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Organização pede à prefeitura desestímulo ao 'transporte solitário' em São Paulo

quinta-feira, 27 de março de 2014

A Rede Nossa São Paulo, organização que reúne cerca de 700 entidades da sociedade civil para discutir ações de desenvolvimento sustentável, apresentou na manhã de ontem (26) ao Conselho Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT) uma lista de propostas para que a prefeitura produza um Plano de Mobilidade Urbana para a cidade. As sugestões, que utilizaram como base dados as pesquisas de origem e destino realizadas em 2007 e de outras pesquisas sobre trânsito, dão ênfase aos deslocamentos feitos a pé e de ônibus como principais fatores para a melhoria do transporte coletivo em médio prazo.

"É evidente que, ao longo dos anos, o carro deixou de ser uma opção para o deslocamento na cidade", disse o consultor Horácio Augusto Figueira, engenheiro de tráfego e mestre em mobilidade urbana pela USP. "Em 1957, você tinha 77 carros por quilômetro quadrado na cidade. Naquela época, havia espaço para crescer a frota. Hoje, são 4,5 mil carros por quilômetro quadrado." De acordo com Figueira, o congestionamento máximo possível em São Paulo, em situação hipotética em que toda a frota está na rua ao mesmo tempo, chega a 716 quilômetros em 2014, suficiente para ligar São Paulo e Rio de Janeiro por duas filas de carros encostados uns nos outros.

Para reafirmar que a responsabilidade pelos congestionamentos é dos veículos individuais, Figueira apresentou outra projeção: a quantidade de pessoas transportadas em São Paulo com e sem ônibus e caminhões no trânsito. Hoje, com todos os veículos dividindo as vias, 1,4 milhões de pessoas se deslocam pela cidade todos os dias. Se os ônibus fossem retirados e o mesmo espaço físico fosse ocupado por veículos individuais, seriam apenas 851 mil pessoas transportadas. "A queda é de 42%. Ou seja, 42% das pessoas que hoje transitam pela cidade e que não conseguiriam sair de casa, já que o espaço ocupado é o mesmo, já saturado."

"Fala-se muito do Metrô, mas nós não vamos ter 200 quilômetros de metrô nos próximos 10, 20 ou 30 anos. Temos, hoje, 70 quilômetros de metrô, e já precisaríamos dos 200 quilômetros. A Linha Vermelha está saturada. A Linha Azul está saturada. Quando o metrô chegar a Guarulhos, então, como prometeu o governador, acabou a Linha Verde. Você tem, em uma cidade que passou as últimas décadas investindo no transporte sobre quatro rodas, a necessidade de fortalecer o ônibus", ressaltou Figueira.

De acordo com os dados apresentados pela Rede Nossa São Paulo, se considerados apenas os passageiros cujos pontos de partida e destino final estejam ambos dentro da cidade de São Paulo, o ônibus já é mais representativo que o Metrô para o transporte público: atualmente, ocorrem 390 mil viagens sobre os trilhos diariamente, ao mesmo tempo em que 3,6 milhões de viagens ocorrem nos coletivos.

As propostas da Rede Nossa São Paulo incluem, além da expansão da frota de ônibus e biarticulados e de maior fiscalização da prefeitura sobre a qualidade e a segurança dos veículos, a criação da "faixa solidária", corredor de transporte a ser implementado ao lado das faixas de ônibus com tráfego exclusivo para fretados, transporte escolar, táxis com cliente a bordo e veículos particulares com mais de dois passageiros. "Essa seria uma medida para já começar hoje na avenida 23 de maio, por exemplo", apontou Figueira. "Você cria duas faixas para o transporte coletivo e deixa as demais para o 'transporte solitário', que deve ser desestimulado."

O secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, disse receber as sugestões com "simpatia", mas alegou que, no momento, a prefeitura está concentrada nos planos que já estão em andamento. "Sou favorável a toda proposta que valorize o transporte coletivo e vejo com simpatia as propostas, mas, neste momento, ainda estamos concentrados em continuar implantando as faixas de ônibus. Ontem mesmo enfrentamos protesto contra uma delas. Nossa prioridade agora é garantir essa ação", disse.

Além disso, a prefeitura aguarda manifestação do Tribunal de Contas do Município para poder dar seguimento à instalação de corredores de ônibus na cidade: desde janeiro deste ano o órgão analisa documentos para decidir se permite ou não a licitação para a construção de 150 quilômetros de corredores exclusivos, a um custo de R$ 55 bilhões. "Já encaminhamos todos os documentos. Já é a segunda leva que encaminhamos. É claro que pode causar atrasos na obra, por isso esperamos que esse processo seja concluído o mais rápido possível", afirmou Tatto.

Ao mesmo tempo está em andamento a auditoria do serviço prestado pelas empresas de ônibus à prefeitura por parte da consultoria Ernst & Young (EY), contratada pela prefeitura para averiguar como tornar os contratos mais eficientes – e que pode inspirar uma nova licitação para a realização do serviço, caso haja a compreensão de que o sistema atual não é o mais vantajoso para a cidade.

Tatto afirmou ainda que o novo rodízio, que será expandido ao longo de vias estratégicas da cidade, e não mais por zonas ou bairros como anteriormente, pode não sair este ano. "Ainda estamos fazendo a licitação para os radares, vamos ter de substituir todos os radares para atualizar a tecnologia, temos de trocar a sinalização, e mais tarde vamos ter Copa do Mundo... Não posso garantir prazo para a validade do novo rodízio", disse.

Informações: G1 PR

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Cidade de São Paulo registra 10 milhões de passageiros a menos neste ano de 2013

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Apesar das ações da Prefeitura de São Paulo para priorizar o transporte público no espaço urbano, com a implantação somente neste ano de 282 quilômetros e 200 metros de faixas exclusivas até agora, os ônibus municipais perderam passageiros.

A queda foi de 9 milhões 496 mil 386 passageiros na comparação entre o acumulado de janeiro a setembro de 2012 com o mesmo período de 2013. Isso representa uma redução de 4,35% na demanda dos ônibus.

Os dados são disponibilizados pela SPTrans – São Paulo Transporte, gerenciadora dos serviços municipais.

