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Em BH, BRT Move com veículos de 18 metros aumenta responsabilidade sobre motoristas

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

O acidente envolvendo o ônibus articulado da linha 82 acende o alerta para a alta carga de estresse à qual os motoristas do transporte rápido por ônibus (BRT) de Belo Horizonte estão sujeitos. A maior responsabilidade ao volante começa pela direção de um ônibus articulado com mais de 18 metros de comprimento – média de cinco metros a mais que um coletivo convencional – e passa pela habilidade em guiá-lo entre carros e motos em vias de trânsito misto, como as da região hospitalar, local do acidente na manhã de ontem.

Desde que as primeiras linhas do Move entraram em operação, em 8 de março, ao menos cinco colisões envolvendo coletivos do novo sistema foram registradas fora das pistas exclusivas dos corredores Cristiano Machado e Antônio Carlos, na região do hipercentro. A jornada de trabalho da categoria é de seis horas e 20 minutos por dia, com uma hora de intervalo para alimentação ou repouso, o que na prática representa uma escala de trabalho de seis viagens diárias. 

Como forma de compensação, os quatro consórcios operadores do transporte coletivo da capital oferecem ao motoristas dos ônibus padrons e articulados Move um adicional de 15%, de cerca de R$ 1.700. Todos devem ter habilitação na categoria E, enquanto os demais condutores usam a carteira D. BHTrans e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH) afirmam realizar treinamentos e exames de saúde anuais, a fim de checar a aptidão dos operadores.

Porém, o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Belo Horizonte e Região Metropolitana (STTR-BH) denuncia que muitos motoristas não apresentam atestados médicos às empresas quando doentes, por receio de repreensão. Um dos diretores do sindicato, Carlos Henrique Marques, afirma que muitas vezes o trabalhador prefere trabalhar passando mal a procurar um médico. “Muitos acreditam que não é nada grave, mas uma dor de cabeça pode ocasionar um problema maior”, denuncia. Marques acredita ainda que a frequência do exame de saúde – realizado uma vez ao ano – é insuficiente. A principal queixa dos representantes da categoria tem relação com a rotina diária atrás do volante. De acordo com a entidade, 10% da categoria está afastada do trabalho por problemas de saúde – a maioria com sintomas de depressão e problemas na coluna (30%). 

SEM PADRÃO
Quem encara o desafio diário de dirigir um articulado no cada vez mais complicado trânsito de BH, alerta ainda para ausência de um treinamento padronizado entre as 39 empresas de ônibus do sistema e de um programa periódico específico para o aperfeiçoamento de práticas na condução da frota, o que inclui os 428 novos ônibus do Move. 

A validade dos treinamentos, segundo um instrutor de uma operadora de ônibus da capital, varia de empresa para empresa. “Cada uma faz de um jeito. Tem empresas que dão treinamento bons. Na minha empresa foi muito intenso. Principalmente pela questão de compromisso, com o motorista retirado da escala de trabalho no dia do treinamento e advertência em caso de ausência”, contou o profissional, que optou por não se identificar.

O instrutor explica que na empresa em que trabalha foi dado desconto de 20% na habilitação em uma auto-escola, como forma de incentivar os motoristas a se reciclarem e conseguirem a habilitação na categoria E. “Nem todas as empresas, porém, deram esse incentivo”, ressalta.
Sem garantia de indenização

Proprietários dos 13 veículos atingidos pelo ônibus desgovernado, assim como feridos no acidente, terão de aguardar a avaliação do seguro do coletivo para saber quem vai arcar com o custo dos estragos causados pelo acidente, informou ontem o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Setra-BH). “Todas as empresas de ônibus de Belo Horizonte são obrigadas a ter seguro contra terceiros, além do DPVAT. Qualquer parcela adicional, além daquela estabelecida pelas cláusulas da apólice, será ressarcida após negociação entre as partes ou determinação judicial”, informou a entidade patronal.

BHTrans e Setra-BH disseram realizar uma constante reciclagem dos motoristas do transporte coletivo, como forma de prevenção de acidentes. A empresa que administra o trânsito de Belo Horizonte, entretanto, reconheceu que interfere no plano anual de treinamento para motoristas e cobradores proposto pelo sindicato, quando necessário, para melhor atender ao planejamento. “O acidente ocorrido (ontem) foi um fato isolado, uma vez que o motorista foi acometido por um mal-estar. Este ano, o treinamento concentrou-se na operação do Move, tanto a parte teórica quanto a prática. Muitas vezes, a empresa gerenciadora do transporte e trânsito de BH pede alterações no plano, mas sempre tendo em foco a segurança dos operadores, dos usuários e dos pedestres. Inclusive, a própria BHTrans já foi a promotora, nas garagens, de treinamento para motoristas e agentes de bordo”, disse, em nota. 

