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Governo de São Paulo apresenta o primeiro trem do monotrilho da Linha 15-Prata do Metrô

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

O governo de São Paulo apresentou nesta quarta-feira o primeiro trem do monotrilho da Linha 15-Prata do Metrô, que interligará as estações Ipiranga e Hospital Cidade Tiradentes, com a expectativa de reduzir o tempo de viagem de 2 horas para 50 minutos. Presente na vistoria ao trem, o governador Geraldo Alckmin destacou que se trata do "maior monotrilho do mundo".

"Esse é o primeiro monotrilho brasileiro, o primeiro fabricado no Brasil e o maior monotrilho do mundo", disse Alckmin. O monotrilho poderá transportar até 48 mil passageiros por hora e por sentido (capacidade projetada). De acordo com o governo, essa capacidade será alcançada graças ao sistema automático de controle de tráfego, que permite um intervalo de circulação entre trens de até 75 segundos.


"Ele tem capacidade para mil passageiros e equivale a 15 ônibus, ou seja, vamos tirar 15 ônibus das ruas", detalhou o governador. Cada composição é formada por sete carros, com 86 metros de comprimento por 3,15 metros de largura, e capacidade para transportar mais de 1 mil passageiros por viagem.

Os trens contam com sistema de ar-condicionado, interligação entre carros, operação automática (sem a necessidade de operador no veículo) e sistema de câmeras com monitoramento em tempo real. São quatro portas por carro, duas em cada lateral. "É um grande ganho para a população: transporte de qualidade, de alta capacidade, rápido, direto, com conforto, com segurança e alta tecnologia", disse Alckmin.

O projeto
O primeiro trecho da Linha 15-Prata é composto pelas estações Vila Prudente e Oratório, além do Pátio Oratório, que abriga o estacionamento e a oficina para manutenção dos trens. Ao todo, são 2,9 km de extensão previstos para entrega em janeiro de 2014.

"Nós teremos, daqui a 90 dias, inaugurada as duas primeiras estações, e também a maior oficina do Brasil, com 12 mil metros quadrados. Agora, em novembro, ele já opera aqui na oficina experimentalmente", afirmou o governador.

No total, a Linha 15-Prata vai operar com 54 trens, de Ipiranga à Cidade Tiradentes. No primeiro trecho, que ligará Vila Prudente a Oratório, serão utilizadas quatro composições. Os trens estão em fabricação na cidade de Hortolândia, no interior de São Paulo.

Informações: Portal Terra

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Metrô contrata novo consórcio para retomar obra do monotrilho em SP

segunda-feira, 11 de abril de 2016

O Metrô de São Paulo divulgou nesta sexta-feira (8) que contratou o consórcio TIDP, formado pelas empresas Tiisa-Infraestrutura e Investimentos S/A e DP Barros Pavimentação e construção LTDA, para a retomada da construção das estações Campo Belo (integrada com a Linha 5-Lilás do Metrô), Vila Cordeiro e Chucri Zaidan, do monotrilho da Linha 17-Ouro. Os trabalhos devem recomeçar ainda no primeiro semestre de 2016.

Os trilhos são executados por outro consórcio, segundo o Metrô. A previsão é que as obras das três estações sejam entregues em 17 meses após a assinatura do contrato. Quando concluídas, em funcionamento, e com os trilhos também entregues, as estações Campo Belo, Vila Cordeiro e Chucri Zaidan devem receber 80 mil passageiros diariamente, com a Linha 17-Ouro operando de Congonhas/Jardim Aeroporto ao Morumbi-CPTM.

No começo do ano, o Metrô rescindiu contratos com os consórcios responsáveis pela obra porque os canteiros foram abandonados, segundo a companhia. O Metrô disse que notificou várias vezes as empresas para retomarem os trabalhos, mas que, mesmo assim, o consórcio desacelerou o ritmo das obras e não cumpriu os prazos estabelecidos. Já a Andrade Gutierrez disse em comunicado que quem atrasou foi o Metrô e que ajuizou ação para rescindir as obras em dezembro.

O consórcio TIDP ficou em terceiro lugar na licitação aberta pelo Metrô para a construção desse trecho do monotrilho e também já está construindo as estações Vereador José Diniz, Brooklin Paulista, Jardim Aeroporto e Congonhas, todas da mesma linha. O segundo colocado na licitação foi procurado pela companhia, mas não teve interesse em assumir a obra, de acordo com o Metrô.

Estações
Orçado em cerca de R$ 74 milhões, o contrato contempla as obras civil bruta, de acabamento, comunicação visual, hidráulica e paisagismo das três estações que compõem o lote 2 da linha. Quando concluídas, as estações Campo Belo, Vila Cordeiro e Chucri Zaidan devem receber 80 mil passageiros diariamente, com a Linha 17-Ouro operando de Congonhas / Jardim Aeroporto ao Morumbi-CPTM. A previsão é que as obras sejam entregues em 17 meses após a assinatura do contrato.

Extremos
Inicialmente, o monotrilho da Linha 17-Ouro previa atender extremos da cidade, como a ligação entre o Aeroporto de Congonhas e a Estação Jabaquara, ou o trecho até a futura estação São Paulo-Morumbi, da Linha 4-Amarela do Metrô.

Em agosto do ano passado, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) já tinha mandado congelar 17 das 36 estações inicialmente previstas da linha na Zona Sul da capital. À época, a Secretaria dos Transportes Metropolitanos disse que a prioridade era “concluir os trechos que já possuem obras avançadas antes de abrir novas frentes de trabalho”.

Canteiro abandonado
O monotrilho que está sendo construído há três anos na Avenida Jornalista Roberto Marinho, na Zona Sul, virou abrigo para moradores de rua e, em alguns trechos, para usuários de drogas. Em dezembro de 2015, o G1 publicou reportagem que mostra que a área se parece cada vez mais ao degradado Minhocão, na região central de São Paulo.

