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CPTM encalha em velhos problemas das ferrovias que unificou

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

O Metrô de São Paulo foi construído na mesma época que o da capital chilena, no final dos anos 1960. A diferença é que o daqui tem 78 quilômetros de trilhos e o de lá 92. Outra diferença é que a região metropolitana de Santiago do Chile, com cerca de 6,6 milhões de habitantes, tem a metade da população da capital paulista. Diariamente, em média, 4,7 milhões de pessoas passam pelas catracas das estações em São Paulo. O sistema exibe sinais de que já não dá conta da demanda e – ao que tudo indica – deve chegar ao final desta segunda década do século 21 com os mesmos 78 quilômetros.
AVENER PRADO/FOLHAPRESS
Um reforço poderia vir da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), com linhas que cortam a cidade em praticamente todas as direções e ligam ao centro da capital e entre si dezenas de cidades da Grande São Paulo. A CPTM, porém, transporta hoje 2,8 milhões de passageiros por dia, embora disponha de 260 quilômetros de trilhos. Obviamente, as condições estruturais das vias, estações e trens da companhia, por ter uma história bem mais antiga que a dos automóveis como meio de mobilidade, não foram pensadas para atingir a mesma velocidade e volume de passageiros do Metrô. Mas algumas medidas de modernização, que andam em marcha lenta demais para o ritmo da metrópole, demonstram que a malha ferroviária tem um potencial muito maior do que o oferecido.

Ao completar 23 anos, em maio, a CPTM orgulha-se de ter deixado para trás a imagem frequente de passageiros pendurados ou se equilibrando no alto das composições. Também são coisas do passado usuários sem pagar passagem, atravessando cercas esburacadas. O comércio nos vagões, em que ambulantes ofereciam doces, salgados, bebidas, cigarros, brinquedos, revistas e eletrônicos, disputando no grito a atenção dos passageiros com pedintes e pregadores religiosos, é mais controlado.

Mas faltou aos sucessivos governos, desde 1992, dar a merecida prioridade ao trem. À época, o então governador, Luiz Antônio Fleury Filho, assinou a lei que criou a CPTM ao lado do então vice e secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Aloysio Nunes Ferreira Filho, hoje senador (PSDB-SP).

“Fleury criou a CPTM para gerir concessões, uma empresa com estrutura ruim e de caráter provisório. E prometia reduzir os intervalos entre trens para três minutos. Mario Covas assumiu em 1995 e seguiu o mesmo caminho”, lembra o estudante de Planejamento Territorial na Universidade Federal do ABC (UFABC) Caio César Ortega, idealizador do Coletivo Metropolitano de Mobilidade Urbana (Commu). Duas décadas depois, o intervalo ainda é um sonho cuja realização nunca é prioridade – e tampouco o orçamento é cumprido. De 2003 a 2014, o total orçado para o setor somou R$ 8,2 bilhões, em valores atualizados, mas R$ 1,1 bilhão deixou de ser investido.

Fora dos trilhos
A atual frota da companhia tem 196 trens. Em setembro passado, o BNDES aprovou financiamento de R$ 982 milhões para a compra de mais 35, a serem fabricados pela CAF Brasil, em Hortolândia, no interior paulista. A empresa é uma das envolvidas em supostas irregularidades praticadas em contratos de obras, serviços de manutenção e fornecimento de equipamentos celebrados pelos governos tucanos.

As denúncias abrangem integrantes dos governos Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra, além de diretores de 18 empresas do setor metroferroviário, conforme revelações feitas por um executivo de uma das suspeitas, a multinacional alemã Siemens, em 2013. Na lista, inclui a francesa Alstom, a canadense Bombardier e a japonesa Mitsui. E a formação de cartel para celebração de contratos até 30% acima do valor, conforme estimativa do Ministério Público (MP) de São Paulo.

Os contratos de manutenção preventiva e corretiva com a CPTM são alvo de diversos inquéritos do MP paulista. Um deles, concluído em dezembro, examinou acordos assinados entre 2001 e 2002 para manutenção de composições com Alstom, Adtranz, CAF e Siemens – todas empresas com diversos acordos ainda em vigor com o governo de São Paulo.

No inquérito, os promotores pedem ressarcimento ao estado de R$ 418 milhões e a dissolução de dez empresas envolvidas. A matriz espanhola da CAF ficou de fora do pedido de dissolução, mas foi incluída no de ressarcimento. Na época, o promotor Marcelo Milani disse acreditar em irregularidades nos novos contratos, que poderiam ter sido evitadas se o MP tivesse levado adiante as investigações em 1997, quando as autoridades da Suíça já verificavam pagamento de propinas.

Ainda em dezembro, a Polícia Federal indiciou 33 executivos. Entre eles, um ex-presidente da CAF, Agenor Marinho Contente Filho, e um ex-presidente da CPTM, Mário Bandeira, cujo nome circula entre trabalhadores da companhia como o “cunhado de Alckmin”, além de quatro diretores. Bandeira foi defendido, elogiado e mantido no cargo pelo suposto cunhado até o final de fevereiro.

A lista inclui o ex-diretor de operações e manutenção José Luiz Lavorente, o diretor de engenharia e obras Ademir Venâncio de Araújo (que teria US$ 1,2 milhão em cinco contas na Suíça), o diretor de operações da estatal nas gestões Covas e Alckmin João Roberto Zaniboni (que teria lá US$ 826 mil), e Antonio Kanji Hoshikawa, diretor administrativo na gestão Alckmin (2003-2006).