O sindicato das empresas de ônibus qualificou o acidente da linha 82 como “não mais do que uma fatalidade” e disse que todas as concessionárias de transporte possuem departamentos médicos e realizam anualmente uma semana de prevenção de acidentes de trabalho. 

SEGUNDO ACIDENTE Procurada pela reportagem, a Bettania Ônibus informou que somente o Setra-BH se pronunciaria sobre o assunto. O desastre com o ônibus articulado da linha 82 foi o segundo acidente grave envolvendo um ônibus da empresa em menos de três meses. Em 8 de julho, um coletivo da linha 3055 (Estação Barreiro/Savassi) deixou pelo menos sete feridos depois de colidir na traseira de uma carreta. Cerca de 15 pessoas estavam a bordo, todas assentadas. O lado mais atingido foi o do cobrador, que ficou gravemente ferido. (BF, com Luana Cruz e Pedro Ferreira)

Risco na pista

2/4 Primeiro acidente envolvendo o BRT. Uma moto e um coletivo articulado da linha 82 bateram na faixa exclusiva do Viaduto Leste. Não houve vítimas.

7/5 Batida entre ônibus da linha 83D e carro que invadiu a faixa exclusiva do Viaduto Leste, no Complexo da Lagoinha. Ninguém ficou ferido.

12/6 Primeiro acidente do BRT com morte: um morador de rua foi atropelado por ônibus articulado da linha 83D, na Avenida Santos Dumont, Centro de Belo Horizonte, por volta das 6h50. O motorista disse ter sido surpreendido pelo homem, que teria atravessado com o sinal verde para os veículos.

20/6 Acidente entre um ônibus articulado e um caminhão, no cruzamento das avenidas Barão Homem de Melo e Silva Lobo, no Bairro Alto Barroca, Região Oeste de Belo Horizonte. Não houve feridos.

30/6 Um incêndio consumiu em minutos um ônibus articulado da linha 61 que passava pela Avenida Pedro I. Testemunhas afirmaram que o fogo começou na articulação do veículo, onde há uma rótula que conecta os vagões e componentes elétricos. Os sete passageiros a bordo saíram ilesos. BHTrans e Setra declararam que, caso seja constatado problema de fabricação, exigirão recall.

2/7 Duas pessoas morreram depois que a moto em que estavam bateu em um ônibus articulado da linha 52 que fazia uma conversão na Avenida Carlos Luz, no Bairro Engenho Nogueira. O coletivo havia deixado a garagem da empresa Rodopass e seguia para a Estação Pampulha. Tudo indica que a moto avançou o sinal vermelho.

15/7 Um ônibus articulado apresentou problemas no freio e colidiu em um outro coletivo estacionado na Rua Ouricuri, no Bairro Floramar, Região Norte de Belo Horizonte. Os veículos só pararam quando bateram nos muros de um condomínio e de uma casa. Ninguém ficou ferido.

No mesmo dia, um homem de 66 anos foi atropelado por um ônibus articulado da linha 83D (Estação São Gabriel/Centro – Direta) na Avenida Paraná. A vítima quebrou o braço e foi levada consciente para o Hospital João XVIII. Testemunhas relataram que o idoso teria entrado na frente do coletivo.

30/07 Outro acidente no Complexo da Lagoinha. A batida entre um ônibus e um carro interditou o trânsito no Viaduto A. Ninguém se feriu.

Por Bruno Freitas
Informações: Estado de Minas

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Em BH, BRT Antônio Carlos inicia operação com ônibus cheios e estação em obra

domingo, 18 de maio de 2014

O Move iniciou neste sábado (17) as operações na Avenida Antônio Carlos, em Belo Horizonte. Mesmo com parte da Estação de Integração Pampulha em obras, a operação começou com três linhas troncais, que vão integrar o novo sistema de transporte da capital, utilizando uma frota de cerca de 50 ônibus articulados.

Nesta manhã, alguns passageiros tiveram dificuldades para se localizar, e se queixaram da poeira e do risco de acidente por causa das obras. Muitas pessoas tiveram que viajar em pé nos coletivos. A expectativa é que, nos dias úteis, 40 mil usuários sejam atendidos nesta fase.

O prefeito da capital, Marcio Lacerda, e o presidente da Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans), Ramon Victor César, estiveram presente na inauguração do Move Antônio Carlos. Eles pegaram um ônibus que vai direto do Centro para a Pampulha.

De acordo com a BHTrans, a linha 50 (Estação Pampulha/Centro - Direta) tem como destino o Centro, sem fazer paradas ao longo do trajeto. Já linha 51 (Estação Pampulha/Centro/Hospitais) vai parar nas estações de transferência da Antônio Carlos e do Centro, além dos pontos de embarque e desembarque na área hospitalar. A linha 52 (Estação Pampulha/Lagoinha) vai até a Lagoinha, de onde retorna à Estação Pampulha.

