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BRT/Move melhora a vida dos usuários mas não reduz engarrafamentos

terça-feira, 19 de maio de 2015

Prometida como um dos benefícios da implantação do BRT/Move, a melhora do trânsito de Belo Horizonte foi tímida depois de um ano de funcionamento do sistema na comparação com os 12 meses anteriores. De acordo com dados do sistema de mapeamento on-line do site Maplink feito a pedido do Estado de Minas, a média de engarrafamentos nos horários de pico, entre 7h e 9h e entre 17h e 19h, caiu apenas 3,4% no período de funcionamento do BRT/Move, baixando de uma média de 89 quilômetros para 86. Um resultado modesto frente ao volume investido, da ordem de R$ 1 bilhão. Mais ainda, se for considerado que antes do Move muitas vias de BH estavam em obras para implantação do sistema e os poucos corredores exclusivos de ônibus tinham sido ocupados pelos canteiros, direcionando os ônibus para as vias de circulação comum.

Várias vezes a empresa de transporte e trânsito de BH indicou que a simples implantação do Move melhoraria o tráfego. No site da BHTrans sobre o BRT/Move, está destacada a informação de que a “retirada dos ônibus metropolitanos e municipais das pistas mistas” fará com que “a circulação de veículos melhore bastante e possibilite mais fluidez ao tráfego”. A empresa chegou a declarar que “na área central houve uma concentração dos ônibus na região da Paraná e Santos Dumont, aliviando, por exemplo, outras áreas do Centro que recebiam um grande volume de linhas”.

A redução de fato ocorreu, mas sem o desafogo previsto. De acordo com a BHTrans, no trecho entre a Avenida Portugal e o Anel Rodoviário, por exemplo, o número de ônibus que circulam durante o horário de pico pela manhã antes do Move caiu de 290 para 14. Entre o Anel Rodoviário e a Lagoinha, de 354 para 78. Já nas pistas mistas da Avenida Cristiano Machado o volume de ônibus municipais era de 293 e agora é de 135.

Na Avenida Antônio Carlos, por exemplo, a redução de ônibus por hora nos momentos de pico chegou a mais de 90%, e, na Cristiano Machado, a mais de 50%. A organização em corredores exclusivos e a alimentação das estações teria feito cair o tempo das viagens na Avenida Antônio Carlos de 75 minutos para 40 (– 46,7%) e, na Avenida Cristiano Machado, de 35 minutos para 20 (– 42,9%). O Move transporta cerca de 500 mil usuários por dia e conta hoje com uma frota de 450 veículos, entre ônibus articulados e os do tipo padron.

Para o doutor em Engenharia de Transportes e diretor da consultoria Imtraff, Frederico Rodrigues, o pequeno impacto na redução do tráfego era esperado. “O Move não necessariamente melhoraria o trânsito, pois sua implantação não pressupõe que os usuários de carros vão migrar para os ônibus. Isso leva tempo e amadurecimento de uma cultura. Além disso, o sistema não é tão capilar. Não leva a toda cidade”, afirma. 

Segundo Rodrigues, acabar com engarrafamentos é uma tarefa dificílima. Para fazer um comparativo, ele cita Belo Horizonte, onde 55% das pessoas utilizam o transporte coletivo, e Nova York, onde o índice é de 91%. “Nas duas cidades o que vemos nas vias durante o horário de pico? Engarrafamentos. A diferença, então, é que em Nova York você tem opções públicas de chegar mais rápido aos seus destinos, seja pelo metrô ou outros sistemas”, exemplifica. Esse fenômeno se explica pelo equilíbrio dinâmico da oferta e demanda, de acordo com o especialista. “Se você migra em grande quantidade para o sistema público, as ruas ficam mais vazias e se torna mais interessante usar o carro do que um metrô lotado. Com isso, em pouco tempo as vias urbanas voltam a ficar congestionadas. A tendência é sempre ter um equilíbrio”.

A BHTrans informou, por meio de nota, que não comentaria o estudo da Maplink por não ter conhecimento dos detalhes do levantamento, mas também não apresentou informações sobre o impacto do Move na fluidez do tráfego desde a sua implantação. A nota diz ainda que a principal missão do Move é “incentivar o uso do transporte coletivo. O objetivo é garantir um serviço de maior qualidade e aumentar a atratividade do sistema para o usuário do veículo privado e assim melhorar a mobilidade urbana na capital, priorizando o transporte coletivo e garantindo uma cidade melhor e mais sustentável”.