Em abril, foi o Grupo Especial de Delitos Econômicos (Gedec), do MP paulista, que denunciou à Justiça diretores de 12 empresas por participação em esquema de contratos de fornecimento de trens e de manutenção assinados em 2007 e 2008, durante a gestão Serra. Entre eles, o executivo da CAF José Manuel Uribe e o ex-presidente da comissão de licitações da CPTM Reynaldo Rangel Dinamarco. Outras empresas com diretores denunciados foram as habituais Alstom, Bombardier e Tejofran.

A CAF tem outra ligação com a CPTM. O mesmo Agenor Marinho Contente Filho está vinculado à CTrens – Companhia de Manutenção. A empresa não mantém sequer um site para divulgar suas atividades. Porém, segundo o Sindicato dos Empregados em Empresas Ferroviárias da Zona Sorocabana (Sinfer), a CTrens faz manutenção de composições das linhas 8 e 9 em um pátio da estatal na estação Presidente Altino, em Osasco, na Grande São Paulo. “Não se sabe ao certo como é feito o trabalho de manutenção. Eles não permitem a entrada de gente do sindicato lá”, diz o diretor do Sinfer Evângelos Loucas, o Grego. A CPTM não atendeu às solicitações de entrevista.

Sucateamento
Foco dos contratos investigados, a manutenção não é o forte das linhas. A mais sucateada, a 7-Rubi, é conhecida pelos velhos trens da série 1100, fabricados nos Estados Unidos entre 1956 e 1957, além de outros com a lataria remendada e goteiras nos vagões. Em julho de 2000, uma composição com falhas nos freios atingiu outro na estação Perus. Morreram nove pessoas, e 115 ficaram feridas. Vítimas e familiares ainda lutam na Justiça por indenização. Em julho de 2012, dois trens da mesma linha se chocaram na estação Barra Funda, matando cinco pessoas e deixando 47 feridas.

Aparentemente mais moderna, a linha 8-Diamante carece de reformas em sua via. Em dezembro de 2011, dois trabalhadores experientes foram atropelados e mortos por um trem durante uma inspeção regular nos trilhos, perto da estação Barueri.

Isso aconteceu menos de uma semana depois de três outros funcionários serem mortos entre as estações Belém e Tatuapé da linha 11-Coral. Dias depois, o governador Alckmin extinguiu a 3ª Delegacia de Polícia de Investigações sobre Infrações contra o Meio Ambiente, o Meio Ambiente do Trabalho e as Relações do Trabalho. Vinculada ao Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), o órgão investigava as causas do acidente. Oficialmente, foi extinta para otimização dos recursos humanos e materiais.

Comparada ao Metrô, a linha 9-Esmeralda margeia o Rio Pinheiros, cortando bairros nobres da zona sul. Liga Osasco ao bairro do Grajaú, na zona sul. Recebeu investimentos, estações e trens novos entre 1998 e 2000, entre os quais os famosos espanhóis doados pela Renfe mediante contrato de reforma assinado por Covas, no valor de R$ 93,2 milhões, sem licitação. As panes, porém, são frequentes. Em fevereiro de 2011, um trem descarrilou próximo à estação Ceasa.

Partindo do Brás até Rio Grande da Serra, cortando São Caetano, Santo André, Mauá e Ribeirão Pires, municípios da região do ABC, a Linha 10 é outra com vagões velhos e estações malconservadas. A de Rio Grande da Serra tem passarela apoiada em uma estrutura metálica instalada emergencialmente. O telhado da única plataforma em operação tem péssimas condições, assim como os banheiros. A Linha 11-Coral, que vai do Brás à estação Estudantes, de Mogi das Cruzes, atende também o Expresso Leste, que vai da Luz a Itaquera, com menos paradas. Antes de receber trens novos para a Copa, a linha sofreu uma pane em 2008, deixando 60 mil pessoas sem transporte. Os passageiros apedrejaram o trem.

Intervalos crônicos
Autora do livro de crônicas A Viajante do Trem, Andréia Garcia, 42 anos, promove saraus na estação do Brás. Usuária da CPTM há 20 anos, ela publica toda semana em seu blog casos que só acontecem ali.

“Embora estejam mais confortáveis e com linhas novas, os trens ainda são superlotados. É preciso diminuir o intervalo, mas isso depende de mais trens e menos falhas”, diz. “Há várias linhas que não se concretizam como prometido, o que é sério. Isso dá a entender que, por ser investimento público, as verbas escorrem, como não deveriam, causando os atrasos que todos vemos a cada dia.”

Reforçando a queixa de seu colega Grego, do Sinfer, o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil, Leonildo Bittencourt Canabrava, cobra investimentos na manutenção da frota, das vias, da sinalização, da comunicação e do fornecimento de energia. “Os trens saem a cada cinco minutos, mas com a redução de velocidade e paradas entre as estações esse intervalo muda no trajeto. Do jeito que estão as vias, não há hoje como diminuir os intervalos”, afirma Canabrava.

Segundo ele, os maquinistas relatam os problemas que afetam as viagens. As soluções chegam a demorar três, quatro meses. Nas condições atuais, cinco trabalhadores levam uma hora para trocar um dormente, e os trens ficam sem circular por cerca de duas horas, no início da madrugada. Por isso, a curto prazo, é necessário contratar trabalhadores e investir em equipamentos mais modernos. E a médio prazo, tirar do papel o ferroanel, para que os trens de carga, lentos e pesados, deixem de usar as linhas dos trens de passageiros.

A companhia lucrou R$ 123,3 milhões em 2014, apesar de cortes. E informa em seus relatórios que moderniza os sistemas de energia, construindo e reformando subestações e cabines seccionadoras em praticamente todas as linhas; que revitaliza a faixa ferroviária em toda a rede, essencial para a conservação das vias; e que implementa os chamados sistemas de sinalização e de comunicação entre trens, centro operacional e estações. Porém, no final de fevereiro, suspendeu, por tempo indeterminado, diversos contratos.

