Cidade Verde" ressaltou.

O Sistema Integrado de Transporte (SIT) registra uma média de cinco milhões de passageiros transportados por mês.

Usuários reclamam
O aumento de R$ 0,25 já está dando o que falar. Apesar de o Município ter explicado que se trata de reajuste anual, há insatisfação diante de quem usa o transporte público.

De acordo com a consultora interna Daniela Dias Soares, o valor um pouco alto se comparado com o aumento do salário mínimo. “Esse ajuste de 8.77% é alto se levarmos em conta uma pessoa que ganha R$ 788. No fim das contas, o aumento irá fazer uma boa diferença”, disse.

A assistente administrativo Paula Novais concorda com Daniela Dias e acrescentou que o valor é absurdo para uma cidade como Uberlândia.

Já a consultora de vendas, Gabriela Borges Martins, disse que transporte público tinha que ser acessível à realidade da população. “Além de pagarmos horrores de impostos eles ainda querem cobrar um absurdo no transporte público, coisa que tinha era que ser praticamente de graça”, concluiu.

Informações: G1 Triângulo Mineiro

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Em BH, BRT Move com veículos de 18 metros aumenta responsabilidade sobre motoristas

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

O acidente envolvendo o ônibus articulado da linha 82 acende o alerta para a alta carga de estresse à qual os motoristas do transporte rápido por ônibus (BRT) de Belo Horizonte estão sujeitos. A maior responsabilidade ao volante começa pela direção de um ônibus articulado com mais de 18 metros de comprimento – média de cinco metros a mais que um coletivo convencional – e passa pela habilidade em guiá-lo entre carros e motos em vias de trânsito misto, como as da região hospitalar, local do acidente na manhã de ontem.

Desde que as primeiras linhas do Move entraram em operação, em 8 de março, ao menos cinco colisões envolvendo coletivos do novo sistema foram registradas fora das pistas exclusivas dos corredores Cristiano Machado e Antônio Carlos, na região do hipercentro. A jornada de trabalho da categoria é de seis horas e 20 minutos por dia, com uma hora de intervalo para alimentação ou repouso, o que na prática representa uma escala de trabalho de seis viagens diárias. 

Como forma de compensação, os quatro consórcios operadores do transporte coletivo da capital oferecem ao motoristas dos ônibus padrons e articulados Move um adicional de 15%, de cerca de R$ 1.700. Todos devem ter habilitação na categoria E, enquanto os demais condutores usam a carteira D. BHTrans e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH) afirmam realizar treinamentos e exames de saúde anuais, a fim de checar a aptidão dos operadores.

Porém, o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Belo Horizonte e Região Metropolitana (STTR-BH) denuncia que muitos motoristas não apresentam atestados médicos às empresas quando doentes, por receio de repreensão. Um dos diretores do sindicato, Carlos Henrique Marques, afirma que muitas vezes o trabalhador prefere trabalhar passando mal a procurar um médico. “Muitos acreditam que não é nada grave, mas uma dor de cabeça pode ocasionar um problema maior”, denuncia. Marques acredita ainda que a frequência do exame de saúde – realizado uma vez ao ano – é insuficiente. A principal queixa dos representantes da categoria tem relação com a rotina diária atrás do volante. De acordo com a entidade, 10% da categoria está afastada do trabalho por problemas de saúde – a maioria com sintomas de depressão e problemas na coluna (30%). 

SEM PADRÃO
Quem encara o desafio diário de dirigir um articulado no cada vez mais complicado trânsito de BH, alerta ainda para ausência de um treinamento padronizado entre as 39 empresas de ônibus do sistema e de um programa periódico específico para o aperfeiçoamento de práticas na condução da frota, o que inclui os 428 novos ônibus do Move. 

A validade dos treinamentos, segundo um instrutor de uma operadora de ônibus da capital, varia de empresa para empresa. “Cada uma faz de um jeito. Tem empresas que dão treinamento bons. Na minha empresa foi muito intenso. Principalmente pela questão de compromisso, com o motorista retirado da escala de trabalho no dia do treinamento e advertência em caso de ausência”, contou o profissional, que optou por não se identificar.

