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Em BH, Expansão do BRT atingirá mais bairros e estações do metrô

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

O novo sistema de transporte por ônibus de Belo Horizonte, previsto para ser inaugurado no dia 15, segundo anúncio da BHTrans, será expandido pelas principais vias da capital mineira até 2020, fazendo conexões com estações do metrô e conectando bairros esquecidos pela primeira fase do projeto, como os da Região do Barreiro. A reportagem do Estado de Minas teve acesso ao plano de expansão do Move, o BRT de BH, no qual constam pelo menos mais 81,5 quilômetros de linhas do sistema. Um planejamento amplo que contempla uma expansão duas vezes e meia maior se comparada ao conceito original da primeira fase, já que os corredores inaugurais, das avenidas Santos Dumont/Paraná (1,3 km), Presidente Antônio Carlos (14,6 km) e Cristiano Machado (7,1 km) se estendem por um total de 23,1 quilômetros. O investimento para o metrô de BH será de R$ 3,1 bilhões. As obras da linha 3 (Savassi-Lagoinha) têm previsão de começar em setembro e durar quatro anos. A licitação deve ser lançada em maio. A revitalização da linha um e construção da linha 2 devem durar dois anos cada uma.

 Até a entrada em operação do BRT serão feitas mais 13 alterações em ruas e avenidas de BH
Nesse novo planejamento, o Move se ramifica por outras 10 grandes vias, mas ainda não há definição sobre se serão implantadas faixas de tráfego exclusivo, as vias demarcadas onde só ônibus trafegam, como ocorre hoje na Avenida Amazonas, ou se corredores onde apenas BRTs circulam, como ocorrerá na Cristiano Machado, Antônio Carlos e Dom Pedro I. A BHTrans adiantou que as próximas vias a receber linhas do Move serão a Avenida Amazonas e o Anel Rodoviário. Pelo plano de expansão ainda serão contempladas as avenidas Dom Pedro II, Nossa Senhora do Carmo, Raja Gabaglia, Carlos Luz, Américo Vespúcio, dos Andradas, Tereza Cristina, Waldir Soleiro Emrich, Mem de Sá e a Rua Patagônia.

A conexão com as linhas de metrô futuramente implantadas se dará por vias importantes e complexos de transferência de passageiros que comportarão maior fluxo, como a Estação Lagoinha, que receberá ônibus das avenidas Dom Pedro II e Antônio Carlos, e as estações Vista Alegre, Salgado Filho, Silva Lobo, Rio Negro, do Contorno, Barbacena, Raul Soares e Praça 7, que seguem contíguas à Avenida Amazonas. A maior extensão circulada pelo BRT será no Anel Rodoviário, onde os ônibus terão de rodar até 22,5 quilômetros, do acesso à BR-356, no Bairro Olhos D’Água, à Estação São Gabriel, na Região Noroeste de BH. O Anel Rodoviário comportará principalmente os ônibus vindos do Barreiro, que nesta primeira fase terá duas linhas do Move, a 6350 e a 8350, que são baseadas na Estação Barreiro. 

Trajeto
Os quatro corredores mais extensos a serem abertos na última fase do Move serão o da Avenida Presidente Carlos Luz, que se estende por 16 quilômetros da Estação Calafate da linha 2 do metrô até a Estação de Integração Pampulha do BRT; o da Avenida Nossa Senhora do Carmo/BR-356, que terá 12 quilômetros e vai do Olhos D'Água, no Barreiro, até a Estação Praça Diogo de Vasconcelos, na Savassi, e Avenida Afonso Pena, no Centro; o da Avenida dos Andradas até a Avenida Silviano Brandão; e da Avenida Tereza Cristina até a Avenida Amazonas, ambos com 10 quilômetros.

O projeto prevê que, além das estações de Integração Venda Nova, Vilarinho, Pampulha, São Gabriel e Santos Dumont/Paraná, serão ampliadas as estações José Cândido da Silveira (Cidade Nova), Barreiro (Átila de Paiva) e Diamante, e construída a do São José (Jardim Inconfidência), entre as avenidas João XXIII e Dom Pedro II.


Para o mestre em engenharia de transportes e professor da Universidade Fumec Márcio Aguiar, o grande desafio do plano da BHTrans é a implantação das vias para a circulação do Move. “Para criar as canaletas de tráfego exclusivo seria preciso desapropriar grandes extensões. No caso de faixas exclusivas, o problema é a interferência com comércios e residências, além do conflito com o tráfego no momento de ultrapassagens”, disse. Ele cita o monotrilho como uma alternativa mais barata e reforça a necessidade de expandir o metrô. 

A BHTrans informou que trabalha inicialmente com os recursos já previstos pelo governo federal no valor de R$ 377 milhões. Entre as obras acertadas está o programa Pró-ônibus, de R$ 166 milhões, o Expresso Amazonas, de R$ 149 milhões, e o Complexo do Vilarinho, de R$ 50 milhões. Além dessas, os recursos serão utilizados para a elaboração do projeto do BRT do Anel Viário, que tem custo de R$ 12 milhões. Do total, R$ 194,5 milhões são do Orçamento Geral da União e R$ 182,5 milhões de financiamentos. No dia 17, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e a Caixa Econômica Federal assinaram um contrato de financiamento público do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Grandes Cidades no valor de R$ 140,4 milhões para obras de mobilidade urbana, encostas, pavimentação e drenagem. Esses recursos também poderão financiar parte da expansão do Move até 2020.


Informações: Estado de Minas
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Conheça as vantagens do monotrilho como meio de transporte para BH

segunda-feira, 11 de março de 2013

O para e arranca de Belo Horizonte é um dos tormentos dos motoristas e dos usuários de transporte público da cidade já faz bem uns 10 anos. De microssolução em microssolução, até hoje a capital não teve obra ou interferência que desse, de verdade, um fim a esse movimento repetitivo e chato. Agora, a bola da vez é o BRT, o trânsito rápido de ônibus, que está sendo implantado em grandes corredores do Vetor Norte e da região Centro-Sul. Mas há dúvidas, e muitas, dos especialistas sobre a sua eficiência para BH. A aposta é de que será mais um paliativo. Na linha do que poderia ser feito para melhorar de vez o trânsito, a unanimidade é o metrô, o mais eficiente e de maior capacidade do mundo. Caro, na falta dele, a luz que aparece no fim do túnel vem do monotrilho, que, em vez da terra, usa o céu para transportar os passageiros.