Segundo o próprio governo paulista, foram suspensos 38 dos 252 contratos da estatal em obediência ao Decreto 61.061, assinado por Alckmin em janeiro sob alegação de equilibrar as despesas. As responsabilidades de falhas são lançadas sobre trabalhadores. Descarrilamentos e acidentes geralmente sobram para o maquinista.

São profissionais que estudam na própria CPTM para operar seus trens durante oito horas por dia, sem horário de almoço, fazendo refeições fracionadas a cada troca de composição na estação terminal – pouquíssimos deles almoçam, mas só porque conquistaram esse direito na Justiça. Entram a cada dia em horário e locais diferentes. Têm de estar atentos à sinalização e a qualquer nova trepidação na via e se antecipar a falhas na comunicação, muito frequentes. É quando é apertado o botão “prosseguir em velocidade reduzida” ou o trem é parado. “Toda atenção é pouca. Se avançar a sinalização, o trem sair do trilho ou bater no da frente, na melhor das hipóteses estamos na rua”, afirma Canabrava.

Conforme os sindicatos, falta manutenção também nas estações. Das 96, só 30% estão no padrão. Na Brás Cubas, há uma diferença de 30 centímetros entre o piso da plataforma e a porta do trem. A CPTM fala em construção, reforma e adaptação de estações, destacando a de Franco da Rocha, entregue ano passado, e obras nas de Suzano e Ferraz de Vasconcelos.

Porém, a estação de Francisco Morato, que já foi paga, não passa de um sonho da população. Licitada em 2009 e prometida para março de 2011, só deverá ficar pronta no final de 2017. O consórcio vencedor, Consbem/Tiisa/Serveng, cobrou

R$ 65,5 milhões para construir esta e a estação de Franco da Rocha, que já entregou. A CPTM pagou R$ 63,5 milhões. A estação provisória, desde 2010, tem plataformas estreitas. Para acessá-las, os usuários são obrigados a atravessar sobre os trilhos. O portão de saída não dá vazão principalmente no horário de pico. Não há acessibilidade para idosos e pessoas com mobilidade reduzida.

Daniele Almeida, estudante: só justificativas para sem fim
“A justificativa é que a estação fica numa área de aterramento, instável, que alaga e requer obras da prefeitura, como um piscinão. E que há briga na Justiça com o consórcio que perdeu a licitação”, conta a estudante de Jornalismo Daniele Almeida, 21 anos, moradora de Franco da Rocha.

Também integrante do Coletivo Metropolitano de Mobilidade Urbana, ela participou de reunião em junho com o presidente da CPTM, Paulo de Magalhães Bento Gonçalves. Daniele já chegou a ficar dentro de um trem lotado por mais de duas horas, no escuro, com as portas fechadas, entre as estações Pirituba e Piqueri. “Havia mulheres grávidas, pessoas passando mal. Só depois de uma hora e meia fomos informados de que faltou energia.”

O estudante da UFABC Caio Ortega afirma que a CPTM é “controlada por pessoas que não conhecem a empresa e tampouco sabem o que farão para reduzir a humilhação diária à qual o passageiro é submetido nos horários de pico”. Para ele, há dez anos o governo estadual subestimou a demanda dos subúrbios, para então se espelhar excessivamente no Metrô. “Ignorou as longas distâncias, negligenciou regiões que giram em torno de cidades como Jundiaí, Campinas, Santos e São José dos Campos, agravando a pressão sobre as rodovias e enfraquecendo o papel da ferrovia como serviço de metrô urbano e regional.”

A solução do problema, avalia o estudante, depende de reforma administrativa que afaste a CPTM do antigo sistema ferroviário e se volte para o cenário atual. E que constitua um plano de desenvolvimento apoiado nos trilhos, envolva as prefeituras e estimule planos diretores abrangentes. “O governo precisa ser menos preguiçoso, ouvir consultores, pesquisadores, a população, e acabar com os contratos e seus aditivos intermináveis que assina com as grandes empreiteiras que financiam sua campanha.”

Tabela mapa trens

Linha 7 –Rubi: Inaugurada em 1867, passou à E. F. Santos a Jundiaí e à Rede Ferroviária Federal. Trens velhos superlotados, problemas de sinalização e fornecimento de energia.

Linha 8 –Diamante: Criada em 1875 como Companhia Sorocabana, foi estatizada em 1919 e em 1971 tornou-se Fepasa. Carece de reformas. A manutenção dos trens piorou com terceirização desses serviços.

Linha 9 – Esmeralda: Entre 1998 e 2000 ganhou estações e trens novos. Superlotada, a linha mais bonita carece de subestação elétrica e tem gargalos nas integrações Pinheiros e Largo 13.

Linha 10 –Turquesa: Com a mesma origem da Linha 7, tem trens antigos, superlotados, panes elétricas e de sinalização. Como nas demais linhas, os trilhos irregulares precisam de reforma.

Linha 11 – Coral: Criada em 1875 para ligar São Paulo e Rio, tornou-se E.F Central do Brasil em 1889. Superlotada, necessita de novas estações e de sistemas de controle e sinalização.

Linha 12 – Safira: Construída em 1932 pela Central do Brasil, tem estações antigas, em péssimo estado de conservação, composições superlotadas e problemas elétricos e na sinalização.

Expresso Leste: Complementar à linha 11 Coral, para somente nas estações Brás, Tatuapé e Guaianases. Seus trens são os mais lotados de toda a rede.

