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Grande Recife: TI Xambá ficou sem ônibus após motorista levar pedrada na boca

terça-feira, 11 de julho de 2023

O Terminal Integrado de Xambá, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife, começou a terça-feira (11) sem ônibus após a garagem da empresa Caxangá ser fechada em protesto organizado pelo Sindicato dos Rodoviários.

O ato, que durou cerca de quatro horas, ocorreu após uma motorista da linha TI Xambá/Rio Doce ser agredida com uma pedrada no rosto por pessoas que subiram no ônibus, na segunda-feira (10). Os ônibus começaram a ser liberados por volta das 7h.

De acordo com o Sindicato dos Rodoviários, a profissional trabalhava quando foi agredida com uma pedrada na boca. Ela foi ao Instituto Médico Legal (IML) do Recife para realizar exame de corpo de delito e registrou Boletim de Ocorrência, além de ter sido atendida por médico. A motorista teve sangramento no rosto, já que a pedra provocou um corte debaixo da gengiva. 
"Deixo meu pedido clamando as autoridades. Os trabalhadores do sistema rodoviário estão endo agredidos todos os dias. Temos informado à Justiça as agressões dos trabalhradores", afirmou a diretora do Sindicato dos Rodoviários Clarice Barbosa

Os rodoviários também reclamam de desconto feito pela Caxangá, que, segundo a categoria foi feito de forma indevida. 

Informações: Folha PE
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Grande Recife: Terminal Integrado Abreu e Lima inicia operação neste sábado

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Os usuários do transporte público da Região Metropolitana do Recife ganham, a partir deste sábado (18), mais um equipamento do Sistema Estrutural Integrado (SEI). O Terminal Integrado Abreu e Lima, localizado às margens da BR-101, inicia sua operação com a expectativa de atender 40 mil pessoas por dia. 

Orçado em R$ 15,4 milhões, o TI Abreu e Lima possui 3.639 m² de área construída, com três plataformas de embarque e desembarque, lanchonete, bilheteria, sala de administração, guarita e ilha de despachante. Além disso, o Terminal possui piso tátil (que facilita a orientação de pessoas com deficiência visual e visibilidade reduzida) e mecanismo antiderrapantes, para evitar quedas e escorregões. O equipamento foi projetado dentro dos padrões da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e oferece uma estrutura moderna e funcional.

O TI inicia operação com 11 linhas de ônibus e 58 veículos, realizando 724 viagens por dia. Entre as linhas, serão seis alimentadoras, que transportam os usuários do subúrbio para o terminal; duas interterminais, que ligarão Abreu e Lima aos TIs Igarassu, Pelópidas; uma perimetral que ligará o novo TI ao Terminal Integrado Macaxeira e duas linhas troncais de BRT, que levarão os passageiros até o Centro. Os usuários também terão integração física através de passarelas com a estação de BRT Abreu e Lima. 

O início da operação do TI Abreu e Lima será a maior operação da história do Sistema de Transporte Público de Passageiros da RMR, visto que irá impactar em mudanças operacionais em mais seis Terminais Integrados: PE-15, Pelópidas Silveira, Igarassu, Macaxeira, Xambá e Rio Doce.

No TI PE-15, as linhas alimentadoras 1931 – Jardim Paulista Baixo/TI PE-15; 1932 – Jardim Paulista Alto/TI PE-15; 1934 – Arthur Lundgreen I/TI PE-15; 1935 – Paratibe/TI PE-15; 1941 – Arthur Lundgreen II/TI PE-15 e 1943 – Mirueira/TI PE-15 serão transferidas para o Terminal Pelópidas Silveira, o que resultará no ganho no tempo de viagem e na redução de 8km no deslocamento dessas linhas, beneficiando 12 mil pessoas. Com a saída dessas linhas, o TI PE-15 passa a contar apenas com uma linha alimentadora, a 1923 – Cidade Tabajara/TI PE-15. Outra novidade será a ligação do TI PE-15 com o TI Xambá, com a alteração da linha 883 – TI Xambá/Rio Doce (II Perimetral) para 883 – TI Xambá/TI PE-15. Os usuários do TI Xambá continuarão com outras duas opções de deslocamentos diretos para Rio Doce através das linhas 881 – TI Xambá/Rio Doce (Av. Getúlio Vargas) e 882 – TI Xambá/Rio Doce (Carlos de Lima Cavalcanti). 

Para poder receber as seis linhas alimentadoras vindas do TI PE-15, o Terminal Integrado Pelópidas Silveira também terá alterações. As seis linhas alimentadoras 1912 – Caetés I/TI Pelópidas, 1917 – Caetés II/TI Pelópidas, 1998 – Caetés III/TI Pelópidas, 1984 – Loteamento Bonfim/TI Pelópidas, 1988 – Desterro/TI Pelópidas e 1989 – Loteamento Planalto/TI Pelópidas, que atualmente operam no TI Pelópidas Silveira, serão transferidas para o TI Abreu e Lima e passam a ser alimentadoras deste terminal. Essa mudança significa a redução de 7km no deslocamento das linhas para o Terminal, resultando também na diminuição do tempo de viagem para o usuário. 