Não é só metaforicamente falando. A grande diferença entre metrô e monotrilho está na estrutura de cada um. Enquanto o metrô – o verdadeiro, e não o trem de superfície que existe em Belo Horizonte – utiliza os subterrâneos para não incomodar quem passa por cima, o monotrilho usa o nível de cima para não atrapalhar quem está embaixo. Explicando: os vagões do monotrilho circulam por estruturas suspensas, como se fossem passarelas, a cerca de 15 metros do solo. Geralmente, são instaladas nos canteiros centrais das avenidas, utilizando um corredor de dois metros de largura para isso.

A discussão sobre as vantagens e desvantagens de cada um dos grandes modais foi feita pelo engenheiro de produção Uarlem José de Faria Oliveira, em monografia de pós-graduação pelo Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes). Ele criou um quadro comparativo em que analisou o BRT, o VLT (veículo leve sobre trilhos), o monotrilho e o metrô. O BRT é um sistema que utiliza pista exclusiva para ônibus. A plataforma de embarque é elevada, e os veículos só param nas estações. Os passageiros só acessam o coletivo com o tíquete pago.

O VLT tem funcionamento semelhante ao do BRT, já que utiliza pista exclusiva e não concorre com os outros meios de transporte por um espaço no trânsito. A grande diferença é que ele corre sobre trilhos, enquanto o BRT corre sobre pneus. Ou seja, no quadro do engenheiro, foram analisados três transportes sobre trilhos e um sobre rodas. A conclusão a que chegou e que pode ser confirmada pelo quadro é a de que o BRT, dos quatro, é o que tem menos vantagens. A única, aliás, apontada, é o custo de produção. Gasta de 15 milhões a 20 millhões de dólares por quilômetro construído. Por outro lado, o VLT custa de 20 milhões a 50 milhões de dólares o quilômetro, o monotrilho, de 40  milhões a 70 milhões de dólares, e o metrô, de 80 milhões a 120 milhões de dólares.

Dos quatro modelos, o BRT é o que tem menor capacidade máxima de transporte – 10 mil a 30 mil passageiros por hora por sentido – e o metrô é o que tem mais – de 25 mil a 80 mil por hora por sentido. O VLT e o monotrilho quase empatam. O primeiro consegue levar de 10 mil a 40 mil passageiros por hora por sentido e o segundo, de 15 mil a 50 mil. Outros quesitos em que o BRT perde é em ruído (elevado), conforto (menor, por causa de freadas e semáforos), capacidade de atrair usuários de carro de passeio (baixa) e emissão de carbono por passageiro (alta).  Em interferência no trânsito, custo de desapropriação e interferência durante a construção, que são considerados altos no quadro, ele empata com o VLT. O monotrilho tem descrições melhores que os dois em todos os quesitos e perde para o metrô em interferência durante a construção. Por outro lado, ganha em ruído (menor) e custo de desapropriação.

De acordo com Uarlem Oliveira, em geral, o sistema sobre trilhos é o ideal para linhas troncais – aquelas existentes em locais em que há grande demanda –, a partir de 10 mil a 15 mil passageiros por hora. As alimentadoras, que vão abastecer as troncais e que geralmente saem dos bairros para a estação, não precisam ser sobre trilhos, observa. “Para alimentadora, é ônibus mesmo. É o único que tem alta capilaridade. Não existe outro.”

Segundo o pesquisador, a grande vantagem do monotrilho é ser mais barato que o metrô, podendo ter a mesma eficiência dele, com menor tempo de construção e sem a necessidade de cavar túneis. As peças para instalação do monotrilho podem ser pré-moldadas e montadas à noite, não interferindo no trânsito diurno, que costuma ser pesado. Não há desapropriação e não interfere em redes subterrâneas, como de esgoto.

As principais críticas ao monotrilho são relacionadas à questão urbanística, pelo fato de ele ser instalado sobre corredores suspensos, similares a viadutos – mas que tem a vantagem de permitir ao passageiro ver a paisagem, completa –, à evacuação em caso de pane – há fabricantes que têm sistema parecido com o de avião (rampas infláveis) e outros que usam passarela de ligação entre os vagões de um sentido e de outro, para transferir os passageiros – e à capacidade, inferior à do metrô.

Com relação ao BRT, Uarlem Oliveira acredita que as análises feitas são superficiais. “É muito bom para cidades de médio porte e dependendo de como a cidade é construída, se tem avenidas largas que comportam.” Para Belo Horizonte, ele acredita que a solução BRT é paliativa e de curto prazo. “Daqui a 10 anos, vão estar pensando de novo em solução para o trânsito. Se gastassem mais agora, o problema estaria resolvido para os próximos cem anos”, sugere. Na opinião do pesquisador, o monotrilho atenderia bem a cidade, já prevendo o perfil dela no futuro. “Não é à toa que São Paulo está fazendo três linhas de monotrilho.”

É consenso entre técnicos e acadêmicos que o ideal para qualquer cidade de grande porte é que existam vários modais se complementando e que um não é melhor que outro, já que cada um é adequado para um tipo de problema que se quer atacar. A ideia de criar monotrilho em Belo Horizonte ganhou defensores nos últimos dois anos, principalmente depois da iniciativa de São Paulo, de implantar 24,5 quilômetros do sistema, com capacidade para 48 mil passageiros por hora – a maior do mundo – e, também, diante da dificuldade relacionada à concretização do metrô por aqui – por falta de verba e de vontade política. Entre os que são a favor do modal, estão entidades de classe e empresariais, como a Sociedade Mineira de Engenheiros, o Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea-MG) e a Associação Comercial de Minas Gerais (ACMinas), além de acadêmicos das principais universidades de BH.

Um dos que se manifestam a favor do monotrilho é o professor de engenharia de transporte e trânsito da Universidade Fumec, Márcio Aguiar, que coordena essa área na instituição. Segundo ele, toda a cidade deveria ter vários modais. No caso de Belo Horizonte que, no momento, possui apenas os ônibus e o trem de superfície e desenvolve o BRT, o professor acha que há equívocos. Isso porque, diz, a cidade se inspira no modelo de Curitiba, que, a partir da década de 1960, começou a pensar o BRT. Depois disso, a cidade começou a ser planejada tendo o BRT em sua estrutura e, por isso, o sistema deu certo.