Prejuízos generalizados

Dinheiro federal - Somente em aval para empréstimo até o momento, o governo federal já concedeu R$ 22 bilhões para o estado, junto ao BNDES, Banco do Brasil, Caixa Econômica e instituições multilaterais de fomento, como Banco Mundial, JBIC, BID, entre outros, para obras metroferroviárias.
Do PAC Mobilidade Urbana, o estado e as cidades paulistas ganharam R$ 4,5 bilhões a fundo perdido do Orçamento Geral da União. Serão R$ 400 milhões para a Linha 18–Bronze, monotrilho que ligará a cidade de São Paulo a São Bernardo do Campo, passando por Santo André e São Caetano.
Também serão repassados, a fundo perdido, R$ 1,3 bilhão do Orçamento da União para três projetos: a construção da Linha 13–Jade, duas novas estações na linha 9 e a reforma de 18 estações. A lista de obras é longa:

Atrasos – Os usuários deverão continuar se apertando por muito mais tempo. As razões dos atrasos vão de obras paralisadas pelo Tribunal de Contas por irregularidades em editais, em licitações e em contratos, a falta de recursos.

Extensão Linha 9 até Varginha – Orçada em R$ 727 milhões, a obra que inclui a estação Mendes foi prometida para 2014. Ainda em fase de desapropriação dos terrenos, tem novo cronograma para 2016, com recursos do PAC.

Linha 13-Jade – Ligação de São Paulo ao aeroporto de Guarulhos, com 12,2 quilômetros de extensão, ao custo de R$ 1,8 bilhão, deverá transportar 130 mil passageiros por ano. Prometida para 2014, não deve sair antes do final de 2017. Alckmin alega que faltam repasses federais, mas o projeto original não previa recursos da União.

Modernização de estações – Em 2007, o então governador José Serra (PSDB) prometeu modernizar 63 estações ao custo de R$ 2,5 bilhões no prazo de quatro anos. O prazo terminou em 2011, mas apenas 15 estações (23% do prometido) foram modernizadas.

Trens regionais – São Paulo a Sorocaba – Anunciado em 2013 e previsto para funcionar em 2017, não tem data para sair do papel. O projeto prevê investimento de R$ 4 bilhões, com a construção de trilhos e estações em Sorocaba e São Roque. 

Trem Intercidades – Litoral-Interior – Em dezembro de 2013, sem detalhar o projeto, Alckmin anunciou um trem ligando São Paulo, Santos, Jundiaí, Sorocaba, Campibnas e São José dos Campos. A primeira etapa começaria por Campinas. A ideia está parada no Conselho Gestor das Parcerias Público-Privadas.

por Cida de Oliveira
Informações: Rede Brasil Atual

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São Paulo: Número de passageiros nos trens da CPTM cresce 73% em cinco anos

sábado, 31 de março de 2012

O total de passageiros nas estações da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) cresceu 73% em cinco anos, segundo dados da empresa enviados ao G1. Foram 117,1 milhões de passageiros nos dois primeiros meses de 2012, contra 67,8 milhões transportados no mesmo período de 2007. A quantidade de viagens neste ano equivale a cerca de 3 mil vezes a capacidade do Estádio do Pacaembu, na Zona Oeste de São Paulo.
Foto: Blog Diário da CPTM

O Ministério Público informou que investiga falhas no serviço e especialistas ouvidos pelo G1 apontam que há superlotação e necessidade de mais investimento. O secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, anunciou obras de modernização no trecho afetado e afirmou que a inauguração da Linha 4 do Metrô e a consequente integração com os trens trouxe um "tsunami" de passageiros ao sistema.

Evolução da demanda
O número de 117,1 milhões considera a somatória de todos os passageiros transportados ao longo de janeiro e fevereiro deste ano.

Dados da CPTM relativos ao período entre 2006 e 2011 refletem também aumento se forem consideradas apenas o total de viagens em dias úteis. O total de usuários cresceu quase um milhão: passou de 1,4 milhão de pessoas em 2006 para 2,3 milhões em 2011.

Para o engenheiro Sérgio Ejzenberg, especialista em transportes, os dados refletem a superlotação das linhas. "Há sobrecarga de usuários, uma demanda enorme. O sistema [de trens] não está dando conta", diz.

Para Ejzenberg, as falhas ocorridas na Linha 7-Rubi nesta quinta não são pontuais - elas fazem parte de um problema maior, que desde o início do ano afeta os usuários da CPTM. "Talvez [a empresa] não estivesse esperando tanta demanda. Houve um erro de planejamento, de engenharia ou de orçamento", pondera o engenheiro. Uma falha ocorreu nos trens da CPTM a cada quatro dias nos três primeiros meses de 2012, segundo levantamento da TV Globo. No total, 22 problemas foram registrados.

Problemas como a pane no sistema elétrico dos trens da Linha 7-Rubi, que paralisaram os trens e causaram tumulto, afetam mais gente do que só os passageiros, afirma Ejzenberg. "O custo social é enorme. Há pessoas que não chegam no trabalho, professores que deixam de dar aula, estudantes que faltam", diz.

A hipótese mais provável para a série de panes, diz Ejzenberg, é que tenha havido "atração" de público para o sistema de trens da CPTM sem que tenha ocorrido preparação da rede para receber tantos passageiros.

O G1 solicitou à CPTM e à Secretaria de Transportes Metropolitanos um balanço da verba investida no sistema, mas não obteve retorno até a publicação da reportagem.

O Ministério Público abriu inquérito no início deste ano para investigar as panes sucessivas ocorridas nos trens da CPTM. Segundo o promotor Maurício Antônio Lopes, é necessário saber se houve redução no orçamento aplicado na rede ferroviária. Ele se reuniu com diretores da empresa na quinta-feira (29) e pediu uma compensação com relação à pane ocorrida na Linha 9-Rubi.

No limite
O secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, admite que "a rede aérea [de trens] está no limite", mas nega que esteja havendo caos. "A demanda reprimida é muito grande. Pagamos o preço do nosso sucesso", disse ele, em entrevista coletiva nesta quinta-feira.

