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A 500 dias da Copa, BH enfrenta desafios para melhorar mobilidade urbana

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

O relógio da Praça da Liberdade marca hoje 500 dias para a Copa do Mundo, mas Belo Horizonte, uma das sedes do evento, ainda enfrenta desafios para melhorar a mobilidade urbana até o Mundial de 2014. A conclusão das obras do BRT (transporte rápido por ônibus) em alguns dos principais corredores da capital, que num primeiro momento chegou a ser prometida para junho, agora está prevista para dezembro, segundo a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap). A entrada em operação do sistema em corredores como as avenidas Cristiano Machado e Antônio Carlos ainda não tem data marcada.

A BHTrans, empresa que gerencia o trânsito na capital, informou que a meta é que os primeiros ônibus adaptados comecem a circular no início de 2014, mas não definiu se isso ocorrerá em janeiro, fevereiro ou março. Para que o sistema funcione plenamente, a empresa precisará de tempo para testes e ajustes. Especialista em transportes, o professor Ronaldo Guimarães Gouvêa, alerta que são necessários de 90 dias a 120 dias depois do início das operações do BRT para que sejam feitas adequações na sinalização, frota e vias alimentadoras, por exemplo, necessárias para que o sistema fique “azeitado”. Para ele, se o BRT for inaugurado depois de janeiro, essa fase final de adequações pode coincidir com o início da Copa.

“Na engenharia de transporte, você prevê 100% dos efeitos de uma intervenção, há mecanismos que permitem avaliar previamente boa parte das consequências. Mas, eventualmente, ocorrem fatores externos à própria lógica do projeto”, avalia Gouvêa, coordenador-geral do núcleo de transportes da Escola de Engenharia da UFMG. “Não seria bom que, ao mesmo tempo em que a Copa esteja acontecendo, nós façamos ajustes na rede de transporte. É preciso um prazo razoável para ajuste da lógica operacional, da integração das linhas alimentadoras com as troncais, e da questão tarifária”, opina. E acrescenta: “Os usuários têm que conhecer o sistema. Você não pode esperar que da noite para o dia as pessoas percebam a lógica do BRT.”

Mesmo sem definir em que mês de 2014 o BRT começará a operar, a BHTrans informou que campanhas serão feitas para orientar a população e que até a Copa do Mundo as pendências serão sanadas. Com o novo meio de transporte, Belo Horizonte terá dois corredores exclusivos para o BRT nas avenidas Cristiano Machado e Antônio Carlos/Pedro I. As duas linhas vão se encontrar na Região Central e o número de linhas de coletivos no Hipercentro, segundo o projeto, vai diminuir de 136 para 18. O BRT terá estações ao longo do percurso.

Andamento Balanço do Comitê Executivo Municipal da Copa informou que a primeira fase do BRT Antônio Carlos/Pedro I, que inclui o viaduto da Avenida Antônio Abrahão Caran, já foi concluída. A segunda fase da obra, que é o alargamento da Avenida Pedro I e construção de viadutos próximos à Barragem da Pampulha, está com 42% dos serviços prontos e deve ser concluída no segundo semestre deste ano. A terceira fase é a interseção das avenidas Pedro I e Vilarinho, em Venda Nova, que está com 33,49% concluídos. A quarta etapa, dividida em duas fases, e que já está com 71% dos trabalhos concluídos, trata-se de adequações viárias para implantação do BRT ao longo de toda a Antônio Carlos e da Pedro I à Vilarinho. O BRT Cristiano Machado está com 59,21% das obras realizadas.

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Obras do BRT/Move no corredor da Antônio Carlos e Pedro I desafiam calendário da Copa

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Enquanto mais mudanças no transporte público são anunciadas para o novo sistema BRT/Move na Avenida Cristiano Machado, o corredor Antônio Carlos/Pedro I – que espera receber diariamente 400 mil passageiros – ainda esbarra em obras e na conclusão do terminal de integração Pampulha. Primeira estação a ser inaugurada na modalidade BRT, a São Gabriel, na Cristiano Machado, deve atingir a marca de atendimento de 100 mil passageiros/dia no próximo sábado. Nessa data, cinco linhas semiexpressas serão transformadas em alimentadoras e passarão a ligar os bairros ao terminal, sem se dirigir ao Centro. Para chegar a essa região, os passageiros deverão seguir nos ônibus articulados do Move. O número de usuários ainda é bem distante dos 300 mil que devem ser atendidos na São Gabriel até a Copa, como anuncia a BHTrans, mas já representa um avanço em relação ao corredor Antônio Carlos, prometido para ficar pronto dentro de um mês. O presidente da BHTrans, Ramon Victor Cezar, garante que só faltam “bijuterias e maquiagem” para o fim das obras nesse corredor. Mas, no local, ainda há muito a ser feito, como garantem os próprios operários. 

Segundo Ramon, até a Copa do Mundo, daqui a menos de dois meses, os dois corredores vão estar em funcionamento. Na Antônio Carlos, as obras apresentam maior avanço entre o Viaduto São Francisco e o Bairro Lagoinha. No sentido contrário, até a Avenida Pedro I, funcionários ainda trabalham na instalação de equipamentos dentro das estações, na implantação de paisagismo e na conclusão das obras da Estação Pampulha. Um dos funcionários convida a reportagem do Estado de Minas para conferir o andamento das intervenções e diz: “Não vai dar para ficar pronta para a Copa”. Ainda assim, Ramon garante que “a bijuteria, a maquiagem, a roupinha, aquilo que é essencial, está quase tudo pronto”. Já nas estações Vilarinho e Venda Nova, segundo ele, as adequações estão em andamento. “São coisas mais simples e vamos operar lá também”, diz.