O litoral do município de Paulista também ganhará ligação direta com um Terminal Integrado. A linha 1958 – Costa Azul se tornará alimentadora do TI Pelópidas e passa a se chamar 1958 – Costa Azul/TI Pelópidas. A linha 1905 – TI Igarassu/TI Pelópidas será migrada para o TI Abreu e Lima e mudará sua nomenclatura para 1905 – TI Igarassu/TI Abreu e Lima. Esta linha atenderá os usuários que estiverem nas paradas da BR-101 e que não são atendidos pelas estações de BRT. 

O início da operação do TI Abreu e Lima também irá possibilitar a ligação da orla de Olinda ao SEI. A linha 1940 – Abreu e Lima/Olinda será transformada na 1940 – TI PE-15 (Circular), atendendo ao Varadouro, Pan Nordestina, Carmo, Av. Getúlio Vargas, indo até a Praça Pedro Jorge, em Casa Caiada. No sentido subúrbio/terminal, esta linha também atenderá a Av. Carlos de Lima Cavalcanti e Bultrins. Outro benefício à população será a integração do Terminal Rio Doce ao SEI, com a mudança da 1986 – Rio Doce/Derby para 1986 – TI Rio Doce/TI PE-15, possibilitando mais deslocamentos aos usuários da região.

Os usuários do TI Macaxeira também ganharão ligação com o novo equipamento da Zona Norte da RMR. Será criada a linha perimetral 901 – TI Abreu e Lima/TI Macaxeira em substituição da linha 901 – Caetés/Macaxeira, que deixará de operar. A nova linha irá operar com tarifa A (R$2,80) e vai atender a demanda da 901 anterior, que operava com tarifa B (R$3,85).   

Com a inauguração deste terminal e a inclusão do Rio Doce no SEI, o sistema passa a contar com um total de 24 TIs em operação, são eles: Aeroporto, Afogados, Barro, Cabo, Cajueiro Seco, Camaragibe, Cavaleiro, Caxangá, Igarassu, Jaboatão, Joana Bezerra, Macaxeira, PE-15, Pelópidas Silveira, Recife, Tancredo Neves, TIP, Xambá, Largo da Paz, Prazeres, Santa Luzia, Cosme e Damião, Rio Doce e Abreu e Lima. Com isso, mais usuários terão direito a utilizar o sistema pagando apenas uma passagem para se locomover na RMR, por sentido. 

LINHAS DO TI ABREU E LIMA:

Alimentadoras

1912 – Caetés I/ TI Abreu e Lima

1917 – Caetés II/TI Abreu e Lima

1998 – Caetés III/TI Abreu e Lima

1984 – Loteamento Bonfim/TI Abreu e Lima

1988 – Desterro/ TI Abreu e Lima

1989 – Loteamento Planalto/TI Abreu e Lima

Interterminal

1905 – TI Igarassu/TI Abreu e Lima

1933 – TI Abreu e Lima/TI Pelópidas

Perimetral

901 – TI Abreu e Lima/ TI Macaxeira

Troncais

1962 – TI Abreu e Lima (PCR) – BRT

1961 – TI Abreu e Lima (Dantas Barreto) – BRT

Confira também como ficará a rede dos demais Terminais Integrados com a inauguração do TI Abreu e Lima: 

Terminal Integrado PE-15

1923 – Cidade Tabajara/TI PE-15

1986 – TI Rio Doce/TI PE-15

883 – TI Xambá/TI PE-15 

1940 – TI PE-15 (Circular)

50 – TI PE-15/Boa Viagem (PCR)

1913 – TI PE-15/TI Joana Bezerra

914 – TI PE-15/TI Afogados

1915 – TI PE-15 (Dantas Barreto) - BRT

1900 – TI PE-15 (PCR) - BRT

1970 –TI Pelópidas/ TI PE-15 - BRT

Terminal Integrado Pelópidas Silveira

1922 – Pau Amarelo/TI Pelopidas

1937 – Nobre/TI Pelópidas

1944 – Loteamento Conceição/TI Pelópidas

1945 – Jaguarana (Alameda)/TI Pelópidas

1934 – Arthur Lundgren I/TI Pelópidas

1941 – Arthur Lundgren II/ TI Pelópidas

1952 – Maranguape I/TI Pelópidas

1953 – Maranguape II/ TI Pelópidas

1955 – Engenho Maranguape/TI Pelópidas

1931 – Jardim Paulista Baixo/TI Pelópidas

1932 – Jardim Paulista Alto/TI Pelópidas

1935 – Paratibe/TI Pelópidas

1943 – Mirueira/TI Pelópidas

1958 – Costa Azul/TI Pelópidas

1970 –TI Pelópidas/TI PE-15 – BRT

1933 – TI Abreu e Lima/TI Pelópidas

1906 – TI Pelópidas/TI Macaxeira

1909 – TI Pelópidas/TI Joana Bezerra

1976 – TI Pelópidas (PCR) - BRT

1979 – TI Pelópidas (Dantas Barreto) - BRT

Terminal Integrado Igarassu

1903 – Araçoiaba/TI Igarassu

1968 – Ilha de Itamaracá/TI Igarassu

1969 – Itapissuma/TI Igarassu

1918 – TI Igarassu (Circular)