O instrutor explica que na empresa em que trabalha foi dado desconto de 20% na habilitação em uma auto-escola, como forma de incentivar os motoristas a se reciclarem e conseguirem a habilitação na categoria E. “Nem todas as empresas, porém, deram esse incentivo”, ressalta.
Sem garantia de indenização

Proprietários dos 13 veículos atingidos pelo ônibus desgovernado, assim como feridos no acidente, terão de aguardar a avaliação do seguro do coletivo para saber quem vai arcar com o custo dos estragos causados pelo acidente, informou ontem o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Setra-BH). “Todas as empresas de ônibus de Belo Horizonte são obrigadas a ter seguro contra terceiros, além do DPVAT. Qualquer parcela adicional, além daquela estabelecida pelas cláusulas da apólice, será ressarcida após negociação entre as partes ou determinação judicial”, informou a entidade patronal.

BHTrans e Setra-BH disseram realizar uma constante reciclagem dos motoristas do transporte coletivo, como forma de prevenção de acidentes. A empresa que administra o trânsito de Belo Horizonte, entretanto, reconheceu que interfere no plano anual de treinamento para motoristas e cobradores proposto pelo sindicato, quando necessário, para melhor atender ao planejamento. “O acidente ocorrido (ontem) foi um fato isolado, uma vez que o motorista foi acometido por um mal-estar. Este ano, o treinamento concentrou-se na operação do Move, tanto a parte teórica quanto a prática. Muitas vezes, a empresa gerenciadora do transporte e trânsito de BH pede alterações no plano, mas sempre tendo em foco a segurança dos operadores, dos usuários e dos pedestres. Inclusive, a própria BHTrans já foi a promotora, nas garagens, de treinamento para motoristas e agentes de bordo”, disse, em nota. 

O sindicato das empresas de ônibus qualificou o acidente da linha 82 como “não mais do que uma fatalidade” e disse que todas as concessionárias de transporte possuem departamentos médicos e realizam anualmente uma semana de prevenção de acidentes de trabalho. 

SEGUNDO ACIDENTE Procurada pela reportagem, a Bettania Ônibus informou que somente o Setra-BH se pronunciaria sobre o assunto. O desastre com o ônibus articulado da linha 82 foi o segundo acidente grave envolvendo um ônibus da empresa em menos de três meses. Em 8 de julho, um coletivo da linha 3055 (Estação Barreiro/Savassi) deixou pelo menos sete feridos depois de colidir na traseira de uma carreta. Cerca de 15 pessoas estavam a bordo, todas assentadas. O lado mais atingido foi o do cobrador, que ficou gravemente ferido. (BF, com Luana Cruz e Pedro Ferreira)

Risco na pista

2/4 Primeiro acidente envolvendo o BRT. Uma moto e um coletivo articulado da linha 82 bateram na faixa exclusiva do Viaduto Leste. Não houve vítimas.

7/5 Batida entre ônibus da linha 83D e carro que invadiu a faixa exclusiva do Viaduto Leste, no Complexo da Lagoinha. Ninguém ficou ferido.

12/6 Primeiro acidente do BRT com morte: um morador de rua foi atropelado por ônibus articulado da linha 83D, na Avenida Santos Dumont, Centro de Belo Horizonte, por volta das 6h50. O motorista disse ter sido surpreendido pelo homem, que teria atravessado com o sinal verde para os veículos.

20/6 Acidente entre um ônibus articulado e um caminhão, no cruzamento das avenidas Barão Homem de Melo e Silva Lobo, no Bairro Alto Barroca, Região Oeste de Belo Horizonte. Não houve feridos.

30/6 Um incêndio consumiu em minutos um ônibus articulado da linha 61 que passava pela Avenida Pedro I. Testemunhas afirmaram que o fogo começou na articulação do veículo, onde há uma rótula que conecta os vagões e componentes elétricos. Os sete passageiros a bordo saíram ilesos. BHTrans e Setra declararam que, caso seja constatado problema de fabricação, exigirão recall.

2/7 Duas pessoas morreram depois que a moto em que estavam bateu em um ônibus articulado da linha 52 que fazia uma conversão na Avenida Carlos Luz, no Bairro Engenho Nogueira. O coletivo havia deixado a garagem da empresa Rodopass e seguia para a Estação Pampulha. Tudo indica que a moto avançou o sinal vermelho.