Na área central, as linhas 50 e 51 operam nas estações Carijós, na Avenida Paraná, e Rio de Janeiro, na Avenida Santos Dumont. A Estação Rio de Janeiro é também o novo ponto de embarque e desembarque na Avenida Santos Dumont dos usuários da linha 83P (Estação São Gabriel/Centro – Paradora). Com isso, é permitida a integração entre as linhas dos corredores Antônio Carlos e Cristiano Machado.

As linhas 2215 A, B, C e D, que atendiam ao bairro Céu Azul, foram transformadas em alimentadoras. Agora, os usuários têm à disposição as novas linhas 614 (Estação Pampulha/Céu Azul A), 615 (Estação Pampulha/Céu Azul B) e 616 (Estação Pampulha/Céu Azul C). Além disso, a linha 2213 (Trevo via Garças) foi substituída pela alimentadora 510 (Estação Pampulha/ Trevo via Garças), enquanto a linha 2212A (Jardim Atlântico) foi atendida pela linha alimentadora 645 (Estação Pampulha/Santa Mônica via Jardim Atlântico). As linhas 2212B (Jardim Leblon) e 2212C (Copacabana via Monte Carmelo) foram substituídas, respectivamente, pelas alimentadoras 618 (Estação Pampulha/Jardim Leblon) e 643 (Estação Pampulha/Copacabana via Monte Carmelo).

Atraso
O Move passa a operar na Avenida Antônio Carlos depois de, pelo menos, cinco adiamentos. Inicialmente, a expectativa era que usuários contassem com o serviço na avenida já em março de 2013. Em fevereiro deste ano, a previsão era que o serviço estivesse implantado no mês passado.

Durante anúncio da terceira fase do Move na Avenida Cristiano Machado, em 23 de abril, o presidente da BHTrans, Ramon Victor César, reconheceu que os trabalhos na Estação Pampulha ainda precisavam avançar. Às vésperas da inauguração do terminal, ainda faltam ser concluídos o estacionamento, o restaurante, as áreas destinadas a ônibus de turismo e sinalizações para passageiros. Diretor de obras da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), Cláudio Neto, ressaltou que as obras não oferecem perigo aos cidadãos.

Custos
De acordo com dados divulgados no site da Prefeitura de Belo Horizonte, na seção Transparência Copa 2014, os investimentos no BRT Antônio Carlos/ Pedro I, Área Central e Avenida Cristiano Machado foram estimados em R$ 822 milhões e até o momento foram gastos R$ 735,54 milhões. A implantação do sistema inclui obras complementares, como a adequação viária no Corredor Pedro II, e também a expansão da Central de Controle de Trânsito, que consiste em ações de modernização de equipamentos, com valores previstos de R$ 200,09 milhões.

Em Belo Horizonte, quatro consórcios - de nomes Pampulha, BHLeste, DEZ e Dom Pedro II - operam o transporte público, incluindo linhas tradicionais e do BRT-Move. Eles foram definidos em concorrência pública em 2008 e tem a concessão do serviço por 20 anos, de acordo com a BHTrans.

Segundo o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH), as concessionárias investiram R$ 290 milhões, sendo R$ 50 milhões em tecnologia, para a aquisição de 428 ônibus.

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Belo Horizonte: Move metropolitano embarcará na Santos Dumont; Quatro linhas troncais serão atendidas por 31 coletivos

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Parte do programa que prevê a construção de 10 novos terminais de ônibus na Grande BH e a reforma de três já existentes, o Move metropolitano, em operação a partir de sábado (26) - com a integração de 31 linhas vermelhas na Estação São Gabriel - compartilhará as estações de transferência (ETs) do Move urbano (BHTrans) na Avenida Santos Dumont.

Algumas das linhas que deixarão de vir ao Hipercentro, como a 4810 (Caeté/Belo Horizonte) e a 4882 (Nova União/Belo Horizonte), hoje partem de dentro da rodoviária. Outras, como a 4105 (Santa Luzia/Belo Horizonte via Industrial Americano), saem de ruas próximas.

A partir de maio, outras linhas em direção à região hospitalar serão integradas em uma nova fase do sistema, com o funcionamento (ainda que provisório) da Estação Bernardo Monteiro. 

As quatro novas linhas troncais do BRT com destino ao Hipercentro e Cidade Industrial (retorno na Praça da Cemig), serão atendidas por uma frota inicial de 31 coletivos. Outros 110 ônibus convencionais serão mantidos nas linhas vermelhas que deixarão de vir ao Centro, transformando-se em linhas alimentadoras até a Estação São Gabriel. 