Por Mateus Parreiras
Informações: Estado de Minas

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Prefeitura de BH obtém recurso para implantação de Move em 'versão econômica' na Av.Amazonas

terça-feira, 7 de outubro de 2014

O Ministério das Cidades aprovou pedido de recursos da Prefeitura de Belo Horizonte para investimentos no “Expresso Amazonas”, nome dado ao conjunto de 41 quilômetros, em 10 corredores, que receberá faixas exclusivas para circulação de ônibus do Move nas regiões Oeste e Barreiro. Segundo o presidente da BHTrans, Ramon Victor Cesar, será criado um BRT “light” nesse circuito. Trata-se de uma versão reduzida do sistema de transporte rápido por ônibus, sem desapropriações, a exemplo do que ocorreu na Avenida Pedro II, embora a versão Amazonas tenda a ser mais robusta e contar com estações de transferência em vez de pontos simples de coletivos. 

As intervenções foram concebidas para custar R$ 149 milhões, dos quais R$ 141,55 milhões de financiamento do governo federal e 7,45 milhões de contrapartida do município. As adaptações ainda serão submetidas a um projeto, sendo que as avenidas Amazonas e Tereza Cristina serão as que terão mais intervenções. 

Antes de receber o sinal verde para o financiamento, a prefeitura precisou encaminhar carta-consulta a Brasília, detalhando o que pretende fazer. No documento, obtido pelo Estado de Minas por meio da Lei de Acesso à Informação, a BHTrans indica que o sistema terá, basicamente, três grandes corredores. Além disso, a prefeitura pretende construir uma estação na Região Oeste, que será compartilhada com um dos terminais da primeira parte da Linha 2 do metrô, projetada para ligar a Estação Barreiro ao Bairro Nova Suíssa (Oeste). O projeto da Linha 2 está concluído, segundo a Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop), porém, ainda não há definição sobre a incorporação da Linha 1 (Vilarinho/Eldorado) pelo governo do estado para prosseguir os trabalhos. 

O primeiro dos três corredores do BRT Amazonas tem previsão de oito quilômetros de extensão apenas na Avenida Amazonas, entre Avenida Paraná, no Centro, e o Anel Rodoviário, no Bairro Madre Gertrudes (Região Oeste). O ramal deve ser conectado a uma futura estação de integração, a ser construída pelo governo estadual nos limites de Belo Horizonte e Contagem, na Grande BH. Um segundo corredor parte da Amazonas no cruzamento com a Avenida Tereza Cristina e segue pela via até a Estação Barreiro, que passará por intervenções para receber o BRT. O último ramal tem como destino a Estação Diamante (Barreiro), usando, além das avenidas Amazonas e da Tereza Cristina, a recém-inaugurada Via 210 e a Avenida Waldir Soeiro Emrich, popularmente conhecida como Via do Minério. O terminal também vai passar por obras de adaptação ao BRT. O objetivo é deixar as duas estações de integração do Barreiro nos moldes do que foi feito com os terminais Vilarinho e Venda Nova. 

Dentro do pacote a ser implantado estão ainda  faixas exclusivas em outras avenidas, para melhorar o desempenho dos ônibus, como na Olegário Maciel, Nossa Senhora de Fátima e em vias do Barreiro. A conexão do BRT projetado para a Avenida Amazonas com o sistema existente na capital será feita pela Avenida Paraná, que já é itinerário exclusivo de ônibus do Move no Centro da capital. 

Segundo o superintendente de Planejamento e Pesquisa da BHTrans, Rogério Carvalho Silva, apesar de o modal não ser um BRT nos mesmos moldes das avenidas Antônio Carlos e Cristiano Machado – que têm duas faixas por sentido e pistas segregadas com separação física –, os novos corredores vão receber veículos padrão BRT, como os ônibus articulados e padron, e também estações de transferência. “Teriam que ser estações mais simples. Se é no passeio, não pode ser tão grande. Se é no canteiro central, não pode ser tão larga, mesmo no caso da Amazonas”, diz o superintendente, referindo-se à concepção inicial elaborada pela BHTrans. No caso da Avenida Tereza Cristina, que terá 16 quilômetros de faixas exclusivas desde a Avenida do Contorno até o Barreiro, o mais provável é que o embarque seja do lado direito em cada sentido, pois do lado esquerdo está o Ribeirão Arrudas. “Tudo isso será detalhado pelo projeto”, afirma Rogério Carvalho.

Viadutos
O planejamento financeiro esboçado pela prefeitura contempla quatro obras de arte especiais, termo da engenharia para estruturas como viadutos, pontes ou trincheiras. A BHTrans ainda não definiu o que será feito nesse sentido, mas duas possibilidades são obras nos cruzamentos de Amazonas com Contorno e Amazonas com Tereza Cristina. Também está prevista a implantação de 170 abrigos de ônibus nos 41 quilômetros de pistas exclusivas para o transporte público, conforme a concepção da BHTrans. 