1964 – TI Igarassu/TI Macaxeira

1905 – TI Igarassu/TI Abreu e Lima

1946 – TI Igarassu (PCR) – BRT

1967 – TI Igarassu (Dantas Barreto) 

Terminal Integrado Rio Doce

1987 – Rio Doce (Príncipe)

2920 – Rio Doce/CDU

1986 – TI Rio Doce/TI PE-15

1966 – Rio Doce (Circular)

1981 – Rio Doce (Cde. Boa Vista)

1983 – Rio Doce (Princesa Isabel)

930 – Rio Doce/ Dois Irmãos

910 – Piedade/Rio Doce 

Para mais informações, os usuários podem entrar em contato com a Central de Atendimento ao Cliente (0800.081.0158) ou acessar o site: www.granderecife.pe.gov.br.
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Passageiros enfrentam insegurança e riscos em ônibus do Grande Recife

domingo, 21 de junho de 2015

Terminal Integrado do Barro, Zona Oeste do Recife, 18h da última quarta-feira (17). A dona de casa Rosângela Marques está há mais de 30 minutos na fila da linha Zumbi Do Pacheco e já viu quatro ônibus passarem sem conseguir entrar. Do seu local, ela vê jovens, homens e mulheres que, ansiosos para chegar em casa, avançam em cada coletivo que estaciona. 

Alguns entram pela janela e um estudante chega a violar a entrada de ventilação instalada no teto do veículo para conseguir embarcar. O cenário de agonia e estresse nos horários de pico, flagrado pelo G1, é rotina no Grande Recife, de Norte a Sul. Passageiros sofrem com veículos que não suprem a demanda, falta de fiscalização e também de educação de usuários. “Tem que mudar tudo, porque do jeito que está funcionando, está tudo errado”, afirmou Rosângela.

A situação diária, somada aos frequentes acidentes, de pequenas ou grandes proporções, vem mudando o comportamento de alguns passageiros, que, amedrontados, tentam evitar ônibus superlotados, quando possível. Em cerca de 45 dias, pelo menos quatro casos de violência no transporte público chamaram a atenção na Região Metropolitana. 

No início de maio, a universitária Camila Mirele morreu após cair de ônibus em movimento, perto da Cidade Universitária, no Recife. No começo de junho, um passageiro foi agredido por um motorista que trafegava em alta velocidade; no mesmo dia, um motorista foi agredido a pedradas por passageiros que queriam descer fora do ponto. No último dia 16 de maio, o estudante Harlynton Souza morreu, também após cair de um coletivo, no Cais de Santa Rita.

Com a consciência de que os casos poderiam acontecer com qualquer uma das milhões de pessoas que usam ônibus no Grande Recife, a mãe da estudante de engenharia Raísa Dias fez uma reunião em casa, com os dois filhos universitários, para orientar como eles devem se comportar ao utilizar o transporte. “Ela ficou muito nervosa com o que aconteceu e pediu que, pelo amor de Deus, a gente não entrasse em ônibus em que a gente fique imprensada na porta. É melhor perder uma prova, uma cadeira, até um período, do que sofrer um acidente e ficar numa cadeira de rodas ou até morrer”, disse a jovem, que diariamente faz o percurso de Peixinhos, em Olinda, até a Escola Politécnica da Universidade de Pernambuco, na Madalena, Zona Oeste da capital.

As aulas de Raísa começam às 7h10, e, antes mesmo das 6h, a estudante já está na parada, na Avenida Presidente Kennedy. Ela deixa até cinco ônibus passarem pelo ponto, porque fica impossibilitada de entrar em veículos superlotados que saem do Terminal de Xambá, em Olinda. Só encara quando tem prova ou não pode perder a chamada. Na volta para casa, o martírio continua, no Terminal Joana Bezerra, área central do Recife. A estudante, como a maioria das pessoas que frequenta a estação, se arrisca na entrada do local e não na área destinada a cada linha. O problema é que, se esperam na fila, os passageiros encontram os ônibus já lotados, porque as pessoas “invadem” o perímetro de embarque e desembarque na chegada dos veículos. 