O espaço virou também um depósito de lixo e entulho. Entre roupas e pedaços de obras, é possível encontrar também pneus cheios de água, um ambiente favorável para a reprodução do mosquito que transmite a dengue.

Debaixo dos pilares e das futuras estações, os sem-teto montaram coberturas de papelão para dormir. Sob o monotrilho, os novos moradores vivem livres da chuva entre as duas pistas da Avenida Roberto Marinho e do Córrego Água Espraiada.

Um dos moradores afirma que está ali há um ano e que não quer sair. “É o que temos hoje. Estamos abandonados aqui. Mas melhor assim, porque prefeitura só aparece se for para tirar a gente”, afirmou ele, que pediu para não ser identificado com medo de ter de deixar o local.

Informações: G1 São Paulo
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Monotrilho é opção sustentável para atender demanda de média capacidade

terça-feira, 17 de novembro de 2015

O projeto final da linha 15 - Prata do Monotrilho prevê o transporte de 500 mil pessoas por dia e irá reduzir o tempo de viagem no trecho entre Cidade Tiradentes e Vila Prudente pela metade. Ainda que, recentemente, a prefeitura tenha divulgado o congelamento da construção de 7 estações da linha, sendo elas, Jequiriçá, Jacu-Pêssego, Érico Semer, Marcio Beck, Cidade Tiradentes e Hospital Cidade Tiradentes, o projeto seguirá com capacidade média para atender a demanda e, segundo o coordenador de qualidade e meio ambiente do Metrô, Noel João Mendes Cossa, valorizará e dinamizará a paisagem urbana no entorno da construção devido a implantação de corredores verdes e ciclovias ao longo de todo o percurso.

Para Cossa, o monotrilho será um facilitador para a melhora da integração entre os modais atualmente utilizados na cidade. O coordenador tecnico apresentará no 2º fórum Movecidades, evento sobre mobilidade urbana que acontecerá de 2 a 4 de dezembro, no hotel Paulista Plaza, em São Paulo, o projeto evidenciando as características sustentáveis do modal durante o painel “Mobilidade do Presente e do Futuro”. “O grande diferencial é que o monotrilho diminui a necessidade de desapropriações da região em que é construído, pois a implantação acontece nos canteiros centrais de ruas e avenidas já existentes”, afirma.

Os benefícios não são restritos apenas a paisagem do entorno, pois existem diversas características ambientais a serem consideradas. Cossa aponta o sistema como um dos menos poluentes na atualidade por utilizar tração elétrica. “O monotrilho não emite gases provenientes de combustíveis e ainda roda sobre pneus, o que evita o ruído causado por atrito entre roda e trilho”, enfatiza. Outro ponto positivo é que não obstruí a passagem de luz natural e da chuva no canteiro central, fatores que favorecem a conservação e a manutenção do projeto paisagístico.

Fase das obras - Segundo Cossa, a prioridade é concluir os trechos que já possuem obras avançadas antes de abrir novas frentes de trabalho. “Na Linha 15, as colunas e vigas por onde passarão os trens do monotrilho já foram implantadas até São Mateus. São mais de 1.200 operários estão trabalhando na construção de oito estações, São Lucas, Camilo Haddad, Vila Tolstói, Vila União, Jardim Planalto, Sapopemba, Fazenda da Juta e São Mateus. Já implantação do trecho Oratório-São Mateus está prevista para março de 2018, diz. Vale destacar que desde agosto de 2014, o trecho Vila Prudente - Oratório está funcionando das 7h às 19h. 

Sobre o 2º Movecidades
O 2º Fórum Movecidades é um encontro nacional de mobilidade urbana que abrirá espaço para a discussão de alternativas financeiras, estratégias de modicidade tarifária, soluções de otimização e modernização da mobilidade urbana. O evento acontece nos dias 2 e 3 de dezembro, no Hotel Golden Tulip Paulista Plaza, em São Paulo. No ano passado, o Movecidades ofereceu mais de 35 palestras e reuniu 115 executivos do setor, entre presidentes, diretores e gerentes de grandes empresas, além de autoridades federais, estaduais e municipais.

Por Mariana Benjamim
Informações: Movecidades

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Linha 17-Ouro do monotrilho e o prolongamento da Linha 5-Lilás do Metrô só devem começar a operar em 2017

segunda-feira, 30 de março de 2015

A Linha 17-Ouro do monotrilho e o prolongamento da Linha 5-Lilás do Metrô só devem começar a operar em 2017, três anos depois da previsão inicial do governador Geraldo Alckmin (PSDB). O novo prazo foi divulgado nesta segunda-feira (30) pelo próprio governador e pelo secretário de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni.

A nova Linha 17 vai ligar o aeroporto de Congonhas e a região do Brooklin aos trilhos da CPTM. Já o prolongamento da Linha 5 vai levar o Metrô da região de Santo Amaro até a Linha 2-Verde, na Estação Chácara Klabin.

As obras da Linha 17 do monotrilho foram autorizadas em 2012 e a previsão era que funcionassem até a Copa.

Já a extensão da Linha 5-Lilás foi uma promessa de campanha de Alckmin em 2010 e a conclusão deveria ocorrer ainda naquele mandato. Até agora, porém, das 11 estações previstas, apenas a Adolfo Pinheiro está funcionando.

A abertura de estações da Linha 4 do Metrô, a conclusão da Linha 15-Prata do monotrilho e o início das obras da Linha 6 também enfrentam atrasos em relação às previsões divulgadas.

Na Linha 4, Alckmin disse que o Consórcio Isolux Córsan-Corviam será multado por causa do atraso na entrega de quatro estações. O valor não foi divulgado. A atual fase de obras da Linha 4 teve licitação fechada em 2012 por R$ 1,8 bilhão. Mas, dentro desta etapa, apenas a estação Fradique Coutinho foi aberta, em novembro de 2014.