No caso de Belo Horizonte, não ocorreria assim, já que a cidade está estruturada de uma forma e terá um sistema BRT adicionado a ela. Aguiar também acredita que o BRT, na capital mineira, terá boa fluência no percurso, mas vai encontrar problemas nas pontas, ou seja, nas estações de embarque e desembarque, já que haverá acúmulo de carros para um espaço limitado. O mesmo problema ele vislumbra para o túnel da Lagoinha, na avenida Cristiano Machado.

Com relação aos modais sobre trilhos, o professor defende que não se pode considerar o existente em Belo Horizonte como metrô, porque um dos princípios do modal é ser segregado dos demais meios e buscar a demanda onde ela estiver, o que não ocorre. Ele ressalta, como outros especialistas, que o metrô é o melhor sistema, mas é caro, demanda mais tempo e é difícil de ser construído. “Até para calcular orçamento é difícil, porque você tem de escavar o subterrâneo e não sabe o que pode encontrar, como aconteceu em São Paulo (quando houve deslizamento de terra na construção da linha 4).”

Os cálculos dos especialistas são de que um quilômetro de metrô leve um ano para ser construído, enquanto, no caso do monotrilho, é possível fazer cinco quilômetros em um ano. Segundo Márcio Aguiar, o monotrilho é o mais adequado, por exigir pouca desapropriação, ter custo de um terço do metrô, ser rápido, segregado, silencioso, ter maior capacidade de rampa que o metrô – mais de acordo com o relevo de Belo Horizonte – e exigir menor área para fazer curvas.

Para o engenheiro civil Luiz Otávio Silva Portela, membro da Comissão de Transportes da SME, existem dois tipos de solução para o transporte   de massa da Região Metropolitana  de Belo Horizonte, que seriam abaixo ou acima do chão. Ele não considera a possibilidade no nível do chão, caso do BRT e do VLT, porque, na opinião dele, não há mais espaço para isso na região e o alargamento das vias é difícil devido ao alto valor que deveria ser empenhado em desapropriação, dos prejuízos sociais e econômicos e do elevado tempo que esse processo demanda. As alternativas no chão têm, ainda, o problema da poluição ambiental, fator “que tem sido esquecido pelas autoridades”, acrescenta.

A solução debaixo do chão, ou seja o metrô, teria os problemas de custo e de tempo e, ainda, o de construção. “No caso de Belo Horizonte, com relevo montanhoso, metrô subterrâneo implicaria estações bastante profundas, o que seria também um fator de acréscimo de custo e de prazo”, diz o engenheiro.

Como o modelo acima do chão, o  monotrilho é elétrico, não há aumento de poluição sonora e atmosférica. O BRT tem motor a combustão e, por isso, não é alternativa que vá poupar o meio ambiente. E, quanto à crítica que pesa contra o modal, de poluição visual, Luiz Otávio considera que ela é menor que a de rampas de viadutos, por serem estreitas. Além disso, o visual moderno do monotrilho é ponto a favor, na opinião de Luiz Otávio.

No quesito tempo de implantação, o engenheiro chama a atenção para o fato de que o BRT ou o VLT, das soluções acima do chão – já que ele também poderia ser pensado em nível acima, se instalado em viadutos –, é o mais demorado, devido ao processo de desapropriação de imóveis comerciais e residenciais. Outro ponto favorável ao monotrilho, conforme o membro da SME, é a forma de operação. Ele dispensa operador, por ser totalmente automático e computadorizado. Por outro lado, o VLT exige operador e o BRT, motorista. Além disso, o monotrilho teria mais capacidade que o BRT – até 550 passageiros por composição, com quatro vagões cada, contra 160 passageiros por composição de BRT. Luis Otávio lamenta que as autoridades de BH não queiram “acreditar na capacidade de transporte do monotrilho. A solução acima do chão com o modal monotrilho é a mais interessante, conveniente e factível de utilizar para o transporte de massa, devidamente integrada aos demais modais já existentes.”

O presidente da organização não governamental SOS Mobilidade, José Aparecido Ribeiro, que é também assessor de mobilidade da ACMinas, conta que, antes de defender a causa monotrilho, membros da associação foram a São Paulo para conhecer melhor o sistema. “Achamos que é o mais viável para Belo Horizonte, pelo custo, rapidez e demanda da cidade”, diz.

Segundo ele, existe a tendência de se achar que o metrô é melhor, mas, devido ao alto custo e ao tempo elevado de construção, acaba não sendo. E há outro fator, conforme José Aparecido, que é o  de ele, às vezes, ser muito para a demanda da cidade. Um metrô é capaz de transportar 200 mil passageiros, por hora, por exemplo, mas poucas cidades têm essa demanda nos horários fora de pico.

Na opinião dele, o monotrilho deveria ser a segunda opção de modal. O VLT só deveria ser pensado para regiões planas, como a da Pampulha, e em que é possível interligar muitos bairros por um ponto centralizador. E tem o problema de ocupar uma faixa de rolamento, apesar de ser para colocação de vagões com mais capacidade de transporte que o BRT, que também ocupa uma faixa, mas transporta menos pessoas. “Consome um espaço que a cidade não tem”, afirma. O metrô tem o problema do custo e do tempo de construção. Além disso, ele acredita que a viabilização do metrô em BH passa pelas empresas de transporte de ônibus, que têm a concessão de uso do sistema e fariam resistência à implantação de um meio diferente.

A BHTrans informou que não  considera o monotrilho como a prioridade no atual plano de mobilidade do governo, por não se tratar de um meio de transporte de alta capacidade (em relação ao BRT e metrô), embora não o descarte como mais um modal. Segundo o órgão, o enfoque é na conclusão do BRT nos corredores da Antônio Carlos, da Cristiano Machado, da Pedro 2º, da Amazonas e da área central, integrando-o ao projeto de expansão do metrô, que será a principal modalidade de transporte da cidade, conforme a BHTrans.


Autor(a) Cláudia Rezende

Informações: Jornal TudoBH


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Metrô de BH é concedido à iniciativa privada por R$ 25,7 milhões

domingo, 25 de dezembro de 2022

O metrô da Região Metropolitana de Belo Horizonte foi concedido à iniciativa privada na tarde desta quinta-feira (22/12), em leilão realizado na Bolsa de Valores (B3), em São Paulo. O consórcio Comporte Participações foi o vencedor da disputa, com uma proposta de R$ 25.755.11,00, o que representa um ágio de 33% frente ao lance mínimo era de R$ 19.324.304,67.