15/7 Um ônibus articulado apresentou problemas no freio e colidiu em um outro coletivo estacionado na Rua Ouricuri, no Bairro Floramar, Região Norte de Belo Horizonte. Os veículos só pararam quando bateram nos muros de um condomínio e de uma casa. Ninguém ficou ferido.

No mesmo dia, um homem de 66 anos foi atropelado por um ônibus articulado da linha 83D (Estação São Gabriel/Centro – Direta) na Avenida Paraná. A vítima quebrou o braço e foi levada consciente para o Hospital João XVIII. Testemunhas relataram que o idoso teria entrado na frente do coletivo.

30/07 Outro acidente no Complexo da Lagoinha. A batida entre um ônibus e um carro interditou o trânsito no Viaduto A. Ninguém se feriu.

Por Bruno Freitas
Informações: Estado de Minas

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Grande BH amanhece com greve de ônibus

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

A greve dos rodoviários de Belo Horizonte começou a 0h desta segunda-feira sob esquema de segurança da Polícia Militar (PM), que enviou viaturas para garagens e estações de ônibus. O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Belo Horizonte (STTRBH) afirmou que vai manter uma paralisação de 100% dos veículos, mesmo com o alerta do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano (Sintram) sobre a obrigatoriedade do cumprimento das normas para realização de greve. Em nota divulgada à imprensa, o Sitram informou que a Justiça, através de liminar, determinou a circulação de 70% da frota nos horários de pico e de 50% nos demais horários para todas as linhas do transporte coletivo. Em caso de descumprimento, a multa diária é de R$ 50 mil.

O STTRBH afirma que o presidente não foi notificado sobre a determinação do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região, por isso a mobilização é total para a greve. Os trabalhadores aguardam convocação de reunião com as empresas e mantêm a greve enquanto não for apresentada proposta. Ainda conforme o sindicato, as estações Barreiro, Diamante, Venda Nova estão paradas além de garagens pontuais pela cidade como, por exemplo, da empresa Belo Horizonte Transporte Urbano na Rua Professor José Vieira de Mendonça, Bairro Engenho Nogueira, na região noroeste. 

A categoria reivindica reajuste salarial de 21,5%, jornada de trabalho de seis horas, ticket de alimentação com 30 folhas no valor de R$ 15 e piso salarial com valor 30% acima do motorista do transporte convencional para os condutores do BRT/Move. A última greve dos rodoviários aconteceu em 2012 e durou quatro dias.

Grande BH

No início da manhã, a movimentação da greve do transporte coletivo era menor em alguns municípios da região metropolitana. Em Contagem, algumas garagens nos bairros Xangrilá, Jardim Laguna, Nova Contagem e na Avenida Bernardo Monteiro solicitaram apoio das viaturas do 18º Batalhão, mas a situação era tranquila. Alguns ônibus circulavam pela cidade pouco antes das 6h.

Em Vespasiano, algumas garagens não estavam funcionando, mas a PM não soube informar a localização delas. Até então não havia protesto. Em Betim, a polícia informou que há viaturas nas garagens do transporte coletivo, mas apesar do chamado do sindicato, os veículos estão saindo e circulando normalmente.

Em Betim, 70% dos veículos estão parados nas garagens e os bairros mais afetados são Alterosas, PTB e Bueno Franco. O sindicato da cidade informou que vai mandar os trabalhadores para casa e vão continuar parados porque também não foram notificados sobre liminar. 

Informações: Estado de Minas

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Motoristas de coletivos de BH têm média de 25 multas por dia de janeiro a setembro

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Seja avançando semáforos vermelhos ou bloqueando os cruzamentos das avenidas, os ônibus que circulam em Belo Horizonte cada vez são mais flagrados desrespeitando as regras de trânsito. Em todo o ano passado foram 7.520 infrações anotadas pelos radares de avanço, de monitoramento de velocidade e agentes de trânsito, uma média de 20,5 autuações por dia. Este ano, até setembro, foram 6.886 multas, ou 25,2 transgressões a cada 24 horas. A média diária é 23% maior que em 2012. É como se um veículo de transporte de passageiros fosse multado a cada hora. Os perigos de acidentes a que os passageiros são expostos por causa da inobservância às normas de circulação do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e o desconforto nas viagens levaram a Empresa de Transporte e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) a usar a quantidade de multas que cada linha acumula para cobrar providências das empresas gestoras.