No consolidado entre janeiro e setembro de 2012, os ônibus na cidade de São Paulo atenderam 2 bilhões 190 milhões 397 mil 875 passageiros. Em 2013, entre estes meses, passaram pelos ônibus de São Paulo 2 bilhões 180 milhões 901 mil 489 pessoas.

Uma parte dos passageiros migrou para o metrô e outra para o carro.

Os dois cenários são preocupantes do ponto de vista de mobilidade urbana.

O metrô, cuja malha reduzida em São Paulo tem um ritmo de expansão lento diante das necessidades dos passageiros, é um dos mais lotados do mundo. Alguns trechos, em especial da linha 3 Vermelha, estão saturados e as estações sobrecarregadas.

Mais passageiros no metrô no atual quadro do sistema, pode significar comprometimento de conforto. É interessante o aumento do número de pessoas nos modais metroferroviários desde que a oferta da malha e também de viagem nas linhas já existentes acompanhem este ritmo.

As cidades hoje não têm como objetivo principal a transferência de passageiros do transporte público para outro meio de transporte público.

O alvo é diminuir o número de pessoas que se deslocam de carro no cotidiano.

E, até o momento, apesar dos inegáveis ganhos no tempo de viagem, que chegam a cerca de 50% para quem já é passageiro, os ônibus em São Paulo ainda não conseguem atrair quem se desloca por transporte individual em número significativo.

Com as faixas, algumas pessoas deixaram o carro em casa, mas ainda é pouco diante do crescimento acumulado da frota de automóveis em São Paulo.

De acordo com dados do Denatran – Departamento Nacional de Trânsito, referentes a setembro, a frota de veículos na cidade de São Paulo continua crescendo e chegou a 6 milhões 585 mil 559. Deste total, 4 milhões 940 mil 944 são carros de passeio.

O poder público municipal espera que com o aumento de velocidade dos ônibus e mais confiabilidade no sistema com a construção de 150 quilômetros de corredores, que são diferentes de faixas, o transporte público se torne mais atraente.

Corredores do tipo BRT – Bus Rapid Transit – são considerados por especialistas a solução mais adequada para qualificar e tornar os serviços de ônibus mais atraentes.

Os corredores possuem algumas características não comuns nas faixas de ônibus:

- Separação total do tráfego dos demais veículos. Normalmente à esquerda ou no meio das vias, os corredores registram menos invasões e possuem uma quantidade bem menor ou inexistente de gargalos. Nos cruzamento, há sinalizações, como a implantada na Linha Verde em Curitiba, que controlam os semáforos dando prioridade à passagem dos ônibus.

- Acessibilidade e conforto: os corredores do tipo BRT possuem estações e não pontos. Estas estações são dotadas de elevadores e rampas permitindo com que o embarque e o desembarque sejam feitos em plataformas que ficam no mesmo nível do assoalho dos ônibus, dispensando os degraus nos veículos. As estações também oferecem abrigo melhor para a espera do ônibus e podem também contar com painéis que informam as linhas que servem o local, além da previsão da chegada do ônibus, por sistema de GPS na frota. O pré-embarque também é outra característica das estações de BRT. Trata-se do pagamento antecipado da passagem por cartão eletrônico. Isso faz com que a entrada no ônibus seja mais rápida e permite que os veículos não possuam catracas, caso só sirvam o corredor, aumentando o espaço interno para os passageiros.

- uso de veículos maiores e com mais tecnologia: Por serem espaços só para os ônibus, os corredores do tipo BRT permitem a aplicação de ônibus de maior porte, com mais capacidade de transporte, como os articulados de 18 metros de comprimento, superarticulados de 23 metros e biarticulados de 28 metros. Cada veículo deste pode transportar entre 160 e 270 passageiros sem superlotação. Além disso, os corredores contam com pavimento especial para ônibus, veículos de maior peso. Este pavimento desgasta e danifica menos o veículo na comparação com o asfalto comum, onde é comum o surgimento de buracos, ondulações e valetas por onde trafegam os ônibus. Oferecendo melhor estrutura de operação, é possível cobrar do empresário a colocação de veículos melhores, com gerenciamento eletrônico, computadores de bordo e motor traseiro ou central que oferecem mais conforto para os passageiros e motoristas. Câmbio automático ou automatizado, reduzindo os trancos típicos das trocas de marchas, e suspensão pneumática são itens que podem ser usados com mais facilidade em pavimento de melhor qualidade.

por Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes


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Prefeitura de SP estuda liberar fretados em faixas de ônibus

terça-feira, 3 de novembro de 2015

O secretário de Transportes de São Paulo, Jilmar Tatto, disse nesta quinta-feira (29) que a Prefeitura discute flexibilizar as faixas exclusivas de ônibus da cidade para os fretados, em determinados locais e horários fora do pico de trânsito.

A afirmação foi feita em reunião do Conselho Municipal de Trânsito. O pedido é uma antiga reivindicação do setor, que afirma contribuir com a diminuição do trânsito, ao receber passageiros que deixam seus carros em casa, mas os ônibus acabam ficando presos nos congestionamentos por não poder usar as faixas.

"Desde que não atrapalhe o ônibus [do transporte público municipal], vamos abrir esse diálogo com muita calma", disse Tatto.

A possibilidade é comemorada pela Assofresp, que representa parte do setor. "Seria ótimo. As pessoas perdem muito tempo no trânsito hoje", afirma Anderson Souza, presidente da entidade. Ele calcula que 1.500 fretados circulem na capital todos os dias.

155 pedidos
As faixa exclusivas de ônibus de São Paulo, que se multiplicaram na cidade nos últimos anos, além dos corredores à esquerda, motivaram pelo menos 155 empresas, associações ou moradores da capital paulista a pedir à Prefeitura de São Paulo liberações para uso desses espaços.

A origem dos pedidos é variada. Além das empresas de fretados, associações para transporte escolar, para carros fúnebres,  escolas, comerciantes, taxistas e moradores inconformados com a restrição pediram para trafegar pela via e tiveram a solicitação negada.

Além dos ônibus urbanos e dos táxis transportando passageiros em horários pré-definidos, podem circular nas faixas livremente  veículos em condições estabelecidas pelo Código de Trânsito Brasileiro.