O consórcio vencedor, com lance único, será responsável pela modernização e ampliação da Linha 1 e a conclusão da construção da Linha 2, assim como a gestão, operação e manutenção dos serviços pelo prazo de 30 anos. O novo sistema deve beneficiar 270 mil passageiros diariamente.

A sessão pública contou com a presença do governador Romeu Zema, que comemorou o resultado do leilão e se mostrou otimista com os benefícios aos usuários que concessão à iniciativa privada do metrô, que era de responsabilidade da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), vai trazer.

“Quatro anos atrás, nunca poderia imaginar que viria aqui na B3 tantas vezes para projetos que vão mudar por completo a nossa região metropolitana, como este do metrô e o Rodoanel. Quem frequenta BH sabe das dificuldades em relação ao trânsito e à mobilidade. E isso terá uma melhoria muito grande dentro de alguns anos para a população”, destacou.

Sonho antigo

Já o secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra), Fernando Marcato, destacou que a modernização do metrô é um sonho antigo dos moradores da capital e de cidades da região metropolitana. Ele lembrou que a partir de 2019 Minas foi o estado que mais estruturou concessões e parcerias, totalizando 14 projetos. “Para o segundo mandato o governador já estabeleceu uma meta de 30 propostas”, disse. Marcato ainda ressaltou o papel de liderança do governador e afirmou que uma das características da atual gestão é poder trabalhar com autonomia.

O secretário citou ainda que o projeto do metrô permitiu engajar o maior número de pessoas, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Ministério de Desenvolvimento Social, Ministério da Economia e, sobretudo, a sociedade mineira. “A concessão do metrô de Belo Horizonte é um trabalho meritório, pois contou com o envolvimento de funcionários públicos que trabalharam dia e noite para realizar o sonho dos mineiros”, disse.
Marcato enalteceu também o papel desempenhado por parceiros da sociedade civil neste processo, como a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), representada pelo presidente, Marcelo de Souza e Silva.  “Há mais de 20 anos lutamos por isso e vimos agora esse apoio dos governos federal e estadual, uma mobilização com técnica, e unimos força para auxiliar nesse projeto, e vamos acompanhar a empresa que ganhou, trazendo uma melhoria de qualidade para a população, consumidores e trabalhadores que utilizam esse transporte em nossa cidade”, o presidente da CDL-BH.  

A sessão também contou com a presença do ministro da Economia em exercício, Marcelo Pacheco dos Guaranys, do presidente do BNDES, Gustavo Montezano, e do secretário Especial do Programa de Parcerias em Investimentos (PPI), Bruno Westin, “Esse leilão representa a conclusão de uma fase e início de outra, e tivemos êxito nessa proposta. Essas desestatizações representam para o Estado gastar menos com a viabilidade de oferecer mais para o cidadão”, descreveu Bruno Westin.

Estrutura

O metrô da RMBH possui apenas a Linha 1, que compreende 19 estações, ao longo de 28,1 quilômetros de extensão, situadas entre Belo Horizonte e Contagem. A previsão é de que a Linha 1 seja revitalizada e ganhe mais uma estação, no Novo Eldorado, em Contagem. Já a Linha 2, que teve obras iniciadas em 1998 e paralisadas em 2004, terá sete novas estações ligando Calafate ao Barreiro por 10,5 quilômetros de extensão.

A previsão é a de que as novas estações comecem a ser inauguradas a partir do quarto ano da concessão e que todas estejam em operação no sexto ano.


Ao todo, o investimento projetado é de R$ 3,7 bilhões, ao longo de 30 anos do contrato de concessão. Serão destinados R$ 3,2 bilhões de aportes públicos para o metrô de Belo Horizonte, dos quais R$ 2,8 bilhões oriundos do governo federal e cerca de R$ 440 milhões do Governo de Minas, provenientes do Termo de Reparação assinado com a Vale em decorrência do rompimento da barragem de Brumadinho. O Acordo Judicial visa reparar os danos causados pela tragédia, que tirou a vida de 272 pessoas e gerou uma série de impactos sociais, ambientais e econômicos na bacia do Rio Paraopeba e em todo o Estado de Minas Gerais.

A empresa vencedora do leilão deve iniciar os investimentos no primeiro semestre de 2023. Com as melhorias, o sistema deve beneficiar aproximadamente 270 mil passageiros diariamente, dos quais 50 mil devem utilizar a nova Linha 2.

A CBTU é uma empresa pública criada em 1984, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Regional, sendo a União Federal proprietária de 100% de suas ações. Entretanto, a Constituição Federal de 1988 atribuiu aos governos estaduais a gestão dessas redes de transporte, e desde então as operações têm sido transferidas para os estados. Nesse cenário, já foram transferidas as operações da CBTU para os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará e Bahia.

Para fazer essa descentralização para as unidades federativas, é necessário separar as operações do restante da empresa, por meio de cisões que criam filiais regionais. No caso de Minas Gerais, foram criadas as subsidiárias CBTU-MG e Veículo de Desestatização MG Investimentos S/A (VDMG), que funcionam como braços regionais da CBTU e que serão transferidas ao futuro concessionário.

Metroviários

Uma das garantias do edital é um ano de estabilidade aos metroviários da CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos), que devem ser absorvidos posteriormente, e os metroviários terão a opção de adquirir até 10% da nova empresa que assumirá o metrô.

Informações: Agência Minas
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Metrô de BH cresceu 13,5% em 2013: sete milhões de novos embarques

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

O número de passageiros da CBTU-Belo Horizonte cresceu 13,5% em 2013, uma elevação que equivale a mais de sete milhões de novos embarques, na comparação com o mesmo período de 2012. O crescimento registrado pela operadora já supera a média nacional prevista pela ANPT – Associação Nacional de Passageiros sobre Trilhos (ANPT), que estimou em cerca de 10% o crescimento acumulado para o setor em 2013.

O percentual de elevação da demanda no metrô de Belo Horizonte contrasta com a pesquisa Origem e Destino (OD) divulgada na capital, nesta sexta-feira (17/12). Enquanto a pesquisa aponta queda, entre 2002 e 2012, em relação ao levantamento total da procura por transporte coletivo, no metrô os números indicam elevação sucessiva.