No caso da Linha 15-Prata do monotrilho, a expectativa inicial do governo estadual era de conclusão em 2012. Nesta segunda, o secretário Estadual de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, disse que uma nova etapa dos trabalhos só deve ser concluída em 15 meses. Após isso, serão iniciadas as obras de três estações na Zona Leste.

Sobre as obras da futura Linha 6, que ligará Brasilândia (Zona Norte) à região central, Alckmin disse que o primeiro canteiro começa a funcionar em 8 de abril. A expectativa inicial do governo é que os trabalhos começassem no ano passado. Não foram divulgadas novas estimativas para a conclusão, inicialmente previstas para 2020.

Problemas na Linha 5
No caso da extensão da Linha 5, o governador afirmou que já foram superadas desapropriações e questões ambientais e que as obras estão acontecendo normalmente.
“Esperamos entregar Alto da Boa Vista, Borba Gato e Brooklin no primeiro semestre de 2017. Depois mais seis estações no segundo semestre (...) e uma estação em 2018, que é a estação de Campo Belo, que ali tem uma grande interferência”, disse Alckmin.

Três tatuzões, como são conhecidos os equipamentos que fazem a escavação e concretam ao mesmo tempo, são usados na obra. Nesta segunda, um deles chegou à estação AACD-Servidor.

Em outras oportunidades, Alckmin citou como motivo da demora o fato de a obra ter ficado suspensa pela Justiça por 15 meses por uma decisão judicial que apontava indícios de corrupção na escolha da construtora.

Em outubro de 2010, reportagem do jornal “Folha de S. Paulo” afirmava que conhecia os vencedores da licitação para a construção da linha antes dela ser concluída.

A expectativa do governo do estado é que a Linha 5-Lilás transporte 780 mil pessoas por dia.

Atraso na Linha 17
A linha 17-Ouro também foi prevista para 2014 quando ainda se discutia o uso do estádio do Morumbi na Copa do Mundo. Depois, quando essa hipótese foi descartada, a linha chegou a ser prometida para 2016. O novo prazo para o funcionamento do primeiro trecho, entre o aeroporto de Congonhas e a estação Morumbi da CPTM, agora é 2017.

Os pilares do monotrilho já foram instalados nas avenidas Jornalista Roberto Marinho e Washington Luís, mas ficarão lá sem sustentar nenhuma composição até 2017, prazo quando as oito estações deverão ser inauguradas, segundo o secretário Clodoaldo Pelissioni.
“Hoje a questão mais complexa é o pátio que estamos fazendo em cima do piscinão. Vai muito bem. Temos mais de 400, 500 funcionários trabalhando ali. Essa é a obra um pouco mais complexa para que possamos entregar nessa data a obra funcionando para a população”, disse o secretário de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni.

Ele assumiu o cargo em janeiro, em substituição a Jurandir Fernandes, que ocupou o cargo de secretário na gestão 2010-2014.

Linha 15 - Prata em horário reduzido
O secretário de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, afirmou também que, até o fim de abril, as estações Vila Prudente e Oratório deverão passar a operar das 7h às 19h. Hoje, elas funcionam das 9h às 14h.

O monotrilho começou a funcionar em 2014, após quatro anos de obras e adiamentos do início da operação.

Em 2009, o então governador José Serra disse que a expectativa era que a Linha 15-Prata chegasse da Vila Prudente a São Mateus até 2010, com a expansão até Cidade Tiradentes concluída em 2012. Atualmente, a linha funciona da estação Vila Prudente à estação Oratório, cobrindo cerca de 3 km dos 26,6 km de extensão previstos.

Segundo o secretário Estadual de Transportes, Clodoaldo Pelissioni, a construção das próximas estações depende do desvio do Córrego Mooca, que começa em abril. “Em 15 meses pretendemos concluir essas trabalhos para poder fazer as obras de três estações depois do Oratório, na linha 15”.

Ele afirma ainda que o horário disponível aos usuários passará a funcionar, das 7h às 19h, e deve voltar a ser expandido em agosto.

Por Márcio Pinho
Informações: G1 SP

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Novo Metrô de SP deve ser inaugurado em um mês, diz secretário

domingo, 16 de maio de 2010


A inauguração do primeiro trecho da Linha 4 do Metrô de São Paulo, formado pelas estações Paulista e Faria Lima, está atrasado mais de dois meses, de acordo com o último prazo divulgado pelo governo estadual. A previsão era que o trecho fosse entregue no final de março deste ano, antes de o governador José Serra (PSDB) deixar o cargo para poder disputar a sucessão presidencial, mas até agora a obra não foi inaugurada.
Desde então, a Secretaria dos Transportes Metropolitanos não informou qualquer prazo para a entrega do trecho --que cruzará uma das regiões mais importantes e movimentadas da capital paulista-- e creditou o atraso à necessidade de se cumprir “exaustivos protocolos de testes”. Contudo, em entrevista ao UOL Notícias, o secretário José Luiz Portella, responsável pela pasta, afirmou que o trecho deverá ser entregue no máximo até 15 de junho.
Portella foi o escolhido de Serra para comandar o plano de ampliação e reestruturação da rede de transporte público estadual, batizado de Expansão SP. O projeto prevê que a cidade tenha em 2014 --ano da Copa do Mundo no Brasil-- 420 km de metrô.
Para atingir essa meta, o governo promete construir novas linhas de metrô, ampliar as já existentes e reestruturar as linhas da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) de modo que elas tenham o mesmo padrão das linhas operadas pelo Metrô. Atualmente a cidade tem 62 km de linhas de metrô e 263 km de trens da CPTM.
Na entrevista ao UOL Notícias, o secretário detalha o projeto e fala de sua expectativa em torno do impacto que ele causará no trânsito de São Paulo.
  • UOL Notícias - Quando, afinal, a Linha 4, com as estações Paulista e Faria Lima, será inaugurada?
José Luiz Portella - Nós sempre tivemos calma e nunca anunciamos uma data cravada. A Linha 4 é uma concessão, vai ser operada por um ente privado. Nós somos um fiscal, um agente regulador. Então para poder rodar, a concessionária tem que apresentar todos os certificados e protocolos em dia. Tem que estar tudo 100%. Isso [a finalização dos protocolos] deve terminar no máximo até o dia 15 de junho, eu imagino. Não posso cravar, mas pelo ritmo que está vai estar pronto nessa data. Pode ser antes, pode ser depois, mas será imediatamente quando eles entregarem esses certificados.
  • UOL Notícias - Tenho informações de que o motivo do atraso envolve algumas dificuldades para conseguir a sincronização exata da parada do trem na plataforma, já que a operação da linha é automática. Essa informação procede?
Portella - Na verdade, são vários procedimentos. E muitos deles são novos. Por exemplo, o procedimento [de alinhamento] porta-plataforma é novo. O Metrô ser operado sem condutor também é um procedimento novo. São várias novidades. Está se implantando coisas novíssimas, então é natural que os protocolos sejam mais rigorosos e que se vá até o detalhe das coisas. Enquanto o teste não der 100%, não inauguraremos. O espaço entre a porta-plataforma pode desalinhar no máximo um milímetro. A dificuldade é normal, acontece em todos os lugares do mundo. Não vamos fazer nada precipitado. Criaram uma expectativa [da inauguração] na época da saída do governador José Serra e eu disse: só rodo quando estiver 100%.