É o caso de viaturas policiais e ambulâncias com giroflex ligado. Além dos táxis, que incialmente foram proibidos, mas depois conseguiram liberação para circular.

Um morador de Cidade Dutra, por exemplo, pediu que a Prefeitura de São Paulo voltasse atrás em relação à construção de uma faixa exclusiva de ônibus na Avenida Senador Teotônio Vilela. “Os transtornos são enormes, como comércio vazia e grande fluxo de trânsito em ruas que não foram planejadas para este fim”, disse.

Na mesma linha, a Câmara dos Dirigentes Lojistas de São Mateus, na Zona Leste, pediu a flexibilização da faixa de ônibus da via sob pena do fechamento de 12 mil vagas de emprego no local. A alegação de muitos comerciantes da cidade é que as faixas impedem hoje o estacionamento de clientes e que isso causa queda nas vendas.

Entre os últimos pedidos a chegar à Prefeitura de São Paulo neste ano está um da Coordenadoria de Unidades Prisionais da Região do Vale do Parnaíba e Litoral Centro de Detenção. As solicitações eram para o transporte de presos.

Resgate de ônibus
Tatto também afirmou nesta quinta que a Prefeitura começou a discutir uma operação-resgate para ônibus que fiquem parados no trânsito em locais onde não existam faixas exclusivas para os coletivos.

Isso poderia ser implantado em locais com poucas linhas, onde a Prefeitura não viu a necessidade da criar faixas exclusivas. Ele citou o exemplo da Avenida Juscelino Kubitschek, na Zona Sul, que em alguns trechos chega a ter seis faixas de rolamento.

Tatto admitiu que a discussão é "muito prematura ainda". "Estamos começando a discutir", afirma. "Não tem sentido um ônibus, um biarticulado, cheio de gente, ficar junto com os carros", completou.

Segundo o secretário, um carro da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) liberaria a passagem de um ônibus preso no trânsito.
Tatto comparou a operação a um serviço de ambulância com o giroflex ligado.
"Se a ambulância vai socorrer alguém, a mesma lógica deveria servir para o transporte público", diz.

O diretor de planejamento da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) diz que o impacto é significativo na rede de saúde. Além da liberação de 60 leitos por dia, há uma economia de R$ 6,2 mi em despesas hospitalares.

Por Márcio Pinho
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Inesperada, paralisação de ônibus fecha terminais; trânsito é recorde em São Paulo

terça-feira, 20 de maio de 2014

A paralisação inesperada de ônibus iniciada por motoristas e cobradores, na manhã desta terça-feira (20), em São Paulo, tumultuou a capital paulista durante todo o dia. A CET registrou, às 19h, 261 km de engarrafamento, recorde no ano. Pelas contas da Prefeitura, 15 terminais de ônibus foram fechados e cerca de 230 mil pessoas foram afetadas, segundo o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto. A CET chegou a suspender o rodízio de carros, entre 17h e 20h, e a PUC-SP, as aulas.
 Mais de 280 linhas foram afetadas, o que representa cerca de 20% do total que circula na capital (cerca de 1.300). Segundo a SP Trans, foram fechados os terminais Bandeira, Princesa Isabel, Amaral Gurgel, Parque Dom Pedro e Mercado (centro), Pinheiros, Lapa, Barra Funda, Butantã (zona oeste), Casa Verde, Pirituba, Santana, Cachoeirinha (zona norte), Varginha e Sacomã (zona sul).
Passageiros reclamaram da falta de ônibus em diversos pontos da cidade. Os motoristas iniciaram a paralisação no largo Paissandu, no centro de São Paulo, por volta das 9h50. Ruas e avenidas importantes das zonas oeste, sul e do centro foram fechadas pelos manifestantes.

USUÁRIOS RECLAMAM DE PARALISAÇÃO: "CATRACA LIVRE SERIA MELHOR"

"Greve é isso mesmo produção. Andar a pé para chegar ao trabalho e chegar atrasada é o fim. Andar a pé para chegar em casa é o fim", disse Caroline Garcia.
Alguns internautas, como Daniela de Jesus, fotografaram as fileiras de ônibus estacionados na cidade.

"[Avenida] Francisco Morato com os ônibus todos parados. Triste e revoltante ", escreveu.

A mobilização é feita por motoristas e cobradores das viações Santa Brígida, Gato Preto, Sambaíba, Via Sul e Vip. Eles são contrários à proposta de reajuste salarial acolhida pela maioria da categoria em assembleia nessa segunda-feira (19) no Sindimotoristas, sindicato que representa os cobradores e condutores da capital paulista.
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, reconheceu que a administração municipal foi pega de surpresa com o protesto. O prefeito informou que Tatto foi acionado para avaliar "providências cabíveis", entre elas disponibilizar uma frota adicional para substituir os ônibus em greve.

"Ontem, recebi uma comunicação do sindicato dos empresários dizendo que fecharam um acordo com a categoria. Então, para mim foi uma completa novidade, uma dissidência do sindicato que não aceita os termos do acordo", afirmou.

Tatto, classificou como "injustificável" a paralisação de motoristas e cobradores em São Paulo. Ele afirmou que "um pequeno grupo está sabotando" o transporte público, e disse ainda que a PM (Polícia Militar) precisa agir para garantir o direito de ir e vir das pessoas.

"Cheira a sabotagem o que estão fazendo na cidade de São Paulo. Não é uma manifestação legítima, não há uma pauta clara e os representantes do sindicato não estão participando", afirmou o secretário.

Na região de Pinheiros, na avenida Faria Lima, sete ônibus fecharam totalmente a pista sentido oeste, na altura da rua dos Pinheiros, provocando lentidão na via. No largo da Batata e na rua Teodoro Sampaio, uma longa de fila de ônibus ocupa as faixas da direita.

Trânsito
Às 19h, a capital registrou 261 km de engarrafamento, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), maior trânsito do ano. A média para o horário fica entre 105 km e 139 km.

O recorde anterior foi registrado há pouco mais de um mês, na véspera do feriadão de Páscoa e Tiradentes: 258 km, em 17 de abril deste ano, às 17h30. O maior trânsito já registrado em São Paulo é de 309km, no dia 14 de novembro de 2013, às 18h.