Crescimento recorde na última década
Considerando o mesmo período apontado pela pesquisa, o Metrô de Belo Horizonte saltou de 27,8 milhões de passageiros para mais de 57,4 milhões, crescendo cerca de 210%, na última década. A média diária de usuários do sistema também cresce em ritmo acelerado nas 19 estações e a operadora chegou a registrar recorde de 270 mil pessoas/dia, em 2013.

O número de viagens realizadas pelos trens também cresceu mais de 41%, passando de 61 mil viagens para 86 mil viagens/ano, entre 2002 e 2012 .

Para efeito de comparação, enquanto o metrô transporta cerca de 26 mil passageiros por hora/sentido, o automóvel e o ônibus têm capacidade de 1,4 mil e 5,4 mil, respectivamente. E, considerando os padrões dos diversos sistemas de transporte no mundo, o sobre trilhos chega a emitir cerca de 60% menos gases de efeito estufa (GEE) que os automóveis e 40% menos que os ônibus.

Esses e outros números apontam a real contribuição do metrô para toda a população de Belo Horizonte e Região Metropolitana.

Atualmente o Brasil tem 15 sistemas urbanos de transporte de passageiros sobre trilhos, implantados em 11 Estados e a CBTU está presente em cinco deles, levando cerca de 150 milhões de brasileiros em todo o pais.

Informações: CBTU

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Obra do metrô de Belo Horizonte: atrasada, reduzida e defasada

quinta-feira, 17 de maio de 2012

O atraso de mais de uma década na expansão do metrô de Belo Horizonte já condena à defasagem as linhas 2 e 3, que ainda não saíram do papel. Elas ligarão o Barreiro e a Savassi até a região Central. Enquanto se tenta desempacar parte de um projeto travado há mais de dez anos, especialistas afirmam que o poder público já deveria estar discutindo a implantação de outros percursos.
Foto: Flávio Tavares
Um dos próximos capítulos dessa novela será apresentado na quarta-feira (16). Serão conhecidas as empresas que vão disputar a licitação para os estudos de topografia e geotecnia para as linhas 2 e 3. No dia 22, será a vez da pesquisa de sondagem. Os levantamentos, orçados em R$ 8,3 milhões, devem ser realizados durante seis meses. E vão guiar a elaboração do projeto de expansão do metrô de BH, que demandará mais um ano. Somente depois desse prazo é que as obras podem começar, ou seja, no final de 2013.

O planejamento segue parte do plano diretor feito pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) há mais de dez anos. A proposta é modernizar a Linha 1 (Vilarinho-Eldorado), retomar até o Calafate as obras abandonadas do percurso 2 (Barreiro-Santa Tereza) e construir, a partir da Lagoinha, o ramal 3 (Pampulha-Savassi).

Este último eixo foi “encolhido”. O projeto inicial previa a ligação até a Pampulha, o que não deve acontecer nesta fase. E como a linha 3 possui um trecho subterrâneo na rua Pernambuco e avenida Afonso Pena, mesmo com tecnologias para redução de impactos, se espera transtornos no trânsito de BH, já bastante caótico.

O presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô de São Paulo (AEAME-SP), José Geraldo Baião, diz que, na superfície, os impactos da obra subterrânea ocorrem apenas onde serão construídas as estações e nos poços de ventilação.

Uma das técnicas para reduzir os transtornos é construir de baixo para cima. “A topografia determina a escolha do método. A profundidade das estações varia, podendo chegar a mais de 60 metros”, explica. A Copasa informou que haverá poucas interferências em sua tubulação, já que o metrô passará abaixo das redes.

Segundo o chefe do Departamento de Engenharia dos Transportes e Geotecnia da UFMG, Nílson Tadeu Nunes, as linhas podem passar até abaixo de rios, mas deve-se atentar para a obra sob prédios antigos. “No Rio de Janeiro, os trens reduzem a velocidade nesses pontos”, cita. Para Nunes, no entanto, o projeto proposto para a capital mineira só irá “fazer cócegas” no problema de mobilidade.

A Secretaria de Estado de Transporte e Obras Públicas (Setop) informou que o ramal 1 receberá duas novas estações: a Novo Eldorado (em Contagem) e Calafate II (para conexão com a linha 2). Ao final das obras, o eixo terá 30 quilômetros de extensão, 20 estações e 32 trens circulando. O trecho 2 terá dez quilômetros, seis estações e sete trens. O trajeto 3 terá 4,5 quilômetros, cinco estações e cinco trens.

Os recursos para o metrô só foram confirmados no último dia 24 de abril pela presidente Dilma Rousseff. No entanto, ainda não foram liberados os R$ 3,16 bilhões, que serão divididos em R$ 1 bilhão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade Urbana, R$ 1,13 bilhão em empréstimo e o restante vindo das prefeituras de BH e Contagem, Estado e empresas privadas.

Segundo a CBTU, que não respondeu nenhuma questão sobre o projeto de expansão do metrô, 215 mil pessoas utilizam o sistema diariamente. A previsão é a de que o número suba para 800 mil ao final da obra. O desatualizado site da CBTU previa que, em 2009, caso as três linhas já estivessem operando, o sistema transportaria 1,3 milhão de usuários por dia, e que esse número subiria para 1,47 milhão em 2019.

Fonte: Hoje em Dia

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Em BH, CBTU anuncia compra de 10 trens e diminuição do intervalo entre as viagens no horário de maior demanda

sábado, 18 de agosto de 2012

Reduzir o intervalo entre viagens no horário de pico para três minutos. Essa será a realidade, segundo a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), em Belo Horizonte, assim que a frota de 25 trens que leva 215 mil passageiros todos os dias entre as estações Vilarinho, em Venda Nova, e Eldorado, em Contagem, tiver mais 10 composições. O edital que prevê a contratação de novos trens para todo o país já está pronto e deve ser publicado nos próximos dias. No entanto, o novo superintendente da CBTU em BH, Nilson Tadeu Ramos Nunes, admite que, depois da publicação, o projeto pode demorar até 43 meses, ou três anos e meio, para ser concluído. A compra prevista para Belo Horizonte está avaliada em R$ 211 milhões e, além de diminuir o intervalo no pico, pode possibilitar que mais vagões sejam acoplados às composições, aumentando a oferta de lugares para os passageiros, de acordo com a empresa.

