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No DF, Especialistas apontam soluções para o transporte no futuro

domingo, 28 de abril de 2024

Em alta nos anos 1960, devido ao impulso à corrida espacial, a tendência futurista apresentou ao mundo a possibilidade de convivermos com robôs, fazermos videoconferências e termos televisões planas. Foi o que mostrou, por exemplo, o desenho animado Os Jetsons. Mais tarde, no filme De volta para o futuro (lançado em 1985), o personagem Doc Brown prometeu: "Para onde vamos não precisamos de estradas". Apesar de os carros voadores serem uma realidade em 2024, não é o meio de transporte idealizado para o futuro do Distrito Federal, segundo especialistas ouvidos pelo Correio. Diferentemente do que muitos imaginam, ônibus e veículos sobre trilhos seriam as melhores opções para garantir mobilidade democrática e de qualidade. Até alcançarmos essa possibilidade, porém, é preciso vencer desafios.

O primeiro deles é o colapso dos congestionamentos nas vias do DF. Conforme o relatório mais atualizado do Departamento de Trânsito do DF (Detran), circularam mais de 2 milhões de veículos na região, em 2023, um aumento de 35,8% em relação a 2013, quando havia 1.491.539 veículos em circulação. No ano passado, as vias foram ocupadas por automóveis, enquanto os ônibus circularam com uma quantidade cem vezes menor do que os carros. Na prática, a constatação resulta em insatisfação com o serviço, tanto pelos desgastes em engarrafamentos quanto pelo número insuficiente de coletivos, segundo o especialista em trânsito Wellington Matos e o pesquisador em mobilidade urbana Carlos Penna. 

De acordo com o secretário de Transporte e Mobilidade do DF, Zeno Gonçalves, desde 2019, 2.303 novos veículos entraram em circulação para substituir os coletivos mais antigos e outros 158 foram incorporados ao sistema para aumentar a oferta aos usuários. "Além disso, temos mais de 150km de faixas exclusivas para reduzir o tempo de deslocamento dos coletivos, extensão que será ampliada para os corredores Oeste e Norte, com linhas rápidas, por meio de BRTs (Bus Rapid Transit)", completa.

"A previsão é de que, até o fim deste ano, mais 850 novos ônibus entrem em operação nas ruas para a continuidade do processo de troca. Todo o processo de renovação está previsto em contrato e não impacta no valor que o usuário paga pela passagem", diz Zeno Gonçalves. Ainda segundo o secretário, para o futuro, o objetivo é dar continuidade à renovação da frota, melhorar e otimizar as linhas, modernizar o transporte coletivo e ampliar a oferta de facilidades para ter acesso à integração, ao cartão Mobilidade e a outros meios de pagamento.

A saga do metrô
Com uma frota de 32 trens, 27 estações operacionais e 42,38km de extensão, o metrô do DF atende cerca de 160 mil usuários por dia. Liga Brasília às regiões administrativas de Ceilândia e Samambaia, passando pela Asa Sul, Setor Policial Sul, Estrada Parque Indústria e Abastecimento (EPIA), Guará, Park Way, Águas Claras e Taguatinga. Expandir as linhas é o segundo desafio para garantir mobilidade democrática e de qualidade. 

De acordo com Wellington Matos, os veículos sobre trilhos são essenciais, visto que têm maior facilidade de locomoção, atendem a um número maior de pessoas, têm um tempo de viagem reduzido e o risco de sinistro é bem menor do que em rodovias. "O ideal é que tivéssemos trilhos para todos os cantos", reforça. Em relação ao meio ambiente, diminui-se a quantidade de veículos na rua e, consequentemente, a emissão de gases e outros materiais poluentes. 

Carlos Penna recorda que, em 2001, com a inauguração do metrô, havia a sensação de que Brasília teria solução para a mobilidade urbana, considerando que a frota de veículos — à época com 651 mil automóveis registrados — era três vezes maior do que a quantidade esperada pelo Governo do Distrito Federal (GDF) para esse período. 

"Em 2007, estudou-se atualizar as linhas, passando de duas para quatro. Entretanto, em 2009, o GDF reverteu os programas e resolveu trocar as linhas de metrô por corredores de ônibus. Um erro crasso", destaca Penna, que é ex-coordenador do Metrô DF. Assim, os gastos foram direcionados para duplicar vias, fazer viadutos, construir túneis e pagar subsídios aos ônibus. "A solução seria finalizar a linha 1, chegando ao fim da Asa Norte, estendendo o ramal de Ceilândia até Águas Lindas e o ramal de Samambaia até Santo Antônio do Descoberto. As linhas 2 (ligando Asa Sul, Gama e Santa Maria), 3 (ligando Riacho Fundo, Recando das Emas e Taguatinga) e 4 (ligando Asa Norte, Sobradinho e Planaltina) têm de ser construídas com urgência", opina Carlos.

Segundo o Metrô-DF, recentemente, a licitação da expansão em Samambaia foi homologada, de forma que a linha 1 será expandida em 3,6 km. No trajeto, estão previstas as construções de duas estações e de uma subestação retificadora. O projeto deve beneficiar uma população de 10 mil pessoas. A próxima etapa é a contratação, seguida da fase de elaboração de projetos. A companhia também está com a licitação da expansão de Ceilândia em andamento, na qual serão 2,3 km a mais de linha, com mais duas novas estações, cruzando a região até próximo à BR-070, na saída para Águas Lindas. Estima-se o acréscimo de 12 mil passageiros por dia.

Mobilidade ativa
Locomover-se usando a energia do próprio corpo é, de todas as opções de transporte, a mais sustentável e acessível. É a mais viável? Ainda não. Apesar de ter a segunda maior malha cicloviária do país, com quase 700 km, muitas ciclovias e calçadas não são devidamente interligadas, levando a lugar algum. "Na prática, para se deslocar em ciclofaixas, é importante que, no destino, haja a possibilidade de tomar um banho, trocar de roupa e guardar a bicicleta", disse o especialista Wellington Matos. 

O relatório Desigualdade da Mobilidade Urbana no Distrito Federal, do Observatório de Políticas Públicas do DF, divulgado no fim de 2022, mostra que em RAs de renda mais baixa, uma das motivações principais para se caminhar é ir ao trabalho. Nos locais de renda mais alta, o caminhar é realizado sobretudo como uma atividade física. De forma semelhante, para os mais pobres, a bicicleta é usada para ir ao trabalho por 32,3% dos usuários e para fazer compras/serviços por 25,8%. Nas RAs de mais alta renda, a bicicleta é mais usada para atividade física e de lazer: 38,9% e 44,4%, respectivamente.