De acordo com a BHTrans, foi criada neste semestre a Gerência de Auditoria da Qualidade do Transporte Público, que entre suas atribuições fará estudos de linhas reincidentes em multas de trânsito, como avanços de sinal, alta velocidade, desembarque em locais inapropriados, entre outros. A gerência agirá comunicando e cobrando das empresas medidas para solucionar os problemas. Ainda de acordo com a BHTrans, as informações poderão resultar em melhorias no treinamento de motoristas e até na instalação de sinalização onde for necessário. A gerência atenderá também o BRT, sistema de transporte rápido por ônibus, que foi batizado de Move e começará a operar nos primeiros meses do ano que vem.
A grande quantidade de infrações cometidas por motoristas de ônibus dos sistemas BHBus e Metropolitano é facilmente percebida nas ruas. A reportagem do Estado de Minas ficou 10 minutos em cinco pontos, na última sexta-feira, e registrou 41 infrações em semáforos, cruzamentos e corredores das ruas São Paulo, dos Timbiras, Praça Raul Soares  e avenidas Amazonas e Contorno. Na Rua São Paulo, em Lourdes, Região Centro-Sul, os ônibus que atravessavam a Avenida Bias Fortes não esperavam antes do cruzamento mesmo quando viam que do outro lado o tráfego estava congestionado. Avançavam até o meio da avenida e ficavam atravessados, bloqueando o tráfego quando o semáforo abria para os carros da outra via. Só neste local foram computadas sete transgressões em 10 minutos. “É muito difícil. Por Jesus do céu, toda tarde quando a gente passa aqui tem um ônibus atravessado na nossa frente. É desrespeito e não tem ninguém para multar”, reclama o entregador Robson da Silveira, de 37 anos, que trabalha em uma moto.

Perto dali, no Centro, os ônibus que descem a Rua dos Timbiras bloqueiam de ponta a ponta a Rua São Paulo quando tentam fazer a curva, travando completamente a passagem. Só nesta manobra foram flagrados 12 coletivos em 10 minutos, na última sexta-feira. “Chega a ser imprudência. O motorista atravessa o ônibus e não quer nem saber. O pior é que depois que eles passam, os motoristas que ficaram parados vão querer recuperar o tempo perdido e vão acabar fechando o cruzamento também. Aí o trânsito fica ruim desse jeito que a gente está vendo”, queixa-se o vendedor de produtos químicos Alexandre Barbosa, de 40 anos.

Reclamações
Em agosto último, a reportagem do EM fez uma pesquisa por amostragem em 40 ônibus de duas linhas da BHTrans e duas do Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG) que mais reclamações apresentaram durante 2012 e 2013. O resultado foram 72 multas e punições administrativas em aberto, média de 1,8 por unidade, que não levam em conta as autuações que já foram pagas e que por isso desaparecem do prontuário. Avanço de sinal, com 23 registros (32%), é a multa mais frequente, seguida de transitar acima da velocidade máxima permitida, com 15 (20,8%), e da falta de uso de cinto de segurança, com nove (12,5%). Na época, especialistas já cobravam que essas transgressões fossem levadas em consideração na avaliação de qualidade dos prestadores de serviço.

O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH) afirmou, por sua assessoria, que vai “continuar trabalhando para melhorar cada vez mais o serviço de ônibus na capital”. O EM tentou contato com representantes de motoristas para falar sobre o aumento de infrações, mas não obteve retorno. Em ocasiões anteriores, o Sindicato dos Rodoviários de Belo Horizonte já havia considerado que uma das razões para tantas multas a condutores é o tamanho dos ônibus, o que resultaria em muitas infrações por avanço de semáforo. A entidade chegou a defender a instalação de temporizadores nos sinais para evitar o problema.

Infrações em alta

Ano    Multas    Multas/dia
2013*    6.886    25,2    
2012    7.520    20,5
2011    1.861    5    
2010    1.031    2,8

* Até setembro
Fonte: BHTrans

Por Mateus Parreiras
Informações: Estado de Minas
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BRT Move oferece conforto e rapidez, mas ainda há filas e superlotação

segunda-feira, 2 de março de 2015

Viagens bem mais rápidas e seguras em veículos confortáveis e com ar-condicionado para muitos passageiros. No sentido oposto, longas filas, baldeações, grandes intervalos entre as viagens e estações superlotadas para outros tantos usuários. Maior aposta da prefeitura para melhorar o transporte público em Belo Horizonte, o sistema BRT/Move (bus rapid transit em inglês transporte rápido por ônibus), com investimento de cerca de R$ 1 bilhão, completará um ano de operação no domingo. Para avaliar o desempenho do sistema, o Estado de Minas inicia hoje uma série de reportagens sobre a satisfação dos passageiros, a rotina das viagens e a estrutura oferecida.