Imagens: Renato S. Cerqueira/Futura Press/Estadão
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TROLEBUS 61 ANOS: Sistema de ônibus elétrico foi inaugurado no Brasil em 1949

sábado, 19 de junho de 2010

Ele completa no Brasil 61 anos de trabalho. Neste período, evoluiu muito, cresceu, mudou de visual várias vezes. Ficou mais bonito, mais forte e bem “práfrentex”. Mesmo assim, não recebe o valor que merece e foi rejeitado em muitos lugares. E mesmo por onde ainda anda, agora faz uma “caminhada” muito menor. Sinal de desgaste, do cansaço, de idade? Não, apenas uma evidência de que ele não é considerado mais prioritário.Este “senhor sexagenário” , porém bem moderno, é o trolebus no Brasil.

As primeiras operações comerciais deste tipo de ônibus, ainda o único cem por cento não poluente já com operação mais que aprovada, foram em São Paulo, quando no dia 22 de abril, de 1949, a CMTC inaugurava a linha Aclimação / Praça João Mendes, de 7,2 quilômetros de extensão, em substituição à linha 19 dos bondes da antiga Light, empresa que teve os bens assumidos pela CMTC entre 1946 e 1947.

Apesar de os primeiros trolebus terem sido importados em 1947 e começarem a operar dois anos depois, a idéia de implantar um sistema de ônibus elétrico (já consagrado na Europa e Estados Unidos) na cidade de São Paulo é bem anterior a esta época. Em 1939, a Comissão Municipal de Transportes Coletivos entregou a Prefeitura parecer favorável à adoção de ônibus elétricos na cidade. Neste mesmo ano, foi iniciado o estudo para a implantação da primeira linha, justamente servindo o bairro da Aclimação.

Mas as coisas andavam lentas demais no poder público municipal. Os transportes na cidade, nesta época, estavam completamente desorganizados. As empresas de ônibus disputavam regiões de alta demanda e melhor infra-estrutura, enquanto as demais eram abandonadas pelos prestadores de serviços.
A Ligth, que operava os bondes na Capital, depois dos sustos das Guerras Mundiais estava desinteressada no serviço. Tanto é que ela teve de ser obrigada por força de lei a operar o sistema pelo menos até o final do segundo grande conflito, que provocou uma crise sem precedentes no fornecimento de Petróleo. O transporte de tração elétrica, até então com os bondes, tinha de ser mantido para que a mobilidade na cidade não entrasse em colapso total.

A visão de vários administradores públicos em todo o mundo se voltava para os ônibus elétricos. Mas quem assumiria este sistema? Quem investiria na implantação de redes aéreas e novos veículos, importados e mais caros. Os empresários, que tinham passado por muitas dificuldades para manter suas operações devido ao encarecimento do combustível e das peças no período da Segunda Guerra Mundial, não se arriscariam num investimento tão alto.
Assim, pode-se afirmar que o trólebus no Brasil teve sua implantação e manutenção ligadas ao investimento público.

E foi justamente a recém criada empresa pública de São Paulo, a CMTC – Companhia Municipal de Transportes Coletivos – que assumiu o investimento para colocar o Brasil na rota dos ônibus elétricos.Para operar a primeira linha, foram importados 30 veículos com as seguintes configurações:- 06 unidades de chassi Pulman Standard, carroceria da mesma marca e sistema elétrico Westinghouse norte-americanos,.
- 20 unidades de chassi War La France, carroceria Wayne e sistema elétrico Westinghouse, também dos Estados Unidos e- 04 unidades de chassi English Associated Equipament Company, carroceria da mesma marca e sistema elétrico BUT – British United Traction, da Inglaterra.

O INÍCIO DOS PRINCIPAIS SERVIÇOS NO PAÍS
O sistema de ônibus elétrico, apesar de alguns problemas de implantação, agradava os administradores públicos. Os veículos eram mais modernos, confortáveis, econômicos e, apesar de na época não ser tão forte a consciência ambiental, o fato de não poluírem e de emitirem bem menos ruído também pesava favoravelmente em relação aos trólebus.Dez anos depois, em 1959, a rede de São Paulo que era de pouco mais de sete quilômetros de extensão já chegava a 31,9 quilômetros, servidos por 4 linhas.

Outras cidades brasileiras também aderiam ao “novo” sistema de transportes. Novo para nós, mas para a Europa e Estados Unidos já com décadas de existência.

No ano de 1953, Belo Horizonte adquire 04 veículos elétricos e começa a operar seu primeiro serviço de trolebus. No mesmo ano, 1953, meses depois, a cidade fluminense de Niterói se tornaria a terceira do País a ter os ônibus cem por cento não poluentes.

Uma curiosidade é que os 45 ônibus elétricos franceses tinham sido importados para Petrópolis, também no Rio, mas por questões financeiras e administrativas, a cidade sequer implantou o sistema.
Campos, no Rio de Janeiro, inaugura, em 1957, o sistema com 09 trólebus que já tinham sido usados de Niterói.Em 1958, Araraquara, no Interior Paulista, criava a CTA – Companhia de Troleibus de Ararquara, empresa de economia mista para implantar o sistema na cidade.

Recife investe pesado na implantação dos trólebus. Em 1960, logo de cara, compra 65 veículos Marmom Herrington, com tração Westinghouse, norte-americana.
Cinqüenta trolebus Fiat/Alfa Romeo/Marelli começaram a atender a população de Salvador, no ano de 1959.

No ano de 1962, Rio de Janeiro adere aos trólebus. Mas a entrada da cidade neste tipo de serviço foi marcada por dificuldades e fatos inusitados. A começar por um acidente quando os veículos italianos Fiat/Alfa Romeo/General Eletric eram desembarcados no Porto. Em lotes diferentes, a cidade havia adquirido 200 veículos, mas um deles caiu no mar, não podendo ser resgato. Portanto, o Rio ficaria com 199 carros, apesar de ter comprado 200. Se não bastasse isso, por falta de pagamento de taxas, 164 veículos ficaram retidos no Porto ao relento por mais de um ano. Muitos se deterioraram e tiveram de ser restaurados.

A cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, começou a operar ônibus elétricos em 1963, com nove veículos.