O blog elaborou um resumo com as principais informações sobre a primeira fase do sistema, que promete reduzir em 90% (cerca de 500 ônibus vermelhos) o número de linhas no Hipercentro. Confira:

PRIMEIRA FASE DO MOVE METROPOLITANO

31 linhas vermelhas que vão de Caeté, Jaboticatubas, Nova União, Sabará, Santa Luzia e Taquaraçu de Minas ao Hipercentro, serão transformadas em linhas alimentadoras, encerrando as viagens na Estação São Gabriel. De lá, o usuário terá de seguir num dos ônibus do BRT/Move metropolitano para completar a viagem, em quatro novas linhas troncais: duas até a Avenida Santos Dumont (400C, direta; e 401C, paradora), no Centro, e outras duas até a Cidade Industrial – uma pela Via Expressa (405R), outra pela Avenida Amazonas (406R) –, com retorno na Praça da Cemig.

Cinco linhas serão extintas:

4690 - Nossa Senhora de Fátima/Estação São Gabriel    Será atendida pela linha 4685
4385 - Bom Destino/Estação São Gabriel            Será atendida pela linha 4380
4130 - Córrego das Calçadas/Belo Horizonte via BR-262    Será atendida pela linha 4445
4390 - Córrego das Calçadas/Belo Horizonte via Avenida Antônio Carlos
4120 - Santa Luzia/Belo Horizonte via Vila Olga

Tarifa
Durante o transbordo, o usuário que hoje utiliza um único ônibus não pagará segunda passagem, desde que utilize o cartão Ótimo. Caso contrário, ele terá de arcar com duas tarifas (não há integração tarifária com as linhas da BHTrans).

Valores
Linhas alimentadoras (cidades-estações)    R$ 3,30 a R$ 4, em média
Linhas troncais (estações-Centro e demais regiões)    R$ 3,30 ou livre para usuários do cartão Ótimo

O cartão Ótimo está disponível nos seguintes pontos de venda em Belo Horizonte (funcionamento das 8h às 17h)*:
- Rua Aquiles Lobo, 504, Floresta
- Rua Tupinambás, 841, Centro
- Rua Professor Morais, 216, Savassi

*Há pontos de venda em Betim, Brumadinho, Contagem, Ibirité, Juatuba, Jaboticatubas, Lagoa Santa, Matozinhos, Nova Lima, Pedro Leopoldo, Ribeirão das Neves, Sabará, Santa Luzia e Vespasiano.

Embarque
Será feito por meio de duas plataformas:

- Estações de integração
Terminais que recebem e dão sequência às linhas. Inicialmente só estará em operação a Estação São Gabriel. Outras quatro estruturas serão acrescidas ao sistema em maio.

- Estações de Transferência (ETs)
Módulos de embarque e desembarque instalados dentro e fora dos corredores. São diferenciados das estruturas da BHTrans pela cor laranja. Até maio, 13 módulos inspirados nas estações-tubo de Curitiba serão instalados além dos corredores, na Avenida Brasília, em Santa Luzia (3), na MG-010 (8) e na Avenida Civilização, em Venda Nova (2), conforme revelou o Estado de Minas em 5 de março . 

Frota
Ônibus básico
Atuais coletivos de cor vermelha, com motor dianteiro, até 12,7 metros de comprimento e três portas à direita. Serão mantidos nas linhas até as estações do Move.

Ônibus padron
Modelo intermediário do Move equipado com ar-condicionado, suspensão a ar, comprimento de 13,2 a 15 metros e bicicletário. Circulará em linhas dentro e fora dos corredores. Serão 173 padrons ao todo.

Ônibus articulado
Grande estrela da operação do Move (chega a 19 metros de comprimento), com câmbio automático e motor traseiro como itens adicionais de conforto. Circulará, na maioria dos casos, nas linhas dos corredores. Serão 115 articulados.

Futuros terminais
Vilarinho
Receberá as linhas de Confins, São José da Lapa, Pedro Leopoldo, Matozinhos e Capim Branco
Prazo de operação: maio de 2014

Morro Alto
Linhas de Vespasiano e região
Prazo de operação: maio de 2014

São Benedito
Linhas de Santa Luzia e região
Prazo de operação: funcionará como estação provisória (móvel e desmontável) a partir de maio, a exemplo de Justinópolis e Bernardo Monteiro. A estrutura definitiva fica pronta em maio de 2015
Estação de integração (provisória) do Move metropolitano

Justinópolis
Linhas de Ribeirão das Neves e região
Prazo de operação: maio (provisória) e maio de 2015 (definitiva)

Bernardo Monteiro
Linhas em direção à região hospitalar
Prazo de operação: maio (provisória), com os ônibus estacionando ao longo da Avenida dos Andradas e da Rua Ceará, e maio de 2015 (definitiva)

Tergip
Parte das linhas em direção ao Hipercentro
Prazo de operação: a atual rodoviária de BH será transformada em terminal metropolitano quando a nova rodoviária – junto à Estação São Gabriel – for inaugurada. A obra depende, segundo a Setop, de liberação da prefeitura.