A secretaria relata estar trocando os sistemas de alimentação de energia das estações da CPTM. Serão construídas novas substações de energia em todas as linhas, ainda de acordo com a pasta. Com relação ao problema na Linha 7-Rubi, o secretário considerou que, se as pessoas não tivessem saído do trem, na quinta, a pane elétrica seria resolvida rapidamente. A falha começou às 7h e estava restrita ao trecho entre as estações Barra Funda e Luz, ainda de acordo com Fernandes.

O secretário avalia que o problema da superlotação da CPTM está vinculado ao aumento da integração com o Metrô, em especial a Linha 4-Amarela. "Foi um tsunami. A CPTM está tendo que se desdobrar para lidar com esse tsunami [de usuários] que aconteceu", disse.

Outros fatores
Para Jaime Waisman, professor de engenharia de transportes da Universidade de São Paulo (USP), três fatores levaram ao boom de passageiros na CPTM e no Metrô: a integração com o Bilhete Único, que permite pagar tarifa mais barata pelo transporte, o congestionamento nas ruas de São Paulo e o bom momento econômico.


"Como isso repercute: há uma queda notável no nível de conforto para os passageiros. Os trens deixam de estar lotados nas horas-pico e ficam lotados praticamente o dia todo", diz o professor. Ele ressalta que a tendência de crescimento é inevitável, mesmo nos próximos anos. "As pessoas estão dispostas a deixar o carro e ir de trem e Metrô porque é mais rápido e barato. As vantagens do sistema trabalham contra ele", afirma.

Apesar de ser inevitável que mais gente use esse tipo de transporte, Waisman prevê um crescimento em ritmo mais lento nos próximos anos. "O grande pulo se deveu ao Bilhete Único. Eu diria que a tendência é de uns 20% de crescimento ao ano, até 2015", disse.

Na análise individual das linhas da CPTM, a 9-Esmeralda foi a que mais cresceu nos últimos anos. O número de passageiros mais do que triplicou, comparando os dois primeiros meses de 2007 com o mesmo período de 2012. Há cinco anos, havia apenas 5 milhões de usuários, número que chegou a 20,8 milhões só neste ano. A Linha 9 ficará fechada em trechos até maio, sempre aos domingos, para obras de modernização que devem custar R$ 307 milhões.

O excesso de passageiros é um dos grandes fatores de desgaste dos trens da CPTM e do Metrô, diz Waisman. "Mais lotação implica em mais gente segurando as portas, deixando coisas caírem nos trilhos, provocando algum acidente, o que prejudica a operação."

Investimento
A bancada do PT na Assembleia Legislativa protocolou na quinta representação junto ao Ministério Público Estadual em que pede a abertura de inquérito para apurar supostas irregularidades na prestação do serviço da CPTM e as responsabilidades dos gestores públicos nos acidentes e panes ocorridas. A representação requer, também, que seja apurada se há falta de investimento.

O PT diz ter documentos enviados pela CPTM à Assembleia Legislativa que provam diferença de R$ 700 milhões entre o que a CPTM reivindicou e o que foi efetivamente aprovado no orçamento da companhia em 2012: de R$ 1,75 bilhão para R$ 1,05 bilhão. Para a linha 7, a CPTM teria apontado a necessidade de R$ 284 milhões e o valor definido pelo governo foi de R$ 101 milhões, ou seja corte de R$ 183 milhões, que significa redução de 64% do orçamento no investimentos na linha.

Fonte: VNews

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Metrô e CPTM decidem amanhã se começam greve no dia 27

terça-feira, 19 de maio de 2015

A noite de quarta-feira será decisiva para os quase oito milhões de passageiros que dependem do metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) para se locomover em São Paulo e na região metropolitana. A partir das 18h, trabalhadores das duas empresas decidem, em suas respectivas assembleias, se começam ou não, no próximo dia 27, uma greve por tempo indeterminado. A última paralisação, realizada em junho do ano passado, durou cinco dias e comprometeu parcialmente os serviços do Metrô.

Os trabalhadores do sistema metroviário se reúnem a partir das 18h30 na quadra do sindicato, no Tatuapé, onde votará o indicativo de greve. Não houve acordo entre os trabalhadores e a Companhia do Metropolitano de São Paulo em três rodadas de negociação. A categoria pede a reintegração de 37 trabalhadores demitidos na greve do ano passado – ao todo, foram 42 demissões, mas cinco acabaram reintegrados ao serviço –, o pagamento de reajuste de 8,24% e de ganho real de 9,49%, mas afirma que o Metrô ofereceu 7,21% de reajuste. Os metroviários também pedem reajuste de 10,08% para os vales refeição e alimentação, diante de 7,21% que o Metrô propôs reajustar para os benefícios.

“Nossa expectativa é que o Metrô abra negociação, do contrário, a assembleia pode definir que marquemos greve junto com os trabalhadores da CPTM”, disse o secretário-geral do sindicato, Alex Fernandes. Sobre as demissões do ano passado, o dirigente admitiu que elas têm efeito intimidatório para uma nova greve, mas não apenas isso. “A reivindicação estimula as pessoas a pararem também, porque elas sabem que se trata de uma demissão covarde – tanto que há ordem de 15 de abril deste ano, da Justiça do Trabalho, para que sejam feitas essas reintegrações, mas o Metrô ainda não a cumpriu”, completou.

Pela CPTM, os três sindicatos que representam a categoria – Sindicato dos Ferroviários de São Paulo, Sindicato dos Ferroviários da Zona de Sorocabana e Sindicato dos Ferroviários da Central do Brasil – votaram já no último dia 8 o indicativo de greve. De acordo com as entidades sindicais, também a CPTM propôs índice de reajuste abaixo da inflação e nada de ganho real. A empresa propôs 6,65% e a renovação do Programa de Participação nos Resultados (PPR).