Portella - Nenhum [risco]. Ao contrário. O Metrô é operado sem humanos em vários locais do mundo e não há notificação de nenhum acidente com ele. Serão três sistemas de segurança. Quando algo não funcionar o trem para, o de trás para e o da frente também.
  • UOL Notícias - Qual impacto que a inauguração da Linha 4 trará ao trânsito de SP?
Portella - No início o impacto será pequeno, porque vai rodar no trecho Faria Lima-Paulista, que é pequeno. Irá ajudar as pessoas de duas grandes áreas financeiras, mas não chega a dar o impacto no trânsito imediatamente. Até porque as pessoas que usam o carro vão ter que modificar um hábito, e isso demora algumas semanas, às vezes, meses. Eu imagino que o impacto no trânsito será notado no começo do ano que vem, em março, abril, porque nessa época entram mais trechos da Linha 4 em circulação. Por exemplo, em setembro, outubro, serão inauguradas a estação Pinheiros e a Butantã. Daí vai ocorrer um impacto mais sensível.
  • UOL Notícias - Agora eu gostaria de falar sobre o contrato de concessão da Linha 4. Ele foi feito na gestão de Geraldo Alckmin e prevê a concessão da operação e os lucros decorrentes para os próximos 30 anos. O que o senhor acha dessa concessão? Faria diferente, se fosse o secretário na época?
Portella - Eu não posso falar da época, porque tem um fator muito grande que implicou nisso que é a capacidade de investimento. O Alckmin fez o governo com uma austeridade fiscal muito grande, e isso possibilitou ao governo Serra aumentar a capacidade de endividamento. No momento que o Alckmin estava no governo não havia isso. Foi preciso atrair dinheiro da iniciativa privada, e por isso foi feita uma PPP (Parceria Público Privada) para atrair dinheiro. Não posso me colocar sobre as posições escolhidas na época. É sempre ruim falar de uma administração que você não estava e não levar em conta as questões temporais e circunstanciais. O Metrô [o órgão estadual] tem uma experiência muito grande na operação. Eu acho que o Metrô deveria operar os trens, mas agora teremos uma linha [operada por uma concessionária] que poderemos fazer a experiência e examinar. Vamos ter um órgão que vai cuidar do acompanhamento da operação. Eu gosto muito da operação do Metrô. Vamos ver como opera o ente privado.
  • UOL Notícias - O Metrô de São Paulo está cada dia mais lotado. Hoje são 2,7 milhões de passageiros diários, contra 1,8 milhões em 2005. Os usuários da Linha Vermelha, por exemplo, têm que esperar 30, 40 minutos para conseguir entrar nos vagões. O que está acontecendo? Porque o Metrô está tão lotado? É possível que com a infraestrutura atual o Metrô entre em colapso?
Portella - Não se trata do que está acontecendo com o Metrô, e sim o que está acontecendo com a cidade. O Metrô tem uma demanda reprimida. A população prefere usar Metrô ao ônibus. Além disso, as pessoas estão ganhando mais, aumentou a renda da população, principalmente nas classes C e D. O que encheu o Metrô primeiro foi o Bilhete Único (cartão que permite o uso integrado de Metrô, trem e ônibus a um custo reduzido) e depois o aumento da renda. Os dois juntos trouxeram 1,5 milhão a mais de pessoas por dia no Metrô. Diferente do ônibus, que também é cheio, o Metrô tem a previsibilidade: o usuário entra no Metrô e sabe que dali a tantos minutos vai descer na estação programada. Para as pessoas isso está acima de tudo. A Linha 9 da CPTM, que já tem qualidade de Metrô, tinha 126 mil passageiros diários em 2007. Hoje, com a reforma, está com quase 300 mil usuários.
  • UOL Notícias - O senhor acha que o paulistano vai adquirir o hábito, comum aos europeus, de deixar o carro em estacionamentos e ir de Metrô até o centro?
Portella - Eu acredito, mas isso só acontece aos poucos, não é imediato. É um hábito que envolve a questão do conforto, e isso eu acho que vai ser resolvido, já que os trens novos são muitos bons. Há outros aspectos do carro como o status, o costume, a sensação de segurança. Isso só vai ser mudado com o tempo. A pessoa vai experimentar uma vez, duas, até ir se acostumando. Além disso, essa ideia de estacionamento ainda não está totalmente implantada. Precisamos aumentar muito. Mas eu tenho certeza que o paulistano vai usar [o transporte público], e quanto mais aumentar a rede esse uso vai dar “saltos”.
  • UOL Notícias - O tempo de passagem dos trens e a velocidades das composições é uma das principais diferenças entre a CPTM e o Metrô. Segundo informações da própria secretaria, nas linhas da CPTM que já passaram por reformas o tempo médio de espera sofreu uma redução, mas, em geral, ainda é bem maior do que o do Metrô. Esse intervalo de espera na CPTM diminuirá mais após a conclusão das obras do Expansão SP?