Atualmente, o Plano Piloto é a região com o maior número de pistas para bicicletas: 138,08 km. Em segundo lugar está o Lago Sul, com 58,2 km. Em seguida, aparecem Park Way (50,7 km), Gama (35,9 km), Lago Norte (33,9 km), Ceilândia (33,6 km) e Santa Maria (33,1 km). Para o futuro, o secretário Zeno Gonçalves aponta: "Pretendemos dotar o DF de uma infraestrutura de mobilidade ativa adequada aos padrões para uma capital brasileira, com terminais acessíveis, com paradas de ônibus e abrigos que atendam às necessidades do usuário".

Caminhos possíveis 
Para Wellington Matos, é fundamental que os transportes sobre trilhos atinjam todas as RAs, enquanto internamente seja priorizada a circulação de ônibus. "Integrar ônibus e metrô é a solução. Como isso ainda não é uma realidade, temos que trabalhar os ônibus, colocando vias exclusivas — pelo menos duas, transformando-os em coletivos de alta qualidade. No entanto, acredito que, para um futuro realista, podemos esperar o aumento de obras e, consequentemente, de veículos individuas, visto que quanto mais obras, mais convidativo será para os motoristas de veículos", ponderou. 

Carlos Penna reforçou que os transportes do futuro já existem, falta apenas implementá-los. "São o metrô; o trem do Entorno (que liga Luziânia, Valparaiso e Brasília); e o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), ligando o aeroporto à W3 e à L2 . Além disso é fundamental fazermos as ciclovias separadas das vias dos automóveis e calçadas lisas para todos poderem se deslocar livremente", ressaltou.

E os carros autônomos e elétricos? Bom, Matos acredita que levará tempo para que veículos autônomos possam trafegar com tranquilidade em nossas vias, pois dependem de boa sinalização e estrutura de internet elevada. "Não é algo tão simples e são veículos muito caros", esclareceu. Penna ponderou que a troca dos veículos de motor à explosão por motores elétricos é positiva, dado que não emitem gases do efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO2), e nem causam poluição sonora.

"É preciso entender, porém, que um congestionamento com 50 mil veículos elétricos continua sendo um congestionamento. Portanto, são soluções individuais, enquanto devemos pensar em transporte público de qualidade", concluiu o pesquisador.

Informações: Correio Braziliense

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Estações do Metrô-DF são adaptadas para ampliar acessibilidade de usuários

terça-feira, 12 de março de 2024

As estações da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) passarão por obras de adequação dos padrões de acessibilidade. Ao todo, o Governo do Distrito Federal (GDF) investe mais de R$ 6 milhões na execução dos serviços, que buscam tornar o transporte subterrâneo mais inclusivo para pessoas com deficiência (PcDs) e mobilidade reduzida.

As intervenções contemplam 24 das 27 estações do Metrô-DF. Os terminais da Estrada Parque (Taguatinga), 106 e 110 Sul foram inaugurados recentemente pela gestão do governador Ibaneis Rocha e, portanto, já atendem aos critérios previstos na revisão de 2020 da Norma de Acessibilidade NBR 9050, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

O diretor técnico do Metrô-DF, Fernando Jorge Rodrigues, explica que as mudanças são necessárias para modernizar os espaços. “A maioria dessas estações seguem projetos da década de 1990 e a norma vigente à época era diferente. É uma evolução natural, em que alguns itens de acessibilidade precisam ser aperfeiçoados”, diz.

Entre as adequações previstas, estão a instalação de corrimãos padronizados, tanto internos quanto externos, pisos podotáteis, novos mapas em braile e tarjas sinalizadoras nos degraus das escadas.

Em determinados pontos, guarda-corpos de aço inox e vidro serão adicionados para reforçar a segurança dos usuários. Além disso, em breve, placas em braile irão identificar os corrimãos e as pinturas nas plataformas e sinalizar as áreas de atendimento preferencial a cadeirantes.

Os trabalhos são realizados de modo a não impactar negativamente na operação comercial do transporte subterrâneo. “A gente sabe que essas obras podem trazer transtornos para os usuários. Temos focado a execução em horários com menor fluxo de passageiros para que o impacto seja mínimo na rotina deles”, prossegue o diretor técnico.

Acessibilidade ampliada

O primeiro terminal a receber os serviços foi a Estação Furnas (Samambaia). Atualmente, as equipes trabalham na adequação dos padrões de acessibilidade da Estação Águas Claras, que já conta com novos pisos podotáteis. Nesta quinta-feira (7), os trabalhos estavam concentrados na instalação dos corrimãos das escadas de acesso aos vagões.

Moradora de Ceilândia, a dona de casa Leidmara Pereira Marques, de 30 anos, passou pela estação pela manhã e gostou do que viu: “Eu, como mãe de um filho autista, sei da dificuldade que as pessoas passam”, diz. “O acesso ficava realmente complicado para as pessoas com deficiência, então essa obra vem em boa hora”, completa.

Expansão

Em 2019, o Metrô teve um orçamento total de R$ 383 milhões e, em 2023, foram R$ 475 milhões em recursos aplicados. Para 2024, estão previstos R$ 569 milhões.

Desde o início da gestão do governador Ibaneis Rocha, já foram investidos mais de R$ 1 bilhão na manutenção do sistema metroviário da capital. Além disso, o Executivo também disponibilizou mais R$ 200 milhões para a assinatura de novos contratos que irão garantir a modernização e manutenção dos sistemas pelos próximos anos.

Na segunda-feira (4), o Metrô-DF assinou o contrato de expansão da linha 1 no trecho de Samambaia, em acordo firmado com o consórcio CG-JFJ, formado pelas empresas CG Construções Ltda e JFJ Tecnologia em Instalações Elétricas – vencedoras da licitação.

O contrato está estimado em R$ 319.751.557,44, provenientes de recursos do GDF e da Caixa Econômica Federal, por meio de convênio estabelecido no âmbito do PAC Mobilidade. A duração prevista é de quatro anos e cinco meses, a contar do último dia 4 de março, e o contrato abrange a elaboração de projeto executivo e a execução das obras civis.