De acordo com o superintendente da empresa municipal, os próximos passos são de responsabilidade da Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura, que vai seguir trâmites para liberar os recursos junto à Caixa Econômica Federal e providenciar as licitações de projetos e obras. A expectativa da PBH é começar as intervenções no fim de 2015, com possibilidade de que sejam concluídas até o fim da gestão Marcio Lacerda (31 de dezembro de 2016). Na rede estruturante de transportes projetada pela prefeitura, ainda faltaria a criação do corredor de BRT no Anel Rodoviário, que depende da revitalização da via. “O Anel é importante, porque corta os grandes corredores da cidades sem passar pelo Centro”, diz Ricardo Carvalho.

Por Guilherme Paranaiba
Informações: Estado de Minas

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BHTrans quer triplicar pistas exclusivas e preferenciais de coletivos até 2020

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Grandes vias de Belo Horizonte vão receber pistas exclusivas e preferenciais para ônibus nos próximos dois anos. A meta é criar 87,5 quilômetros de faixas para reduzir o tempo de deslocamento. O número é quase o triplo dos atuais 32 quilômetros. Hoje, 40% dos moradores das capitais do Sudeste, incluindo os da mineira, dizem ficar mais de duas horas no trânsito todos os dias. 
Imagem: Pedro Gontijo

Para a diretora de planejamento e informação da BHTrans, Elizabeth Gomes, o tempo de deslocamento está diretamente relacionado ao aumento de veículos na cidade. Por isso, a principal estratégia para reverter o quadro é o estímulo ao uso do transporte coletivo, bicicletas e até caminhadas para percursos mais próximos.

O esperado pela BHTrans é que o aumento da velocidade dos coletivos estimule as pessoas a deixar carros na garagem, reduzindo os congestionamentos. Dentre as avenidas que terão as mudanças, a Amazonas (entre a Praça Raul Soares e o Anel Rodoviário) é a que está com os trâmites mais avançados, segundo Elizabeth Gomes. 

Lá, já existem estudos de viabilidade técnica e o planejamento dos pontos onde serão necessárias obras e reformulação do tráfego, como impedimento de conversões à direita. As intervenções nos 7,5 quilômetros ainda estão pendentes de financiamento para bancar os R$ 20 milhões necessários. 

Para fazer o projeto dos outros 80 quilômetros serão necessários mais R$ 8 milhões. O valor das obras será definido posteriormente. Estão incluídas no planejamento da BHTrans avenidas como a Nossa Senhora do Carmo, Afonso Pena, Portugal, Andradas e Abílio Machado. Todas com implantação até 2020.

Soluções

Para o especialista em transporte e trânsito Márcio Aguiar, a segregação de pistas é um “bom paliativo”, pois não resolve a falta de mobilidade na capital. “A instalação de pistas exclusivas vai trazer melhorias, mas em vários pontos da cidade as vias não comportariam a segregação. Então, teremos pontos de afunilamento e congestionamento que permanecerão atrasando as viagens”, afirma.

Para o professor do departamento de engenharia de transporte do Cefet-MG, Guilherme de Castro Leiva, a solução definitiva passa pela descentralização dos serviços e comércio, o que já vem ocorrendo na capital. Assim, diz ele, as pessoas não precisariam se deslocar por grandes distâncias para realizar atividades diárias. Além disso, o professor defende melhorias no transporte público, como ampliação do metrô e linhas do Move.

Enquanto a solução não chega, a diarista Francisca Izabel da Silva, de 55 anos, pega seis ônibus diariamente para trabalhar. Sai de casa às 5h e volta apenas às 17h. “Fico umas quatro horas dentro do ônibus todo dia, somando a ida e a volta. É praticamente outro expediente. Muitas vezes em pé, porque os ônibus estão sempre lotados”, afirma. 

Pesquisa

Além dos 40% que gastam mais de duas horas no trânsito todos os dias, o levantamento recente feito pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-BH) aponta que apenas 13% das pessoas gastam menos de meia hora nos deslocamentos para atividades diárias. “A pesquisa mostra uma realidade das quatro capitais, mas BH puxa a média para cima porque não tem a estrutura de metrô tão consolidada como Rio de Janeiro e São Paulo”, afirma o vice-presidente da CDL-BH, Marcelo de Souza Silva.