“De imediato, a compra de carros vai aumentar a oferta em 50%. Mas a ideia é aumentar em 100%, mudando de quatro carros por trem para oito no pico. As estações já foram dimensionadas para esse tipo de operação, mas ainda serão necessários alguns ajustes”, diz Nilson Tadeu Ramos Nunes, no cargo desde o dia 3. Segundo ele, o reforço da linha 1 é a primeira ação de sua gestão, pois o gargalo de passageiros nos horários de pico é muito grande e precisa de melhorias.

Atualmente, a composição em Belo Horizonte, que serve a única linha de metrô existente na capital (Vilarinho/Eldorado), com 28 quilômetros de extensão, é composta de 25 trens. Cada trem possui quatro carros de passageiros, sendo dois motores e dois reboques. No horário de pico, segundo a CBTU, os intervalos entre as viagens variam de quatro a sete minutos. Com a aquisição das 10 composições, o tempo de espera vai cair para três minutos de intervalo entre a passagem de um trem e o próximo. Ainda será possível operar com composições maiores, que podem ser de oito carros, dobrando a oferta para os passageiros.

Usuário do metrô de segunda a sexta-feira para se deslocar até o trabalho, e eventualmente nos fins de semana, para ir até a Arena Independência, o analista de sistemas Ricardo José Ferreira Zannato, de 34 anos, espera um melhor atendimento nos horários de pico há anos. “Entrar em um dos vagões do metrô no fim da tarde é impossível, fica lotado. E o fato de ficar tão cheio também significa um calor insuportável. Precisamos de mais conforto com muita urgência”, afirma Zannato. Ele é morador do Bairro São Paulo, Nordeste de BH, trabalha na Cidade Industrial, em Contagem, na Grande BH, e por isso o transporte mais viável é o metrô. Zannato mora próximo à Estação Minas Shopping e trabalha perto da Estação Cidade Industrial. “É um sistema muito rápido, mas não é porque é mais veloz que temos que nos sujeitar a condições insalubres”, desabafa o analista de sistemas.

Plano de ação
 Há menos de um mês no cargo, Nilson Tadeu Ramos Nunes, que foi cedido pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) para exercer a nova função de superintendente da CBTU na capital, afirma que pretende implementar algumas medidas à frente do órgão. “A principal prioridade é a Linha 1 e a adequação da demanda à capacidade. Também pretendo estreitar os laços da empresa com a UFMG, por meio de duas parcerias que vão contribuir para a evolução técnica do órgão”, explica Nunes.
Segundo ele, uma das iniciativas é um programa de capacitação de profissionais, desde a base do sistema até o topo, ou dos mestres de linha até os engenheiros ferroviários. “Precisamos repor o conhecimento que sai do processo com as aposentadorias e capacitar cada vez mais todos os envolvidos. As pessoas passam nos concursos, mas, muitas vezes, não entram com a capacitação adequada, tanto no nível médio quanto no superior”, diz o superintendente.

O outro programa que ele pretende adotar em BH para se tornar um exemplo para todo o país é de desenvolvimento tecnológico na UFMG. “Somos altamente dependentes de tecnologia externa quando o assunto é o transporte metroferroviário. Temos uma universidade preparada que se encontra entre as melhores no ramo das patentes. A ideia é começar desenvolvendo pequenos componentes e evoluir para todo o sistema,” acrescenta.
Alerta para gargalos na expansão

O novo superintendente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) em Belo Horizonte, Nilson Tadeu Ramos Nunes, reforça os alertas já feitos pela empresa com relação aos projetos de expansão do metrô divulgados pela Trem Metropolitano S. A. (Metrominas), empresa criada pelo governo estadual para desenvolver e implementar os novos projetos. Nunes acha muito complicada a implementação das linhas 2 (Barreiro/Calafate) e 3 (Savassi/Lagoinha) como vem sendo divulgado. Para ele, a ligação Barreiro/Calafate é um caminho que ficaria pela metade, além de jogar em um sistema que já sofre com gargalos uma demanda muito grande de passageiros vindos do Barreiro.

“O Barreiro é uma região importante e é um de nossos objetivos dentro do contexto da Linha 1. Mas ainda estamos levantando todos os projetos antigos para saber o que é viável ou não”, diz o superintendente. Ainda segundo ele, uma das possibilidades é criar um ramal que conecte a região à já existente linha 1. Sobre a conexão subterrânea prevista para ligar Savassi e Lagoinha, ele aponta problemas. “É complicado pensar nesse trecho dessa forma, por conta da manutenção. Como seriam levados os trens até o pátio do São Gabriel para reparos ou consertos?”, acrescenta o professor.

Parceria
Segundo a assessoria de comunicação da Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop), a Metrominas foi criada com o objetivo de ser o novo órgãos gestor do metrô na Grande BH, em parceria com a iniciativa privada. De acordo com a Setop, ficou acertado que a linha 1 será transferida do governo federal para o estadual e a operação de todo o sistema ficará a cargo da nova empresa.


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Metrô de BH vai ganhar quatro novos vagões e mais mil lugares a partir desta quarta-feira

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Os usuários de metrô de Belo Horizonte que enfrentam diariamente apertos e empurrões nas viagens devem ter um alívio a partir desta quarta-feira. As composições ganharão um reforço de mais quatro vagões durante o horário de pico da manhã. A capacidade do trem será aumentada em aproximadamente mil lugares. 

Atualmente, os trens circulam com quatro vagões com capacidade total de 1.002 passageiros. A partir desta quarta-feira, outros quatro carros de passageiros serão acoplados. À princípio, o reforço vai acontecer no horário de pico na parte da manhã com duas viagens. Uma da Estação Vilarinho até ao Eldorado e outra no sentido contrário. 

De acordo com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), o objetivo é aumentar o número de composições duplas para oferecer mais lugares aos usuários no horário de maior movimentação do sistema. Para entrar em vigor, vários testes foram feitos desde o segundo semestre de 2013. 

A CBTU ainda estuda aumentar ainda mais o atendimento aos usuários. A Companhia afirmou que já adquiriu 10 novos trens que devem chegar na capital mineira no segundo semestre deste ano. O investimento total foi de R$ 171,9 milhões. Com as novas aquisições, a capacidade do sistema deve ser aumentada em 50 %. 