Informações: Agência Brasília

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Assinado contrato para a expansão do Metrô-DF em Samambaia

quinta-feira, 7 de março de 2024

A Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) assinou, nesta segunda-feira (4), o contrato com o consórcio CG – JFJ, que, formado pelas empresas CG Construções Ltda e JFJ Tecnologia em Instalações Elétricas, é vencedor da licitação para as obras de expansão da linha 1 no trecho Samambaia. O extrato do contrato foi publicado na edição desta terça (5) do Diário Oficial do Distrito Federal (DODF).

Estimado em R$ 319.751.557,44, o contrato tem duração de quatro anos e cinco meses – do dia 4 deste mês a 4/8/2028 – e prevê a elaboração de projeto executivo e a execução das obras civis. Os recursos são do Governo do Distrito Federal (GDF) e da Caixa Econômica Federal, por meio de convênio estabelecido no âmbito do programa PAC Mobilidade.

A próxima etapa é a assinatura da ordem de serviço, quando se inicia o processo de estudos e detalhamentos para o projeto da obra. O prazo para apresentar o projeto executivo final é de seis meses a partir da assinatura da ordem de serviço.

A expansão da linha 1 no trecho de Samambaia será de 3,6 km, a partir do atual Terminal Samambaia. No trajeto, serão construídas duas estações nas proximidades da unidade de pronto atendimento (UPA) e do Centro Olímpico.

Também há previsão de construir uma subestação retificadora e implantar sistemas fixos referentes à expansão. As obras, que vão beneficiar uma população de 10 mil pessoas, têm a duração prevista de quatro anos.

*Com informações do Metrô-DF

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Transporte público do DF recebe mais 36 ônibus novos

domingo, 18 de fevereiro de 2024

O Distrito Federal recebeu mais uma parte dos 195 ônibus novos, adquiridos pela Viação Pioneira para integrar a frota da Área 2 do Sistema de Transporte Público Coletivo (STPC-DF). Foram apresentados 36 coletivos pela concessionária nesta sexta-feira (16). Somados aos 59 ônibus que chegaram em setembro do ano passado, agora a empresa conta com 95 veículos novos.

São 20 ônibus do tipo Padron BRT, dos quais 12 vão ampliar a oferta nas linhas de Santa Maria, e oito serão utilizados para renovação da frota de articulados. Ao todo, o BRT atende cerca de 67 mil passageiros por dia. Os outros 16 coletivos são do tipo Super Padron, que também vão substituir articulados e atenderão as linhas do Paranoá e Itapoã.

Antes de entrar em operação, todos os veículos terão de passar por vistorias, emplacamento, documentação, instalação dos validadores nas catracas e registro no sistema da Secretaria de Transporte e Mobilidade do Distrito Federal (Semob-DF). “Se não houver atrasos na documentação, os veículos Padron BRT deverão entrar em operação em março”, explicou o subsecretário de Operações da Semob-DF, Márcio Antônio de Jesus.

Menos poluentes

Os novos ônibus têm tecnologia avançada e foram fabricados de acordo com as normas Euro 6. São movidos a biodiesel e possuem motor que reduz em 80% a emissão de gases poluentes e libera 50% menos partículas no ar.

“Recebemos mais uma remessa desses modernos veículos que vão atender os usuários do transporte público coletivo na Área 2”, disse o gerente operacional da Pioneira, Enver Soares. Segundo ele, todos os ônibus contam com ar-condicionado e bastante tecnologia embarcada.

“São veículos com circuito de imagem interna, validadores V6, GPS interligado 24 horas por dia e um sistema de captação de energia que mantém o sistema elétrico do veículo e alimenta as baterias até mesmo quando o ônibus estiver parado nos intervalos das viagens ou nas garagens”, explicou o gestor da concessionária.

Renovação da frota

Entre os 195 coletivos adquiridos pela Pioneira, 79 serão destinados ao aumento da frota, que passa para um total de 704 veículos. Outros 116 vão substituir os modelos mais antigos. No fim de 2022, a empresa já havia renovado 100% da sua frota, e agora continua adquirindo coletivos para prosseguir ampliando o serviço.

A renovação da frota do transporte público coletivo vem recebendo atenção especial do GDF, com fiscalização da Semob-DF. As concessionárias Piracicabana (Área 1), Pioneira (Área 2) e Urbi (Área 3) já renovaram 100% de suas frotas.

A Expresso São José, que agora opera com nome de BsBus, adquiriu 473 ônibus novos, dos quais 64 já estão em operação nas regiões de Sol Nascente e Ceilândia. O restante da frota da São José deverá entrar em operação até o início do segundo semestre deste ano. Já a Viação Marechal tem previsão de apresentar em breve o cronograma de substituição de sua frota.

*Com informações da Secretaria de Transporte e Mobilidade do Distrito Federal (Semob-DF)

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Licitação para as obras de expansão do metrô em Ceilândia está aberta

segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

A Companhia do Metropolitano do Distrito Federal deu início hoje à fase externa da licitação para a contratação de empresa (ou consórcio de empresas) para as obras de expansão da Linha 1 em Ceilândia.

O edital foi publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) e inclui a elaboração dos projetos de engenharia (básicos e executivos) e execução das obras civis das estações 28 e 29, de duas subestações retificadoras, além da implantação dos sistemas fixos referentes à expansão da Linha 1.

A expansão será de 2,3 km. No percurso, terão duas novas estações, cruzando Ceilândia até próximo à BR-070, na saída para Águas Lindas. As estações serão construídas entre as QNO 5 e 13 e entre as QNO 7 e 15. Projeta-se o acréscimo de 12 mil passageiros por dia.

Parte dos recursos para a execução do contrato virá dos R$ 600 milhões já garantidos ao Governo do Distrito Federal, dentro do programa de investimentos do Novo PAC.

A expansão de Ceilândia é mais um projeto do pacote de investimentos que o Governo do Distrito Federal planeja para os próximos anos do Metrô-DF. Serão investidos aproximadamente R$ 2,5 bilhões em recursos do tesouro local, da companhia e do governo federal, por meio da Caixa Econômica Federal e do BNDES, num período de três a cinco anos.

