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Prefeitura de BH planeja expandir BRT para Região Oeste

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Conseguir recursos financeiros do governo federal para implantar o corredor do BRT da Avenida Amazonas. Concluída a primeira fase de operação do novo sistema de transporte coletivo na capital, este passa a ser o principal objetivo da BHTrans, segundo informou ontem o presidente da empresa municipal, Ramon Victor Cesar. “Já existem estudos iniciais sobre este novo corredor, que seria implantado sem desapropriações, em uma versão mais light, circulando pelas avenidas Amazonas e Tereza Cristina até chegar à Estação Barreiro”, informou Ramon.

“Estamos com uma carta consulta em Brasília para tentar os recursos que seriam usados no detalhamento de projetos e na execução da obra. Não faremos desapropriações, por isso é uma versão mais simplificada, provavelmente com uma faixa em cada sentido”, explicou. O presidente da BHTrans disse que o terminal que nortearia o corredor é a Estação Barreiro. Dessa forma, o corredor iria do Centro pela Avenida Amazonas até o Bairro Gameleira, na Região Oeste, de onde seguiria pela Avenida Tereza Cristina até o terminal de integração, na área central do Barreiro. Ramon acrescentou que o percurso teria uma grande extensão na Amazonas, possivelmente num trecho que iria até a Cidade Industrial, em Contagem, na Grande BH.

É bem provável que, mesmo sem desapropriações na Amazonas, a implantação do novo corredor demande intervenções viárias importantes na Região do Barreiro. Uma obra recente de canalização do Ribeirão Arrudas e ligação de duas pontas da Tereza Cristina entre BH e Contagem, na região da Vila São Paulo, tornaram mais fácil a iniciativa, mas ainda será necessário fazer a conexão da avenida com a estação. Hoje, um viaduto que opera em mão dupla viabiliza a passagem por cima da linha férrea entre as avenidas Tereza Cristina e Afonso Vaz de Melo, local do terminal. 

Outros ajustes 

A BHTrans também está com as atenções voltadas para ajustes pontuais nos corredores já implantados e para a integração de novas linhas ao sistema. O alvo são as linhas diametrais, que ligam dois bairros passando pelo Centro. Ao interligar esse tipo de itinerário ao Move, a empresa possibilitará que usuários de outros bairros passem a usar a baldeação, pagando apenas uma passagem. O planejamento inicial, que contempla as integrações de novas linhas diametrais ao Move, mostra que há muitas linhas que podem migrar para a busway, fazendo parte do chamado BRT intermediário.

Já foram incorporadas as linhas 5401 (Dom Cabral/São Luiz), 8101 (Santa Cruz/Alto Santa Lúcia), 5106 (Bandeirantes/BH Shopping), que substituiu a antiga 2004, e 5201 (Buritis/Dona Clara). Conforme o planejamento anterior à implantação do sistema, ainda restam a 9502 (São Geraldo/São Francisco via Esplanada), 8207 (Maria Goretti/Estrela Dalva), 8108 (Cidade Nova/Savassi), 4205 (Ermelinda/Salgado Filho), 4102 (Aparecida/Serra), 5104 (Suzana/Cruzeiro), que substituiria as linhas 5101 e 5031, e 5103 (UFMG/Mangabeiras), que atenderia o público que hoje usa a 5102 e a 9502. 

De acordo com a demanda nas novas linhas, a BHTrans pode fazer modificações, como incremento no quadro de horários, mudanças em itinerários ou até mesmo criação de novos roteiros. “Vamos entrar numa fase de ajustes pontuais em diversas linhas. São coisas que podemos fazer nos próximos meses para adequar a estrutura básica às necessidades que vão aparecendo na prática do dia a dia”, concluiu Ramon Victor.

Por Guilherme Paranaiba
Informações: Estado de Minas

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Grande BH amanhece com greve de ônibus

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

A greve dos rodoviários de Belo Horizonte começou a 0h desta segunda-feira sob esquema de segurança da Polícia Militar (PM), que enviou viaturas para garagens e estações de ônibus. O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Belo Horizonte (STTRBH) afirmou que vai manter uma paralisação de 100% dos veículos, mesmo com o alerta do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano (Sintram) sobre a obrigatoriedade do cumprimento das normas para realização de greve. Em nota divulgada à imprensa, o Sitram informou que a Justiça, através de liminar, determinou a circulação de 70% da frota nos horários de pico e de 50% nos demais horários para todas as linhas do transporte coletivo. Em caso de descumprimento, a multa diária é de R$ 50 mil.

O STTRBH afirma que o presidente não foi notificado sobre a determinação do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região, por isso a mobilização é total para a greve. Os trabalhadores aguardam convocação de reunião com as empresas e mantêm a greve enquanto não for apresentada proposta. Ainda conforme o sindicato, as estações Barreiro, Diamante, Venda Nova estão paradas além de garagens pontuais pela cidade como, por exemplo, da empresa Belo Horizonte Transporte Urbano na Rua Professor José Vieira de Mendonça, Bairro Engenho Nogueira, na região noroeste. 

A categoria reivindica reajuste salarial de 21,5%, jornada de trabalho de seis horas, ticket de alimentação com 30 folhas no valor de R$ 15 e piso salarial com valor 30% acima do motorista do transporte convencional para os condutores do BRT/Move. A última greve dos rodoviários aconteceu em 2012 e durou quatro dias.