A lista de mudanças no BRT, previstas para sábado, inclui a criação de duas linhas troncais, que se somam às três já existentes. A linha 85 ligará a Estação São Gabriel ao Centro, passando pelos bairros Sagrada Família e Floresta, e à Região Hospitalar. Nesse itinerário, os veículos articulados e com ar-condicionado do Move seguirão pelo corredor exclusivo da Cristiano Machado até a Avenida Silviano Brandão, passando pela Rua Itajubá e pelas avenidas Francisco Sales, Bernardo Monteiro, Alfredo Balena e Augusto de Lima. O retorno será pelas ruas Goiás e Paraíba, pelas avenidas Bernardo Monteiro, Francisco Sales, Assis Chateaubriand e Contorno, Rua Itajubá e Avenida Silviano Brandão, onde o BRT retorna ao corredor exclusivo.

O quadro de horários e o cálculo dos intervalos entre as viagens da linha 85 ainda está sendo feito. A linha vai operar com ônibus padrons (modelo intermediário do Move, equipado com ar-condicionado, suspensão a ar, comprimento de 13,2 a 15 metros e bicicletário), que circulam dentro e fora do corredore. “A Avenida Augusto de Lima, as ruas Goiás e Timbiras, e a Avenida Alfredo Balena passam a contar com uma faixa operando exclusivamente para ônibus e com fiscalização para garantir uma circulação mais rápida à linha troncal 85”, explica Ramon. No início do mês, segundo ele, uma primeira leva de radares será implantada na Augusto de Lima, para controlar invasões de faixa. “Temos uma licitação em andamento e vamos aumentar o número de radares em todos os corredores do BRT, inclusive para controlar a bus way”, afirma.

Já para a nova linha troncal que funcionará a partir de sábado, a 8151 (Estação São Gabriel/BH Shopping, via Anel Rodoviário), o atendimento será feito, inicialmente, com ônibus convencionais, a exemplo dos que operam em linhas diametrais, que atualmente ligam bairro a bairro. Isso, porque, ao longo do Anel, não há estações do sistema Move. De acordo com a BHTrans, a criação do novo itinerário tem o objetivo de oferecer mais uma opção de acesso aos bairros no entorno do centro de compras, localizado na Região Centro-Sul da capital.

Alimentadoras

Cinco linhas semiexpressas, que hoje fazem a ligação de bairros no entorno do terminal São Gabriel ao Centro, também passam por mudanças e serão transformadas em alimentadoras. Para isso, deixam de ir para a Região Central e passam a ter a estação como destino final. Dois desses itinerários serão novos e três passarão por adaptações para o atendimento. A linha 5502 A (Jardim Vitória A) será transformada na 814 (Estação São Gabriel/Jardim Vitória). A nova 813 vai substituir a atual 5506C (Paulo VI, via Ribeiro de Abreu) e fazer a ligação entre esse bairro e a estação.

Outras duas linhas semiexpressas serão trocadas por linhas alimentadoras, que já funcionam aos domingos e feriados. Elas terão os quadros de horários readequados para operar também em dias úteis e aos sábados. As linhas 5502B (Capitão Eduardo) e 5506B (Ribeiro de Abreu Via Conjunto) serão substituídas, respectivamente, pelas 832 (Estação São Gabriel/Capitão Eduardo) e 837 (Estação São Gabriel/Conjunto Ribeiro de Abreu). Já a 5507A (Jardim Guanabara A) será transformada na alimentadora 707 (Estação São Gabriel/Jardim Guanabara). Esse itinerário já funciona durante toda a semana, mas terá o número de viagens ampliado.

Intervalo

Com as mudanças programadas, a expectativa é retirar 56 ônibus convencionais (por hora/pico) da pista mista da Cristiano Machado. Outra alteração será o acréscimo de 28 mil passageiros às cerca de 70 mil pessoas que já usam o BRT, passando pelo terminal São Gabriel. Para atender à nova demanda, a BHTrans promete aumentar o número de ônibus articulados no corredor Cristiano Machado, passando de 35 para 50 veículos. O reforço vai garantir, segundo a empresa, a redução de 50% no tempo entre uma viagem e outra. Na linha 83D (São Gabriel/Centro Direta), esse tempo será entre dois e três minutos e o número de saídas passa de 130 viagens/dia para 239 viagens/dia, aumento de 84%. Já no itinerário parador (83P), o tempo entre uma viagem e outra será de seis minutos, com realização de 113 viagens/dia, um aumento de 20% em relação `às 94 feitas atualmente. No trecho São Gabriel/Região Hospitalar, feito pela linha 82, o intervalo passa a ser de até cinco minutos, com 145 saídas/dia, 51% mais que as 96 viagens/dias atuais.

Por Valquiria Lopes 
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BRT deve atender 700 mil passageiros por dia em BH

terça-feira, 11 de junho de 2013

Belo Horizonte espera ter até o ano que vem 700 mil passageiros por dia apenas no sistema de transporte rápido por ônibus (BRT, na sigla em inglês). Do total, superior à população de todas as outras cidades mineiras, 420 mil pessoas se deslocarão usando linhas municipais e 280 mil, linhas metropolitanas que vão passar pelos corredores do BRT na cidade. O número de 700 mil usuários representa quase metade das atuais 1,58 milhão de pessoas transportadas no sistema convencional e um incremento diário de 40 mil passageiros no sistema de transporte público municipal, que chegará a 1,62 milhão de usuários/dia. 