Em agosto de 1963, Santos apresenta aos usuários 5 trólebus italianos, então operados pela SMTC – Secretaria Municipal de Transportes Coletivos. Pouco tempo depois, pelo sucesso inicial do serviço, a cidade do Litoral Sul Paulista já tinha 50 carros e 76 quilômetros de rede aérea.

A cidade de Fortaleza teve seu primeiro serviço de trolebus implantado em 1967, com 9 carros já de fabricação nacional Massari/Villares.Bem mais tarde, em 1980, era criada a Transerp – Empresa De Transporte Urbano de Ribeirão Preto S.A., de economia mista. O início das operações de ônibus elétricos ocorreu em 1982.


Rio Claro, no interior Paulista também, inaugura serviços de trolebus, em 1986, com 10 veículos comprados da CMTC. Dois anos depois, em 1988, entra em operação o sistema considerado mais moderno e eficiente do País, os trólebus entre São Mateus (zona Leste de São Paulo) e Jabaquara (zona Sul), via Santo André, São Bernardo do Campo e Diadema, incialmente sob responsabilidade do governo do Estado de São Paulo. O diferencial do serviço é que ele opera desde o início em corredor segregado, com pavimento especial de concreto, e recebe constantes investimentos em renovação de veículos e manutenção da rede fornecedora de energia.


A PRIMEIRA DECADÊNCIA DOS TRÓLEBUS
Como foi possível notar, o trólebus no Brasil teve sua consolidação atrelada ao investimento público. E aí a situação era um pouco delicada, principalmente pela chamada visão imediatista de algumas administrações. O trólebus era um veículo mais caro (ainda é, mas na época a diferença para um ônibus convencional era maior ainda). Além disso, a manutenção dos veículos, muitos com peças importadas, e das redes exigiam recursos maiores.

Na segunda metade dos anos de 1960, muitas cidades desativaram ou reduziram significativamente suas redes. O poder público, em muitas ocasiões, achava caro manter e comprar trólebus, mesmo com todas as vantagens que ele oferecia, como emissão zero de poluentes, pouco ruído e mais conforto.

A demanda de passageiros em algumas regiões crescia muito rapidamente e, como solução imediata, as administrações preferiam oferecer dois ou três ônibus pelo menos preço a oferecer um trólebus. Isso sem contar a influência da indústria automobilística que estava em expansão e queria mercado, com uma oferta maior de ônibus convencionais, e dos empresários, que queriam expandir seus negócios com investimentos menores.

Para se ter uma idéia, acompanhe as cidades que desativaram seus sistemas nesta época: Campos e Niterói, no Rio de Janeiro, em 1967, Salvador em 1968, Belo Horizonte e Porto Alegre, em 1969, Rio de Janeiro, em 1971, Fortaleza, em 1972, A situação atingiu em cheio a indústria nacional de trólebus. Com a e mercado, as indústrias decidiram não investir mais na produção.

As operadoras públicas que se prestavam ainda a operar trólebus tiveram de achar soluções. As importações não eram viáveis devido às restrições tributárias impostas pela política de incentivo à indústria automobilística nacional, e as produtoras brasileiras apresentavam veículos caros e com poucas opções. Claro que pela falta de demanda, as fabricantes nacionais não investiam em mais desenvolvimento que poderia deixar os trolebus na época mais baratos e a falta de escala de produção, por si soja contribuiria para o aumento do valor do produto.

Algumas empresas operadoras optaram por reformar suas frotas, o que era possível, devido ao maior tempo de vida útil que um trolebus possui e, em especial a CMTC, de São Paulo, passou a fabricar seus próprios trólebus.

Certamente, a CMTC foi uma das maiores produtoras de ônibus elétricos do País e isso não significou apenas números de fabricação, mas o desenvolvimento de pesquisas, modelos e inovações que tornariam o trólebus viável. Assim, como não é nenhum exagero afirmar que a consolidação do trolebus no Brasil se deveu ao investimento público, não exacerbada a informação de que se não fosse pela CMTC, a situação deste meio de transporte no Brasil estaria mais complicada.

O período da CMTC como fabricante de trolebus compreendeu os anos de 1963 a 1969. A produção atingia 144 unidades, número invejável para qualquer indústria especializada, inclusive internacional. Com kits de carroceria da Metropolitana, do Rio de Janeiro, a CMTC criou seu padrão próprio de modelo. Convertia veículos diesel para elétricos, encarroçava trólebus mais antigos, e fazia veículos novos. As produções nas oficinas da CMTC, com mão de obra própria, não só representou a manutenção do sistema em São Paulo e no País, como uma boa oportunidade de negócios para fabricantes nacionais de chassis e sistemas de tração. Assim, não só para os passageiros, mas a atuação da CMTC, foi boa também para as indústrias. A empresa fez parcerias e usou equipamentos, tanto de chassi como de tração, da Westram, Villares, Siemens, GM, FNM e Scania.

Mesmo após seu período de produção, a CMTC continuava com as conversões de ônibus. Em 1971, por exemplo, transformou em trolebus, um veículo de chassi Magirus Deutz, carroceria Striulli, usando sistema de tração da Villares.Veículos usados de outros sistemas desativados também eram adquiridos pela CMTC, o que mostra que, além contribuir para um melhor transporte para o passageiro, para a manutenção do sistema no País, para o mercado das industrias nacionais, a Companhia Municipal de São Paulo auxiliou muitas administrações que deixaram de operar trólebus a não saírem no prejuízo total. Em 1972, foram adquiridos nove modelos Massari Villares do sistema de Fortaleza, que havia sido paralisado.
DO PUBLICO AO PRIVADO

Se a consolidação do trólebus no Brasil se deu graças ao investimento público, com a criação de grandes companhia municipais operadoras e, em especial a CMTC de São Paulo, que foi muito mais que prestadora de serviços, mas produtora nos anos de 1960 e responsável por estudos que mudariam definitivamente os trólebus no Brasil, nos anos de 1990, com a redução da participação do Estado intervindo no mercado, o que restara dos serviços de trolebus foi passado à iniciativa privada.

A esta altura, apenas poucas cidades operavam trólebus, em especial, Santos, no Litoral Paulista, São Paulo, Capital, e o serviço metropolitano, entre a Capital e a região do ABC.