Portella - O intervalo vai diminuir bastante depois que chegarem trens novos. Duas coisas fazem diminuir os intervalos: uma é ter mais trens. E os trens estão chegando. Até o fim do ano chegarão 90% dos trens novos. A outra é o ter um sistema que permita aproximar os trens. Hoje, os blocos [de trem] da CPTM ficam a uma distância entre 450 e 600 metros de um para o outro. É por isso que os intervalos são muito maiores do que os do Metrô, que permite uma distância de 150 metros entre as composições. Antes a CPTM operava com um sistema de grades: o trem saía às 11h, 11h20, 11h40, por exemplo. Em 2007 passamos para o sistema de intervalos. Agora, precisamos ter um sistema de sinalização que controle a mobilidade do trem, que determine quando ele vai parar e acelerar. O sistema que iremos instalar em três linhas da CPTM e também no Metrô permitirá que as composições se aproximem em até 15 metros, se for preciso. Nas outras linhas da CPTM a aproximação vai ser de 150 metros, como é hoje no Metrô. Esses sistemas vão ser implantados entre o final de 2010 e o meio de 2011. No entanto, em alguns lugares o intervalo de passagem na CPTM continuará maior porque as estações são mais distantes do que no Metrô, onde há estações a cada um quilômetro.
  • UOL Notícias - Essa redução no tempo de espera vai ser percebida em todas as linhas da CPTM?
Portella - Em todas. Em algumas o tempo de espera vai cair de oito para cinco, seis minutos. Em outras vai reduzir de seis para quatro. Porém, mais importante do que o intervalo entre os trens é a regularidade. É preciso que, no mínimo em 95% das vezes, cumpra-se os intervalos para o usuário ter confiança na CPTM. Assim ele não fica desesperado para entrar no trem porque sabe que dali a quatro minutos terá outro.UOL Notícias - No projeto de expansão, três linhas serão operadas com metrô-leve ou monotrilho. O senhor acredita que a população utilizará essas linhas do mesmo modo que usa o Metrô? Os padrões de segurança, rapidez, eficiência serão semelhantes?Portella - Não tenho nenhuma dúvida. Qualquer que seja a modalidade, monotrilho, VLT (veículo leve sobre trilhos) no chão, metrô, trem da CPTM, tem que ter o mesmo padrão de segurança. O que pode ter é um intervalo maior de passagem dos trens. Mas o padrão de segurança é inegociável. O monotrilho é simplesmente um metrô um pouco menor. Enquanto o metrô carrega 1.800 pessoas por composição, o monotrilho carrega 1.000. O que define o Metrô não é o padrão do trem, e sim as condições de operação, o sistema de intervalos, a qualidade das estações, a regularidade. O Metrô tradicional custa R$ 400 milhões o quilômetro. Não dá para estendê-lo para todo lugar porque não há recursos suficientes.
  • UOL Notícias - O metrô-leve entre o aeroporto de Congonhas e o Morumbi (Linha Ouro) ficará pronto em 2013, considerando que as obras ainda não começaram? E a Linha 6 (Brasilândia-São Joaquim), será entregue em 2014, conforme prometido?
Portella - A Linha 6 com certeza absoluta estará pronta em 2014. Ela vai ser feita com o dinheiro do Estado de SP e de financiamento. Na Linha Ouro, o trecho do Jabaquara até o aeroporto de Congonhas não tenho dúvida que vai estar pronto em 2014. Agora, se vai chegar até o estádio do Morumbi, aí depende do financiamento da Caixa Econômica Federal por meio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) da mobilidade, que até agora não veio. Se vier, temos tempo viável para as obras, até porque é monotrilho, que é mais rápido de construir do que Metrô.
  • UOL Notícias - Com a conclusão do Expansão SP, em 2014, o senhor acredita que boa parte dos problemas do transporte público em SP estarão resolvidos? Ou o plano só é capaz de aliviar a situação?
Portella - Em 2010 já teremos um grande avanço, no final de 2011 teremos outro salto e em 2012 nós vamos aumentar muitas conexões e parte dessa superlotação atual vai diminuir. Não existe metrô vazio no horário do pico em nenhum lugar no mundo, mas vai ficar melhor, menos superlotado. Se continuarmos com o plano como está, até 2014, o transporte público em São Paulo vai estar muito bem encaminhado, muito resolvido. Qualquer que seja o governador, se isso se mantiver, e eu acredito que se manterá, 95% dos deslocamentos com transporte público estarão muito próximos do tempo ideal, semelhante ao tempo que seria gasto com o deslocamento de carro sem congestionamento. Agora, o trânsito é diferente. O trânsito piorou porque emplaca-se por dia 1.000 veículos, entre carros, ônibus, motocicletas... Ninguém aguenta! Não há sistema viário para tudo isso. Nova York (EUA) tem 432 km de metrô e tem congestionamentos. Paris (França) tem 212 km de metrô e tem congestionamento. Enquanto houver mais carro do que a capacidade da via, terá congestionamento. Em Paris, o prefeito está tirando 30 km de via por ano do transporte individual para o transporte público. Temos que ter clareza que é preciso priorizar barbaramente o transporte público, e isso significa restrição, diminuir as viagens de carro.
  • UOL Notícias - O senhor acredita que haverá um engajamento do próximo governo no Expansão SP, inclusive caso o próximo governador não seja do PSDB?
Portella - Tenho certeza. Isso foi um ganho da população. Acho que haverá uma pressão política tão grande por parte da sociedade que ninguém vai conseguir voltar atrás nisso.
UOL Notícias - Recentemente o UOL Notícias fez um levantamento de mortes em obras da expansão do Metrô (clique aqui para ler). Nos últimos cinco anos, 11 operários morreram. Por que esse número elevado de mortes? Essas mortes têm relação com uma suposta aceleração das obras para o cumprimento dos prazos?Portella - Esse dado eu não tenho. Na nossa gestão aconteceu uma morte de um operário em Pinheiros. Não fazemos a aceleração de obra que não esteja dentro do cronograma. Eu não negocio com isso.