Os números levam em conta o início da operação do novo sistema em três corredores: avenidas Antônio Carlos/Pedro I; Paraná/Santos Dumont e Cristiano Machado. Mas, para alcançar o desempenho previsto, a Prefeitura de BH precisa contornar problemas que vem enfrentando no curso das obras, como atrasos e erros de projeto. Recentemente, a administração precisou multar em mais de R$ 1 milhão uma empresa de consultoria responsável pela fiscalização de uma das intervenções, como informou o prefeito Marcio Lacerda, ontem, durante o 3º Congresso As Melhores Práticas SIBRT na América Latina, que reuniu na capital mineira especialistas em transporte e urbanismo. 


No mês passado, a administração municipal assistiu à necessidade de destruição de trechos de concreto da Avenida Antônio Carlos. Mesmo destino teve uma estação inteira do BRT na Cristiano Machado. Corrigir erros durante a operação são premissas básicas que, segundo o arquiteto e urbanista Jaime Lerner – precursor da implantação do BRT no Brasil e palestrante do congresso – são prioritárias para se chegar à qualidade do transporte. 

De acordo com o prefeito Marcio Lacerda, a multa recentemente aplicada a uma das contratadas do município refere-se ao descumprimento das obrigações de fiscalização e gerenciamento da obra na Avenida Antônio Carlos. “Isso gerou problemas, atrasos e a empresa foi multada por descumprimento de contrato”, disse o prefeito, afirmando tratar-se de procedimento normal na relação entre o poder público e as empresas de engenharia. Ele afirmou ainda que muitos dos problemas enfrentados nas obras são fruto de erros de projeto. “O Brasil ficou parado por 20 anos. Por isso, temos uma carência no ramo de empresas de construção e muitas vezes os projetos executivos ainda apresentam erros”, disse. “O importante é que não é a prefeitura que está pagando por isso”, disse. 

Grande BH
Além dos três corredores em construção na capital, o sistema BRT chegará à região metropolitana. Com a ampliação, a ideia é chegar a 100 quilômetros de malha, ou seja, 78 quilômetros de vias além dos atuais 22 que estão sendo implantados nos corredores Cristiano Machado, Antônio Carlos/Pedro I e Paraná/Santos Dumont. As três obras já em andamento custarão cerca de R$ 1 bilhão e têm previsão para terminar até o fim do ano. Os testes nas pistas estão marcados para janeiro e fevereiro, meses antes da Copa do Mundo 2014. No Corredor Cristiano Machado, a pista central no sentido Centro/bairro será aberta ao tráfego no próximo dia 15. 

Ibirité, Sarzedo, Contagem e Betim são os primeiros municípios da região metropolitana cotados para serem ligados à capital pelo sistema BRT. A BHTrans e o governo do estado já iniciaram um estudo para implantar a nova modalidade, passando pela Avenida Amazonas e pela Via Expressa, em Belo Horizonte. O objetivo é que sistema opere em pista exclusiva, com pagamento antecipado de passagens e embarque no mesmo nível em ônibus articulados. A expectativa para esse trecho, bem como para os outros ramais em construção na cidade, é de operação com intervalo de um minuto entre uma viagem e outra. “Temos condições de operar com esse tempo nos horários de pico. Nos momentos em que a demanda for menor, podemos trabalhar com intervalos de três e quatro minutos”, afirmou ontem o diretor de Planejamento da BHTrans, Célio Freitas, durante o congresso. 

Palestrante convidado, o arquiteto e urbanista Jaime Lerner – precursor da implantação do modelo quando era prefeito de Curitiba, em 1974 – falou sobre a importância do sistema frente à demora para construção do metrô. “Defendo os sistemas de superfície, porque operam onde estão a vida e o trabalho das pessoas na cidade. Por outro lado, o sistema de BRT é mais viável economicamente quando não se têm recursos para implantar o metrô”, afirmou. Atualmente já são 156 as cidades no mundo que operam o sistema BRT. 

Especialista faz elogio ao sistema da capital

A integração de vários tipos de transporte é a peça-chave para garantir fluidez ao trânsito de qualquer cidade. Além disso, é preciso transferir os usuários do transporte individual cada vez mais para o serviço público de alta capacidade. Essas foram as principais premissas defendidas pelo arquiteto e urbanista Jaime Lerner durante o 3º Congresso As Melhores Práticas SIBRT na América Latina. Pioneiro na implantação do BRT em Curitiba, há três décadas, ele defende que o sistema é uma das melhores saídas para a mobilidade urbana.

Sobre Belo Horizonte, o arquiteto elogiou a implantação do BRT, que classificou como uma “senhora rede”. Segundo ele, a escolha da modalidade de transporte foi a melhor para a capital, levando em consideração as demandas por expansão da capacidade de transporte e a insuficiência de recursos para construção do metrô. No entanto, o especialista destacou a necessidade de que o sistema tenha conexão com outras formas de transporte público, para que o atendimento seja de qualidade.

Sustentabilidade, economia e rapidez na realização de obras também foram defendidos por Lerner para o futuro das cidades. Segundo ele, tão importante quanto reduzir o uso do automóvel particular é separar e reciclar o lixo e ser rápido na implantação das ações que vão dar forma aos grandes centros no futuro. “A velocidade é importante. Temos que ser rápidos para evitar nossa própria burocracia. Quando temos boas ideias, é só começar”, afirma. Como exemplo, Lerner citou a realização de obras em Curitiba, feitas em tempo recorde. Uma delas foi o Jardim Botânico, erguido em três meses, e outra, a de um teatro que ficou pronto em apenas 60 dias. 