Depois de três anos de obras e sete datas para inauguração, o Move começou a funcionar em 8 de março de 2014, com ônibus articulados e inicialmente com 23 quilômetros de malha viária em três corredores exclusivos nas avenidas Cristiano Machado, Antônio Carlos/Pedro I, Santos Dumont e Paraná. Chegar ao primeiro embarque, no entanto, não foi fácil. Quando o corredor Cristiano Machado estava praticamente pronto, em 2013, várias estações de transferência precisaram ser mudadas de lugar,  por causa de erros de projeto. Em plena Copa do Mundo, a queda do Viaduto Batalha dos Guararapes matou duas pessoas e atrasou o cronograma da Avenida Pedro I. De lá pra cá, o Move avançou. São 450 veículos e 3,6 mil viagens feitas por dia por 500 mil passageiros em 19 linhas troncais – que partem das estações de integração em direção ao Centro – e em 73 que alimentam esses terminais, vindas dos bairros.

Uma viagem feita em corredor exclusivo e em ônibus com ar-condicionado que nem de longe lembra a penúria de ficar horas parado em irritantes congestionamentos. Andar de Move em Belo Horizonte apresentou o lado bom do transporte coletivo aos passageiros, que sempre conviveram com veículos convencionais, de motor dianteiro e desconfortáveis. Na lista de vantagens há ainda redução no tempo das viagens. A BHTrans, que gerencia o transporte e o trânsito na capital, afirma ter havido diminuição de 47% no corredor Antônio Carlos e de 43% na Avenida Cristiano Machado, resultado do aumento da velocidade média nas duas pistas.

Enquanto nas pistas mistas coletivos circulam a 17km/h, na cidade, as linhas diretas chegam a 44km/h e as paradoras, 30km/h. O velocímetro mostra que trafegar com a mínima interferência das longas filas de carros, motos, caminhões e outros coletivos do sistema de transporte público ganhou a simpatia dos passageiros dos novos e modernos ônibus. Mas o sonho dourado do transporte público não dura toda a viagem. Andar no Move em BH é conviver ainda com estações lotadas, longas filas de espera para embarque, baldeações que atrasam deslocamentos e insegurança, já que não há presença policial, da Guarda Municipal ou de agentes particulares nos terminais.
Passageiros estão divididos entre os benefícios e as dificuldades. Há quem diga que o conforto dos novos coletivos supera qualquer problema, que na avaliação do empresário Pascoal Pimenta da Silva, de 60 anos, eram muitos antes da nova frota. “Só de ter ar-condicionado nesse calor estarrecedor de BH já está ótimo. As viagens no meu caso, que vou de Venda Nova ao Centro, também ficaram mais rápidas por causa dos corredores exclusivos.”

O recepcionista Cléber Inácio de Oliveira, de 51, fala em redução de até 50% no tempo de viagem na Cristiano Machado. Ele mora no Bairro Tupi, Região Norte, e elogia a rapidez do sistema. “Da minha casa até o Centro, gastava cerca de uma hora. Agora, mesmo tendo que fazer uma baldeação na Estação São Gabriel, gasto metade do tempo”, garante.

Vizinha da Avenida Cristiano Machado, a dona de casa Geovana Silva, de 33, que mora no Bairro Cidade Nova, Região Nordeste, também diz que não tem nada a reclamar. “Sempre que ia ao Centro, ficava presa em congestionamentos, a qualquer hora do dia. Hoje, mesmo no horário de pico, quando as outras pistas estão paradas, faço o percurso em tempo mínimo. É muito bom”, afirma.