Grande BH

No início da manhã, a movimentação da greve do transporte coletivo era menor em alguns municípios da região metropolitana. Em Contagem, algumas garagens nos bairros Xangrilá, Jardim Laguna, Nova Contagem e na Avenida Bernardo Monteiro solicitaram apoio das viaturas do 18º Batalhão, mas a situação era tranquila. Alguns ônibus circulavam pela cidade pouco antes das 6h.

Em Vespasiano, algumas garagens não estavam funcionando, mas a PM não soube informar a localização delas. Até então não havia protesto. Em Betim, a polícia informou que há viaturas nas garagens do transporte coletivo, mas apesar do chamado do sindicato, os veículos estão saindo e circulando normalmente.

Em Betim, 70% dos veículos estão parados nas garagens e os bairros mais afetados são Alterosas, PTB e Bueno Franco. O sindicato da cidade informou que vai mandar os trabalhadores para casa e vão continuar parados porque também não foram notificados sobre liminar. 

Informações: Estado de Minas

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Em BH, Terminais metropolitanos serão integrados ao sistema BRT na capital

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Imagine gastar, de ônibus, 30 minutos de Contagem ou Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, até o Centro da capital, e também tirar 160 ônibus de circulação do Hipercentro em horário de pico. Isso é o que promete o governo do estado, que anunciou ontem a construção e reforma de 13 terminais de ônibus na Grande BH. Além dos três municípios, haverá estações em Vespasiano, Ribeirão das Neves, Ibirité e Sarzedo. A previsão é de que o novo sistema de transporte metropolitano, que vai custar R$ 187 milhões, comece a operar no início do ano que vem e esteja concluído até o fim de 2014. O projeto, na capital, prevê a reforma dos terminais de integração Vilarinho, São Gabriel e da atual rodoviária e a construção do terminal Bernardo Monteiro, na região hospitalar.

Em vez de ir de ônibus direto dos bairros para o Centro de BH, os passageiros vão, com linhas convencionais, até os terminais metropolitanos de integração. Lá, eles vão embarcar em linhas especiais que podem ou ir direto até o Centro da capital, em linhas expressas, ou parar ao longo do caminho, em linhas semiexpressas. Sete dessas estações vão ser integradas ao sistema do BRT (transporte rápido por ônibus) da capital mineira, em implantação nos corredores das avenidas Antônio Carlos e Pedro I e Cristiano Machado, exclusivos para os coletivos.

Mas, mesmo aqueles terminais que não forem vinculados ao BRT já adotarão características desse sistema, como o pagamento da passagem antes de usar o transporte, além do embarque em nível – sem que seja necessário subir degraus para entrar no veículo. As estações vão contar  com painéis informatizados, atualizados com os horários de chegada e partida de cada linha. Os terminais integrados ao BRT contarão ainda com ônibus articulados, com maior capacidade de passageiros. “A conurbação metropolitana que se espalha sem controle apresenta uma nova realidade. Com a licitação e as obras de 13 terminais de ônibus, vamos permitir uma mobilidade urbana melhor”, afirmou o governador Antonio Anastasia.

Fluidez

Atualmente, a rede metropolitana de transporte conta com 740 linhas e 3 mil ônibus. A estimativa é de nos horários de pico 1 mil ônibus metropolitanos circulem no Centro de BH. Com as mudanças, esse número deve cair 16%, passando para 840 veículos, de acordo com a Secretaria de Estado de Transporte e Obras Públicas (Setop). Outra vantagem do sistema, que vai atender uma média diária de 700 mil usuários, é que haverá linhas que ligarão um terminal a outro. Quem sai de Contagem, por esemplo, poderá chegar ao terminal São Gabriel sem a necessidade de trocar de ônibus no Centro de BH

O sistema vai permitir encurtar os percursos dos municípios do entorno até a capital, ganhando agilidade. Sem as linhas antigas que vinham para BH, a previsão  é de aumentar em cinco vezes a oferta de ônibus dentro das cidades da RMBH. O prefeito de Santa Luzia, Carlos Alberto Calixto, recebeu com animação a notícia da construção dos terminais. “Mais de 70 linhas saem hoje de Santa Luzia e causam grande transtorno na Linha Verde. São pelo menos dois quilômetros de coletivos apenas de Santa Luzia. Durante o dia, essas linhas funcionam ociosas”, disse.

O projeto dos terminais metropolitanos de integração prevê também o investimento de R$ 200 milhões pelas empresas concessionárias de ônibus para a compra de ônibus adequados às novas estações. Serão adquiridos 150 veículos, todos com ar-condicionado, GPS, painéis informativos e avisos sonoros para orientar passageiros sobre as paradas. De acordo com o presidente da BHTrans, Ramon Victor Cesar, por enquanto as estações metropolitanas serão separadas das linhas municipais. “Enquanto não houver a integração tarifária não podemos unificar as passagens”, explicou.

As novas estações

BH
» São Gabriel*
» Terminal Rodoviário Governador Israel Pinheiro (Tergip)*
» Bernardo Monteiro*

Contagem
» Darcy Ribeiro
» Cidade Industrial
» São Joaquim

Vespasiano
» Morro Alto*

Santa Luzia
» São Benedito*

Ribeirão das Neves
» Jardim Colonial*
» Justinópolis*

Ibirité
» Ibirité

Sarzedo
» Sarzedo

* Terminais vinculados ao BRT

Enquanto isso, consulta prorrogada

Foi prorrogada até 5 de março a consulta pública aberta em dezembro para ouvir a comunidade e os interessados na parceria público-privada (PPP) para a construção do metrô. O processo estava previsto para ser encerrado em janeiro. Ontem, o governador Antonio Anastasia disse acreditar que a PPP terá muitos interessados e que, pelo cronograma, parte da operação do metrô já se daria talvez no início do ano que vem. Com a prorrogação da consulta, no entanto, os atrasos se propagam na abertura da licitação e no início das obras das três linhas, orçadas em R$ 3,1 bilhões. Sobre o trecho da Linha 3 (Savassi/Lagoinha), o governador foi mais realista com o cronograma. “A linha subterrânea, que vai passar sob  Centro da cidade, essa, até pela dimensão, vai demorar um pouco mais”, afirmou o governador. Comentários e sugestões para a consulta pública podem ser enviados para  metrormbh@transportes.mg.gov.br.