Mesmo assim, com exceção do ABC Paulista, as cidades que ainda resistiam com os trólebus tinham reduzido e muito suas frotas e redes aéreas. Os serviços de ônibus elétricos eram entregues à iniciativa privada em todas estas cidades.

Entre 1993 e 1994, com a privatização da CMTC, os trolebus da copanhia foram dividos em lotes/garagens, assumidos por prestadores particulares. Aliás, a última e mais difícil fase de privatização da CMTC foi justamente a venda dos trólebus. O serviço já não recebia investimentos públicos há um bom tempo e parte da frota estava sucateada. Para conseguir um valor melhor nas negociações, antes de vender os trólebus, a CMTC foi obrigada a reformar uma grande quantidade de veículos.

Em abril de 1994, os serviços de trolebus que antes era da CMTC foi assumido por três empresas: a Transbraçal, especializada em terceirzação de serviços, que passou a operar a garagem do Brás, a Eletrobus que comprou as operações da garagem do Tatuapé, e a TCI – Transportes Coletivos Imperial, assumindo a garagem de Santo Amaro. Era o fim da era das operações de ônibus e trólebus pelo poder municipal, em São Paulo.

Mais tarde, surgiram outras empresas para assumir os serviços que eram deixados de lado por estas empresas que compraram o sistema e a frota da CMTC. Na zona Sul de São Paulo, chegou a operar a empresa Soares Andrade. O patrimônio e as linhas desta empresa e da Imperial, que encerrou as atividades em 1997, foi adquirido pela Viação Santo Amaro.

A empresa foi buscar no mercado nacional soluções para a renovação da frota, como os Trolebus Caroceria Neobus Mega Evolution, Mercedes Benz, com equipamento elétrico da Gevisa.Em 2002, a Eletrobus encerra suas operações, sendo seu patrimônio transferido após venda para a Eletrosul. A empresa fica pouco tempo no mercado, o que mostra que o sistema de trólebus não recebia mais os mesmos incentivos das administrações públicos, pelo menos em relação à infraestutura de rede e viária, e se tornava interessante para um número cada vez menor de operadores. Em 2003, no lugar da Eletrosul entra a Viação São Paulo São Pedro. Os veículos foram transferidos para a garagem de Itaquera.

A Transbraçal, que havia adquirido os serviços da garagem do Brás e a maior parte da forta “velha” da CMTC, com trólebus dos anos de 1960, deixa de operar em 2001. Os veículos mais novos da empresa foram adquiridos pela Expandir – Empreendimentos e Participações, empresa ligada ao Grupo Ruas, um dos mais influentes no setor de transportes da cidade e hoje detentor da encarroçadora Caio, a maior fabricante de carrocerias urbanas do País. Mais tarde, a empresa conseguiu do poder público a possibilidade de operar somente com veículos diesel. Eram mais linhas de trolebus extintas.Processo de extinção de linhas que se intensificou a partir de 2001, quando assumira a Prefeitura, Marta Suplicy.

O corredor de trólebus da Avenida Santo Amaro, um dos maiores de São Paulo, foi desativado. O sistema entrava numa queda vertiginosa, apesar de conhecidos os ganhos ambientais e econômicos da operação com veículos com maior durabilidade, rendimento energético e emissão nula de gases poluentes. Consórcios de trolebus começavam a operar com ônibus diesel.

Para justificar as constantes desativações, o poder público utilizou argumentos como o maior valor dos trólebus em comparação aos ônibus convencionais, a maior flexibilidade dos ônibus diesel e os problemas de quedas de pantógrafo, que ocasionavam congestionamentos Dificuldades estas que poderiam ser contornadas com investimento em modernização de rede e criação de vias prioritárias, como a do ABC Paulista. Em 2003, as redes das regiões da Praça da Bandeira e da Rua Augusta também eram aposentadas. No dia 6 de maio de 2004, foi a vez da rede do corredor Nove de Julho ser retirada.

Com o fim das atividades da Eletrobus em 2002, assume em caráter provisório o Consórcio Aricanduva, na zona Leste de São Paulo. Logo em seguida, a garagem passaria para a responsabilidade da Himalaia Transportes . A empresa, além de assumir a garagem do Tatuapé, operou os serviços de outros consórcios que também saíram do sistema de trolebus municipal de São Paulo, como o SPBus.

A Himalaia, empresa originária da Himalaia Transportes e Turismo, de 1968, assinou em 2004, quando o mandato de Marta Suplicy chegava a sua reta final, um contrato emergencial de prestação de serviços.Atualmente pertence ao Consórcio 4 Leste, da zona Leste de São Paulo, e é a única empresa a operar a reduzida frota de ônibus elétricos na cidade.

O processo de privatização dos serviços de trólebus também marcou a história deste tipo de veículos em outras cidades.Em Santos, o sistema agonizava desde os anos de 1990. Em 1995, por exemplo, de 57 quilômetros de rede aérea, apenas 13,7 eram operados em uma única linha. A cidade litorânea que contou com mais de 50 trólebus, só tinha nesta época em operação sete veículos.

Em 1998, as operações da CSTC – Companhia Santista de Transportes Coletivos foram privatizadas. A empresa passaria a ser apenas gerenciadora. O processo de venda do braço operacional da CSTC contemplou também o remanescente serviço de trólebus. Que foi assumido pela Viação Piracicabana.
O único processo de privatização que não foi concomitante com a redução da oferta de trólebus ocorreu com o Corredor Metropolitano do ABD (São Mateus/Jabaquara, na Capital, via Santo André, São Bernardo do Campo, Diadema, com extensão para a Berrini, na zona Sul de São Paulo e Mauá, também no ABC Paulista).

Ao contrário, o cronograma para o sistema incluía a colocação de mais trólebus e a eletificação do restante do corredor operado somente por veículos a Diesel, entre a cidade de Diadema, no ABC, e o bairro do Jabaquara, na zona Sul de São Paulo.Apesar de já ter a participação de empresários, com a propriedade de veículos, como as Viações ABC, Santa Rita e Diadema, as operações do corredor começaram com a atuação da Companhia do Metropolitano e logo em seguida da EMTU – Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos, ambas autarquias do Governo do Estado de São Paulo.