Vagão para mulheres 

Está em fase de estudo a implantação de um vagão exclusivo para mulheres no metrô de BH. O espaço destinado ao público feminino é uma tentativa de evitar o assédio, especialmente em horários de pico. A medida já foi tomada no Rio de Janeiro e recentemente em Brasília. O projeto de lei é de autoria do vereador Léo Burguês (PtdoB). Uma audiência pública foi realizada na Praça da Estação, no Centro da capital mineira, em março para discutir o assunto.

Por João Henrique do Vale
Informações: Estado de Minas

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Tempo de espera no metrô de BH é a maior entre principais linhas do país

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Qualquer semelhança com um trem metropolitano não é mera coincidência. Além da aparência antiga dos vagões, o metrô de Belo Horizonte tem o maior tempo de espera entre uma composição e outra nos horários de pico em comparação com os outros cinco os principais serviços do país – São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Recife e Porto Alegre. Os usuários mineiros ficam entre 4 min a 7 min esperando o embarque nos momentos de maior movimento, o que é diferente dos modernos sistemas adotados em São Paulo e no Rio de Janeiro, onde o intervalo entre viagens gira em torno de 2 minutos.

O metrô mais demorado depois do de Belo Horizonte é Recife, onde o tempo de espera é de 5 min durante o pico. Já nos demais horários, a capital mineira fica em terceiro lugar entre os que têm maior intervalo, com 10 min, atrás apenas de Recife, com 15 min, e Brasília, com 14. “A frota é muito antiga. Se tivéssemos uma modernização, a espera seria menor”, disse a presidente do Sindicato dos Empregados em Empresas de Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro), Alda Lúcia dos Santos.

Velocidade. A lentidão também é observada no ritmo empregado pelo metrô ao longo do trajeto, segundo engenheiros em transporte. A velocidade comercial – que é a velocidade média para a composição percorrer toda a linha, incluindo as paradas – gira em torno de 40 a 45 km/h nas maiores redes de metrô do Brasil e do mundo, segundo o professor do departamento de engenharia de transportes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Dimas Gazolla.

Já a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), que administra o metrô da capital mineira, informou, em nota, que a velocidade média da composição é de 38 km/h e que o tempo gasto para se fazer o percurso de 28,1 km da linha 1 – da estação Vilarinho à estação Eldorado – é de 44 min.

Porém, a reportagem de O TEMPO percorreu o trajeto completo da linha 1 e gastou 53 min – sem que houvesse qualquer parada atípica –, o que corresponde a uma média de 31,8 km/h. O mesmo ritmo foi observado nas demais viagens nos horários de pico. “O metrô da capital não consegue atingir uma velocidade maior porque não tem tecnologia de metrô, como dispositivo avançado de segurança, que permite a frenagem rápida em casos de acidente. Do ponto de vista técnico, ele é um trem urbano”, afirmou Gazolla.

Na prática. Durante o percurso feito pela reportagem, na semana passada, o tempo de intervalo entre um metrô e outro chegou a 6 min – às 7h36 saiu uma composição e só às 7h42 saiu a seguinte, na estação Vilarinho. Em outros momentos de pico, a espera girou entre 4 e 6 min. Já nos demais horários, a reportagem chegou a ficar 14 min aguardando o trem na estação Central – também sem que houvesse qualquer aviso de pane aos usuários –, o que lotou a plataforma.

A CBTU informou que a frota atual é de 25 trens, e a última renovação ocorreu em 2001. Cada composição comporta 1.026 passageiros. Por dia, o metrô transporta 230 mil pessoas.

Quanto à velocidade média, a companhia alega que o ritmo é semelhante a dos outros sistemas brasileiros, podendo ser até maior que a do metrô de São Paulo, “que opera com uma velocidade comercial de 33 km/h na linha Azul”. Já o metrô de São Paulo informou as composições transitam, no mínimo, a 40 km/h.

Melhorias

Reforço.  Em julho deste ano, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) implantou duas viagens a mais por sentido, no horário de maior movimento – entre 18h e 19h, o que aumentou em 20% a capacidade. 

Novos. A partir do segundo semestre de 2014, dez novos trens começam a circular na capital, e, com isso, a meta é reduzir o intervalo entre viagens e aumentar a velocidade máxima para 90 km/h. 

Estudo. A CBTU informou que está fazendo, ainda, testes para checar se é possível circular com trens acoplados durante o pico.

Levantamento

Dados. O Ministério das Cidades está elaborando um banco de dados sobre a qualidade e o desempenho dos metrôs do país e outros serviços de transporte público. Ainda não há data para divulgação.

Por Luciene Câmara
Informações: O Tempo
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Prefeito de Contagem vai apresentar projeto para ampliação do metrô na cidade

terça-feira, 28 de março de 2017

O metrô que liga Belo Horizonte a Contagem pode ser ampliado. Pelo menos é o que pretende o prefeito Alex de Freitas (PSDB), da cidade vizinha à capital. Ele vai apresentar, nesta terça-feira na Associação dos Municípios da Região Metropolitana de BH (Granbel), o projeto para expandir a linha até o Bairro Novo Eldorado. Mas a intenção é que chegue até o Bairro Bernardo Monteiro, o que daria aproximadamente sete quilômetros. O administrador municipal garante um terço do investimento, mas ainda depende de ajuda do governo federal. A estimativa, segundo Freitas, é de que cada quilômetro custe cerca de R$ 100 milhões. 
Foto: Cristina Horta/EM/D.A Press

O anúncio do prefeito foi feito em entrevista à Rádio Itatiaia. “Estamos levando amanhã (terça-feira) a apresentação do projeto que chega até o Novo Eldorado. Pode chegar, com um pouco mais de investimento, até o Bernardo Monteiro”, afirmou. “Se os governos federal e estadual não quiserem pôr o dinheiro, que Contagem arque com as despesas e avance o metrô, que é importante para nossa população, como é importante para Betim, e para Belo Horizonte. Porque a ampliação do metrô implica segurança maior na pontualidade e no conforto de milhares de passageiros”, disse.

Atualmente, o metrô de Belo Horizonte se estende da Região Norte da capital até o Bairro Água Branca, em Contagem. O desafio do prefeito será arrumar recursos para a obra. “Tenho agora a licitação do transporte coletivo de Contagem, que foi um compromisso que assumi com a população, a contrapartida da licitação pode ser aplicada integralmente na ampliação do metrô. Do Água Branca até Bernardo Monteiro é algo em torno de sete quilômetros, ao custo de R$ 100 milhões de reais o quilômetro. Contagem está disposta a entrar com um terço (do investimento)”, comentou Alex de Freitas.