Fonte: Uol Notícias
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Em SP, Linha 15-Prata do monotrilho começa a operar comercialmente

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

O monotrilho da Linha 15-Prata começou a operar comercialmente e com horário ampliado na manhã desta segunda-feira (10). Inicialmente, o monotrilho irá funcionar das 7h às 19h em apenas um trecho dos 26,6 km prometidos pelo governo estadual, ligando duas estações.
Foto: Paulo Lopes/Futura Press/Estadão Conteúdo

Os trens percorrem 2,9 km entre o Oratório e a Vila Prudente, onde há integração com a Linha 2-Verde do Metrô. O intervalo de circulação é de seis minutos. É o primeiro monotrilho em operação no país.

A tarifa de R$ 3,50 passa a ser cobrada, com preço igual ao dos bilhetes da CPTM e do Metrô. Durante a fase de testes, que começou em 30 de agosto de 2014, o trecho estava aberto gratuitamente, mas só aos fins de semana, das 10h às 15h.

Por causa da inauguração nesta segunda-feira, as visitas controladas foram suspensas na última quarta-feira (5) para a realização dos últimos ajustes nos equipamentos e sistemas.

Quando estiver completa, ligando o Ipiranga a Cidade Tiradentes, a Linha 15 deve transportar 500 mil pessoas diariamente. Serão 18 estações e 26,6 km de extensão. Os trens do monotrilho trafegam a 15 metros de altura e têm sua operação totalmente automática.

Atrasos
Em 2009, o então governador José Serra (PSDB) disse que a expectativa era que a Linha 15-Prata chegasse da Vila Prudente a São Mateus até 2010, com a expansão até Cidade Tiradentes concluída em 2012.

Depois, em julho de 2013, a entrega do primeiro trecho foi prometida pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) para janeiro de 2014. Quando o prazo chegou, a abertura foi adiada para março e, finalmente, a operação assistida começou em agosto do ano passado.

Em março deste ano, o secretário Estadual de Transportes, Clodoaldo Pelissioni, afirmou que o desvio do Córrego Mooca, essencial para a construção das próximas três estações da linha, começaria em abril e seria concluído em 15 meses. 

Informações: G1 São Paulo

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Metrô de SP recebe 5 propostas para construção da linha Ouro

sábado, 4 de dezembro de 2010

Mal foram apresentadas as propostas para construção da Linha 17 / Ouro do Metrô de São Paulo - que vai ligar o aeroporto de Congonhas ao estádio do Morumbi - a licitação já enfrenta dificuldades para prosseguir.
Uma decisão da 3ª Vara da Fazenda Pública, em caráter liminar, suspendeu a assinatura do contrato e a homologação da licitação. Além disso, o Ministério Público também fez recomendações contra o projeto.
A obra é contestada pela associação de moradores da vila Inah, na região do Morumbi, que reclamam que o monotrilho vai desvalorizar os imóveis do entorno.
Ao optar por manter para hoje a abertura dos envelopes, o governo do Estado de São Paulo entendeu que a suspensão se refere apenas à assinatura do contrato com o consórcio vencedor. O governo já prometeu recorrer contra a liminar.
Hoje, o Metrô de São Paulo recebeu cinco propostas para construção da obra, de R$ 3,17 bilhões. A linha será um monotrilho - carro leve correndo sobre vigas a 15 metros de altura - com 19 estações.
O primeiro monotrilho licitado pelo metrô paulista, o Expresso Cidade Tiradentes, com 24 km na zona leste da cidade, foi arrematado em setembro pelo consórcio composto por Bombardier, Queiroz Galvão e OAS por R$ 2,4 bilhões. Em segundo lugar, ficou o consórcio de Odebrecht, Camargo Corrêa e Hitachi.
Agora, os dois consórcios estão de volta, acompanhados de mais três concorrentes. Um é o consórcio das construtoras Andrade Gutierrez, CR Almeida e da Scomi, fabricante de monotrilhos da Malária. Outro é o consórcio de Delta Construções, Trana Construções e Itamin, fabricante do ramo de montanhas russas com sede em Liechtenstein.
Mas a novidade da licitação é um consórcio chinês, composto pelas brasileiras Trends Engenharia, Constran, Mendes Júnior, a trading China National e a ChangChun Rail Veichles.
Segundo a assessoria do metrô, agora os documentos de habilitação das propostas serão avaliados e depois observadas as propostas comerciais. Não há data para a divulgação do resultado.
Na licitação do monotrilho Cidade Tiradentes, o primeiro leilão foi anulado por excesso de preço das propostas, e na segunda tentativa, dois dos consórcios foram desclassificados.
Depois da abertura dos envelopes, os Ministérios Públicos Federal (MPF) e de São Paulo (MP-SP) recomendaram a suspensão da concorrência. O pedido foi encaminhado ao governo do Estado de São Paulo, à Secretaria Estadual de Transportes e ao Metrô.
A procuradoria também recomendou à Caixa Econômica Federal que não aprove ou suspenda a concessão dos financiamentos requeridos pelo Estado de São Paulo e que não libere recursos para o projeto, fabricação, fornecimento e implantação do monotrilho da linha ouro.
Os dois órgãos entendem que nenhuma medida deve ser adotada enquanto não houver projeto básico para a concorrência, já que se trata de um requisito previsto na Lei de Licitações e que não foi elaborado.
(Fernando Teixeira e Fernando Taquari | Valor)