Em 1997, as operações e responsabilidade sobre a manutenção da rede aérea, do corredor, e dos terminais, passam para a iniciativa privada, no primeiro regime de concessão e não de mera permissão, para o setor de transporte público no Brasil. Em 24 de maio de 1997, entra em operação a empresa Metra, consórcio liderado pelo Grupo da Auto Viação ABC com participação de outros empresários da região, como Baltazar José de Souza.

A Metra possui atualmente mais de 70 trólebus e tem o projeto de corredor verde para o futuro, com 100 por cento da frota ambientalmente correta. A Eletra, produtora de veículos para transporte coletivo com tecnologia limpa nacional, também pertence ao grupo da Viação ABC, o mesmo dono da Eletra. Sendo assim, o corredor é palco de diversas inovações, como os veículos de corrente alternada por exemplo, desenvolvidos pela Eletra, que chegou a transformar um trolebus mais antigo de corrente contínua para a de alternada.

No corredor também operou o primeiro ônibus elétrico híbrido a funcionar comercialmente no mundo, em 1999, e vai entrar em funcionamento, sem uma data prevista, o ônibus a hidrogênio desenvolvido com chassi e carroceria nacionais.Mas o sistema do ABC, operado pela Metra, vai na contramão das realidade atual do trólebus no Brasil. No país, há apenas três sistemas em funcionamento.

As cidades que abandonaram os veículos elétricos não acenam a possibilidade de retornar com as operações tão já, apesar de o trânsito se intensificar na maior parte dos municípios grandes e médios, assim como a poluição.
São Paulo, apesar de ainda manter o sistema, também não apresenta um projeto consistente de investimento em ônibus elétricos que não emitem gases tóxicos que contribuem para a piora na qualidade do ar e no aquecimento da cidade. Um sistema de trolebus não exige tantos investimentos, chega a ser 100 vezes mais barato que o metrô e também mais em conta que VLTs __ Veículos Leves Sobre Trilho e que o Monotrilho.

Mas ele requer um mínimo de investimento, em vias segregadas ou mesmo convencionais, mas com melhor pavimento, e uma rede aérea modernizada que não apresente tantas falhas, evitando transtornos para usuários do transporte público e motoristas de carros particulares.

Apesar das já comprovadas vantagens do trólebus, tanto econômicas como ambientais, os números da cidade de São Paulo provam que ele está longe de ser encarado ainda como prioridade.

De acordo com levantamento de Jorge Françoso, estudioso da história e das inovações dos ônibus elétricos e presidente da ONG Respira São Paulo, a cidade de São Paulo chegou a ter até o ano 2000, 474 veículos. Ocupava nesta época, a posição de número 22 entre todos os sistemas de trólebus do mundo.

Com as desativações feitas a partir deste período, como dos corredores de Santo Amaro, Pinheiros, Butantã e na zona Norte, quando na administração de Marta Suplicy, o poder público alegou que o sistema era caro e apresentava problemas de operação, a cidade foi perdendo destaque neste setor de tecnologia limpa. As linhas se restringem à zona Leste de São Paulo, operada pela Himalaia Transportes, com pouco mais de 200 veículos.

Não bastasse isso, há denúncias constantes de sucateamento da frota em bom estado, como a “baixa” de alguns trólebus sem a substituição de veículo similares. De acordo com a ONG, muitos destes veículos estão em plenas condições de uso, dada à durabilidade maior dos trolebus em relação aos veículos diesel.De acordo com o levantamento de Françoso, com esta diminuição da rede existente, São Paulo passou do 22º lugar para a 58ª posição entre os sistemas mundiais de trólebus

Fonte: ônibusbrasil
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Expansão de ciclovias impulsiona o turismo de bicicleta em São Paulo

domingo, 16 de novembro de 2014

Com cada vez mais quilômetros de ciclovias por São Paulo, os turistas, e também moradores que querem ver a cidade por outro ângulo, estão desbravando a capital sobre duas rodas em passeios oferecidos por agências de turismo. Elas apostam no forte apelo de marketing das bicicletas após a boa recepção dos paulistanos ao aumento das vias para ciclistas.

Desde junho estão sendo inauguradas novas ciclovias, e a cidade tem hoje 183,3 km de vias para bicicletas, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). A meta da Prefeitura de São Paulo é entregar um total de 400 km de novas ciclovias até o final de 2015. Os passeios oferecidos pelas agências já utilizam essas rotas, mas os trajetos não ficam restritos às ciclovias.

O aumento de ciclovias na cidade causou polêmica e debates acalorados nas redes sociais. Em meio à comemoração dos cicloativistas, comerciantes reivindicam calçadas livres para receber mercadorias, motoristas questionam o impacto no trânsito e moradores se preocupam com a falta de vagas para estacionar.

Mas pesquisa realizada pelo Ibope apontou que 88% dos paulistanos são favoráveis à criação de mais ciclovias na cidade. "O investimento nas ciclovias abriu um nicho de mercado, mas a curto prazo contamos mais com o marketing que ele oferece do que com o lucro", afirma Gustavo Angimahtz, fundador da agência Pediverde.

Segundo Wilson Poit, presidente da SPTuris, o cicloturismo urbano já é comum em metrópoles como Nova York, Londres e Buenos Aires. "São lugares com estrutura mais consolidada para bicicletas e que, posteriormente, passaram por um processo de transformação cultural para aceitá-las em seus cotidianos. A oferta de estrutura proporciona serviços especializados nesse tipo de público, como o turismo de bike", explica.

Pacotes
As agências paulistanas trabalham com guias bilíngues e, geralmente, a bicicleta e os equipamentos de segurança estão incluídos no pacote. O preço varia de R$ 30 a R$ 300 por pessoa, dependendo dos itens opcionais que os clientes queiram incluir no passeio. Mas há também o Bike Tour SP que pede apenas doação de alimentos não perecíveis.

Os trajetos podem ter de 3 km a 30 km e são realizados pela manhã ou à tarde. A duração é de até 4 horas, com paradas para visitas aos pontos turísticos. Algumas empresas oferecem rotas definidas, como a Infinity Tour, que apresenta o Centro Histórico. Outras, como a Bike Expedition, têm serviços personalizados.