Demanda
A previsão da Setop é de que o Move metropolitano entre em operação na Estação São Gabriel atendendo 35 mil passageiros/dia. 

Maiores informações:
SAC Ótimo - (31) 3516-6000
www.otimoonline.com.br

Nota
Já é possível consultar e ver as mudanças de cada linha da Estação São Gabriel no site do Departamento de Estradas e Rodagens (DER-MG): http://www.consultas.der.mg.gov.br/grgx/sgtm/consulta_linha.xhtml 

Informações: Dzai.com.br
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BRT é principal aposta de Belo Horizonte para melhorar a mobilidade urbana

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Não há um dia útil sequer em que o belo-horizontino deixe de reclamar do tráfego de sua cidade. Engarrafamentos, filas duplas, lentidão, obras viárias, excesso de veículos, má gestão do trânsito e transporte coletivo de má qualidade, entre outros atropelos, deixam os nervos de motoristas, pedestres e passageiros à flor da pele e a esperança de soluções cada vez mais distante. Haverá saída? Em 15 de fevereiro, a prefeitura, por mioe da BHTrans, dará uma cartada considerada decisiva para reduzir pela metade o tempo de viagens de ônibus e melhorar a circulação. Nessa data entrará em operação, inicialmente no corredor da Avenida Cristiano Machado, o transporte rápido por ônibus (BRT), batizado aqui de Move. Para especialistas, no entanto, apenas essa iniciativa não resolve o problema e há muito mais para ser feito, começando por investimentos pesados em novas linhas de metrô e abrindo as portas para novidades, como o monotrilho.

No dia a dia, a população dá sinais de que quer menos demora no ponto de ônibus e nos deslocamentos pela cidade. Moradora do Bairro Saudade, a estoquista Arliane Alves Abranches, de 19 anos, reclama que os coletivos estão sempre cheios. “A gente trabalha muito e perde muito tempo entre a casa e o serviço. Além disso, a passagem é cara”, reclama a jovem, mãe de um menino de 1 ano e 7 meses. A extensão do metrô seria ideal, acredita, não só para resolver a vida do trabalhador de segunda a sexta-feira como também para levar a pontos de lazer. “Na verdade, queremos uma cidade boa para se viver, com praças e longe da violência. É essa a BH que desejo para o meu filho, que representa o futuro”, diz Arliane.
Na capital, está em operação, desde 1986, apenas uma linha de metrô, atualmente com 28,1 quilômetros, ligando a Estação Vilarinho, em Venda Nova, ao Bairro Eldorado, em Contagem, na região metropolitana. Há mais dois trechos em estudos e prospecções: da Estação Nova Suíça (a ser construída entre as estações Calafate e Gameleira, na Região Oeste) ao Barreiro; e da Lagoinha à Savassi. Engenheiro civil, urbanista e especialista em transporte urbano, o professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Ronaldo Guimarães Gouvêa lamenta a falta de investimentos no metrô. “Com o BRT, os problemas estarão parcialmente resolvidos”, adverte. Para ele, o passageiro quer confiabilidade e a certeza de que estará no ponto e não vai esperar muito pelo coletivo.

Ciente de que a saída para os graves problemas de trânsito está na oferta de transporte público de qualidade, Ronaldo chama a atenção para a necessidade urgente de construção do Rodoanel, nos contornos Norte, Sul e Leste da Grande BH. Ele alerta ainda para a duplicação e revitalização do velho Anel Rodoviário, de grande importância estratégica para a capital e que, na verdade, “se tornou uma alça viária”.

As perspectivas do engenheiro de transporte e também professor da UFMG Paulo Rogério da Silva Monteiro são mais sombrias. “Se nada for feito para resolver o problema do trânsito, será o caos dentro de alguns anos. Quem fica hoje 20 minutos dentro do ônibus passará a ficar 40 e assim por diante”, projeta o especialista, que enaltece a criação das duas linhas executivas – uma ligando o Bairro Buritis, na Região Oeste, à Savassi, e a outra da Savassi à Cidade Administrativa, no Bairro Serra Verde, na Região de Venda Nova. “O BRT tende a melhorar a parte Norte de BH. O grande desafio é conseguir dar aos passageiros cativos do transporte coletivo mais qualidade. E atrair os motoristas de carros de passeio”, diz o professor.