O TI Joana Bezerra atualmente é um dos mais desestruturados do Grande Recife. Não há espaços adequados para filas e fiscais, que ficam sentados enquanto passageiros que saem e entram nos veículos duelam uma batalha nas escadas, como flagrou a reportagem do G1. Gessina Magno, usuária do terminal, tem osteoporose e, todos os dias, encara a dor por conta das pessoas que batem em sua perna. “Eu me machuco sempre, porque as pessoas não esperam a gente descer do veículo, e eu não consigo ser rápida. Já sei que tenho que sair empurrando, para poder chegar ao metrô”, disse a senhora de 60 anos, que sai do Jordão à Ilha do Leite, enfrentando dois terminais: Joana Bezerra e Aeroporto.

No TI do Barro, local onde o G1 flagrou a invasão dos passageiros por janelas laterais e superiores, o respeito pela área de desembarque é maior, por conta da presença de fiscais do Grande Recife. Mas, nas filas, pessoas ficam onde querem, até sentadas no meio-fio, correndo o risco de serem atropeladas. “Se todo mundo respeitasse, apesar de não evitar que os ônibus saíssem lotados, iria melhorar. Mas o povo mesmo faz cachorrada, às vezes o motorista nem tem culpa, com a ignorância dessa gente. Eu fico na fila até conseguir embarcar”, disse o pedreiro Edson Marinho, que vai da UR-7 ao Centro diariamente, gastando mais de duas horas em percurso de ônibus e metrô. “A gente sabe a hora que sai de casa, mas nunca a de voltar, por conta desse inferno”, completou Rosângela Marques, na mesma fila.

Mas os problemas não ficam restritos aos terminais integrados, de onde os ônibus saem cheios e até com portas já quebradas, como registrou a reportagem, na linha PE-15/Joana Bezerra. A doméstica Jailma Souza, no último mês, ficou com o braço preso em uma porta e viu a filha cair, em plena Avenida Agamenon Magalhães, após o motorista acelerar o veículo. “Por um triz, poderia ser minha filha a acidentada. Eu agora espero o tempo que for para não me arriscar”, disse.

Nem dentro dos coletivos os passageiros se sentem seguros. A assistente Cristiane Ferreira, 42, relatou que sofreu um acidente após pegar um ônibus da linha Casa Caiada, em Olinda, na última segunda (15). Ela estava pagando a passagem quando foi arremessada contra o para-brisa dianteiro do veículo depois que o motorista deu uma freada brusca. Com o impacto, o vidro do coletivo ficou rachado e a usuária precisou ser socorrida a um hospital, onde colocou um colar cervical. “A batida foi toda nas costas, e ainda está doendo. A sorte foi que o acidente aconteceu quase em frente a um hospital e uma enfermeira que largava do trabalho me atendeu. Eu fui jogada da catraca até o para-brisa. Se fosse um idoso ou uma criança, poderia ter ocorrido algo pior. O motorista foi imprudente na direção”.

Irmã de Cristiane, Josiane Ferreira, 35, ficou indignada com o acidente e cobra atenção das autoridades. “Em fevereiro, uma amiga do trabalho levou uma queda ao subir em um ônibus. Resultado: cirurgia no punho, onde colocou pinos e recebeu afastamento de 4 meses do trabalho. Minha irmã também está uma semana sem trabalhar. Minha intenção não é prejudicar o motorista e o cobrador, mas sim fazer um alerta a toda sociedade, empresas de transporte público e governo do estado para fiscalizar o transporte público coletivo”, argumenta.

Já a estudante Raísa Dias, que mudou seus hábitos, não consegue ver melhora por onde circula na cidade. “A gente vê essas tragédias e nota que pode ser com você ou com alguém muito próximo. Mas não vejo uma solução, perco as esperanças, porque não tem medida sendo tomada. É como ser assaltado no seu bairro. Você presta queixa e fica por isso mesmo, sabendo que no outro dia pode ser assaltado de novo. É um ciclo vicioso”, disse. No futuro, ela sonha comprar um carro, para tentar se livrar dos ônibus lotados e encarar o trânsito do Recife. “Pelo menos vou estar no ar-condicionado e escutando meu som”, completou, mesmo sabendo que deixa um problema por outro.

Problema estrutural e motoristas atrasados
De acordo com o Grande Recife Consórcio de Transportes, 26 mil viagens são feitas por dia, com 2,8 mil veículos circulando na Região Metropolitana. Esses números poderiam ser muito maiores, caso o trânsito não fosse tão congestionado. Em um seminário realizado pela Prefeitura do Recife para discutir o Plano de Mobilidade, no último dia 11 de junho, o doutor em Planejamento e Engenharia de Transportes Cesar Cavalcanti foi categórico: "No Recife, não faltam ônibus. O problema é o trânsito, porque os veículos ficam presos. O sistema tem ônibus suficiente e poderia ser otimizado e ter mais viagens, caso tivessem o caminho livre".

A reportagem do G1 também conversou com motoristas, que, atrasados para cumprir horário, precisavam se apressar.  "O sistema é cansativo. O ônibus só anda lotado, em todas as viagens. Tem gente que surfa no ônibus, que sobe por trás. A gente é instruído a parar e mandar a pessoa descer, mas eles não descem, e a gente não pode fazer nada. Dá medo, porque não sabemos quem é quem", reclamou o motorista Alexandre dos Santos, 38 anos.