ENQUANTO ISSO... ...METRÔ AVANÇA EM MARCHA LENTA
Para quem aguarda a ampliação do metrô da capital, os prazos serão mais demorados. De acordo com o prefeito Marcio Lacerda, os projetos executivos para as obras nas linhas 1, 2 e 3 devem ficar prontos até o fim do ano e o edital de licitação da parceria público-privada (PPP) deve ser lançado no início do próximo ano. Com as obras, os atuais 20 quilômetros de malha metroviária serão ampliados para 45 quilômetros. Para o Vetor Sul da capital estão sendo feitos estudos de viabilidade para uma linha ligando a Savassi ao Bairro Belvedere, ainda sem prazo para sair do papel.

Por Valquiria Lopes
Informações: Estado de Minas
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Passageiros de linhas integradas ao BRT/Move se preocupam com horários

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Passageiros de linhas que ligavam bairros ao Centro e agora têm como destino a Estação São Gabriel, na Região Nordeste da capital, não sabem como farão para voltar à noite para casa. Os ônibus do BRT não circulam depois de meia-noite e quem precisa da condução depois desse horário está mergulhado em dúvidas e receios. A publicitária Eduarda Martins, de 28 anos, não sabe nem se vai continuar o curso de pós-graduação, com medo de não ter como chegar em casa, no Bairro Minaslândia, Região Norte da capital.

“Minha aula termina às 22h30, no Bairro Buritis. Estou sem saber como vou fazer, porque tenho que pegar um ônibus até o BRT e, na estação São Gabriel, o 734”, diz. O detalhe é que, pelo quadro de horários informado pela BHTrans, na linha 734 (Estação São Gabriel/Aarão Reis via Minaslândia), que substituiu a linha 5508 (Aarão Reis via Minaslândia), o último horário de partida é 23h30. Ou seja, em uma hora, Eduarda terá o desafio de sair da aula, pegar dois ônibus e chegar ao terminal a tempo de embarcar no 734. “É um tempo muito curto. Não sei se vou poder voltar a estudar”, diz.

No primeiro dia usando o BRT/Move, a publicitária não teve uma boa experiência e chegou 30 minutos atrasada ao trabalho, por causa das baldeações. Em vez de dois coletivos, ela passou a pegar três ônibus. “Ninguém consulta os passageiros para saber se eles querem essa mudança. A 5508 foi a primeira linha a ser extinta e tenho certeza de que, nas próximas, haverá os mesmos problemas. A gente perde muito tempo trocando de ônibus”, diz Eduarda, que, por falta de sinalização na Estação São Gabriel, acabou embarcando no ônibus errado.

As reclamações com relação às baldeações são comuns entre passageiros das duas linhas substituídas por alimentadoras com destino ao terminal São Gabriel. Muitos dizem que a jornada ficou mais cansativa e demorada. Um deles é a padeira Fernanda Cristina, de 37 anos, que trabalha no Bairro Buritis, na Região Leste de BH, e mora no Conjunto Paulo VI, na Região Norte. Na volta para casa, Fernanda costumava tomar um coletivo até o Centro e outro, da linha 5523A, para concluir o trajeto. Ontem, após descer no Centro, precisou embarcar em um articulado do BRT/Move, da linha 83P, e, na Estação São Gabriel, pegar um veículo da alimentadora 815. Demorou cerca de uma hora e 10 minutos para descer no ponto de destino, aproximadamente o tempo que gastava antes. “No terminal, a gente tem que subir e descer escadas. Além disso, o 83P estava lotado, tive que vir em pé. Antes, quando eu pegava a 5523A, sempre tinha cadeira vaga”, queixa-se.

Na tarde de ontem, o Estado de Minas cronometrou o tempo gasto para fazer a baldeação. Às 16h37, a equipe pegou um articulado da linha 83D na estação de transferência da Avenida Santos Dumont, no Centro. Às 16h58 ocorreu o desembarque no terminal São Gabriel. O embarque na linha 815 ocorreu às 17h10, com chegada ao ponto final , no Conjunto Paulo VI, às 17h46. A diarista Adriana Ribeiro, de 34 anos, gastou 45 minutos entre embarcar em um veículo da 83P na Avenida Cristiano Machado e descer no último ponto da 815. “São uns cinco ou 10 minutos a mais do que o tempo que eu gastava com a 5523A. Sem a baldeação era melhor”, disse.

A mudança no sistema de transporte do Bairro Paulo VI aumentou ainda mais a preocupação de mãe da doméstica Magda Dias Alves, de 36 anos. Ontem, no primeiro dia de funcionamento da linha 815 em substituição à 5523A, ela ainda não sabia como o filho, que estuda à noite, voltaria para casa. “Ouvi dizer que a estação não funciona até muito tarde. Ele sai da aula quase 23h. Como ele vai fazer se não conseguir mais pegar o BRT?”, disse, lembrando que a antiga linha tinha atendimento noturno. “Ele demorava a passar de madrugada, mas passava. A BHTrans precisa pensar nesse tipo de situação e atender a todos”, cobra. Para seu trajeto, Magda já tem opinião. “Vai me atrapalhar, porque trabalho na Cristiano Machado, mas vou ter que pegar outro ônibus.” Consultada, a BHTrans não se manifestou sobre o horário de circulação dos ônibus do Move.