Novos meios 

O coordenador de engenharia de transporte e trânsito da universidade Fumec, professor Márcio Aguiar, defende sistemas mais avançados para atender os passageiros, como os monotrilhos, existentes nos Estados Unidos, em cidades da Europa e em implantação em São Paulo (SP). “Por ser suspenso, exige poucas desapropriações, tem sistema elétrico e está dentro dos modernos conceitos de sustentabilidade”, diz. Além disso, avalia, há o aspecto econômico, já que o gasto com implantação é de um terço do custo do metrô, e de tempo. “Enquanto se constrói um quilômetro de linha de metrô por ano, constroem-se cinco quilômetros de monotrilho no mesmo período”, afirma. Com a sua experiência, ele destaca que o ônibus não deve ser a primeira opção em transporte de alta capacidade, mas sim um sistema complementar.

A frota de transporte coletivo em BH inclui 3,1 mil ônibus e 283 veículos suplementares. A expectativa com o Move é retirar de circulação, de forma gradativa, cerca de 200 coletivos, com o número caindo para 2,9 mil, diz o diretor-presidente da BHTrans, Ramon Victor Cesar. Ele se mostra tranquilo quanto ao sistema a ser inaugurado em dois meses: “O BRT não é passado, é futuro, tanto que Los Angeles, nos Estados Unidos, e a Cidade do México o adotaram com sucesso. Teremos aqui 700 mil passageiros transportados diariamente nas avenidas Cristiano Machado e Antônio Carlos e na área central”, afirma.

O dirigente diz que não existe “a” solução para o trânsito, e que o monotrilho, por exemplo, não seria adequado para a Avenida Antônio Carlos, mas indicado para outras, com menos movimento de passageiros, como a Tancredo Neves, na Região da Pampulha. “Já estamos trabalhando em um plano de mobilidade para depois de 2020, com a integração do metrô e BRT. Para antes disso, a empresa estuda a implantação do BRT no eixo da Avenida Amazonas, “sem necessidade de desapropriações”, e mais 100 quilômetros de vias exclusivas para ônibus, conclui.

Sou de BH

“Moro no Bairro Santa Cruz e trabalho no Palmares, ambos na Região Nordeste. Considero o trânsito um dos piores problemas da cidade, e para não perder tempo evito pegar ônibus. De carro, gasto 25 minutos. Se fosse de coletivo, levaria quase o dobro, mesmo com o trajeto não sendo muito longo. Com o BRT, vou deixar o carro em casa e confiar nesse novo tipo de transporte, que, afinal, está sendo feito com dinheiro público. Acredito que terei mais conforto, comodidade e economia. Nasci nesta cidade e quero o melhor para ela e para minha família. Espero aproveitar o tempo que se perde no trânsito com algo mais útil.” - Rodrigo Oliveira, cabeleireiro, casado e pai de dois filhos, morador do Bairro Santa Cruz, na Região Nordeste

Desafios

Investir na expansão do metrô de BH, com a construção das linhas 2 (Nova Suíça-Barreiro) e 3 (Lagoinha-Savassi)

Abrir as portas para novos transportes, como o monotrilho

Construir o Rodoanel, projetado para os contornos Norte, Sul e Leste da Região Metropolitana de BH, e duplicar o Anel Rodoviário

Oferecer transporte público de qualidade e atrair quem está acostumado a circular de carro

Integrar o BRT e o metrô

Metas apontadas por especialistas e autoridades em transporte e trânsito

Informações: Estado de Minas
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BH e Região Metropolitana devem receber 600 ônibus do Move até o fim do mês

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

A maior parte dos ônibus comprados para funcionar no Move de Belo Horizonte estão prontos para chegar à capital. A previsão é de que até o fim do mês, os 600 veículos estejam nas garagens das empresas que fizeram as aquisições, metade para servir ao sistema metropolitano. Ontem, a montadora Mercedes-Benz divulgou que 500 ônibus fabricados por ela serão enviados para o BRT, sendo 200 articulados e os outros de modelos diferenciados. 

Os veículos foram adquiridos pelos sindicatos das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SetraBH) e das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano (Sintram). De acordo com informações do Sintram, 300 são para funcionar na capital e o restante entre BH e as cidades da região metropolitana. Além da Mercedes, foram comprados veículos da Volvo e Scania, num investimento total de R$ 140 milhões pelas sete empresas que fazem parte do sistema do Sintram. No entanto, a previsão é de que 400 veículos comecem a rodar quando o Move for lançado, sendo 200 articulados e 200 padrons, um modelo intermediário que ficará dentro e fora dos corredores das avenidas Vilarinho, Pedro I, Antônio Carlos e Cristiano Machado.
Ainda neste mês, segundo o Sintram, os funcionários das empresas Saritur, Rodap, Unir, Vianel, Viação Brasília, SM e Viação Alcino Cota começam a ser treinados para atuar no BRT (transporte rápido por ônibus). Assim que chegarem às garagens, os ônibus poderão ser vistos nas ruas onde os motoristas farão treinamento. Na capital, participam da aquisição os consórcios Pampulha, BH Leste, Dez e Dom Pedro II. Nenhum dirigente do SetraBH quis comentar a chegada dos ônibus da Mercedes. Segundo informações da fabricante, serão entregues 200 chassis de ônibus articulados modelo 500MA, que serão usados nos corredores exclusivos do Move. Os outros 300 chassis, são de outros modelos que completam o lote pedido pelas empresas operadoras do novo sistema de transporte coletivo de BH. 