Pacote de investimentos

Além da expansão no trecho Ceilândia, já está em fase final de licitação a expansão para Samambaia. Nos próximos dias, será conhecida a empresa (ou consórcio) vencedora, responsável pela ampliação da Linha 1 em Samambaia em 3,6 km, a partir do atual Terminal Samambaia.

No novo trecho de Samambaia, as duas novas estações serão construídas nas proximidades da unidade de pronto atendimento (UPA) da cidade e do Centro Olímpico, sendo que esta última passará a ser a estação terminal do trecho de Samambaia. A obra vai durar quatro anos, a partir da aprovação do projeto, e deve custar cerca de R$ 362 milhões.

Também está garantido o investimento na modernização do sistema de energia, com previsão de investimento de R$ 40 milhões oriundos de recursos do GDF e da Caixa Econômica.

“Também está tramitando no Ministério das Cidades o pedido para a compra de 15 novos trens, no valor de R$ 900 milhões”, informou o presidente do Metrô, Handerson Cabral.

A companhia também pleiteou junto ao governo federal outros R$ 400 milhões para a modernização do sistema de sinalização e controle, que é a tecnologia empregada para o funcionamento do sistema. Também já iniciou os estudos para a conclusão das estações Onoyama e Estação 104 Sul, projeto que deve somar R$ 50 milhões em investimentos.

Além disso, está praticamente concluído o processo para iniciar a compra de um sistema novo de CFTV e monitoramento de intrusão por fibra ótica, uma medida para reforçar a segurança e evitar, por exemplo, furtos de cabos. Serão R$ 35 mil em recursos do GDF.

Informações: SEMOB

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No DF, Nova rodoviária amplia mobilidade no Sol Nascente a 20 mil passageiros

terça-feira, 26 de dezembro de 2023

A tão esperada Rodoviária do Sol Nascente e Pôr do Sol foi inaugurada nesta quinta-feira (21) pelo governador Ibaneis Rocha. Agora, os 20 mil passageiros que utilizam o transporte público diariamente nessas regiões poderão contar com uma nova estrutura de apoio. Com investimento de R$ 4,7 milhões e geração de 80 empregos, a rodoviária foi erguida no Trecho 2 da Quadra 105, ao lado do Restaurante Comunitário.

Em um terreno com 24.250 m² e 5.875 m² de área construída, a rodoviária conta com seis baias para embarque, dez pontos de estocagem, 14 vagas de estacionamento para veículos e 11 para motos, paraciclos com 24 vagas, três salas para apoio administrativo, além de lanchonete e banheiros com acessibilidade. A obra ainda inclui piso tátil e grades para as portas e guichês.

Durante a inauguração, o governador Ibaneis Rocha lembrou da implantação da região administrativa (RA), em 2019, com a necessidade de trazer o maior número de equipamentos públicos possível.

“Quando criamos a cidade tínhamos em mente tudo o que era necessário fazer. Já temos escolas, creches, agora a rodoviária, Restaurante Comunitário, passamos na ponte que liga os trechos 1 e 2. São muitas obras que temos desenvolvido. Fico feliz de comparecer aqui neste fim de ano e fazer essas entregas”, disse.

A estrutura também proporcionará mais conforto para os rodoviários. Motoristas e cobradores têm à disposição uma sala exclusiva, com banheiro particular, filtro e mobiliário, que possibilita aos profissionais mais conforto na espera das viagens.

“A rodoviária traz maior conforto para a população, uma obra moderna com acessibilidade que permite melhor entrada e saída dos veículos e passageiros com segurança. Um telhado com telhas termoacústicas proporciona um conforto térmico melhor para os usuários, iluminação em LED, bancos, rampas de acesso e uma área exclusiva para aqueles que andam de bicicleta”, explica o engenheiro da Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob), Marcos Antônio Costa.

Transporte e mobilidade

Atualmente, a cidade é atendida por 31 linhas de ônibus, que juntas oferecem 894 viagens em dias úteis, 480 aos sábados e 274 aos domingos. A rodoviária será atendida por nove linhas. Recentemente, foi criada a linha 0.907, que faz o trajeto Sol Nascente/Rodoviária do Plano Piloto, e a 364.5, para o Taguatinga Shopping.

De acordo com a Semob, com a nova infraestrutura, outras linhas serão criadas e haverá ampliação da oferta de transporte coletivo, possibilitando que os usuários tenham acesso a destinos como Plano Piloto, SIA/SAAN, Águas Claras, Pistão Sul, em Taguatinga, e Samambaia.

Assim como no Sol Nascente/Pôr do Sol, novas rodoviárias estão sendo construídas e reformadas em todo o DF. Os investimentos do GDF em seis novas estruturas, desde janeiro de 2019, somam R$ 30,2 milhões. Benefício para as mais de 500 mil pessoas das seis regiões administrativas.

Duas rodoviárias novas já foram entregues: a de Sobradinho (em maio de 2020) e a de Santa Maria (em julho de 2021). Além da do Sol Nascente, o GDF está com obras no Varjão e no Itapoã (novos) e a reforma e remodelação da rodoviária do Gama Centro. Essas estruturas serão entregues em 2024. Os investimentos nesses quatro espaços somam R$ 19,1 milhões.

Em relação aos pontos de ônibus, desde 2019, a quantidade de abrigos para passageiros nas paradas de ônibus da capital federal passou de 2.889 para 4.056 estruturas, um aumento de 40,4% em menos de cinco anos.

Nesse período, a Semob implantou 1.168 abrigos, beneficiando os moradores de 35 regiões administrativas do Distrito Federal. Em 2023, a quantidade de novas estruturas disponibilizadas foi de 307, sendo 15 de concreto e 292 de metal com fechamento de vidro.

Foram implantados, ainda, sem custo para o GDF, 700 abrigos de metal/vidro. Estes são mantidos pela empresa concessionária do serviço. Segundo a Semob, o processo licitatório para a implantação e substituição de duas mil novas estruturas de concreto em todo o DF está em fase de conclusão.

Informações: AgenciaBrasilia

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DF passa de 4 mil abrigos para passageiros de ônibus em 2023

terça-feira, 19 de dezembro de 2023

O Governo do Distrito Federal (GDF) tem se empenhado para proporcionar mais conforto e segurança aos passageiros na hora de aguardar o transporte público. E os números confirmam. A quantidade de abrigos para passageiros nas paradas de ônibus da capital federal passou de 2.889 para 4.056 estruturas, um aumento de 40,4% em menos de cinco anos.