Para o militar Ronaldo Fernandes dos Santos, de 46, as vantagens do Move ainda não superam a lotação do sistema. “Todos os dias as estações do Centro estão supercheias. A gente vive se espremendo nas filas de embarque e quem chega nos outros ônibus não tem espaço para sair. É uma situação terrível. Todo mundo apertado, mulher, criança, idoso, doente, deficiente, grávida. É um caos toda hora. O tempo de deslocamento também piorou demais. Tenho de pegar quatro ônibus para ir do Mantiqueira ao Centro, em uma hora e 30 minutos. Antes, pegava o 61 e eram 40 minutos”, lamenta. 

O confeiteiro Fabiano Campos de Souza, de 25, também está insatisfeito: “Tenho de esperar sentado na base dos pilares da Estação Pampulha até o meu ônibus, da linha 64, para a Estação Vilarinho, chegar. São mais de 30 minutos e não tem bancos nem cadeiras. Minha vida piorou demais” Ele completa dizendo que antes resolvia tudo com um ônibus e agora precisa pegar três, dependendo do lugar para aonde vai. “E o pior é que se estou em Venda Nova e quero ir para outro lugar da região, preciso pegar um ônibus do bairro para a estação e voltar para Venda Nova.  A gente anda para trás.”

Por Mateus Parreiras e Valquiria Lopes
Informações: Estado de Minas

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Em BH, Uber anuncia desconto de 20% nas viagens para estações do Move e do metrô

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Mais uma polêmica à vista em Belo Horizonte envolvendo o Uber, o maior aplicativo de transporte de passageiros do planeta. De hoje a 30 de novembro, a empresa vai conceder um desconto de 20% para os usuários de sua versão popular, o Uber-X, que iniciem ou terminem as viagens em seis estações do Move e do metrô, numa espécie de integração do aplicativo ao transporte público da capital mineira.

A "integração" ocorrerá nas estações Vilarinho, Venda Nova, Pampulha, São Gabriel, José Cândido e Cidade Industrial – esta última em Contagem. Na prática, o Uber está de olho num universo de 720 mil homens e mulheres que dependem diariamente do Move (500 mil pessoas) e do metrô (220 mil usuários).

O desconto será concedido ao máximo de 10 viagens na versão popular. A empresa decidiu apostar no serviço depois de concluir que entre 10% e 15% das viagens no mundo começam ou terminam em terminais de transporte público.

O serviço já é oferecido em outros países. Começou em Dallas, nos Estados Unidos, numa parceria entre a empresa e a Dallas Area Rapid Transit (Dart), que opera o transporte público de lá. “Com esse desconto para acesso ao transporte público, queremos apresentar para ainda mais pessoas à Uber como uma opção, principalmente em regiões que não têm fácil acesso ao transporte público”, disse Gui Telles, gerente geral da Uber no Brasil.

A nova iniciativa ocorre em meio à discussão sobre a regulamentação do Uber no país – além de Belo Horizonte, a empresa opera em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. Há registros de dezenas de discussões, ameaças e brigas entre taxistas e motoristas do aplicativo, com depredação de veículos e até agressões a passageiros nas capitais.

Os motoristas profissionais contrários ao Uber reclamam que os condutores do aplicativo não pagam impostos, numa concorrência desleal. Já o Uber justifica que a empresa não é uma firma de transporte público. A disputa entre taxistas e o aplicativo gerou audiências públicas na Câmara Municipal.

Táxis Na capital mineira, a proposta de regulamentação obriga, na prática, que a empresa use mão-de-obra de taxistas se quiser seguir funcionando. Uma comissão elaborou a minuta de um projeto de lei, com participação de integrantes da BHTrans, com finalidade de ampliar a frota de táxis especiais e proibir qualquer aplicativo de operar na capital sem seguir as regras impostas pela prefeitura. O texto ainda não foi votado em plenário.

Um dos pontos propostos no texto é que os motoristas do Uber se tornem auxiliares da frota de táxi. A proposta foi criticada pro motoristas do aplicativo, pois muitos compraram carros para prestar serviço ao Uber e avaliam que terão prejuízo se o texto for aprovado e sancionado pelo prefeito Marcio Lacerda.

O Uber-X estreou em BH em 13 de agosto. Há três diferenças em relação ao Uber Black. A primeira é o preço: o Uber-X é cerca de 25% mais barato. As outras duas são o ano de fabricação e a cor do veículo. Na versão popular, os carros devem ser fabricados a partir de 2008 e podem ter qualquer cor. Na Black, acima de 2013 e na cor preta.

Por Paulo Henrique Lobato
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