Fonte: O Globo
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Metrô de SP é o maior alvo de críticas em encontro sobre mobilidade urbana

sexta-feira, 4 de março de 2011

 O seminário sobre mobilidade realizado pela Rede Nossa São Paulo na manhã desta terça-feira (1º) pretendia ser uma discussão sobre soluções inovadoras sobre transporte público sustentável. Em poucos minutos a proposta inicial deu lugar à discussão de velhos problemas atribuídos ao transporte público sobre trilhos na capital paulista e Região Metropolitana de São Paulo. No estado, as linhas de metrô são responsabilidade da Companhia do Metropolitano de São Paulo (metrô) e as de trem da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

As críticas giraram em torno da falta de planejamento e de capacidade de realização do poder público estadual em relação a melhorias e expansão de linhas de metrô e trem. “A gente não tem uma malha ferroviária, tem uma rede para transportar café para Santos”, provoca Marcos Kiyoto, arquiteto especialista em transportes de alta capacidade.

Ele lembra o planejamento da linha 4 do metrô (Amarela) que estava prevista inicialmente para ter a primeira fase entregue em 2008 e a segunda em 2010. Mas, de acordo com o novo Secretário Estadual de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernando Ribeiro Fernandes, deve começar a funcionar em 2014. Até maio de 2010 somente duas estações foram inauguradas e até março de 2011 funcionam em tempo parcial.

“Os planos mudam mais rápido do que a linha é construída”, brinca Kiyoto. “Há descontinuidade. Faltam prioridades”, critica. O especialista avalia que o metrô cresce em um “ritmo lento”. Em média, o serviço em São Paulo aumenta 2,6 km por ano, número muito abaixo do crescimento necessário, aponta. “A cidade tem 69 km de metrô. Estamos absurdamente abaixo da cidade do México com 200 km”, compara.

Kiyoto chama atenção para a importância de estruturar as linhas do metrô com mais intersecções. Alongar as linhas não resolve o problema de sobrecarga porque não há nós para desembarque.

Manuel Xavier, presidente da Federação Nacional dos Metroviários (Fenametro), aproveitou a presença, na mesa debatedora do encontro, de executivos do metrô e da Secretaria Estadual de Transportes Metropolitanos. Ele questionou a dificuldade do estado em planejar e executar obras, apesar de dispor das melhores informações e de excelente corpo técnico.  “O planejamento estadual é ineficiente. Entre planejamento e construção serão 12 anos para a finalização de uma etapa da linha 4”, indica. 

Segundo ele, a obra estourou prazos e orçamento. “A promessa de custo fechado, chamado de turn key, resultou num custo maior. O estado vai colocar mais R$ 500 milhões”, adverte.

Ailton Brasiliense  Pires, assessor de planejamento  da CPTM e presidente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), criticou a falta de política de uso do solo na capital paulista. “Deixaram as coisas acontecerem de acordo com os interesses da construção civil. Agora alguém tem de pagar pelo problema”, destaca.

Ele pleiteia um plano de adensamento para a região metropolitana a fim de planejar habitações de acordo com a oferta de transportes de alta capacidade. “A linha Leste-Oeste, que parte da estação Corinthians Itaquera, sai com 60 mil. Ao chegar no Brás tem 80 mil”, descreve.  “Dez pessoas por metro quadrado, como no metrô, seria bom se eu pudesse escolher as outras nove”, ironiza.

Para ele, “há muitos prefeitos e governadores, mas poucos estadistas”. O que justificaria a descontinuidade de ações e mudanças constantes de planos. Mas o pior, segundo Pires, é a ideia de que transporte público é uma questão de mercado. “Lucro máximo tem a ver com investimento mínimo”, destaca. “O metrô deveria ser um projeto de cidadania”, dispara.

Defesa

Epaminondas Duarte Junior, assistente da diretoria de Planejamento e Expansão dos Transportes Metropolitanos, representante do metrô no encontro, defendeu as ações da empresa. “Planejamento é planejar sempre. A cidade muda, por isso a necessidade de sempre estar planejando”, indicou. “O metrô faz isso muito bem”, rebateu.

O representante do metrô explicou que a população que mora na periferia cresceu, mas a densidade de emprego continua preponderante no centro da capital paulista. Fato que leva grande contingente, continuamente, a uma mesma área da cidade. Duarte também justificou problemas no metrô devido à troca de sinalização de todo o sistema. “A sinalização é da década de 1960”, informa. “Teremos o que há de mais moderno em termos de sinalização”, aponta.

Na mesma linha, o assessor da presidência do metrô, Marcos Kassab, garantiu que a única falha da empresa é “fazer muito planejamento, mas informar pouco sobre o que faz”. O representante do secretário Estadual de Transportes Metropolitanos afirmou que o sistema sobre trilhos não cresce por falta de recursos. Para melhorar a situação, ele sugere corte nos impostos de implantação de transporte público.

Monotrilho

A expansão do metrô por monotrilho, defendida pelo governo do estado em pelo menos duas linhas de metrô causou uma série de críticas de parte da mesa debatedora e da plateia.

Para Kiyoto, a alternativa não é boa para a capital paulista por ter capacidade média de transporte de passageiros, quando a cidade precisa de alternativas de alta capacidade. “O monotrilho sobrecarrega o transporte, não cria rede”.

Xavier da Fenametro disse estranhar o fato do monotrilho estar em desuso no mundo, mas estar listado para importantes obras de transporte coletivo no estado de São Paulo.