Nesse período, a Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob) implantou 1.168 abrigos, beneficiando os moradores de 34 regiões administrativas do Distrito Federal. Em 2023, a quantidade de novas estruturas disponibilizadas foi 307, sendo 15 de concreto e 292 de metal com fechamento de vidro.

O secretário de Transporte e Mobilidade do DF, Flávio Murilo Prates, explica que a Semob tem um estudo completo sobre todos os locais com e sem abrigos, paradas sinalizadas e pontos habituais de ônibus no Distrito Federal. “No ano passado começamos a colocar as obras em ação, com instalação de 550 estruturas e este ano demos continuidade às implantações”, destaca.

Os abrigos implantados este ano contemplaram as regiões administrativas da Candangolândia, Núcleo Bandeirante, Jardim Botânico, Vicente Pires, Gama, São Sebastião, Plano Piloto, Cruzeiro, Sudoeste e Octogonal, Riacho Fundo II, Itapoã, Águas Claras, Sobradinho e Setor de Indústria e Abastecimento.

Placas de sinalização

Os usuários de transporte público de nove regiões administrativas do Distrito Federal ganharam estruturas renovadas para se abrigar do sol e da chuva. No primeiro semestre deste ano, a Semob, em parceria com a empresa JC Decaux, renovou aproximadamente 700 abrigos para passageiros de ônibus.

Entre os serviços que deram aspecto de novo aos mobiliários urbanos estão repintura, impermeabilização de lajes, reforma de tetos e substituição de peças. As regiões administrativas beneficiadas foram Sudoeste, Guará, Candangolândia, Núcleo Bandeirante, Taguatinga, Asa Sul, Asa Norte, Lago Sul, Lago Norte.

“A melhora do aspecto dos abrigos continuará sendo uma preocupação da Semob. Em novembro deste ano começaram obras de manutenção que contemplarão outras 600 estruturas”, afirma Gerson Antônio Silva Soares, gerente de mobiliário da Semob. Os serviços nas paradas de ônibus incluem preenchimento da cobertura, quando necessário; impermeabilização; pintura e inserção de acessibilidade, com piso tátil e rampa de acesso.

Em 2023, a sinalização para os passageiros de ônibus também foi melhorada. Em locais onde não há espaço físico para instalação de abrigo, a Semob implantou 109 placas de paradas de ônibus.

A ação aconteceu nas regiões administrativas de Ceilândia, Núcleo Bandeirante, Guará, Águas Claras, Park Way, Vicente Pires, Jardim Botânico, Santa Maria, Sobradinho, Sobradinho II, Samambaia, Pôr do Sol e Sol Nascente, Gama, SIA, Brazlândia, Itapoã, Planaltina, Riacho Fundo e Fercal.

Previsão de novos abrigos

Dando continuidade ao trabalho de oferecer melhor infraestrutura, segurança e conforto aos passageiros de ônibus, a Semob está em fase de conclusão de um processo licitatório para a implantação e substituição de 2 mil novos abrigos de concreto em todo o Distrito Federal.

E para contemplar os locais com pouco espaço, está sendo finalizado contrato para implantação de 850 abrigos do tipo reduzido.

A escolha dos pontos para instalação leva em consideração as solicitações dos usuários feitas por meio da ouvidoria e também os estudos de demanda realizados pelos técnicos da Semob. A população pode solicitar novas estruturas ligando no telefone 162 ou acessando o site participa.df.gov.br.

*Com informações da Semob

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No DF, Veja quais linhas circulam pelas novas pistas exclusivas de ônibus em Taguatinga

quarta-feira, 4 de outubro de 2023

O boulevard sobre o túnel Rei Pelé foi oficialmente inaugurado nesta quarta-feira (4), em Taguatinga, no Distrito Federal. No entanto, a liberação das novas pistas exclusivas para ônibus tem causado confusão entre os passageiros.

Até a última atualização desta reportagem, não havia placas indicando quais ônibus circulavam pela boulevard, o que confundia os usuários que aguardavam o transporte público. O GDF divulgou apenas nas redes sociais quais linhas passam pela pista exclusiva.

Veja quais são as linhas que circulam pela boulevard sobre o Túnel Rei Pelé:

380.2 - Samambaia Norte / Rodoviária
380.3 - Samambaia Norte / W3 Sul - terminal Asa Sul
0.380 - Samambaia Norte / Rodoviária
0.300 - P Sul (Ceilândia) / Rodoviária
0.301 - P Sul (Ceilândia) / W3 Sul (via SIG)
0.336 - P Sul (Ceilândia) / Rodoviária (via Eixo)
0.378 - P Sul (Ceilândia) / W3 Norte - term. Asa Norte
337.1 - P Sul (Ceilândia) / W3 Sul (via SIG) / Rodoviária
0.305 - Taguatinga Sul / W3 Sul
0.306 - Taguatinga Sul / Rodoviária
0.310 - Setor O / Rodoviária
0.311 - Setor O / W3 Sul
0.322 - M Norte / Rodoviária
0.323 - M Norte / W3 Sul
0.330 - QNR (Ceilândia) / W3 Norte
0.334 - Setor O / Rodoviária
0.335 - Setor O / W3 Sul
0.374 - Setor O / W3 Norte - Terminal Asa Norte
0.375 - Setor O / W3 Norte - Terminal Asa Norte
0.377 - M Norte / W3 Norte - Terminal Asa Norte
0.920 - Setor O / Rodoviária
0.921 - QNR (Ceilândia) / W3 Sul
0.930 - QNR (Ceilândia) + Sol Nascente / Rodoviária
323.1 - M Norte / W3 Sul
330.1 - QNR (Ceilândia) / W3 Norte

Veja quais linhas circulam pelas marginais, pistas de Taguatinga Centro que já existiam:

Linhas de Ligação

841 - Samambaia Sul / Saan
844 - Samambaia Norte / Saan
845 - Samambaia Sul / Saan
314 - QNR / Rodoviária
346 - QNR / Bandeirante
346.1 - QNR / Candangolândia
205 - Gama Oeste / M Norte
205.1 - Gama Sul / M Norte
260.3 - Santa Maria / QNR
300.1 - P Sul / Rodoviária
932.1 - P Sul / Rodoviária
932.2 - P Sul / Rodoviária
942.1 - P Sul / W3 Norte
338 - Setor O / Term. Asa Norte
348 - Setor O / Term. Asa Norte
385 - QNR / Rodoviária
551 - Setor O / SIG
552 - Setor O / Rodoviária
553 - Setor O / W3 Sul
556 - QNR / Rodoviária
558 - Setor O / Rodoviária
918 - Setor O / Sudoeste
310.1 - Setor O / Rodoviária
322.2 - M Norte+QNJ/QNL / Rodoviária
323.2 - Setor O / W3 Sul
334.4 - QNR / Rodoviária
335.1 - Setor O / W3 Sul
348.1 - Setor O / Term. Asa Norte
374.1 - Setor O / Term. Asa Norte
379.1 - Setor O / Term. Asa Norte
383.1 - P Sul / Rodoviária
385.1 - QNR / Rodoviária
557 - QNR / W3 Sul
557.1 - QNR / W3 Sul
920.4 - Setor O / Rodoviária
347 - P Sul / Bandeirante
554 - P Sul / Rodoviária
555 - P Sul / W3 Norte
910 - P Sul / Sudoeste
932 - Taguatinga Norte / Rodoviária
932.3 - Por do Sol / Rodoviária
932.4 - P Sul / W3 Sul e Norte
317 - M Norte / Bandeirante
336.1 - P Sul / Rodoviária
336.2 - P Sul / Esplanada
349 - Taguatinga Sul / Term. Asa Norte
376.2 - Taguatinga Sul / W3 Norte

Linhas Circulares

367.8 - Samambaia Norte / Águas Claras
99.1 - Cruzeiro / Águas Claras
959 - Taguatinga Sul / Colônia Agrícola Samambaia
355.2 - Taguatinga Sul / Areal
355.3 - Taguatinga Sul / Vicente Pires
951 - Católica / Taguatinga Centro
89 - P Sul / Samdu Norte
092 - Guará / Taguatinga
159 - Estrutural / Sol Nascente
351 - Taguatinga Sul / Norte
353 - QNR / Setor O
357 - Taguatinga Sul / Católica
363 - P Sul / Taguatinga Centro
898 - Riacho 2 / P Sul
332.1 - QNR / Águas Claras
333.1 - Setor O / Taguatinga Centro
333.7 - Setor O / Águas Claras
357.1 - Circular Taguatinga Sul
361.2 - P Sul / Taguatinga Centro
363.1 - P Sul / Taguatinga Shopping
363.2 - P Sul / Samdu Norte
368.1 - M Norte / Riacho Fundo
926.1 - Setor O / Taguatinga Shopping
933.5 - Sol Nascente / Taguatinga Sul
959.1 - Católica / QNL

Informações: G1 DF

READ MORE - No DF, Veja quais linhas circulam pelas novas pistas exclusivas de ônibus em Taguatinga

Agentes de trânsito intensificam fiscalização em faixas exclusivas do DF

terça-feira, 5 de setembro de 2023

Para garantir a fluidez e segurança viária das vias e rodovias que cortam o Distrito Federal (DF), os órgãos de fiscalização de trânsito contam com a tecnologia que permite complementar o monitoramento realizado pelos agentes. Radares, câmeras de vídeo e o Centro de Controle Operacional (CCO), que funciona 24 horas por dia, são algumas das técnicas que auxiliam as equipes do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF) e do Departamento de Trânsito (Detran-DF). De 2022 para cá, o Governo do Distrito Federal (GDF) adquiriu mais de 20 novas câmeras de videomonitoramento para intensificar a fiscalização viária no DF.

Ao todo, o DF conta com 89 câmeras distribuídas pelas rodovias e vias adjacentes que enviam imagens em tempo real para o CCO do DER, localizado na sede do departamento. A central permite que os agentes façam a fiscalização do trânsito, verifiquem situações de acidente ou de algum delito à legislação de trânsito, além de acionarem as equipes da Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP) em casos de ocorrências com vítimas.

Por meio do CCO, as equipes promovem um monitoramento mais eficiente que complementa a atuação daqueles agentes que estão nas ruas. Um exemplo disso são os autos de infração lavrados, em tempo real, pelos radares, quando motoristas são flagrados cometendo algum delito à legislação. Apesar de ser uma infração gravíssima, com multa de R$ 293,47, o tráfego de veículos não autorizados pelos 150 quilômetros de faixas exclusivas no DF tem se tornado cada vez mais comum.

De janeiro a julho deste ano, o Detran registrou 84.273 autuações por transitar com o veículo nas faixas de trânsito exclusivo sob jurisdição do departamento. Já o DER registrou 105.874 ocorrências desta natureza, entre janeiro e agosto deste ano. Na Estrada Parque Taguatinga (EPTG), foram 3.590 episódios de infração desta natureza somente em 2022. Entre 1º  e 23 de agosto deste ano, o departamento já computou 814 infrações por transitar na faixa exclusiva de ônibus. Este número é 326,2% maior que o mesmo período do ano passado, quando foram registradas 191 ocorrências em julho.
“Realmente houve um aumento de veículos que estão utilizando a EPTG por conta das obras na Estrutural. Em 2023, nós já temos 3.089 registros de ocorrências por trafegar na faixa exclusiva só na EPTG. Estamos aumentando a fiscalização porque entendemos que o trânsito está mais complicado, mas o respeito à legislação de trânsito deve continuar”, afirmou o diretor de Fiscalização do DER, Sinomar Ribeiro.

Além de infringir as normas de trânsito, o motorista que trafega indevidamente pela faixa exclusiva de ônibus coloca em risco também os usuários de transporte público. “Quando o cidadão entra na faixa exclusiva, além de ser autuado, é perigoso para os usuários do transporte coletivo, porque essa ação pode causar um acidente. É por isso que a gente aumentou a fiscalização, para garantir que as normas sejam cumpridas”, defendeu.

O monitoramento nas faixas exclusivas de ônibus também é feito pelos radares de velocidade distribuídos ao longo das vias. Caso o motorista trafegue na faixa exclusiva com 11 quilômetros de extensão da EPTG, estará sujeito a sofrer mais de uma penalidade.

“O motorista que entrar na faixa exclusiva perto de Taguatinga, sair dela ao avistar um radar e mais à frente ser flagrado por um agente vai ser autuado. Quando for mais para a frente, ele pode ser penalizado mais de uma vez, porque são quilômetros e horários diferentes. Ele está infringindo a legislação várias vezes”, explicou o diretor.