A expectativa é que o Move entre em funcionamento totalmente até o primeiro trimestre de 2014. Até 15 de fevereiro, começa a operar o trecho Hipercentro e Avenida Cristiano Machado. No mês seguinte, inaugura o trecho da Avenida Antônio Carlos e, em 15 de abril, avenidas Pedro I e Vilarinho. O Move tem 23 quilômetros de extensão com 40 estações de transferências. A estimativa da BHTrans é que 700 mil passageiros sejam atendidos diariamente pelo sistema. 

TARIFAS Segundo a BHTrans, a tarifa do Move continuar semelhante ao que é cobrado hoje no sistema BHBus. Para usar uma linha alimentadora – que liga os bairros até as estações de integração –, o valor será R$ 1,90. Se estiver numa estação do Move e usar apenas uma das linhas troncais – com destino ao Centro – vai pagar R$ 2,65. Quem chegar em uma estação do Move por meio da linha alimentadora, ou seja, após pagar R$ 1,90, vai complementar com R$ 0,75 para entrar no Move com destino ao Centro. Se o passageiro já estiver em uma linha do BRT dentro da estação de transferência poderá pegar outra sem pagar pela segunda linha. Para as linhas diametrais, o valor continua R$ 2,65. Elas ligam os bairros passando pelo Centro, mas haverá modificações para que os ônibus liguem os corredores sem precisar entrar no Hipercentro da capital. O intervalo máximo para a integração entre os ônibus continua sendo de 90 minutos.

por Patrícia Giudice
Informações: Estado de Minas
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BRT/Move em BH está operando com superlotação

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Desde o início da operação do Move, as opiniões sobre o transporte rápido por ônibus (BRT) se dividem entre os usuários. Se, por um lado, há quem reconheça benefícios – como embarque com pagamento antecipado e em nível, diferentes possibilidades de integração entre linhas, além de ônibus maiores, com ar-condicionado –, por outro, quem encara o desafio diário de pegar um coletivo se queixa de pelo menos três pontos que desafiam os responsáveis pela operação do novo sistema: gargalos no trânsito na Área Central, superlotação nos horários de pico e demora na espera das linhas alimentadoras nas quatro estações de integração – São Gabriel, Pampulha, Vilarinho e Venda Nova. 

Embora a BHTrans recomende embarque sem filas no BRT, como ocorre no metrô, a maioria dos passageiros ainda recorre à prática de aguardar o embarque um atrás do outro. A medida, contudo, cai por terra nos horários de pico, quando as estações do Move se tornam uma terra sem lei, com discussões, usuários furando fila e chegando ao extremo, com casos de agressões físicas. 

Utilizando a pista exclusiva do corredor da Avenida Antônio Carlos, a linha 50 (Estação Pampulha/Centro Direta) leva 10 minutos no trajeto entre o Centro e o terminal. Mas, na volta para casa, entre 17h30 e 19h30, quem pega o coletivo na Estação Tupinambás enfrenta pelo menos 15 minutos num trânsito travado, até que o ônibus articulado consiga circular livremente, mesma realidade da linha troncal 61 (Estação Venda Nova/Centro Direta), que percorre a Avenida Cristiano Machado.

“Pela manhã, a entrada na Área Central é lenta, assim como a saída à noite. Na volta para casa, toda a agilidade que se consegue no percurso da Antônio Carlos se perde em engarrafamentos. E quando se chega à estação, aí o difícil é conseguir embarcar nos ônibus das linhas alimentadoras. É de 30 a 40 minutos. Antes, pegava o ônibus da linha 2210 C e, mesmo com as paradas no meio do caminho, chegava mais rápido”, protesta o representante de vendas Isaac Balbino, de 42 anos. A doméstica Eliane Santos, de 50, compartilha da opinião. “Penso que aumentou o tempo de deslocamento quando uso o BRT nos horários de movimento. Durante o dia até que ele chega rápido. Mas é no sábado que a viagem no Move vale a pena, pois além da rapidez, não viajo em pé. Como tenho problema de coluna, essa rotina de ônibus cheio é complicada”, aponta.