Muito lugar para pouco passageiro

Se há quem reclame da demora e da superlotação de coletivos do Move, na nova linha 9850 há ônibus à espera de passageiros. Circulando no quarto itinerário criado desde a inauguração do BRT/Move da Cristiano Machado, há cerca de um mês, os coletivos que fazem o trajeto Estação José Cândido /Estação São Gabriel rodaram vazios no primeiro dia útil em operação, com baixa adesão do público. A equipe do Estado de Minas embarcou em duas viagens no novo itinerário, percorrido em 16 minutos, em média, e encontrou apenas uma passageira.

A empregada doméstica Conceição do Nascimento, de 54 anos, nem acreditava que, em plena segunda-feira, era a única passageira em um ônibus confortável e com ar-condicionado. Moradora do Bairro Paulo VI, na Região Nordeste, ela trocou o metrô pelo BRT. “Experimentei usar o BRT no sábado e gostei. O metrô vem mais rápido, mas vive cheio”, diz. Para a cobradora do 9850, Maria Márcia, a tranquilidade é maior. “É outro nível. Aqui não tem gente que entra no ônibus e quer pular roleta. É mais difícil fazer isso”, conta.

Em duas viagens na linha, entre 8h30 e 9h15, a equipe de reportagem levou 17 minutos e 15 minutos para cumprir o trecho. Em nenhum deles os monitores com informações sobre horários e pontos de parada estavam funcionando. Os ônibus passaram em intervalos de 15 a 20 minutos. Diferentemente da Estação São Gabriel, quem desembarca na Estação José Cândido da Silveira não pode entrar em outro ônibus sem a necessidade de pagar nova tarifa ou pagando apenas o complemento da passagem de integração. Passageiros sem o cartão BHBus são obrigados a pagar o preço integral, R$ 2,65.

Antônio Carlos fica para maio

Previsto inicialmente para começar a operar hoje, o corredor do BRT/Move da Avenida Antônio Carlos não tem data oficial para funcionar. A BHTrans afirmou, por meio da assessoria de imprensa, que o sistema será inaugurado em maio, a um mês da Copa do Mundo, mas não detalhou o dia. Na Avenida Cristiano Machado, conforme o EM adiantou, o cronograma prevê que até o dia 3 serão criadas e substituídas linhas, mudados horários e alterados itinerários dos ônibus. Segundo o planejamento, serão criadas 19 linhas para substituir 17 atuais. 

Por Flávia Ayer, Valquiria Lopes e Tiago de Holanda
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BRT: Um sistema de transporte desconhecido da população

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

A dona de casa Valéria Oliveira, de 44 anos, sempre utiliza o ônibus do transporte coletivo para se locomover em Belo Horizonte. Ela já notou como as obras do BRT (Bus Rapid Transit, ou Transporte Rápido por Ônibus) nas avenidas Cristiano Machado, Antônio Carlos e Pedro I causam atrasos em suas viagens. No entanto, assim como boa parte da população, Valéria não faz ideia para qual fim são as intervenções que prometem mudar o transporte público e reduzir em até 50% o tempo das viagens de ônibus.

Em uma pesquisa informal feita pelo Hoje em Dia em pontos de ônibus na Avenida Cristiano Machado e na Área Hospitalar, das 50 pessoas questionadas, 41 não souberam explicar o que é o BRT ou o propósito das intervenções. "Só tinha ouvido algo a respeito, mas não sei do que se trata. Acho que vai melhorar, pois piorar mais não tem jeito", afirma o serralheiro Alvair Teixeira, de 49 anos.

Segundo o gerente de coordenação de mobilidade da BHTrans, Rogério Carvalho, as ações para apresentar o BRT à população já começaram. Porém, as estratégias de comunicação que serão usadas para informar os belo-horizontinos sobre o sistema estão sendo elaboradas, pois haverá uma reorganização das linhas nas regiões do Vetor Norte.

Neste ano, as ações estão focadas em reuniões e seminários internos na BHTrans e também em encontros com a comunidade e entidades de classe, além da produção de folders, folhetos, banners, campanhas publicitárias e informativos em mídias digitais.

Para o próximo ano, a estratégia será manter os informativos, além de investir em comunicação por meio da imprensa, portal na internet, visitas itinerantes e a criação de dois centros de referências sobre o BRT.

A cidade pretende inaugurar, no primeiro semestre de 2013, dois corredores de ônibus para o BRT: o da Cristiano Machado e o da Antônio Carlos/Pedro I.

O modelo que será implantado foi inspirado no existente em Curitiba, na Região Sul do país, o que sugere que Belo Horizonte também adote a tarifa única integrada para todo o sistema. Na Capital do Paraná, o BRT transporta 560 mil passageiros por dia. Quase 45% da população usa o transporte público e somente 22% se locomovem de carro, conforme a Urbanização de Curitiba S/A (Urbs).

Segundo a BHTrans, o BRT em Belo Horizonte vai funcionar da seguinte forma: linhas de ônibus convencionais (que serão chamadas de alimentadoras) irão levar os passageiros até as cinco estações de integração (Venda Nova, Vilarinho, Pampulha, São Gabriel e José Cândido). O usuário pagará a passagem, no mesmo valor atual, na entrada da estação.

Como não haverá cobrador nos veículos, como funciona hoje, esses profissionais serão aproveitados como bilheteiros e fiscais. Os novos ônibus terão quatro portas, distribuídas nos 18 metros de comprimento, e 2,60 metros de largura. Os veículos poderão transportar entre 120 e 150 passageiros, sendo 40 a 50 sentados.