A violência também é um problema recorrente para os profissionais que trabalham nos coletivos. "Nas quatro viagens que damos por dia, é muito difícil ter pelo menos uma em que a gente não seja ameaçado por um passageiro", conta o motorista de ônibus Leandro Soares, 35. Ele trabalha na linha CDU/Caxangá/Boa Viagem há cerca de quatro meses e diz que violência, cansaço e ônibus lotados fazem parte da rotina da profissão. "É complicada a relação com os passageiros. Quando acontece algo, eles culpam o motorista. Mas muitas vezes a culpa é do passageiro. Acho que deveríamos ter mais educação no trânsito, para o passageiro e para o motorista", disse.

O cobrador Geovani dos Santos, 31, que exerce a função há 13 anos, conta que já soube de um colega ter sido ameaçado por um homem armado, apenas por não ter aberto a porta do ônibus. Ele reclama também dos assaltos. “Eu mesmo já perdi quatro celulares em assalto. Infelizmente, tem gente que perde a vida. O dia a dia é esse", lamenta.

Procurado pela reportagem, o diretor de operações do Grande Recife Consórcio de Transporte, André Melibeu, informou que está investindo no sistema de monitoramento de linhas e negociando com as empresas para melhorar a circulação e o acesso do usuário ao transporte. “Também estamos fazendo pesquisa com os passageiros, tantos nos terminais, quanto nas paradas intermediárias, para identificar pontos de superlotação, além de aumentar o efetivo de facilitadores de fila, que organizam o embarque e desembarque”.

No último mês, o Consórcio também pediu o apoio da Polícia Militar, que passou a fiscalizar os terminais integrados. “O policiamento presente não é o ponto central, mas a polícia tenta evitar que pessoas entrem no veículo de forma irregular, arrombem portas, basicamente para conter a ação de vândalos”, explica.

Melibeu acrescentou que com o sistema de monitoramento, que vem sendo implantado nos veículos desde 2003, será possível, por exemplo, prever o horário de passagem dos ônibus pelos pontos. “Hoje, nós já temos computadores e televisões que mostram a situação real da circulação. Os terminais também têm um sistema para se comunicarem e, dessa forma, fazemos a interlocução com os motoristas. Assim, se está ocorrendo algum problema na Conde da Boa Vista, por exemplo, podemos atuar para otimizar a circulação. Até o fim do ano, acredito que essa tecnologia possa ser utilizada não só pelo sistema gestor, mas pelo usuário.”

Sobre as licitações das linhas, processo que se arrasta há pelo menos dois anos, o diretor de operações contou que dois lotes – os que englobam os corredores Norte/Sul e Leste/Oeste – já foram homologados e estão em operação desde meados do ano passado. Juntos, eles correspondem por 25% do total da frota do Grande Recife.

O consórcio Conorte, formado pelas empresas Cidade Alta, Rodotur e Itamaracá, opera o Norte/Sul. Atualmente, o corredor possui três linhas e atende a uma demanda de 44 mil passageiros por dia. A previsão é que, com a conclusão das obras, até o fim do próximo mês, a via para coletivos possa dispor de 9 linhas para uma demanda diária de 180 mil usuários. Já o Leste/Oeste é administrado pelo consórcio Mobrasil (empresa Metropolitana) e opera hoje com 3 linhas para uma demanda de 62 passageiros/dia. A previsão é que passe para 7 linhas e 150 mil usuários diariamente. No entanto, as obras do corredor estão atrasadas e não há prazo para a conclusão, conforme a Secretaria Estadual das Cidades.

"À medida que os corredores são entregues, podemos substituir as linhas convencionais pelos veículos BRTs. O que temos hoje é uma operação transitória porque estamos com corredores incompletos”, ressaltou Melibeu. Além dos dois lotes homologados, há outros corredores que ainda aguardam o fim do processo de licitação. São eles: José Rufino e Abdias de Carvalho; Mascarenhas de Moraes; Rosa e Silva, Rui Barbosa e Avenida Norte; Beberibe e Presidente Kennedy; Domingos Ferreira e BR-101 Cabo/Ipojuca. O Grande Recife informou que, por questões técnicas, as licitações estão sendo avaliadas e que não há prazo para conclusão.

Em relação às investigações das mortes ocorridas no sistema de transporte coletivo, o responsável pelo Departamento de Delitos de Trânsito, Newson Motta, disse que os inquéritos estão em andamento. Ele aguarda perícia do Instituto de Criminalística (IC) para dar prosseguimento ao caso da universitária Camila Mirele. A apuração sobre a morte do estudante Harlynton Lima dos Santos está na fase inicial e ainda depende da ouvida de testemunhas.