Informações: Estado de Minas

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Prefeitura de BH prevê expansão do BRT na capital

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

A maior aposta de Belo Horizonte no transporte coletivo sobre rodas ainda não passou pelo teste de fogo do dia a dia, mas, antes mesmo do fim das obras nas avenidas Antônio Carlos/Pedro I, Cristiano Machado e área central, já há projetos para estender o BRT (sigla em inglês para transporte rápido por ônibus) a pelo menos mais três grandes percursos. O primeiro deles já está em estudo, com a finalidade de levar o sistema à Avenida Amazonas, beneficiando principalmente moradores da região metropolitana. A obra, com custo estimado em R$ 300 milhões, deve começar só em 2015. A prefeitura pretende também aplicar o conceito, em uma próxima fase, ao Anel Rodoviário e a um circuito ligando a Avenida dos Andradas ao Bairro Belvedere, na Região Centro-Sul.

O BRT Amazonas, segundo o diretor de Planejamento da BHTrans, Célio de Freitas, é tão importante quanto os que já estão sendo executados, mas ficou para depois em função das limitações de orçamento. Pelo corredor devem ser transportados 340 mil passageiros por dia, mediante parceria entre o município e o governo do estado, que deverá construir uma estação em Contagem, na Grande BH, provavelmente próximo à Praça da Cemig. A estimativa é de que 121 linhas passem pela faixa exclusiva para coletivos – 33 delas da capital e 88 da região metropolitana. Nos nove quilômetros da Amazonas estão previstas cerca de 20 estações no canteiro central, em locais de grande movimento, como em frente ao Expominas e ao Centro de Educação Tecnológica (Cefet-MG).

O diretor da BHTrans afirma que o projeto é fundamental para o planejamento do trânsito e transporte em BH. “Os outros corredores ganharam prioridade por causa da janela de oportunidade, em função do orçamento que se tinha para a Copa do Mundo, mas o BRT Amazonas também é fundamental, porque o sistema vai disciplinar a via. As estações no canteiro central evitarão que os ônibus façam conversões para embarque e desembarque de passageiros, justamente o que causa redução da velocidade. Vai melhorar até para os carros”, afirma.
Célio de Freitas acrescenta que os moradores da região metropolitana terão benefício maior na redução de tempo de viagem. “A expectativa é atender principalmente os usuários de Contagem, Betim, Ibirité, Sarzedo, e por isso haverá pelo menos uma estação em Contagem. Já no Bairro Salgado Filho (Região Oeste de BH), a ideia é fazer um terminal similar aos do Barreiro e de Venda Nova, com comércio farto e prestação de serviços”, afirma, lembrando que os ônibus do novo BRT terão ar-condicionado e, dependendo da linha, serão articulados. 

Especialista em trânsito, o consultor Silvestre Andrade Puty avalia que a Amazonas também merece tratamento especial, mas lembra que a via é uma das mais antigas do país a ter faixa exclusiva para transporte coletivo. “Funcionava muito bem para a época, 30 anos atrás. A Amazonas é tão importante quanto as outras. A questão é inverter a lógica da mobilidade da cidade e parar de olhar para os veículos, pensando no movimento das pessoas, em dar fluidez a quem precisa”, diz Silvestre. 

Estudos vão indicar a localização das estações e definir as mudanças no trânsito na Amazonas. “Não dá para alargar a via, porque a desapropriação inviabilizaria o projeto. Haverá uma faixa exclusiva, mas não segregada, com tachão no asfalto e dispositivos eletrônicos para impedir a entrada de veículos particulares e multá-los, se for o caso. Também teremos que ligar de alguma forma a Avenida Tereza Cristina com a Amazonas”, avalia Célio de Freitas. Segundo ele, como nos demais corredores, a passagem será paga antecipadamente e o embarque será no mesmo nível do piso do ônibus.

Anel Rodoviário

Já o projeto do BRT para o Anel vai depender da revitalização da via, prevista para 2017. A ideia é destinar faixa exclusiva aos coletivos, assim como será feito para veículos de carga, além da instalação  de  pontos de conexão com os corredores de BRT já existentes. De acordo com o diretor da BHTrans, uma sugestão é colocar elevadores ou escadas rolantes para que o usuário desça do Anel até a Amazonas ou a Antônio Carlos, por exemplo. “Quem vai hoje da Universidade Federal de Minas Gerais até a Amazonas precisa ir ao Centro e trocar de ônibus. Com o BRT do Anel, esse usuário vai ganhar tempo e ter um gasto menor, usando a conexão.” 