Quem pode?

Atualmente, as faixas exclusivas no DF somam mais de 150 km de extensão, assim distribuídos: 24 km na EPTG, 55,6 km na Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia) nos dois sentidos do corredor do BRT Sul, 22 km na Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB), 26 km nos dois lados das W3 Sul e Norte, 3,2 km na Estrada Setor Policial Militar (ESPM) e 15 km no Eixo Monumental, somando as vias S1 e N1.

Podem trafegar pelas faixas exclusivas os ônibus e micro-ônibus do Sistema de Transporte Público Coletivo do DF, táxi e veículos de transporte escolar. Na Epia, há uma exceção: trafegam somente os ônibus do sistema do BRT e as linhas do transporte semiurbano (Entorno).
A faixa é exclusiva em todos horários destinados a esses transportes, nos dois sentidos da via, nos dias de semana, exceto sábados, domingos, feriados e pontos facultativos. A exceção é a via exclusiva do BRT na Epia.

As faixas de trânsito exclusivo são flexíveis aos fins de semana, podendo todos os veículos trafegarem da 0h01 de sábado até as 23h59 de domingo. O mesmo vale para feriados e pontos facultativos.

Conheça cada via

A faixa exclusiva da EPNB foi a primeira a ser criada no DF, em dezembro de 2011. Com 22 quilômetros de extensão, representa economia de 20 minutos para os passageiros. Em 2012, outra via importante do DF ganhou seu corredor exclusivo: a EPTG. A faixa começou a funcionar em 31 de janeiro daquele ano, mas utilizada somente por 11 linhas semiexpressas, de forma que os passageiros só podiam embarcar e desembarcar nas cidades de origem, e não na EPTG, já que os ônibus dessas linhas não paravam ao longo da via.

Em 2019, os coletivos de linhas convencionais passaram a circular, de forma provisória, nas faixas exclusivas da EPTG no sentido inverso ao dos demais veículos nos horários de pico. A medida temporária foi tomada para contornar o problema da falta de ônibus sem portas do lado esquerdo.

Por determinação da Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob), as operadoras adquiriram os coletivos com portas de acesso dos dois lados, que começaram a operar em janeiro de 2020. A medida facilitou a vida dos passageiros e garantiu segurança na hora de embarcar ou descer dos ônibus. Esses usuários ganharam, em média, 30 minutos no tempo de viagem – somando o trajeto de ida e volta.

As faixas exclusivas das vias W3 Sul e Norte e do Setor Policial Sul (ESPM) também foram implementadas em 2012. As duas primeiras possuem 14 e 12 quilômetros de extensão, respectivamente, o que representa uma economia de 10 minutos para os passageiros, enquanto a da ESPM possui 3,5 quilômetros, significando a redução de 5 minutos no tempo das viagens de ônibus.

Os passageiros de Gama e de Santa Maria passaram a usufruir do corredor exclusivo do BRT Sul em junho de 2014 na Epia, quando começou a operação do sistema ligando as duas regiões ao Plano Piloto. A média de economia das viagens é de 20 minutos, ida e volta. São mais de 55 quilômetros de faixas.

A via exclusiva mais recente foi implantada em dezembro de 2020, no Eixo Monumental. A exclusividade funciona na Via S1, sentido Cruzeiro-Esplanada dos Ministérios, e na N1, sentido Congresso Nacional-Setor Militar Urbano (SMU). Cada lado do corredor tem 7,5 quilômetros.

A priorização do transporte público coletivo ao individual está prevista tanto na lei federal 12.587/2012, que instituiu a Política Nacional de Mobilidade Urbana, quanto, no âmbito distrital, pelo Plano Diretor de Transporte Urbano (PDTU), estabelecido pela lei nº 4.566/2011.

Com informações da Agência Brasília
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DF estuda adotar tarifa zero no transporte público

domingo, 7 de maio de 2023

Usar o transporte público sem pagar tarifa na catraca. Esta é uma realidade estudada pela Secretaria de Transporte e Mobilidade do Distrito Federal (Semob-DF) . Segundo a pasta, "estudos de viabilidade econômica financeira estão em andamento para posterior envio aos órgãos competentes para análise".

No Brasil, de acordo com o pesquisador Paíque Duques Santarém, doutorando no Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UnB, 69 cidades – pequenas e médias – já adotaram a tarifa zero universal no sistema de transporte público (saiba mais abaixo).

A tarifa zero universal, é o uso do transporte público sem o pagamento pelo usuário final. O assunto também é pauta na Câmara Legislativa do DF (CLDF).

A Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana da Casa (CMTU) discutiu o tema em reuniões técnicas com especialistas da área e lançou, na quarta-feira (3), a Subcomissão da Tarifa Zero.

O deputado distrital Max Maciel (Psol), presidente da CMTU e um dos integrantes da subcomissão, destacou que há cinco projetos de lei em discussão na Câmara Legislativa que tratam da gratuidade para diferentes categorias de usuários como pessoas em situação de vulnerabilidade e enfermeiros. No entanto, a subcomissão, composta também pelos deputados distritais Gabriel Magno (PT) e Pedro Paulo de Oliveira, o Pepa (PP), pretende desenvolver uma proposta de tarifa zero que englobe todos os usuários do transporte público.
"Temos um sistema de mobilidade que não pensa nas mulheres, nos novos territórios que foram construídos. [...] A nossa política de mobilidade deixa a desejar no atendimento ao usuário. [...] Se o tarifa zero entra, traz para dentro do sistema um público que começa a acessar esporte, educação, emprego e renda e um público que não consegue acessar porque a tarifa é cara", diz Max Maciel.

De acordo com o deputado, a tarifa zero pode garantir a inclusão de pessoas no acesso à cidade, mas deve ser feita de forma gradual.

Por que a tarifa zero ainda não foi adotada no DF?
Segundo Paíque Duques Santarém, doutorando no Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília, a adoção da tarifa zero é viável e possível no DF. Ele lembra que o benefício já foi concedido de forma parcial no Distrito Federal em quatro momentos:

Na implementação do Metrô; no aniversário de Brasília; nos ônibus do CCBB e da Câmara dos Deputados; no início do sistema de BRT (Gama - Santa Maria).