Os corredores de ônibus, com duas faixas exclusivas em cada sentido, terão mini-estações elevadas pré-fabricadas em módulos, nos canteiros centrais, a cada 500 metros. Esses locais vão disponibilizar informações em painéis sobre a localização e a hora de chegada dos veículos, monitorados por uma nova central de operação.

"Algumas linhas continuarão seguindo pela pista exclusiva e outras serão alteradas", diz Rogério.

 

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Em BH, Passageiros estão cheios de dúvidas sobre linhas e itinerários com entrada do BRT

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

"O que vai acontecer com a minha linha?”. "Por onde entro nas estações?”. "Onde vou passar meu cartão de embarque?”. Faltam apenas seis dias para a inauguração do Move, o BRT de BH, e a falta de informações oficiais deixa os passageiros confusos e indica a especialistas um cenário de transtorno quando os ônibus articulados e simples (padron) começarem a rodar no trecho inaugural de 8,4 quilômetros dos corredores das avenidas Cristiano Machado e Santos Dumont/Paraná.

O novo conceito de transporte de massa é a aposta da capital mineira para a Copa do Mundo e exige muitas adaptações dos usuários, que terão de aprender a embarcar em linhas novas, fazer baldeação em estações, conhecer os pontos de compra de bilhetes e se acostumar a não ter mais de pagar pela viagem aos cobradores. Entre embarques e desembarques, passageiros relataram inúmeras dúvidas à reportagem do Estado de Minas, nem todas devidamente respondidas pela BHTrans.

Até sexta-feira, nenhuma informação prática foi divulgada nos pontos de embarque, nos murais das estações de integração ou no jornalzinho do ônibus sobre o serviço que entrará em operação no próximo sábado com a inauguração do Move.

A dúvida mais frequente nesses locais é saber o destino dos veículos que percorrem os trajetos atuais. O EM apurou que nenhuma linha será substituída no dia 15, quando a previsão inicial da BHTrans será de operar o Move com quatro novas linhas troncais percorrendo os corredores exclusivos e pontos nas áreas central e hospitalar, Savassi e Lagoinha. "Estou completamente perdido. Uso ônibus para trabalho e diversão, mas até agora não sei o que ocorrerá com o 3503 (Santa Terezinha/Estação São Gabriel). Fico na expectativa, porque meu ônibus roda justamente na Cristiano Machado”, disse o gerente comercial Gustavo Lameu, de 19 anos.

Hoje, paro no ponto da Rua Jacuí, mas com o BRT não sei como vou fazer para chegar ao ponto que fica no meio da Cristiano Machado”, diz o professor Roberto Caldeira, de 54. "Acho que vai ter muita confusão quando as mudanças começarem, mas se for só por um ou dois dias, não tem problema”, completa.

Outra questão que confunde passageiros é a venda de passagens. O projeto definitivo da BHTrans determina que no corredor Santos Dumont/Paraná haverá quiosques entre as estações de embarque para vender e carregar os cartões. No corredor da Cristiano Machado, as passagens serão vendidas nas bilheterias das estações modulares ao longo da via, chamadas estações de transferência (ET), e na Estação São Gabriel. Mas a BHTrans ainda não informou se esse sistema já estará operando no dia 15 nem como serão as transações nos hospitais e outras regiões.

"Outra preocupação é o transporte de tanta gente para o Centro, no corredor mais perigoso da cidade, onde ocorrem assaltos e furtos por causa do grande número de viciados. Imagina só ter de ficar comprando passagens em quiosques com os marginais o espreitando”, teme o advogado Amâncio Dias Sampaio, de 67.

Quando estiverem completamente operantes, os corredores inaugurados no dia 15 chegarão a comportar cerca de 300 mil passageiros por dia. O volume representa 43% do total previsto para o sistema completo do BRT, estimado em 700 mil usuários com a adição futura dos trechos das avenidas Antônio Carlos, Dom Pedro I e Vilarinho, num total de 23,1 quilômetros.

Segundo a BHTrans, os passageiros que estiverem nos bairros terão duas opções: poderão pegar um ônibus de linha alimentadora, que os levará até uma estação de integração (EI), como a de São Gabriel, e se estiverem longe das estações embarcarão em linhas troncais que os levarão até as estações de transferência.

Essa dúvida incomoda quem está acostumado a subir num ônibus em seu bairro e seguir diretamente para seu destino, no Centro ou em outra região. "Moro no Xangrilá (Pampulha) e uso um ônibus apenas para ir ao Centro. Se tiver de ir até uma estação para pegar outro será um transtorno maior. Não sei se vai compensar, mesmo sendo mais rápido. Prefiro, por exemplo, demorar mais 20 minutos, mas ir sentada”, afirma a costureira Selma dos Reis Dias, de 62, que leva uma hora nas viagens, mas gasta até 40 minutos esperando a chegada de um ônibus nos pontos tradicionais.

Tempo para adaptação

O coordenador do curso técnico de Transporte e Trânsito do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG), professor Guilherme de Castro Leiva, alerta para o risco de transtornos devido à falta de informações precisas. "É preciso dar publicidade a todo o sistema, porque quando é implantado acaba gerando um ou dois dias de adaptações e de experimentações entre as pessoas e isso pode envolver alguma confusão”.

Já o mestre em engenharia de transportes e professor da Fumec Márcio Aguiar considera preocupante o ritmo de andamento das obras do Move e diz não acreditar que no próximo sábado haja uma inauguração de linhas que tragam impactos consideráveis para os usuários. "Vai estar inacabado, sem operar plenamente as estações. Isso tudo colabora também para dificultar a adaptação dos usuários”, afirma.