Outro projeto é o corredor que liga a Avenida dos Andradas ao Bairro Belvedere, na Região Centro-Sul. O trajeto passaria pela nova Via 710 (ligando Andradas e Avenida Cristiano Machado), avenidas Bernardo Vasconcelos, Américo Vespúcio, Tereza Cristina e Barão Homem de Melo. “Temos percebido o interesse de bancos de fomento no financiamento do sistema BRT. Nossa prioridade no transporte público é investir em uma rede estruturante de 220 quilômetros entre BRTs e metrô. Com conforto, confiabilidade e velocidade nesses corredores, queremos convidar os motoristas a deixarem seus carros em casa”, afirma o diretor da BHTrans.

Para o consultor Silvestre Andrade, essa última proposta cria articulações para ligar bairros sem passar pelo Centro. “Seria um anel intermediário, de contorno da cidade. Mas é uma obra complexa, porque depende da construção de dois viadutos, além de um túnel sob o Bairro Padre Eustáquio (Região Noroeste de BH). É uma obra cara, por causa das desapropriações, mas seria um eixo alternativo”, explica. “O Anel Rodoviário hoje tem muito movimento por ser a única grande via, além da Avenida do Contorno, que circula a cidade sem passar pelo Centro.”

Expectativa nos pontos de ônibus

Enquanto a Prefeitura de BH projeta a ampliação do BRT, motoristas e pedestres que transitam pela capital estão ansiosos para saber quando as obras já em andamento se transformarão em um sistema mais ágil de transporte. A previsão mais recente dá conta de que as operações começariam em dezembro, nos corredores Antônio Carlos/Pedro I e Cristiano Machado. No entanto, a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) só deve terminar as obras na região Central em janeiro do ano que vem. Isso pode atrasar o início da operação dos outros corredores.

Depois de sete meses de obras na Avenida Santos Dumont, no Centro de BH, a via foi reaberta para equilibrar a interdição na Avenida Paraná. De acordo com a Sudecap, o quebra-quebra na avenida segue pelo menos até o fim do ano. A prefeitura já admite atrasos porque em dezembro, como de costume, os trabalhos ficarão suspensos. Em janeiro de 2014, a  Santos Dumont voltará a ser interditada para obras, entre as ruas Curitiba e São Paulo, sem prazo para conclusão. O canteiro central da via, inclusive, ainda passará por intervenções para conclusão das estações de transferência.

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Grande BH, Passagens dos ônibus do sistema de transporte intermunicipal tem reajuste de 6,06%

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

As passagens dos ônibus do sistema de transporte intermunicipal estam mais caras a partir de segunda-feira. A Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop) anunciou o reajuste de 6,06% nas tarifas.  O sistema de transporte intermunicipal atende os municípios que não fazem parte da Região Metropolitana de Belo Horizonte, sendo constituído por cerca de 1,9 mil serviços de ônibus, operadas por 214 empresas. A frota é composta por mais de 5 mil veículos e transporta seis milhões de passageiros mensalmente.

De acordo com a Setop, o reajuste das tarifas tem como objetivo corrigir a defasagem existente entre os preços das passagens e o aumento dos custos ocorrido do último ano. Os gastos foram com combustível, aquisição de peças de reposição, manutenção, depreciação do veículo, taxas, tributos e impostos, despesas administrativas gerais.

Com o reajuste, a tarifa da viagem entre Belo Horizonte / Araxá vai passar de R$ 86,50 para R$ 91,75, BH/Ipatinga de R$ 53,25 para R$ 56,45, BH/Itabira de R$ 26,50 para R$ 28,10, BH / Uberaba de R$ 114,85 para R$ 121,80. 

Tarifa de BH congelada

O aumento da tarifa de ônibus foi um dos pontos mais questionados durante as manifestações que assolaram o país em junho deste ano. O reajuste acontece anualmente em dezembro, porém, em 2014, o preço das passagens continuarão o mesmo de 2013. Pelo menos foi o que o prefeito Marcio Lacerda (PSB) garantiu no início deste mês. Segundo ele, o sindicato representante dos concessionários do transporte coletivo já foram informados. A partir deste ano, qualquer alteração no valor das tarifas somente será adotada após a análise do trabalho de auditoria realizado para revisar o contrato de concessão do transporte coletivo, que está sendo finalizado.

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Ônibus do BRT chega a Belo Horizonte para teste

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Em meio às readequações nas obras das avenidas Antônio Carlos e Cristiano Machado e o fechamento de vias na Região Central, o transporte rápido por ônibus (BRT, na sigla em inglês) começa a aparecer pela cidade. Meses antes de o sistema entrar em funcionamento, previsto para o primeiro trimestre de 2014, os usuários do transporte coletivo já poderão ter uma breve amostra do que serão os novos ônibus nos próximos dias. A encomenda da nova frota de 192 ônibus articulados e 200 padrons (veja quadro) só deve ocorrer em julho, quando os consórcios operadores pretendem fechar a aquisição dos coletivos. Depois que os empresários do setor adiaram, no início do ano, o primeiro pacotão de BRTs previstos para transportar boa parte dos 750 mil usuários/dia, um fabricante de chassis disponibilizou o primeiro ônibus articulado apto a realizar testes em linhas com passageiros na Grande BH.

O veículo imponente de cor branca, modelo Comil Doppio BRT, já recebeu o validador necessário para o pagamento da tarifa por meio de cartão, foi entregue pela Scania à empresa Turilessa e aguarda somente trâmites burocráticos, como a assinatura de um comodato entre as partes e vistoria no Departamento de Estradas de Rodagem (DER-MG), para começar a rodar na linha 5610, interligando o Bairro Morro Alto, no município de Vespasiano, ao Centro da capital mineira. Na quinta-feira, motoristas e instrutores da Turilessa fizeram um percurso da linha 5610 – via Antônio Carlos, Rua dos Guaranis e Carijós – com o veículo vazio para ver como seria o desempenho do BRT.