Fotos: Vitor Tavares e Penélope Araújo/G1
Por Vitor Tavares e Penélope Araújo
Do G1 PE
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No Recife, Motoristas da empresa de ônibus Caxangá cruzam os braços

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Motoristas da empresa de ônibus Caxangá cruzaram os braços na manhã desta segunda-feira. Em Olinda, município atendido pela empresa de transportes, as paradas de ônibus estão lotadas. Os trabalhadores realizaram um protesto na garagem da empresa, localizada nas imediações do Terminal Integrado de Xambá, que teve o movimento afetado. Os passageiros reclamam da falta de informação. 

Localizado na Avenida Presidente Kennedy, em Olinda, o TI de Xambá atende diariamente cerca de 44 mil pessoas. O terminal oferece 19 linhas de ônibus e 160 veículos, que fazem 2.034 viagens por dia. Entre as linhas, 11 transportam os usuários do subúrbio para o terminal; cinco ligam Xambá aos TIs Joana Bezerra, Afogados e Rio Doce; e outras três têm o Centro do Recife como destino

Outro caso - Em fevereiro deste ano, os passageiros sofreram a ausência de ônibus da empresa Vera Cruz nas ruas da Região Metropolitana do Recife (RMR). Na garagem da empresa, na BR-101, bairro de Prazeres, Jaboatão dos Guararapes, cerca de 30 trabalhadores bloquearam a saída dos coletivos. A Vera Cruz possui 35 linhas, atendendo ao Grande Recife. Segundo os trabalhadores, apenas 10% da frota circula hoje.

Os trabalhadores alegaram falta de pagamento das horas extras, além outras irregularidades como desconto de horas mesmo com a apresentação de atestado médico e carga-horária abusiva. Os passageiros foram pegos de surpresa. Nas ruas, grandes filas se formaram nas paradas de ônibus. Leitores enviaram imagens para o WhatsApp do Diario de Pernambuco.

Informações: Diário de Pernambuco

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Greve em Recife: Paralisação de rodoviários fica suspensa até domingo

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

O Sindicato dos Rodoviários do Grande Recife decidiu, em reunião realizada na tarde desta sexta (22), que os rumos do movimento da categoria serão decididos apenas no domingo (24), às 14h, quando os trabalhadores têm novo encontro. Até lá, a orientação do sindicato é que não aconteça mais paralisações, mantendo o serviço na noite desta sexta e também no sábado (23). De acordo com a assessoria do sindicato, entretanto, não é possível impedir que ocorra movimentos espontâneos de paralisação por parte de alguns motoristas.

A paralisação da manhã desta sexta afetou grande parte do serviço de ônibus na Região Metropolitana e foi um protesto contra a decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que suspendeu, temporariamente, o aumento de 10% no salário e de 75% no tíquete-alimentação da categoria. Esse índice de aumento havia sido determinado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6), no último dia 30 de julho, após três dias de greve da categoria.

De acordo com o secretário-geral da diretoria do sindicato, Josival José da Costa, a situação dos ônibus na segunda-feira (25), só será definida na reunião de domingo. O encontro vai ocorrer na sede do Sindicato dos Professores de Pernambuco (Simpere), no Centro do Recife.

"A paralisação de hoje foi para mostrar que a classe rodoviária está disposta a lutar pelas suas causas. Isso foi uma resposta aos patrões, para dizer que precisamos respeito. Eles dizem não têm dinheiro para pagar o aumento, mas não falam do lucro, das insenções fiscais que recebem", comentou.

Segundo o Grande Recife Consórcio de Transportes, às 17h desta sexta, a quantidade do efetivo de ônibus que circulava pelas ruas da Região Metropolitana era de 40%. Ainda assim, o sindicato dos trabalhadores insiste que motoristas, cobradores e fiscais devem voltar ao trabalho normal ainda durante esta noite. A assessoria jurídica do sindicato está trabalhando para apresentar recurso junto ao TST, contra a ação do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros, a Urbana-PE, que reúne os empresários do setor.

Em nota, a Urbana-PE  disse que "tem se empenhado para garantir a operação do sistema de transporte público na Região Metropolitana do Recife (RMR) ao longo desta sexta-feira". O sindicato das empresas afirma ainda que não foi informado sobre a paralisação dos operadores, conforme obriga a legislação.

Aulas suspensas
A Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) suspendeu o expediente desta sexta-feira a partir das 13h, devido à paralisação dos rodoviários. A instituição informou que, caso o movimento continue no sábado (23), as aulas também vão ser suspensas. Também foram suspensas as aulas noturnas do Centro Universitário Maurício de Nassau (Uninassau).

Metrô amplia horário
Por conta da paralisação, o horário de pico do metrô vai ser estendido das 17h às 21h, uma hora a mais que em dias normais. Neste período, as viagens da Linha Centro terão intervalo de cinco minutos, enquanto o da Linha Sul será de oito minutos. A medida vai gerar mais 20 viagens, transportando mais 40 mil passageiros. O metrô do Recife opera normalmente até as 23h.