Normalmente, os itinerários são percorridos por grupos de no máximo 12 pessoas. A bicicleta padrão, aro 26, é utilizada como referência para a participação no city tour, mas algumas agências têm bicicletas infantis para crianças ou permitem que elas acompanhem o passeio em cadeirinhas na bicicleta de adultos.

Além dos estrangeiros, que formam parte do público de cicloturismo em São Paulo, muitos moradores da cidade têm comprado pacotes, dizem as agências. “As novas ciclovias despertaram a curiosidade dos paulistanos, que agora parecem estar criando coragem para pedalar pela cidade”, afirma Angimahtz, da Pediverde.

Confira abaixo alguns pacotes oferecidos pelas agências de cicloturismo e escolha o seu roteiro para conhecer São Paulo pedalando:

Infinity Turismo
Diz atender em média 90 pessoas por mês. Oferece o pacote SP Ciclo Tour, criado antes dos investimentos em novas ciclovias na cidade e inspirado em passeios semelhantes realizados em Barcelona (Espanha) e Buenos Aires (Argentina).

Os cicloturistas saem da Estação da Sé e passam pelos principais pontos turísticos do Centro, como o Pátio do Colégio, o Mosteiro de São Bento, o Mercado Municipal, o Edifício Martinelli e o Teatro Municipal.

O passeio é para grupos de até 12 pessoas e inclui bicicleta, capacete e colete refletivo. “Gostaríamos de oferecer triciclos elétricos também, para pessoas com mobilidade reduzida, mas a falta de nivelamento das vias dificultaria o serviço”, explica Samir Reis, diretor da Infinity. A empresa estuda novos roteiros, focados na região do Bom Retiro e da Luz.
Duração: 3h
Percurso: 4,5 km
Preço: R$ 45 por pessoa
Mais informações: http://www.infinity.tur.br/

Bike Expedition
Para atender à demanda por cicloturismo urbano em São Paulo, a agência especializada em roteiros no exterior lançou, em 2008, o pacote Bike SP.edition. Um dos roteiros atravessa a região central da cidade, passando pela Avenida Paulista e pelo Mercado Municipal. A outra rota percorre a Marginal Pinheiros, passando pelos parques Ibirapuera, do Povo e Villa Lobos.
Foto: Gonzalo Cuéllar/HEY! SP
A Bike Expedition também oferece rotas personalizadas, focadas em temas como história, gastronomia ou cultura, dependendo do desejo do cliente. Bicicleta, capacete e van de apoio estão incluídos no pacote, que tem itens opcionais como filmagem, registro fotográfico e almoço.

Adriana Kroehne, que comanda a agência, conta que já fez passeios com grupos de até 200 pessoas. Nesses casos, o pacote exige aumento de segurança, carros de apoio, guias e ambulância.

Duração: entre 1h e 4h
Percurso: de 8 km a 30 km
Preço: de R$ 30 a R$ 300 por pessoa, dependendo da inclusão de itens opcionais

Hey! São Paulo
Os primeiros roteiros da HEY! São Paulo evitavam grandes avenidas devido ao risco de dividir a via com automóveis, mas a nova estrutura de ciclovias ampliou os percursos. Atualmente, a agência oferece quatro rotas principais, que são mais procuradas nos finais de semana. Porém, há opção de o cliente escolher tanto o percurso como a data do passeio.

O roteiro pelo Centro Histórico começa na Praça da Liberdade. Se a opção é visitar os grafites da Vila Madalena, o trajeto tem início na Praça Amadeu Amaral, na Bela Vista. Para conhecer a Vila Mariana, os cicloturistas se encontram em um hostel, e para realizar a Rota do Café, o ponto de encontro é a estação Consolação do metrô. A empresa oferece ainda um percurso pela Mooca, na Zona Leste, que começa na estação de metrô Belém. Outro, que vai até o Museu do Futebol, sai da Praça do Patriarca, no Centro.
Os passeios são com grupo de até sete pessoas e incluem bicicleta e equipamento de segurança. Cerca de 60 pessoas por mês fazem os passeios de bicicleta oferecidos pela agência.

Duração: 3h
Percurso: 10 km
Preço: R$ 70 por pessoa
Mais informações: http://heysaopaulo.com.br/

Pediverde
Há três anos trabalhando com cicloturismo por trilhas e rodovias no Brasil e no exterior, a agência pretende lançar em janeiro de 2015 um pacote de turismo por São Paulo em bicicleta. Sete roteiros já foram elaborados, e a agência promete fugir do tradicional, sem deixar de lado os pontos turísticos mais conhecidos.

Em princípio, os passeios serão realizados aos finais de semana em grupos de até 10 pessoas. A bicicleta e o equipamento de segurança ficam por conta do cliente.

Duração: até 4h
Percurso: entre 5 km e 15 km
Preço: ainda não definido
Mais informações: http://pediverde.com.br/

Bike Tour SP
Além dos pacotes de agências, há grupos que oferecem turismo de bicicleta gratuitamente. O Bike Tour SP é um trabalho social dos irmãos André e Daniel Moral, iniciado em 2013. O projeto chamou a atenção de empresas, que decidiram patrociná-lo. O dinheiro é investido na estrutura dos passeios.
Quem quiser participar precisa apenas contribuir com 2 kg de alimento não perecível, que são doados a uma ONG. O trajeto turístico tem sistema de audioguia – um equipamento acoplado ao capacete que informa ao ciclista dados e curiosidades sobre os locais visitados, conforme os monitores acionam o aparelho.

Quatro rotas em terreno plano são oferecidas aos finais de semana: Avenida Paulista, Centro Histórico, Avenida Faria Lima e Parque do Ibirapuera. Os passeios são realizados exclusivamente nas ciclofaixas. Bicicleta, capacete e equipamento de segurança estão incluídos no serviço. Cerca de 800 pessoas por mês fazem os passeios da Bike Tour SP, sendo 95% delas moradoras de São Paulo, segundo os organizadores. Crianças de 1 a 5 anos vão na cadeirinha e, a partir de 12 anos, em bicicletas infantis.

Duração: 1h15
Percurso: 3 km
Preço: 2 kg de alimento não perecível, que são encaminhados para a ONG Núcleo Assistencial Bezerra de Menezes (NABEM)
Mais informações: http://www.biketoursp.com.br/
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Informações: Vivian Reis
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