A BHTrans informou que nesta semana deverá esclarecer "todas as dúvidas” sobre o sistema, que passa a operar no dia 15.

Fim das faixas exclusivas

O trecho inaugural do Move, nas avenidas Cristiano Machado, Santos Dumont e Paraná, e os próximos a serem ativados, até 15 abril, nas avenidas Antônio Carlos e Dom Pedro I, serão os únicos a contar com calhas de concreto exclusivas. Nas demais vias do Move a BHTrans planeja apenas a demarcação do espaço de rodagem dos ônibus por pistas de asfalto, algumas simples, outras duplas, com ou sem espaço para ultrapassagens e adequações nas dimensões de passeios e baias.

As medidas constam do relatório final do plano de mobilidade da BHTrans, o Planmob, lançado em outubro do ano passado e com implantação calculada para este ano. O EM teve acesso com exclusividade ao plano, que esclarece o funcionamento dos ônibus articulados e simples (padrons), em corredores como Amazonas, Tereza Cristina, Via do Minério e Nossa Senhora do Carmo e que estavam previstos para este ano, mas que não deverão ser cumpridos nesse prazo, segundo a BHTrans.

De acordo com o Planmob, os ônibus do Move poderão circular em uma faixa exclusiva por sentido que conta com áreas de ultrapassagem nas aproximações de pontos e de baias. As pistas poderão ser implantadas ao longo de canteiros centrais ou acompanhando as calçadas. Esse modelo será o adotado nas avenidas Presidente Carlos Luz, Dom Pedro II, Portugal, Amazonas, Tereza Cristina, Vilarinho e Via do Minério. Somente a Avenida Nossa Senhora do Carmo teria uma faixa exclusiva por sentido sem espaços para que um coletivo possa ultrapassar outro que esteja parado num ponto. As manobras se dariam em meio às pistas mistas.

O mestre em engenharia de transportes e professor da Fumec Márcio Aguiar diz que esse tipo de organização do tráfego de ônibus não pode ser considerado, por si só, uma solução. Para ele, o investimento que poderá trazer um alívio real ao tráfego é a implantação e a ampliação das três linhas de metrô, que têm previsão de estar totalmente concluídas até 2018.

DÚVIDAS NO MEIO DO CAMINHO

Principais perguntas de passageiros do Move/BRT

Quais linhas serão substituídas?

A BHTrans ainda não informou, mas o EM apurou junto à Ouvidoria do Município que serão 134 linhas.

Quais os novos itinerários?

Não informado. A definição por enquanto é que as linhas alimentadoras levarão passageiros dos bairros para as estações de transferência, onde será feita a baldeação para o corredor exclusivo.

Onde comprar a passagem?

Normalmente, nas bilheterias das estações ou em quiosques na Estação Santos Dumont/Paraná. Mas a BHTrans não informou como será o esquema no dia 15.

Onde será o embarque?

A BHTrans não informou como seráfeito o embarque fora das estaçõesa partir do dia 15.

O cartão de embarque será passado dentro ou fora do ônibus?

Dentro das estações o cartão será passado uma vez. A BHTrans não informou como será fora das estações.

Será aceito dinheiro nos ônibus?

Inicialmente, seria aceito dinheiro nas bilheterias, mas não se sabe ainda como isso ocorrerá fora das estações.

As linhas dos bairros já serão alteradas?

A BHTrans não adiantou se haverá mudanças de linhas já no dia 15. O EM apurou que só entrarão em funcionamento as linhas troncais.

Quanto tempo vai valer a integração das passagens?

Inicialmente, foi prevista para durar 90 minutos, mas isso ainda não foi confirmado.

Quem pegava ônibus na Avenida Cristiano Machado para outras regiões vai ter de ir até alguma estação?

Não informado.

Os pontos de ônibus fora dos corredores serão adaptados?

Não informado.

Nos bairros de onde partirão as linhas, como serão compradas as passagens?

Não informado.

Como entrar nas estações de transferência instaladas no meio da Avenida Cristiano Machado?

O projeto define o uso de passarelas e faixas de pedestres, mas a BHTrans ainda não informou como isso ocorrerá no dia 15, já que muitas passarelas ainda serão montadas.

Os passageiros que ficarem esperando o ônibus dentro das estações não vão acabar entrando todos de uma vez? Como isso vai melhorar o embarque?

Não informado

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Adiada licitação de radares para o BRT de BH

domingo, 15 de dezembro de 2013

A BHTrans adiou a licitação para instalar radares em sistema de rodízio em 178 pontos espalhados pelas pistas por onde passarão os coletivos do transporte rápido por ônibus (BRT, da sigla em inglês). O adiamento vai atrasar a colocação dos equipamentos que fiscalizarão avanço de semáforo, excesso de velocidade e invasão das pistas exclusivas para os ônibus do BRT. Como não há previsão de quando a licitação será retomada, é grande a chance de a largada do BRT ser dada sem a presença dos fiscais eletrônicos, já que o corredores Cristiano Machado e Central começam a funcionar em 15 de fevereiro. 

Nesse caso, de acordo com a concorrência pública 05/2013, a tecnologia escolhida pela empresa vencedora não pode prever obras no pavimento. O adiamento foi publicado ontem no Diário Oficial do Município (DOM), em razão de “impugnações e questionamentos apresentados aos termos do edital” pelos interessados. Além do certame para vigiar o comportamento dos ônibus e, eventualmente, de invasores das novas faixas exclusivas, o outro edital destinado à ampliação dos radares de Belo Horizonte já havia sido adiado, no fim de novembro, pelas mesmas razões.