Dia tumultuado
A manhã desta sexta foi de muito tumulto e de dificuldade para passageiros que precisavam pegar ônibus. Alguns relataram espera de mais de duas horas em paradas. De acordo com o Grande Recife Consórcio de Transporte, apenas 35% da frota saiu das garagens e parte ainda ficou parada nas ruas. Por dia, são atendidos pelo sistema uma média de 2 milhões de passageiros.

Um ônibus foi incendiado durante um protesto, no Terminal Integrado da Macaxeira, no Recife. Um carro do Corpo de Bombeiros esteve no local apagando as chamas e liberando a circulação dos veículos na BR-101. As paradas da cidade continuam cheias e poucos ônibus estão circulando. Mais de dez ônibus ficaram parados na rodovia PE-15, em Olinda, na altura do Viaduto dos Bultrins. Parte dos coletivos teve os pneus esvaziados com pregos. Um ônibus estava com o parabrisa quebrado. 

Os motoristas informavam incialmente que a paralisação seria de 4h às 10h. Os registros de tumulto e protestos continuam em todo o Grande Recife. No começo da manhã, o trânsito foi interrompido na BR-101 no sentido Recife - Paulista, na altura do quilômetro 60, devido ao protesto de rodoviários no terminal da Macaxeira. O protesto foi encerrado por volta das 9h, mas ainda há retenção na BR-101 de Igarrasasu para o Recife, gerando congestionamento a partir de Abreu e Lima.

Em Olinda, logo pela manhã, havia ônibus no Terminal Integrado do Xambá, mas eles não entravam nem saiam do local. Um portão chegou a ser derrubado no começo da manhã para garantir a não-circulação dos coletivos e houve protesto, com fogo sendo ateado a pneus para impedir a passagem  na rua. Passageiros revoltados fecharam por alguns minutos a Avenida Presidente Kennedy, que foi liberada por volta das 7h20. Por dia, passam cerca de 50 mil passageiros pelo terminal.

Decisão do dissídio
A decisão monocrática sobre o dissídio coletivo dos trabalhadores aconteceu na quarta-feira (20) e acata o recurso ordinário do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado de Pernambuco (Urbana-PE). A medida fica valendo até o julgamento do processo pela Seção de Dissídios Coletivos do TST, ainda sem data marcada.

 Em sua decisão, o ministro do TST entende que o reajuste concedido foi fora dos limites do poder normativo da Justiça do Trabalho. Dessa forma, ficam suspensos o reajuste salarial e do piso da categoria de 10% e mantido o de 6%. Com isso, o salário de motorista passa a ser de R$ 1.700,30; o de fiscal, R$ 1.100,17; e o de cobrador, R$ 782,28. Com a decisão conseguida no TRT no dia 30 de julho, após uma greve de três dias, os salários dos trabalhadores seriam de R$ 1.765,5, R$ 1.140,70, e R$ 811,80, respectivamente.

A suspensão também afeta o auxílio-funeral, diária para viagens e o tíquete-alimentação dos trabalhadores, que havia sido corrigido em 75%, atingindo o valor de R$ 300. Com o reajuste de 6%, o tíquete fica em R$ 181,26.  Na ocasião do julgamento do TRT, os desembargadores entenderam que o valor não permite uma alimentação adequada no Grande Recife.

Os trabalhadores ainda não haviam recebido nenhum salário com aumento. Quando houve a decisão do TRT, a folha do mês já havia sido concluída. No dia 20 de agosto, os trabalhadores recebem um adiantamento do salário, que é pago no dia 5. Nesse primeiro pagamento, os empresários afirmaram que o aumento seria dado no pagamento efetivo do salário, dia 5.

Em nota, a Urbana-PE informou que entrou com recurso "por motivo de absoluta incapacidade financeira  e visando salvaguardar a solvência financeira do sistema". O  sindicato diz ainda que o sistema é custeado unicamente pela tarifa, "a segunda menor do País e que há mais de 2 anos não é reajustada". A Urbana ainda cita que "outras fontes de recurso devem ser adotadas para manutenção do serviço, para prover melhorias e garantir uma tarifa socialmente justa aos usuários".

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Recife: Especialista diz que sistema de terminal integrado é ultrapassado e ineficaz

domingo, 3 de agosto de 2014

Sinônimos de longas filas, tumulto e reclamações, os Terminais Integrados (TIs) da Região Metropolitana do Recife (RMR), que compõem a base do Sistema Estrutural Integrado (SEI), representam hoje um ponto dissonante no sistema de mobilidade, que necessita de reformulação no seu funcionamento. As recorrentes confusões que acontecem em alguns dos espaços, a última registrada, na quarta passada no TI da Macaxeira, na Zona Norte do Recife, faz com que os usuários não acreditem em qualquer melhoria que possa garantir mais conforto na utilização do serviço.