Seguindo parte das especificações impostas pela BHTrans para os ônibus articulados do sistema, como a existência de ar-condicionado, câmbio automático e portas de embarque em nível no lado esquerdo da carroceria, o coletivo de 18,60 metros de comprimento e capacidade para 160 passageiros promete ser uma das principais atrações do III Congresso As Melhores Práticas SIBRT na América Latina, simpósio organizado pela Associação Latino-Americana de Sistemas Integrados e BRT (SIBRT) que discutirá, de hoje a sexta-feira, soluções para melhorar a qualidade dos sistemas de transporte público urbanos. Durante o evento, o articulado ficará exposto numa das pistas do futuro corredor da Avenida Cristiano Machado, ainda fechada para obras.

"O principal objetivo do teste é colocar o articulado para rodar numa operação normal, avaliando quesitos como dirigibilidade, consumo de combustível, performance do motor e manobra. Além da Saritur, temos outras empresas interessadas em fazer o teste nas linhas municipais de Belo Horizonte. Foi uma feliz coincidência trazê-lo, uma vez que os consórcios da capital mineira estão partindo para as decisões de compra", exlica Eduardo Monteiro, responsável de vendas de ônibus urbanos da Scania. O executivo afirma que o mesmo BRT já foi testado em linhas de Brasília e Recife. A expectativa agora é de que o coletivo – orçado em R$ 400 mil – circule por um período mínimo de 60 dias em BH.

Resistência

Por outro lado, antes mesmo que a compra dos BRTs seja definida, operadores do sistema têm demonstrado resistência quanto aos articulados. Segundo duas fontes ligadas aos consórcios ouvidas pelo Estado de Minas, a exigência de carteira de habilitação categoria E ainda não foi totalmente aceita pelos motoristas de ônibus. "Há uma expectativa muito grande entre eles se receberão um aumento de salário para operar os BRTs. A responsabilidade será maior e, com o trânsito cada vez mais complicado, muitos motoristas estão fugindo das linhas da região Central, por onde passará o sistema", disse uma das fontes, que preferiu não se identificar.

Procurada pela reportagem, a BHTrans não se pronunciou. A Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop), responsável pelo DER, disse ainda não ter sido informada pelo fabricante e a empresa sobre o início do teste. Somente um dos sete terminais BRT previstos na Grande BH – justamente o do Bairro Morro Alto, em Vespasiano – teve o início de obra autorizado pela secretaria. Com investimentos de R$ 21,5 milhões, deverá receber em média cerca de 50 mil passageiros/dia. A previsão é de que o terminal seja concluído no segundo semestre de 2014.

TIPOS DE VEÍCULOS DO SISTEMA

Básico

» Equivalente aos ônibus atuais de motor dianteiro, com comprimento máximo de 12,7 metros, peso bruto total igual ou maior que 16 toneladas, e três portas de serviço com degraus à direita. Serão mantidos em linhas bairro a bairro e alimentadoras.

Padron

» Modelo intermediário que será usado dentro e fora dos corredores. Terá ar-condicionado, câmbio automático, suspensão a ar, comprimento que varia de 13,2 a 15 metros e bicicletário. Com piso alto, tem duas configurações: portas com embarque à esquerda (3 portas) e portas de serviço em ambos os lados da carroceria (5 portas), neste caso para operação fora do BRT.

Articulado

» As estrelas do novo sistema mantêm os acessórios de conforto dos ônibus padron, se diferenciando pelo número de portas de embarque (de 6 a 7) e o porte maior: comprimento máximo de 19 metros e peso bruto total igual ou maior que 26 toneladas.

Enquanto isso...

…atraso para chegar a Confins

O gargalo causado pelas obras no BRT na Avenida Cristiano Machado acabou comprometendo o embarque de passageiros do serviço Conexão Aeroporto ontem pela manhã. Devido ao trânsito congestionado, alguns ônibus atrasaram. Tentando solucionar o problema, o Expresso Unir, empresa operadora da linha até Confins, realocou passageiros que haviam adquirido passagens com antecedência em táxis pagos pela própria empresa de ônibus.

Informações: ANTP
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BRT traz muitas dúvidas sobre o que está por vir na Grande BH

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

As intervenções estão a pleno vapor. Basta olhar nos canteiros de obras das avenidas Antônio Carlos, Pedro I e Cristiano Machado para perceber que algo diferente – e grande – está a caminho. Entre especialistas de trânsito, o assunto é natural. Mas, para quem usa o transporte coletivo todos os dias em Belo Horizonte, o termo BRT (Bus Rapid Transit, ou transporte rápido por ônibus, na sigla em inglês) é quase uma incógnita. A percepção é geral e os relatos são unânimes: muita gente já ouviu falar, mas não tem a menor ideia do que se trata. Do imaginário, saem as mais diversas apostas. Há quem acredite que o metrô, finalmente, sairá do papel com um nome mais moderno. Outros apostam que a sigla representa o resgate de modelos do passado, como bondes ou trólebus. E há quem simplesmente nem arrisque uma resposta.