Junto com a operação dos ônibus do BRT, batizado de Move, a BHTrans apostava no funcionamento dos novos radares, divididos em dois blocos. Na concorrência pública 05/2013, lançada em 13 de novembro e adiada ontem, estavam previstos olhos eletrônicos em sistema de rodízio nas avenidas Pedro I, Antônio Carlos, Cristiano Machado, Paraná e Santos Dumont. Desse total, são 93 endereços fiscalizados ao mesmo tempo e outros 85 pontos com infraestrutura necessária para a mobilidade dos radares e mudança dos equipamentos quando for interesse dos gestores. 

Na ocasião em que o edital foi publicado, a BHTrans informou que “a detecção dos veículos infratores deverá ser feita por meio de equipamentos com tecnologia que registre a infração por radiofrequência, emissão de frequência luminosa e videomonitoramento”, ou usando outras estratégias que não representem obras no pavimento. Ninguém da empresa foi encontrado para comentar se os questionamentos apresentados têm relação com essa exigência, uma vez que o órgão gestor do trânsito na capital não pretende quebrar novamente as pistas de concreto recém-construídas. Todos os 94 ra dares fixos que operam hoje na capital usam o sistema de sensores no asfalto. Há ainda três aparelhos móveis em funcionamento na cidade. 

SEGUNDO ADIAMENTO 
Já na concorrência pública 04/2013, lançada em 18 de outubro e adiada em 20 de novembro, está prevista a instalação de equipamentos para fiscalizar 293 pontos, também no sistema de rodízio, na área de influência do BRT ou em avenidas importantes para o desempenho de todo o sistema integrado, como a Avenida Pedro II. Porém, nesse lote nenhum equipamento vai fiscalizar pontos nas pistas exclusivas de concreto. Os aparelhos são destinados às faixas normais, de circulação dos demais veículos, e também às pistas exclusivas criadas sem divisão física, a exemplo do que já existe na Avenida Nossa Senhora do Carmo e será expandido para outros corredores da cidade.

Como normalmente um processo licitatório desse tipo leva em torno de 90 dias para ser concluído, não será possível começar a multar os infratores ao mesmo tempo em que o BRT for inaugurado. Segundo a Secretaria Municipal de Obras da capital, o cronograma do novo sistema prevê que os corredores da Paraná, Santos Dumont e Cristiano Machado comecem a funcionar em 15 de fevereiro. O funcionamento na Avenida Antônio Carlos e na Estação Pampulha começa até 15 de março. Já as estações Vilarinho e Venda Nova vão operar a partir de 15 de abril, quando todo o sistema estará pronto. 

Por Guilherme Paranaiba
Informações: Estado de Minas
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Corredores de ônibus recebem novos radares em Belo Horizonte

sexta-feira, 10 de julho de 2015

As avenidas Antônio Carlos e Cristiano Machado, em Belo Horizonte, terão 14 novos radares de avanço de sinal funcionando a partir desta sexta-feira. Os equipamentos irão operar somente nas faixas exclusivas do Move e não monitoram a pista mista.

De acordo com a BHTrans, os radares ainda não detectam a invasão da busway por veículos particulares. A empresa que administra o trânsito na capital diz que a instalação dos equipamentos voltados para esse tipo de monitoramento serão anunciados em breve. No entanto, os motoristas que invadirem a pista exclusiva de ônibus e avançarem o sinal vermelho serão flagrados pelos radares.

Faixas de pano alertando para o início da fiscalização serão implantadas nos locais. A capital mineira passa a contar com 84 equipamentos que detectam avanço de sinal vermelho. A BHtrans diz que os equipamentos são importantes para o aumento das condições de segurança na circulação dos usuários das vias do município. Para a instalação dos equipamentos, a empresa diz que segue critérios de estudos técnicos que apontam locais com maior fluxo de pedestres e maior potencial para ocorrências de acidentes.

Os equipamentos foram instalados nos seguintes locais:
1. Av. Antônio Carlos, 6.804 - sentido Centro / Bairro
2. Av. Antônio Carlos, entre o Viaduto São Francisco e a Rua Viana do Castelo – sentido Centro / Bairro
3. Av. Antônio Carlos, entre a Rua Viana do Castelo e o Viaduto São Francisco – sentido Bairro / Centro
4. Av. Antônio Carlos, 4.157 – sentido Bairro / Centro
5. Av. Antônio Carlos, esquina com Av. Coronel José Dias Bicalho – sentido Bairro / Centro
6. Av. Antônio Carlos, esquina com Av. Coronel José Dias Bicalho – sentido Centro / Bairro
7. Av. Antônio Carlos, 7.596 – sentido Centro / Bairro
8. Av. Antônio Carlos, 7.635 – sentido Bairro / Centro
9. Av. Antônio Carlos, 6.627, esquina com Av. Reitor Mendes Pimentel – sentido Bairro / Centro
10. Av. Cristiano Machado, esquina com Rua Jacuí – sentido Bairro / Centro
11. Av. Cristiano Machado, 2.273 – sentido Bairro / Centro
12. Av. Cristiano Machado, 2.150 – sentido Centro / Bairro
13. Av. Cristiano Machado, esquina com Av. Silviano Brandão – sentido Bairro / Centro
14. Av. Cristiano Machado, esquina com Av. Silviano Brandão – sentido Centro / Bairro

Informações: Estado de Minas


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