Algumas das queixas dizem respeito a um problema quase que casado: a demora nos coletivos e a necessidade de ter que ir ao terminal para poder prosseguir viagem até o destino final. Desde o início da operação de alguns terminais, como o Pelópidas Silveira, em Paulista, e o Tancredo Neves, na Imbiribeira, milhares de moradores se viram prejudicados, pois perderam as linhas que os levavam, sem baldeação, até o Centro da Cidade, por exemplo. Esse é o caso da repositora Josiane Amorim.

Antes do funcionamento do Terminal Integrado, a moradora do bairro de Maranguape I, em Paulista, contava com uma linha que a deixava direto no trabalho, gastando apenas 20 minutos no trajeto. Atualmente, ela e todos os vizinhos perderam o “benefício” e precisam pegar o coletivo de uma linha alimentadora e descer no TI Pelópidas Silveira. Só então pode seguir em outro transporte até o trabalho. “Agora levo cerca de uma hora para chegar ao serviço. Se por um lado a passagem da volta diminuiu, de um vale “B” para o “A”, a espera é muito maior, o que não compensa”, declarou a jovem.

Apesar dos problemas, alguns usuários acreditam que existem, no meio de tantos empecilhos, pontos positivos nos terminais integrados. A estudante Rubenice da Silva, moradora do Córrego do Abacaxi, em Olinda, precisa pegar todos os dias um ônibus até o TI de Xambá, na avenida Presidente Kennedy. “Antes existia a linha Córrego do Abacaxi que seguia direto até o Centro. Ficou ruim pra mim, mas para outras pessoas o sistema facilitou, pois agora elas possuem opções para ir até a Joana Bezerra ou Afogados, sem precisar pagar nova passagem”, ponderou.

A usuária lembra, entretanto, que quando a linha seguia direto do bairro, o coletivo não chegava a lotar, porém, com a criação da integração no Xambá, os veículos só saem lotados. “Agora são os passageiros do bairro e de vários outras localidades de Olinda”, observou. No TI da Macaxeira, onde o atraso revoltou os passageiros que fizeram um protesto na última quarta, e foram dispersados depois da ação do Batalhão de Choque da PM, a situação também é de insatisfação. Mesmo após o reforço de sete coletivos em cinco linhas de ônibus que passam pelo equipamento, a população critica o espaço. Até fora dos horários de pico é possível ver situações que tiram a paciência dos passageiros, como longas filas e pessoas que não respeitam a ordem e passam na frente para viajar sentados.

Especialista diz que modelo é ultrapassado e ineficaz 

Para o engenheiro civil Stênio Cuentro, que já realizou vários estudos na área de transporte, o modelo dos Terminais Integrados está desatualizado e não atende mais a necessidade dos usuários. “O sistema dos TIs é da década de 1980, do segundo governo de Miguel Arraes, quando o volume de passageiros era muito diferente. O Estado levou mais de 20 anos para implantar os terminais e o planejamento não acompanhou a evolução da população. Hoje existem grande fluxos de usuários, como em Suape e Goiana, que não fazem parte dessa integração”.

Ainda de acordo com o especialista, é preciso refazer todos os estudos do SEI, sendo um dos principais a pesquisa de origem e destino, que aponta quais trajetos os passageiros realizam diariamente. Mesmo o novo sistema de transporte público, o Bus Rapid Transit (BRT), para Stênio, já nasce superado. “A cidade de Curitiba começou o BRT em 1982, hoje eles já pensam em outra forma de transporte de massa, que são as linhas de metrô”, disse.

A diretora de Planejamento do Grande Recife Consórcio de Transportes, Lúcia Recena, defende que os Terminais Integrados têm como função garantir a racionalização das linhas de ônibus, evitando sobreposição. “Se todas as linhas chegassem até o Centro, a cidade não andava. Hoje o usuário pode sair de Itamaracá e chegar até o Cabo de Santo Agostinho pagando apenas uma passagem”, observa a gestora.

Lúcia contesta que os usuários perdem mais tempo com a baldeação nos terminais. Para ela, a redução do número de linhas nos corredores troncais garante viagens mais rápidas dos veículos que realizam esse serviço. Sobre os problemas de atrasos, a diretora do Grande Recife afirma que os problemas ocorrem, principalmente por conta da má conservação das vias, e cita como exemplo a BR-101 Sul, por onde passam algumas das linhas que atendem o terminal da Macaxeira. “Trabalhamos junto das prefeituras para garantir que os corredores de transportes estejam em boas condições”.

SAIBA MAIS

EQUIPAMENTOS- Atualmente, 800 mil passageiros utilizam diariamente os terminais integrados da Região Metropolitana. Dos 18 TIs em operação, sete estão em obras e dois em ampliação (Barro e Joana Bezerra). Também estão sendo construídos cinco novos equipamentos: Prazeres; TI da III Perimetral; TI da IV Perimetral; Abreu e Lima; e Largo da Paz.

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