O Estado de Minas ouviu 10 pessoas, moradoras de várias regiões da capital e Grande BH. Nenhuma delas soube definir o que é o BRT. A aposentada Maria Lúcia de Azevedo, de 69 anos, moradora do Bairro Ouro Preto, na Pampulha, repete o discurso da funcionária pública Nadir de Aquino, de 67, ao se lembrar do trólebus. “Era muito bom, não sei por que acabou. Tem alguma coisa a ver?”, questiona. O trólebus, ou ônibus elétrico (que se movimenta conectado a uma rede de fios) foi implantado em BH no início da década de 1950. No fim da década seguinte, parou de circular, sob alegação de alto custo de operação e da rede elétrica. Em 1986, foram feitos novos estudos para reimplantação. Na ocasião, foi feita concorrência pública para a compra de novos carros que trafegariam no sistema a ser construído na Avenida Cristiano Machado. No fim de 1987, as obras foram interrompidas, ônibus ficaram nas garagens das empresas e nunca mais se tocou no assunto.

Para a universitária Carolina Ferreira dos Santos, de 24, moradora do Bairro Mantiqueira, na Região Norte da capital, o novo modal é tema que ainda precisa ser discutido com a população. “Esperávamos pelo metrô e agora só falam nesse tal de BRT. Até hoje não entendi o que é isso. A única coisa que sei é que estão quebrando toda a Antônio Carlos, que foi construída outro dia mesmo, numa clara demonstração de falta de planejamento e de desperdício do dinheiro público”, critica.

O tema, que ainda não está claro para a população, é dúvida até entre estudiosos. Em pesquisa sobre a logística do transporte urbano de Belo Horizonte para seu curso de MBA, o marketólogo Helder Michetti indica pontos considerados essenciais para atender as necessidades da população no transporte coletivo e as demandas das copas do Mundo e das Confederações. Entre eles, está a necessidade de desafogar o tráfego de acesso às principais cidades vizinhas e de priorizar o conforto dos passageiros, dando mais segurança e eficiência ao sistema existente e a ser implantado.

Para ele, a nova aposta ainda não está bem explicada. “Parece que estão trabalhando numa justificativa à falta do metrô, uma maquiagem para simular um conforto maior. Não acho que responderá à necessidade de maior rapidez e fluidez. Haverá um canal exclusivo para esses veículos, mas e o restante das vias?”, questiona.

ESCOLHA
Dois modelos estão em estudo para circular nos corredores do BRT. Um deles é um veículo com 18,6 metros de extensão e 2,5m de largura, motor traseiro a biodiesel e capacidade para 160 passageiros, sendo 47 sentados. O modelo conta com portas laterais à esquerda, poltronas ergométricas e corredores amplos para o deslocamento de passageiros. É o mesmo modelo que circula em Curitiba (PR), São Paulo (SP), no Chile e na Colômbia.

A outra opção tem 20m de extensão e 2,6m de largura, motor central a diesel e capacidade para transportar até 160 passageiros, sendo 58 sentados. O modelo também conta com portas laterais à esquerda, poltronas ergométricas e corredores amplos. Tem área envidraçada nas janelas, ar-condicionado, três locais para acomodação de bicicletas e espaço no teto para informação aos passageiros. Esse modelo ainda não circula em nenhuma cidade brasileira.



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Metrô de BH faz aniversário sem perspectivas de ampliação

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Um aniversário com pouco a comemorar e um presente esperado há 30 anos que continua sem data para chegar. O metrô de Belo Horizonte completou ontem três décadas de uma história inacabada, sem previsão de término ou de expansão, que nunca levou o trem de superfície da capital além dos atuais 28,1 quilômetros de extensão. Ao contrário, o sistema “comemora” a data em meio a um assombroso corte orçamentário. Enquanto precisaria de R$ 121 milhões para cobrir todo o custeio e manutenção em 2016, apenas R$ 86 milhões foram previstos na Lei Orçamentária Anual (LOA), dos quais apenas R$ 47,3 milhões foram aprovados pela União. A nova planilha equivale a pouco mais de um terço do valor ideal e gera um déficit orçamentário que pode chegar a R$ 73 milhões até o fim do ano. O arrocho financeiro se soma a outros problemas: os cerca de 220 mil passageiros transportados diariamente convivem com uma rotina de superlotação e panes. Reclamam da segurança e do histórico plano de ampliação que não se concretiza.

Enquanto a verba não chega para Minas, outros sistemas já até mais avançados concluem obras para estender a estrutura existente. Em cerimônia no sábado, na Estação Jardim Oceânico, na Barra da Tijuca, o presidente Michel Temer inaugurou oficialmente a Linha 4 do metrô do Rio de Janeiro, que liga o bairro da Zona Oeste a Ipanema, na Zona Sul. São cinco estações: Nossa Senhora da Paz, Jardim de Alah, Antero de Quental, São Conrado e Jardim Oceânico. A expectativa é que até o fim do ano a nova linha, que começou a ser construída em 2010 e já custou R$ 9,7 bilhões (R$ 8,5 bilhões em recursos públicos), entre em operação plena e transporte cerca de 300 mil pessoas por dia. Com isso, o novo ramal vai levar, sozinho, 36% mais passageiros que todo o sistema da capital mineira.