“Ainda tentamos negociar, mas este ano está uma situação atípica: não marcaram reunião, vieram com uma proposta, negamos, dia 7 deste mês, e desde então a CPTM não deu mais sinal. Pelo INPC, deveríamos ter pelo menos 7,9% de reajuste, fora os 10% de aumento real que pedimos. A crise financeira é grande para todo mundo, e o índice de inflação não satisfaz as necessidades do trabalhador – e olha que nem ganhamos ainda a equiparação salarial com os trabalhadores do Metrô, apesar de o serviço ser o mesmo”, destacou o secretário de Comunicação da Central do Brasil, Lourival Pereira Santos Junior. A Central faz as linhas 11-Coral da companhia, entre a estação da Luz e Mogi das Cruzes, além da linha 12-Safira, entre o Brás e Calmon Viana.

Metrô e CPTM negam falta de negociação

Em nota, tanto o Metrô quando a CPTM negaram que não tenham tentado negociar com os trabalhadores.

“O Metrô e o Sindicato dos Metroviários ainda estão no processo de negociação do acordo coletivo de trabalho. A questão das demissões encontra-se no âmbito da justiça e o índice de reajuste (IPC-FIPE) oferecido acompanha o que vem sendo praticado por empresas públicas e privadas”, informou o Metrô, em nota.

Já a CPTM destacou que, “na última reunião com os sindicatos que representam a categoria ferroviária, realizada no dia 7, a CPTM apresentou proposta para as cláusulas econômicas de reajuste de 6,65%, o que corresponde ao índice de inflação do período (base março), calculada pelo IPC/FIPE. As negociações se mantêm abertas”.

Por Janaina Garcia
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São Paulo: Ferroviários podem decretar greve por tempo indeterminado hoje

terça-feira, 31 de maio de 2011

Em estado de greve desde a semana passada, os ferroviários de São Paulo podem decidir em assembleia nesta terça-feira (31) iniciar a paralisação a partir do dia seguinte. Os sindicatos ainda aguardam proposta da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) que atenda às reivindicações. O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) transferiu para terça, às 12h, a audiência de conciliação que seria realizada nesta segunda (30). A assembleia está marcada para as 18h.
O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de São Paulo, em conjunto com o Sindicato dos Ferroviários da Sorocabana e Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo, ainda busca um acordo com a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), vinculada à Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos.
Entre os itens da pauta de reivindicações, estão reposição salarial com base no período de janeiro de 2010 a fevereiro deste ano, pelo maior índice (entre INPC-IBGE, IPC-Fipe e ICV-Dieese), aumento real de 5% e mudanças no plano de cargos e salários. A data-base é 1º de março. De acordo com o sindicato, a empresa propôs reajuste de 2,75%.
O presidente do sindicato, Eluiz Alves de Matos, descartou a possibilidade de operação-padrão caso a greve seja mesmo decretada. "Vamos parar todos os trens se não existir acordo, nenhum ferroviário deve ir trabalhar", afirmou.
Em nota, a companhia destaca acordo sobre benefícios, como seguro de vida, cesta básica, plano de saúde e odontológico e adicional de férias . "A CPTM reafirma seu interesse no fechamento do acordo e confia que as negociações se encerrem de forma positiva para os empregados, para a Companhia e para a sociedade."
Diariamente, cerca de 2,4 milhões de pessoas passam pelas linhas da CPTM.

Metrô

Os funcionários da Companhia do Metropolitano (Metrô) também farão assembleia na terça à noite, para decidir se entram ou não em greve a partir do dia seguinte. Eles rejeitaram proposta de reajuste de 6,39% feita pela empresa. A empresa estatal também é vinculada à Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos.
Os metroviários também realizam assembleia nesta terça-feira (31), com possibilidade de deflagrar greve a partir desta quarta. Os usuários do Metrô chegam a 3,7 milhões por dia.



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Em SP, Obras de modernização alteram circulação dos trens

quinta-feira, 12 de março de 2015

Neste fim de semana, 14 e 15 de março, a CPTM [Companhia Paulista de Trens Metropolitanos] prosseguirá com as obras de modernização em suas linhas. Por isso, os trens circularão com maiores intervalos em trechos e horários específicos. Confira a programação e antecipe sua viagem: 

Linha 7-Rubi [Luz - Francisco Morato - Jundiaí]

Sábado: das 22h até o fim da operação comercial, haverá intervenções no sistema de rede aérea no trecho entre as estações Palmeiras-Barra Funda e Água Branca. O intervalo médio será de 15 minutos em toda a linha.

Domingo: das 4h até meia-noite, a circulação ficará interrompida entre as estações Palmeiras-Barra Funda e Perus. Para atender aos usuários, serão disponibilizados ônibus de conexão com paradas intermediárias para embarque e desembarque na Estação Pirituba. 

O intervalo médio no trecho entre Luz e Palmeiras-Barra Funda será de 21 minutos, e de 30 minutos entre as estações Perus e Jundiaí. 

As senhas para utilização dos ônibus de conexão deverão ser retiradas nas estações. 

Linha 8-Diamante [Júlio Prestes - Itapevi - Amador Bueno]

Domingo: das 9h às 19h, serão realizados serviços nos equipamentos de via permanente entre as estações General Miguel Costa e Carapicuíba, e entre Santa Terezinha e Antônio João. O intervalo médio será de 16 minutos em toda a linha.

Linha 9-Esmeralda [Osasco - Grajaú]

Sábado: das 23h até o fim da operação comercial, os trabalhos estarão concentrados nos equipamentos de sinalização entre as estações Hebraica-Rebouças e Cidade Jardim. O intervalo médio será de 18 minutos em toda a linha.