"Não é algo alienígena no DF, temos também a conquista histórica do movimento Passe Livre Estudantil. Essas experiências têm que ser olhadas com cuidado para que não seja dito que tarifa zero é inviável ou impossível no DF", afirma o pesquisador. Para Santarém, impostos para lanchas e taxação sobre automóvel podem ser fontes de recursos para promoção da tarifa zero.

No entanto, mesmo com as experiências passadas, Santarém ressalta que o transporte ainda não é visto como política pública e que as empresas de mobilidade do DF têm pouco interesse em adotar um novo modelo de tarifa, para calcular o custo por km rodado e não por passageiro.

As empresas de ônibus Viação Piracicabana, TCB, Viação Pioneira, Viação HP-ITA (URBI) e Viação Marechal afirmaram ao g1, por meio das assessorias, que se a proposta da tarifa zero for aprovada pela Semob, as companhias vão acatar.

No Distrito Federal, o sistema de transporte público coletivo é custeado em parte pelo GDF e em parte pela população, por meio do pagamento da passagem. Em 2022, o subsídio pago pelo governo foi de R$ 890 milhões. Já o valor de 2023, de acordo com a Semob, será reajustado "de acordo com critérios previstos em contrato".
"Ou teremos um novo aumento de tarifas ou teremos um aumento de subsídios", diz Paíque Duques Santarém.
Desde 2013, foram 9 reajustes anuais concedidos na tarifa do transporte público do DF. Confira na tabela abaixo:

Reajustes anuais concedidos em tarifas do transporte público do DF.

Mês do reajuste Valor em % do reajuste
14/09/2013 6,65%
14/09/2014 12.58%
14/09/2015 8,04%
14/09/2016 10,60%
14/09/2017 3,43%
14/09/2018 6,99%
14/09/2019 4,98%
14/09/2020 0.00%
14/09/2021 21,25%
14/09/2022 19,51%
Fonte: Secretaria de Transporte e Mobilidade do DF (Semob-DF)

Atualmente, o valor das tarifas no DF são de

R$ 2,70 (curta distância)
R$ 3,80 (média distância)
R$ 5,50 (longa distância)

De acordo com a Semob, o passageiro pode fazer até três embarques, no período de 3 horas, em um único sentido, com a integração no cartão Mobilidade, pelo valor máximo de R$ 5,50.

Em abril, foram registrados 27.765.328 acessos no sistema de transporte público do DF. Em março, foram 31.078.082.

No entanto, a Semob ressalta que o acesso não é o mesmo que a quantidade de passageiros, pois uma pessoa pode realizar mais de uma viagem por dia.

O pesquisador Paíque Duques Santarém afirma que a tarifa zero pode aumentar o número de usuários no transporte público e diminuir a utilização de carros e motos, contribuindo para a diminuição de gases poluentes.

No país, um total de 69 cidades adotaram a tarifa zero universal no sistema de transporte público. Segundo Santarém, nos últimos dez anos, houve a adesão de 59 municípios, uma média de quase seis cidades por ano.

O pesquisador ainda destaca que cerca de 3 milhões de pessoas foram atendidas.

“De forma muito sucinta, estamos em um momento que defino como um ciclo virtuoso da tarifa zero no Brasil. Passamos de menos de dez cidades com tarifa zero em 2013, para cerca de 14 cidades em 2018 para, em 2023, 69 cidades com tarifa zero no Brasil", diz Santarém.

De acordo com o mapa Cidades com Passe Livre em 2023 (veja acima), a maioria dos municípios que adotam a tarifa zero universal estão concentradas nas regiões Sudeste e Sul. O mapeamento é organizado pelo pesquisador Daniel Santini, mestrando em Planejamento Urbano e Regional na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP).

Além das pequenas e médias cidades, capitais estão testando ou estudando a implementação do sistema de tarifa zero. Além de Brasília, Cuiabá, Palmas, Florianópolis, Teresina, Porto Alegre, São Paulo e São Luís são algumas das grandes cidades interessadas, de acordo com os pesquisadores

Confira aqui a lista completa das cidades que adotaram a tarifa zero

O aumento da adesão de tarifa zero entre cidades pequenas e médias e a consideração da proposta por cidades maiores é consequência do ciclo vicioso do aumento das tarifas, que, de acordo com Paíque Duques Santarém, ocorre no Brasil desde a década de 1990 até 2013.

"O financiamento do transporte pela tarifa entrou no ciclo vicioso de aumento de tarifas. Transporte é sustentado basicamente pela tarifa paga pelo usuário, empresas aumentam a tarifa, o número de usuários do sistema cai, o transporte precariza e fica mais caro, e isso afasta passageiros, seja pela inclusão ou pela impossibilidade", afirma Santarém.

Além disso, segundo o pesquisador, nos últimos quatro anos, houve quatro fatores que motivaram o aumento das adesões à tarifa zero. São eles: custo político do aumento da tarifa do transporte, precarização e empobrecimento da população, migração para o automóvel ou moto e "uberização".

Santarém destaca que os empresários do transporte continuam ganhando dinheiro, mas diz que o setor está lucrando menos, o que fez com que muitas empresas abandonassem o serviço e outras começassem a lutar por subsídios.

" É incontornável debater tarifa zero para tratar do transporte coletivo. É uma solução racional. Temos uma dimensão social e uma economia dependente da circulação de pessoas na cidade”, diz Santarém.

O que diz a Secretaria de Transporte e Mobilidade do Distrito Federal
"A Secretaria de Transporte e Mobilidade informa que os estudos de viabilidade econômica financeira estão em andamento para posterior envio aos órgãos competentes para análise.
A Secretaria de Transporte e Mobilidade informa que o DF adota o sistema de tarifa técnica, que é um benefício para os usuários do transporte coletivo, pois impede que o custo do sistema seja pago integralmente pelo passageiro. Parte deste custo é pago pelo usuário (por meio da passagem) e o restante pelo complemento tarifário que é pago pelo governo. Assim, o preço da passagem (tarifa de ônibus e metrô) é uma decisão de política pública do GDF.

Por fim, a Semob informa que, em 2022, o subsídio pago referente à manutenção do equilíbrio econômico financeiro do sistema foi de cerca de R$ R$ 890 milhões. O valor para 2023 será de acordo com as variações das tarifas técnicas, que são periodicamente revisados e ajustados (para mais ou para menos), seguindo os critérios previstos em contrato."

Informações: G1 DF
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