Marcio Lacerda lamenta não conseguir ampliar o metrô e moradias populares em BH
Em BH, com três projetos de expansão elaborados e um em fase final – para mais 37,4 quilômetros de malha ferroviária –, as obras esbarram no velho impasse. “Não há orçamento”, afirma o superintendente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) em Belo Horizonte, Miguel Marques, sentado em sua sala na sede da empresa em BH, no Bairro Floresta, de onde se vê e ouve o metrô passar. Mesmo assim, o advogado mineiro de 37 anos – que não usa o serviço no dia a dia e está à frente da companhia desde novembro de 2015 – faz um balanço positivo das três décadas de operação. “É um transporte público social. Tem uma tarifa que leva do Eldorado (Contagem) a Vilarinho por R$ 1,80, sem aumento desde 2006. Já tivemos várias evoluções. A última, em 2012, foi a aquisição de 10 trens. Enquanto os antigos comportam 1.026 pessoas, os novos transportam 1.300, têm ar-condicionado e são projetados com televisão. Acredito que esse foi o último grande avanço, um investimento de R$ 171 milhões”, afirmou o superintendente, ex-diretor da Metrominas, órgão do governo estadual que deve assumir a gestão do metrô de BH.

Sobre a tão sonhada implantação das novas linhas, o superintendente é otimista. “Chegamos com um pé na frente para a realização das obras”, avalia Miguel, ao explicar que os projetos para modernização da linha 1 e implantação das linhas 2 e 3 estão em fase final de elaboração e aguardando previsão orçamentária. O problema é que, se seguir pelos mesmos trilhos das últimas décadas, as obras orçadas entre R$ 4 bilhões e R$ 5 bilhões estão longe de ser executadas.

Desde a implantação do metrô, em 1986, o sistema recebeu cerca de US$ 870 milhões, suficientes apenas para que 17,3 quilômetros fossem acrescentados ao trecho da Linha 1, que dos 10,8 quilômetros entre o Eldorado e a Lagoinha passou para 28,1, chegando a Vilarinho, em Venda Nova. A título de comparação, enquanto São Paulo transporta em cinco linhas, distribuídas por 68 quilômetros, cerca de 4,7 milhões de passageiros em 24 horas, Belo Horizonte precisa de mais de 20 dias para transportar o mesmo volume.

GESTÃO É ENTRAVE Diferentemente dos sistemas do Rio e de São Paulo, o metrô de BH é administrado e operado pela CBTU, órgão federal com sede no Rio, vinculado ao Ministério das Cidades, que também administra os sistemas de João Pessoa, Recife, Maceió e Natal. Atualmente, o governo de Minas Gerais aguarda análise da proposta apresentada em março ao Ministério das Cidades para que o estado assuma o sistema. Assim, toda obra de expansão ficaria a cargo da Metrominas, que dispõe de previsão de R$ 36,3 milhões em verba federal para projetos. Segundo o ministério, o total necessário para elaboração dos projetos de todas as linhas é de R$ 47,3 milhões e o saldo remanescente será liberado à medida em que forem apresentadas comprovações de gastos.

A estadualização é apontada por especialistas como uma esperança de ampliação para o metrô. “Nos últimos anos, a CBTU esteve na alçada de um partido que a usou apenas para distribuição de cargos e outras questões de origem política. No meu entendimento, esse setor somente se desenvolverá se for estadualizado, dentro de um modelo adequado e transparente de desenvolvimento, em parceria com o setor privado”, afirma o professor.

Nos trilhos da história

Os 30 anos de operação comercial do metrô foram lembrados na edição de domingo do Estado de Minas, que publicou reportagem especial contrapondo o metrô que BH tem àquele que a capital merece. Com o tema #metroimaginario, foi criado um mapa de desejos para o transporte metroviário de BH, a partir de sugestões enviadas por leitores por meio de redes sociais. A malha imaginária tem 144 quilômetros e atende também Betim, Ribeirão das Neves, Santa Luzia e Nova Lima, além de diversos outros pontos da capital e o aeroporto de Confins. A reportagem mostrou os desafios orçamentários e a falta de vontade política para ampliação do sistema, além do sufoco que passageiros do trem de superfície de BH enfrentam diariamente.

Informações: Estado de Minas
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Número de passageiros no Metrô de BH caiu 72% em uma década

domingo, 24 de março de 2024

O Metrô BH, formado pelo Grupo Comporte Participações, assumiu o modal belo-horizontino há um ano, com o desafio de melhorar a qualidade do serviço e, consequentemente, conter a queda de usuários, que vem ocorrendo ano após ano. De 2013 para 2022, a quantidade anual de passageiros transportados caiu 72% – de 64,9 milhões para 18,1 milhões, conforme relatórios públicos de gestão da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), responsável pela administração do sistema até aquele ano – os dados de 2023 não foram informados pela concessionária.

Entre os fatores que explicam a queda, a CBTU pontuou no documento de 2016 que a situação foi reflexo da “crise econômica pela qual passa o país, com grande número de cidadãos desempregados, e a concorrência predatória do BRT em Belo Horizonte, levando a uma perda de cerca de 3,3 milhões de passageiros naquele sistema”. O BRT (Bus Rapid Transit, que pode ser traduzido como “transporte rápido por ônibus”, chamado de “Move” em BH) foi inaugurado em 2015.

Para Mauro Zilbovicius, professor do Departamento de Engenharia de Produção da Escola Politécnica (Poli) da USP e coordenador do Laboratório de Estratégias Integradas da Indústria da Mobilidade (MobiLab), um fator que influenciou fortemente a queda foi o aumento do valor da tarifa, que passou de R$ 1,80 em 2019 para R$ 5,30 em julho de 2023, o que a faz a terceira mais cara do país, atrás de São Paulo e Brasília.

“A tarifa é um regulador da demanda. A tarifa mais alta significa perder passageiro, porque a população tem renda baixa, e isso não é só no Brasil”, disse. Segundo ele, a operação do metrô de Paris, por exemplo, é paga pela soma do que é arrecadado com a tarifa dos usuários, além do aporte do Tesouro francês (dinheiro público), e de uma contribuição do comércio, que é considerado um grande usuário do sistema.