Linha 10-Turquesa [Brás - Rio Grande da Serra]

Domingo: das 8h às 16h, haverá intervenções nos equipamentos de via permanente entre as estações Mauá e Ribeirão Pires. O intervalo médio será de 30 minutos entre as estações Mauá e Rio Grande da Serra.

Linha 11-Coral/ Expresso Leste [Luz - Guaianases]

Domingo: das 4h até meia-noite, o intervalo médio será de 15 minutos em toda a linha, em razão dos serviços realizados na extensão Guaianazes e Estudantes.

Linha 11-Coral/ Extensão [Guaianases - Estudantes]

Domingo: das 4h até meia-noite, serão realizados serviços nos equipamentos de via permanente e de infraestrutura na Estação Ferraz de Vasconcelos. O intervalo médio será de 22 minutos entre Guaianases e Estudantes.

Linha 12-Safira [Brás - Calmon Viana]

Sábado: das 21h até o fim da operação comercial, ocorrerão intervenções nos equipamentos de via permanente entre as estações Comendador Ermelino e USP Leste. O intervalo médio será de 25 minutos em toda a linha. 

Domingo: das 4h até meia-noite, os serviços estarão concentrados no sistema de rede aérea entre as estações Itaim Paulista e Engº Manoel Feio. O intervalo médio será de 20 minutos entre Brás e Itaim Paulista, e de 30 minutos entre as estações Itaim Paulista e Calmon Viana. 

Desafio: a CPTM ressalta que executar as obras de modernização, mantendo simultaneamente o atendimento aos usuários, é um grande desafio. As ações exigem medidas como promover intervenções em horários de menor movimentação de passageiros aos finais de semana, feriados e madrugadas.

Em caso de dúvidas ou informações complementares, a CPTM coloca à disposição o Serviço de Atendimento ao Usuário: 0800 055 0121.

Informações: CPTM

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Com fim da greve, trens da CPTM voltam a circular nesta quinta

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Os ferroviários da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) encerraram a greve da categoria na noite desta quinta-feira (13) após assembleia dos funcionários, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Sorocabana.
Foto: Diário da CPTM
A categoria deve voltar a trabalhar ainda nesta noite, mas não há previsão para o horário de retorno ao funcionamento. As Linhas 11- Coral e 12-Safira continuavam paralisadas no início da noite. A Linha 9-Esmeralda, que também estava parada, voltou a funcionar no trecho entre as estações Grajaú e Pinheiros por volta das 17h40 desta quinta-feira (13).


De acordo com o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região, a greve foi julgada não abusiva, com determinação de retorno imediato de 100% da categoria, sob pena de multa diária de R$ 200 mil. Houve um aumento da multa, que antes era de R$ 100 mil reais. Na próxima quarta-feira (19) haverá uma segunda reunião do julgamento do dissídio coletivo, também no TRT.

Nas linhas paralisadas, funcionava o Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência (Paese), com ônibus percorrendo os trechos entre as estações paralisadas. A estação Júlio Prestes da Linha 8-Diamante também estava fora de funcionamento no horário.

Encerramento
A greve que afeta quatro linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) será encerrada nesta quinta-feira (13), segundo Everson Craveiro, representante do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de Transporte de Passageiros da Zona Sorocabana.

Funcionários e representantes do sindicato dos ferroviários se reuniram em frente à Estação da Luz, na região central de São Paulo, nesta tarde para avaliar o movimento. O grupo anunciou que a greve será encerrada após julgamento do movimento no Tribunal Regional do Trabalho (TRT).

"Vamos terminar a greve comemorando ou decidindo nosso próximo passo", disse. Segundo ele, a paralisação será encerrada independentemente da decisão da Justiça. A sessão do tribunal ocorre às 17h no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), na Rua da Consolação.

"Os trens voltam a funcionar tão logo a gente saia do tribunal e chegue aos locais de trabalho", disse. "Vamos voltar a trabalhar porque não tem mais o que fazer na greve. (...) O ferroviário é pacífico e tem comando", afirmou.

O grupo, até o fim da assembleia, por volta das 15h30, não havia chegado a um acordo com a CPTM em relação a três principais pontos: vale-alimentação, planos de cargo, carreira e salário e adicional de risco de vida.

Durante assembleia, representantes de outras entidades e sindicatos deram apoio à causa dos ferroviários. Altino de Melo Prazeres Júnior, presidente do sindicato dos metroviários, foi um deles. "A causa é uma só!", afirmou.
Ao fim da assembleia, os manifestantes se dirigiram em passeata até o TRT, com o pedido de Craveiro de que a marcha seja feita de "forma organizada" e "sem baderna".
Segundo a assessoria do TRT, no fim da tarde os magistrados irão julgar se a greve é ou não abusiva. Na quarta, durante audiência no TRT, representantes da CPTM e do sindicato dos ferroviários não chegaram a acordo.

Paralisação
A paralisação dos ferroviários interrompe completamente as linhas 9-Esmeralda, 11- Coral e 12-Safira. A linha 8-Diamante, que funcionava normalmente, agora circulará apenas entre as estações Itapevi e Barra Funda.

A greve dos funcionários da CPTM começou à 0h desta quinta-feira, após assembleia realizada na noite desta quarta-feira (12). Em nota, a CPTM afirmou que considera irresponsável a decisão dos sindicatos que representam os empregados das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda 11-Coral e 12-Safira de paralisar a prestação dos serviços.

A companhia divulgou nota dizendo que considera irresponsável a decisão do Sindicato dos Trabalhadores da Zona Sorocabana, representante dos empregados das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda e do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central, que representa os empregados das linhas 11-Coral e 12-Safira de paralisar a prestação dos serviços.