CONFORTO NÃO ATRAI - Mesmo contanto com uma frota de 450 ônibus do tipo padron e articulado, com ar-condicionado, suspensão a ar e maior espaço interno, o conforto não é reconhecido como atrativo pelos usuários. O motivo é a superlotação, principalmente das linhas troncais diretas. “Já não sei o que é viajar sentada no ônibus, a não ser quando há um degrau entre o piso e as cadeiras mais altas, onde fica o motor”, ironizou a escriturária Carmem Lúcia, de 61. Com o espaço reservado a duas bicicletas em lugar de dois assentos em cada coletivo – apesar da BHTrans autorizá-las apenas em horários específicos – muitos usuários viajam sentados entre as estruturas de fixação das magrelas. O mesmo ocorre nos espaços livres não ocupados por assentos. “Já vi mulher com criança sentada no chão porque ninguém quis dar lugar. Tem gente que depreda os ônibus”, denuncia a dona de casa Natália Silva, de 22. Moradora do Ribeiro de Abreu, ela leva cerca de 1h40 para chegar ao Centro, usando as linhas alimentadora do bairro e a troncal 83D, a partir da Estação São Gabriel.

O eletricista Jadir Oliveira, de 37, acrescenta que a falta de educação dos usuários é outro problema. Ele conta que diariamente encontra ônibus e estações superlotadas durante o horário da manhã, levando a situações inusitadas no BRT. “Os motoristas mal estão encostando os ônibus nas plataformas e as pessoas já entram empurrando. Muita gente fura a fila. Direto tem pessoas brigando dentro do Move”, conta.

Para o encarregado de depósito e usuário da linha 61, Jeferson Macedo, de 23, morador de Venda Nova, a situação seria ainda muito pior sem as filas organizadas pelos passageiros. “Se não fizer fila vira uma confusão maior. Ninguém respeita. Às 5h30 já tem uma fila dos infernos para vir ao Centro Não tem jeito. Quem está na ponta da fila (nas estações) não escolhe se vai sentado ou em pé. É entrar ou entrar”, ironiza Jeferson.

A desorganização das filas também confunde quem acaba de chegar para o transbordo nas linhas alimentadoras. “Na hora de embarcar nos ônibus das linhas alimentadoras o que se vê é um grande número de pessoas, em mais de uma fila para cada ponto. Algumas filas são verdadeiros caracóis. Não há ninguém para orientar ou mesmo grades separando as pessoas”, acrescenta a contadora Rosali Souza, de 46.

Avanço no transporte coletivo 

Apesar dos problemas, há quem reconheça os avanços do Move. “Os ônibus estão cheios nos horários de pico, mas acho que é uma questão de ajuste para melhorar. No meu caso, desço na Estação Pampulha e não dependo de linhas alimentadoras. E a vantagem é que algumas linhas do BRT passam próximo de onde moro, no Funcionários”, diz o estudante de medicina Gustavo Pizzano, de 21.

A escriturária Carmem Lúcia, 61, não se beneficia da integração do sistema, mas admite que a filha – que estuda na Savassi –, hoje paga uma única tarifa ao pegar três linhas de ônibus. Outro usuário do Move ouvido pela reportagem, que não se identificou, também concorda que quem mora em bairros da Pampulha e Venda Nova passou a ter melhor acesso à Região Centro-Sul. “A integração é boa do ponto de vista financeiro. Mas o sobe e desce nas estações torna o trajeto demorado”. Já a vigilante Soraia Leite, de 43, disse que está experimentando as opções do BRT para se deslocar de Venda Nova ao Centro. “O sistema parece bom e, com mais informações, vai dar para aproveitar melhor”.

A estrutura das estações, recém concluídas, é outro motivo de insatisfação. Grávida de seis meses, a recepcionista Daise Braga, de 25, encara na pele a dificuldade de chegar ao local de embarque, além de um assento livre – embora tenha prioridade. “Defeitos na escada rolante e nos elevadores são comuns. Não é fácil subir a escada lotada de pessoas, como único acesso à área de embarque das linhas alimentadoras. Uma rampa seria uma alternativa”, sugere.

Para o representante comercial Sandro Guimarães, outro problema é a falta de segurança. Ele aponta o risco aos quais os usuários estão expostos no embarque e desembarque entre as diferentes linhas. Dentre eles o fato de alguns motoristas não respeitarem a distância máxima de atracagem de 13cm, no vão livre entre os ônibus e as plataformas. “Quando se chega na estação, não há policiais. Quanto mais tarde, maior o risco de assaltos”, diz Sandro.

A opinião geral dos usuários do Move é reconhecida pelos motoristas e fiscais que trabalham no sistema. Na Estação Pampulha, falta estrutura de apoio aos profissionais. “Não há segurança para quem trabalha, o banheiro não é individual nem mesmo temos um local para fazer as refeições. As marmitas são esquentadas nos motores dos ônibus. Não só os passageiros que enfrentam problemas aqui”, desabafou um dos condutores. Sinal de que ainda é preciso ajustar muitos detalhes para o recém implantado transporte rápido por ônibus (BRT) entrar nos eixos e cair nas graças do belo-horizontino.

Landercy Hemerson
Bruno Freitas - Estado de Minas

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