Moradores da Cidade Tiradentes, zona leste da capital paulista, uma das regiões que deve receber o modal de transporte,  questionaram a segurança e a viabilidade do modal. “Não atende a demanda da população”, esclarece Vieira, liderança da região.

Na defesa do projeto, Duarte avalia que o monotrilho terá a mesma qualidade de serviços do metrô, mantendo a confiabilidade e regularidade. Ele garante que um monotrilho poderá transportar 40 mil pessoas por sentido por hora. Kassab ponderou que seriam 48 mil pessoas.

Autoridade metropolitana

A ideia de uma autoridade metropolitana, uma espécie de prefeito da região metropolitana de São Paulo, foi bem aceita pelos especialistas presentes no encontro sobre mobilidade. Entretanto, é preciso que a entidade funcione e não seja apenas figurativa, ressaltou Xavier, presidente da Fenametro.

Kassab identifica que não há mais limites entre municípios. “Não há barreiras visuais entre municípios”, menciona. “Metrópole funciona como unidade”, pressupõe o assessor da Presidência do metrô.

Pires da ANTP defende uma autoridade que realize o planejamento integrado dos 39 municípios que compõem a região. A Região Metropolitana de São Paulo concentra 10% da população brasileira e 50% do estado.



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Em São Paulo, Monotrilho tem trepidação em viagem de teste

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Parece um trem de metrô. Mas trata-se do monotrilho. A reportagem participou na manhã desta sexta-feira, 10, de um teste aberto à imprensa na primeira composição que circulará a partir de março na futura Linha 15-Prata do Metrô de São Paulo. O que a distingue das demais são as janelas grandes e, quando em movimento, a trepidação, maior que a dos demais trens da rede metroviária.

A composição rodou por um trecho de cerca de 800 metros entre a Estação Oratório, que ainda está em construção, e o pátio de manutenção, na Vila Prudente, na zona leste da capital paulista. O trajeto foi vencido em aproximadamente dez minutos, já que, por questões de protocolo de segurança, o trem andou a no máximo 20 km/h, só um quarto da velocidade que o veículo pode alcançar.

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) havia confirmado presença no evento, mas não compareceu. Sobre a leve tremedeira, o secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, disse que ela ocorreu porque o monotrilho passou por um “trecho não comercial”, ou seja, por onde o trem não passará com passageiros quando a linha estiver pronta. “Em situação de reta e mais próxima dos 60 km/h, que será a velocidade normal dele, esse trepidar fica atenuado.”

Fernandes também garantiu que o polimento das vigas de concreto por onde desliza o monotrilho reduzirá as vibrações.

Por sua vez, os “janelões” do trem chamam a atenção, especialmente porque eles dão para o “nada” – não há grades entre elas e a paisagem, como em linhas de metrô, já que o monotrilho corre suspenso por uma viga central de concreto, em vez de trilhos tradicionais. “Olha lá para baixo. Você não tem medo de altura, não é?”, brincou Fernandes com a reportagem. As vigas têm cerca de 15 metros de altura.

O dirigente prometeu entregar o primeiro trecho da Linha 15, entre as Estações Vila Prudente e Oratório, no fim de março, ou seja, com dois meses de atraso em relação ao cronograma divulgado pelo governo Alckmin no ano passado. No entanto, a operação comercial plena só deve ocorrer entre o fim de maio e o início de junho. Até lá, quatro trens circularão pelo ramal.

Cada trem poderá transportar cerca de mil passageiros, metade de um trem de metrô. A Linha 15 estará completa em 2016, ligando a região da Vila Prudente à Cidade Tiradentes, com 26 km de extensão e 18 estações. Ela custará R$ 6,4 bilhões para ser construída.

Batida. O trem que participou da viagem de teste nesta sexta-feira é o mesmo que bateu em um molde de madeira da obra no fim do ano passado, em uma das primeiras movimentações do veículo entre o pátio e a Estação Oratório. Ninguém se feriu, mas o Metrô precisou trocar parte da proteção externa das rodas.

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Mais rápido e barato, monotrilho agiliza ampliação de transportes sobre trilhos

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Ampliar o transporte sobre trilhos de forma rápida e barata é um dos grandes desafios em todo o mundo. A construção de uma linha de metrô, que envolve grandes escavações subterrâneas, movimentações de terra que exigem certificações ambientais, desapropriações, entre outros, costuma ser demorada e não acompanhar o crescimento da demanda. Para agilizar o processo e ampliar a oferta de transporte público, o Governo de São Paulo vem utilizando o sistema de monotrilho, que fica pronto mais rápido e é mais barato, além de não interferir em redes subterrâneas de esgoto.

A principal diferença do monotrilho é sua estrutura. O metrô subterrâneo utiliza túneis para não atrapalhar o trânsito da superfície. O monotrilho, com o mesmo objetivo, usa uma estrutura elevada. Seus vagões circulam por estruturas suspensas, como passarelas, instaladas sobre os canteiros centrais de avenidas.
Um dos projetos, que foi internacionalmente premiado pela UITP (União Internacional dos Transportes Públicos), na categoria Inovação em Intermodalidade, é o da Linha 15-Prata, que vai conectar as estações Ipiranga e Cidade Tiradentes, na zona leste de São Paulo, em um percurso de 25,8 km, com 18 estações e capacidade para transportar 500 mil passageiros por dia.

A linha também será equipada com um sistema de controle automático de trens, que permite um intervalo de circulação entre trens de apenas 75 segundos. Um percurso que hoje é feito em mais de duas horas será reduzido para 50 minutos.

O Metrô utiliza ainda o sistema de monotrilho na Linha 17-Ouro, que vai ligar o Jabaquara, na zona sul, à futura estação São Paulo-Morumbi, passando pelo Aeroporto de Congonhas.

Do Portal do Governo do Estado

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