Usuários reclamam de trens lotados nos horários de pico
Por isso, o professor de urbanismo Roberto Rolim Andrés, da Escola de Arquitetura da UFMG, defende um subsídio para que a tarifa diminua em BH. “Você só recupera esses usuários com subsídio público para reduzir a tarifa. Isso, infelizmente, não está na perspectiva da gestão atual do metrô”, avalia.

Procurado, o Metrô BH não comentou a queda dos usuários e se há um plano para diminuir o valor da tarifa. O governo de Minas e o Ministério das Cidades também não tinham respondido sobre o subsídio até o fechamento desta edição. 

Empresa informa que já fez melhorias
O Metrô BH informou que, desde março de 2023, quando assumiu a concessão, o sistema opera de forma mais eficiente. “As melhorias graduais refletem o empenho da empresa em proporcionar regularidade, pontualidade e conforto ao usuário”, declarou, em nota.

Entre as ações, a empresa cita a redução das “evacuações” dos trens – quando todos os passageiros têm que descer por causa de alguma pane – de uma média de 30 para uma por mês. “O tempo médio de percurso entre as estações Vilarinho e Eldorado foi reduzido de 55 para 47 minutos. Já o número médio de viagens em atraso diminuiu de cerca de 35 para três, mensais”, alega.

Informações: O Tempo

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Prefeito de BH admite carências do transporte e trânsito

sábado, 30 de agosto de 2014

O prefeito Marcio Lacerda (PSB) falou na manhã desta sexta-feira no Seminário Diálogos Capitais Metrópoles Brasileiras Mobilidade – Modelo de Transporte Público para o Brasil – sobre as carências e necessidades de Belo Horizonte em infraestrutura para os próximos anos. Ele admitiu que a capital não acompanhou a demanda pelo transporte público, por isso amarga congestionamentos e baixa qualidade de vida. 

Segundo Lacerda, com 2,5 milhões de habitantes, BH precisa de um investimento de R$ 43 bilhões para infraestrutura, sendo 24 bilhões deste dinheiro para a mobilidade urbana. “É um recurso necessário para o desenvolvimento adequado do transporte urbano. BH tem hoje um serviço de transporte que não é de excelente qualidade, mas na comparação com outras capitais é um dos melhores do Brasil. Obviamente precisa de investimento e este é o desafio”, afirma. 

Para o prefeito, aliado ao investimento, outra tarefa desafiadora é o planejamento urbano integrado na região metropolitana, que tem hoje 6 milhões e habitantes. “BH tem uma governança metropolitana integrada que é boa, que segura a deterioração do espaço urbano. Mas, este planejamento metropolitano com cidades vizinhas é sempre necessário”, disse. 

Lacerda ainda disse que BH teve em 10 anos um desenvolvimento acelerado das frotas de automóveis nas ruas e por outro lado, a estrutura viária não teve grande expansão. Segundo ele, o transporte público não acompanhou a demanda e com isso a cidade registra congestionamentos e baixa qualidade de vida. 

No entanto, o prefeito disse que a administração municipal está atenta a todos esses quesitos e vem trabalhando desde 2009 com a Conferência Municipal de Política Urbana, que representou um avanço. Para ele, o evento ajudou a frear um pouco a verticalização desordenada e com a conferência deste ano – que está para ser votada na Câmara – será possível traçar melhor planejamento da mobilidade. 

PlanMob

De acordo com Lacerda, o Plano Diretor de Mobilidade Urbana (PlanMob) mostrou que de 2002 para 2012 o número de viagens em coletivos passou de 43,7% para 23,6%, enquanto o transporte individual passou de 28,4% para 34,8%. É claro que este segundo dado inclui bicicletas e motos, mas grande parte reflete o aumento da frota de automóveis. Outro dado do PlanMob é a baixa velocidade média no transporte coletivo, problema que para o prefeito, precisa ser estancado. 

O PlanMob prevê investimento para avanços até 2020. Os corredores de BRT Move devem chegar a 160 quilômetros na capital e o metrô a 60 quilômetros de extensão. O plano também prevê outros 100 vias com faixas exclusivas de ônibus no modelo que foi implantado na Avenida Dom Pedro II. 

Tarifa

O desejo da população de isenção de tarifas no transporte público vai ficar no sonho. O prefeito disse que não é possível a gratuidade para todas as pessoas, pois atualmente o benefício já representa de 5% a 20% do total de passagens. “O tesouro municipal não tem recurso para subsidiar em 100% o transporte público”, disse Lacerda. 

Evento

O seminário de hoje é um evento da série Diálogos Capitais Metrópoles Brasileiras, dessa vez com o assunto Mobilidade – Modelo de Transporte Público para o Brasil. Entre os palestrantes estão André Rodrigues de Oliveira, gerente de produtos para os Sistemas de Ônibus Urbanos da Scania Latin América; Luiz Carlos Mantovani Néspoli, superintendente da ANTP-Associação Nacional de Transportes Públicos; Ermínia Maricato, urbanista Faculdade de Arquitetura de Urbanismo da USP e ex-Secretária de Habitação e Desenvolvimento Urbano de São Paulo; Ramon Victor Cesar, Presidente da BHTrans e Guilherme Narciso de Lacerda, Diretor das Áreas de Infraestrutura Social, Meio Ambiente e Agropecuária e Inclusão Social do BNDES.

Por Luana Cruz e Valquiria Lopes
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