De acordo com a Prefeitura de Contagem, a proposta é ampliar a Linha 1 do sistema de transporte ferroviário em aproximadamente dois quilômetros (incluindo área de manobra), com a construção de uma estação no Novo Eldorado. Ela faria parte do Complexo Intermodal de Transporte de Contagem. O valor total estimado do investimento é de R$ 233.000.980,79. O projeto foi criado pela Metrominas, ligada à Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop). 

O Complexo Intermodal de Transporte de Contagem vai atender 150 mil pessoas por dia. Ele inclui a construção do Terminal Rodoviário Metropolitano e do Terminal de Ônibus Urbano, equipamentos que seriam interligados por uma passarela de pedestres com aproximadamente 200 metros lineares. 

A ampliação do metrô é uma batalha antiga dos prefeitos que administraram Belo Horizonte e do governo do estado. Normalmente se esbarra em um mesmo problema, a falta de investimento. Como o Estado de Minas mostrou em agosto de 2016, desde a implantação do metrô, em 1986, o sistema recebeu cerca de US$ 870 milhões, suficientes apenas para que 17,3 quilômetros fossem acrescentados ao trecho da Linha 1, que dos 10,8 quilômetros entre o Eldorado e a Lagoinha passou para 28,1, chegando a Vilarinho, em Venda Nova. Por dentro do assunto: Ampliação das linhas do metrô de BH parou e pode haver retrocesso  

A título de comparação, enquanto São Paulo transporta em cinco linhas, distribuídas por 68 quilômetros, cerca de 4,7 milhões de passageiros em 24 horas, Belo Horizonte precisa de mais de 20 dias para transportar o mesmo volume. 

Recapeamento da Via Expressa

Outro anúncio feito pelo prefeito Alex de Freitas é o início das obras de recapeamento de 15 quilômetros da Via Expressa que fazem parte de Contagem. “Amanhã (terça-feira), vamos assinar a ordem de serviço de recapeamento de todo o trecho compreendido em Contagem. É uma obra que interessa demais a população e envergonha todo o contagense. É um trecho de pavimento completamente sucateado. Vamos entregar ele novo no intervalo de no máximo 60 dias. As obras serão feitas à noite”, prometeu.

Por João Henrique do Vale
Informações: Estado de Minas
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Prefeito de BH admite carências do transporte e trânsito

sábado, 30 de agosto de 2014

O prefeito Marcio Lacerda (PSB) falou na manhã desta sexta-feira no Seminário Diálogos Capitais Metrópoles Brasileiras Mobilidade – Modelo de Transporte Público para o Brasil – sobre as carências e necessidades de Belo Horizonte em infraestrutura para os próximos anos. Ele admitiu que a capital não acompanhou a demanda pelo transporte público, por isso amarga congestionamentos e baixa qualidade de vida. 

Segundo Lacerda, com 2,5 milhões de habitantes, BH precisa de um investimento de R$ 43 bilhões para infraestrutura, sendo 24 bilhões deste dinheiro para a mobilidade urbana. “É um recurso necessário para o desenvolvimento adequado do transporte urbano. BH tem hoje um serviço de transporte que não é de excelente qualidade, mas na comparação com outras capitais é um dos melhores do Brasil. Obviamente precisa de investimento e este é o desafio”, afirma. 

Para o prefeito, aliado ao investimento, outra tarefa desafiadora é o planejamento urbano integrado na região metropolitana, que tem hoje 6 milhões e habitantes. “BH tem uma governança metropolitana integrada que é boa, que segura a deterioração do espaço urbano. Mas, este planejamento metropolitano com cidades vizinhas é sempre necessário”, disse. 

Lacerda ainda disse que BH teve em 10 anos um desenvolvimento acelerado das frotas de automóveis nas ruas e por outro lado, a estrutura viária não teve grande expansão. Segundo ele, o transporte público não acompanhou a demanda e com isso a cidade registra congestionamentos e baixa qualidade de vida. 

No entanto, o prefeito disse que a administração municipal está atenta a todos esses quesitos e vem trabalhando desde 2009 com a Conferência Municipal de Política Urbana, que representou um avanço. Para ele, o evento ajudou a frear um pouco a verticalização desordenada e com a conferência deste ano – que está para ser votada na Câmara – será possível traçar melhor planejamento da mobilidade. 

PlanMob

De acordo com Lacerda, o Plano Diretor de Mobilidade Urbana (PlanMob) mostrou que de 2002 para 2012 o número de viagens em coletivos passou de 43,7% para 23,6%, enquanto o transporte individual passou de 28,4% para 34,8%. É claro que este segundo dado inclui bicicletas e motos, mas grande parte reflete o aumento da frota de automóveis. Outro dado do PlanMob é a baixa velocidade média no transporte coletivo, problema que para o prefeito, precisa ser estancado. 

O PlanMob prevê investimento para avanços até 2020. Os corredores de BRT Move devem chegar a 160 quilômetros na capital e o metrô a 60 quilômetros de extensão. O plano também prevê outros 100 vias com faixas exclusivas de ônibus no modelo que foi implantado na Avenida Dom Pedro II. 

Tarifa

O desejo da população de isenção de tarifas no transporte público vai ficar no sonho. O prefeito disse que não é possível a gratuidade para todas as pessoas, pois atualmente o benefício já representa de 5% a 20% do total de passagens. “O tesouro municipal não tem recurso para subsidiar em 100% o transporte público”, disse Lacerda. 

Evento

O seminário de hoje é um evento da série Diálogos Capitais Metrópoles Brasileiras, dessa vez com o assunto Mobilidade – Modelo de Transporte Público para o Brasil. Entre os palestrantes estão André Rodrigues de Oliveira, gerente de produtos para os Sistemas de Ônibus Urbanos da Scania Latin América; Luiz Carlos Mantovani Néspoli, superintendente da ANTP-Associação Nacional de Transportes Públicos; Ermínia Maricato, urbanista Faculdade de Arquitetura de Urbanismo da USP e ex-Secretária de Habitação e Desenvolvimento Urbano de São Paulo; Ramon Victor Cesar, Presidente da BHTrans e Guilherme Narciso de Lacerda, Diretor das Áreas de Infraestrutura Social, Meio Ambiente e Agropecuária e Inclusão Social do BNDES.

Por Luana Cruz e Valquiria Lopes
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