Diretor do Sindicato Central do Brasil, Lourival Júnior afirma que a categoria está em campanha salarial desde março e esgotaram-se as tentativas de conciliação na Justiça do Trabalho. "A gente ainda aguarda uma proposta digna", afirmou. O sindicato exige reajuste de 6,77% para reposição da inflação medida pelo INPC, do IBGE, e mais 5% a título de produtividade.

Segundo a CPTM, na reunião de conciliação realizada nesta terça-feira (12), no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) a CPTM apresentou nova proposta garantindo 8,56% de  reajuste salarial, que repõe a inflação do período, considerando o IPC-FIPE de 5,91%, e garante aumento real de 2,5%. 

Além disso, também foi oferecido aumento de 20% no vale-refeição, que passaria de 22 para 24 cotas de R$ 23 por dia, totalizando R$ 552 ao mês. A empresa diz também que ofereceu a substituição da cesta básica por vale-alimentação, valor de referência ampliado de R$ 76,86 para R$ 100 e benefício optativo de adiantar 50% do 13º salário em janeiro.

O Sindicato dos Engenheiros Ferroviários em São Paulo e o Sindicato dos Ferroviárias de São Paulo chegaram a um acordo com a CPTM em relação à campanha salarial e aceitaram o reajuste salarial de 6,97% e a implantação de plano de cargos, carreiras e salários com adequações salariais.

Informações: G1 São Paulo

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Obras de modernização alteram a circulação dos trens da CPTM neste feriado

quinta-feira, 4 de junho de 2015

​Neste fim de semana prolongado, por conta do feriado de Corpus Christi (04/06), a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) intensificará as obras de modernização e manutenção preventiva em suas linhas. Por isso, os trens circularão com maiores intervalos em trechos e horários específicos. Confira a programação e antecipe sua viagem: 

Linha 7-Rubi (Luz – Francisco Morato)

Domingo: das 4h às 11h30, a circulação de trens ficará interrompida entre as estações Pirituba e Perus. Para atender aos usuários, serão disponibilizados ônibus de conexão, As senhas para utilização dos coletivos deverão ser retiradas nas estações.  O intervalo médio será de 15 minutos entre as estações Luz e Pirituba e 21 minutos entre Perus e Jundiaí. 

Linha 9-Esmeralda (Osasco – Grajaú)

Quarta-feira: das 23h à meia-noite, os serviços ocorrerão no sistema de rede aérea entre as estações Cidade Universitária e Pinheiros. O intervalo médio será de 20 minutos em toda a linha. 

Quinta-feira: das 23h à meia-noite, os serviços ocorrerão no sistema de rede aérea na região da Estação Cidade Universitária. O intervalo médio será de 20 minutos em toda a linha.
Sexta-feira: das 23h à meia-noite, os trabalhos estarão concentrados no sistema de rede aérea entre Vila Olímpia e Berrini. O intervalo médio será de 20 minutos em toda a linha. 

Domingo: das 9h às 19h, a circulação ficará interrompida entre as estações Presidente Altino e Osasco, em razão de manutenção preventiva na via permanente na região da Estação Osasco. Para completar a viagem, usuário deve utilizar os trens da Linha 8-Diamante.

Linha 10-Turquesa (Brás – Rio Grande da Serra)

Domingo: das 8h às 17h, serão realizados serviços nos equipamentos de via permanente entre as estações Guapituba e Rio Grande da Serra. O intervalo médio será de 10 minutos entre as estações Brás e Mauá e 30 minutos entre Mauá e Rio Grande da Serra. 

Linha 11-Coral/Expresso Leste (Luz – Guaianases)

Quinta-feira: das 8h às 20h, haverá intervenções nos equipamentos de via permanente entre as estações Corinthians-Itaquera e Guaianases. O intervalo médio será de 30 minutos entre as estações Luz e Guaianases. 

Domingo: das 4h às 17h, as intervenções nos equipamentos de via permanente ocorrerão entre Luz e Guaianases O intervalo médio será de 20 minutos entre as estações Luz e Guaianases

Linha 11-Coral/ Extensão (Guaianases – Estudantes)

Quinta-feira: das 4h à meia-noite, haverá obras de infraestrutura da nova Estação Suzano. O intervalo médio será de 35 minutos entre as estações Guaianases e Estudantes. 

Domingo: das 4h às 17h30, a circulação de trens ficará interrompida entre as estações Guaianases e Jundiapeba. Para atender aos usuários serão disponibilizados ônibus de conexão com paradas intermediárias para embarque e desembarque nas estações Antônio Gianetti Neto, Calmon Viana e Suzano. 

As senhas para utilização dos coletivos deverão ser retiradas nas estações. O intervalo médio será de 15 minutos entre as estações Jundiapeba e Estudantes. 

Linha 12-Safira (Brás – Calmon Viana)

Quinta-feira: das 4h à meia-noite, serão realizados serviços no sistema de rede aérea entre as estações Itaquaquecetuba e Calmon Viana. O intervalo médio será de 20 minutos no trecho entre Itaquaquecetuba e Calmon Viana. 

Domingo: das 4h à meia-noite, os trabalhos no sistema de rede aérea serão retomados entre as estações Itaquaquecetuba e Calmon Viana. O intervalo médio será de 20 minutos no trecho entre Itaquaquecetuba e Calmon Viana. 

Desafio: a CPTM ressalta que executar as obras de modernização, mantendo simultaneamente o atendimento aos usuários, é um grande desafio. As ações exigem medidas como promover intervenções em horários de menor movimentação de passageiros aos finais de semana, feriados e madrugadas.

Em caso de dúvidas ou informações complementares, a CPTM coloca à disposição o Serviço de Atendimento ao Usuário: 0800 055 0121.

Informações: CPTM

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