Veja onde elas estão atualmente: 

Faixas exclusivas

- Avenida Nossa Senhora do Carmo, entre Rua Valparaíso e Avenida do Contorno, neste sentido;
- Avenida Nossa Senhora do Carmo, entre Rua Outono e Rua Valparaíso, neste sentido;
- Rua Padre Belchior, entre Avenida Amazonas e Rua Curitiba, neste sentido;
- Rua Padre Belchior, entre Rua São Paulo e Rua Curitiba, neste sentido;
- Avenida Augusto de Lima, entre Rua Curitiba e Avenida João Pinheiro, neste sentido;
- Avenida Augusto de Lima, entre Avenida João Pinheiro e Rua São Paulo, neste sentido;
- Avenida João Pinheiro, entre Rua dos Guajajaras e Rua Goiás, neste sentido;
- Avenida Professor Alfredo Balena, entre Rua Padre Rolim e Praça Hugo Werneck, neste sentido;
- Avenida Professor Alfredo Balena, entre Praça Hugo Werneck e Rua Pernambuco, neste sentido;
- Avenida Pedro II em toda sua extensão;
- Avenida Carlos Luz, em toda sua extensão;
- Avenida Cristiano Machado, entre o Anel Rodoviário e a Avenida Vilarinho;
- Rua Goiás, entre Avenida João Pinheiro e Rua dos Guajajaras;
- Avenida Vilarinho, da Estação Venda Nova até a Av. Cristiano Machado;
- Viaduto Leste, do início do túnel até Avenida do Contorno;
- Avenida Antônio Carlos

Faixas preferenciais

- Rua Tupis, entre Paraná e Rio Grande do Sul
- Av. Amazonas
- Av. Tereza Cristina
- Av. dos Andradas
- Rua Araguari
- Rua Niquelina,  entre as  Avenidas Mem de Sá e Contorno;
- Rua Padre Eustáquio, desde a interseção com a Avenida Nossa Senhora de Fátima até a Rua Vila Rica;
- Rua Pará de Minas, em toda sua extensão.

Informações: Hoje em Dia
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BRT/Move na Antônio Carlos dobra o número de ônibus neste sábado

domingo, 25 de maio de 2014

Os usuários do transporte público de Belo Horizonte devem ficar atentos. A segunda etapa do BRT/Move na Avenida Antônio Carlos vai começar neste sábado. Nessa fase, mais de 86 ônibus que circulam diariamente nas pistas mistas da via serão retirados para desafogar o trânsito. Serão criadas duas novas linhas troncais - uma que sairá da Estação Pampulha e seguirá até a Região Hospitalar e outra que ligará o terminal até o Bairro Betânia, na Região Oeste de Belo Horizonte, sem passar pelo Centro. Essa última vai fazer a ligação entre a Antônio Carlos e a Amazonas. Segundo a BHTrans, 37 mil usuários serão atendidos pelos sistema rápido por ônibus no entorno do corredor. 

Ao todo, 11 linhas convencionais vão ser transformadas em oito alimentadoras, que atenderão usuários dos bairros Planalto, Floramar, Santa Mônica e Jardim Leblon. Os passageiros serão levados até a Estação Pampulha, de onde acessarão o Centro de BH e a área hospitalar, sem o pagamento de novas tarifas. (Veja no quadro abaixo).

De acordo com a BHTrans, com as mudanças 86 ônibus convencionais sairão do fluxo de tráfego no sentido Centro / Bairro no pico da manhã no trecho entre o Anel Rodoviário e Lagoinha. Nesta nova etapa, o número de ônibus vai cair para 186, uma redução de 47% do volume de coletivos municipais na via. Na pista mista no trecho entre a Avenida Portugal e o Anel Rodoviário, onde foram introduzidos 191 ônibus, o número de coletivos vai cair para 105, uma redução de 45%, a partir do próximo sábado. 

Linha vai ligar Pampulha a Região Oeste

Uma nova linha troncal do Move vai interligar duas regiões de Belo Horizonte. O ônibus 5250 (Estação Pampulha/Betânia) vai passar pela Antônio Carlos em direção ao Bairro Betânia sem passar pelo Centro. Para isso, vai trafegar pela a Avenida Amazonas. O veículo vai possibilitar que os usuários, por exemplo, tenham acesso ao Fórum Lafayette e ao polo comercial do Barro Preto. 

A nova linha vai funcionar com veículo estilo padron com ar condicionado. Ele vai circular nos idas úteis e nos períodos noturnos. Neste horário vai parar nas Estações Carijós e Rio de Janeiro e trafegar pela pista mista da Antônio Carlos entre 0h e 4h. Também vai rodar aos domingos e feriados.

A partir do próximo sábado, a atual linha Diametral 5401 (São Luiz / Dom Cabral) vai passar a circular com ônibus estilo Padron. Na Avenida Antônio Carlos vai circular na Busway com parada nas estações posicionadas ao longo do trajeto. Isso vai permitir a integração com outras linhas do Move. Por exemplo, os usuários que embarcarem nas linhas troncais poderão descer em alguma estação de transferência e pegar o 5401 sem o pagamento de nova tarifa. Nele, poderá chegar a destinos como o Expominas e a Puc Coração Eucarístico. 

Mudanças na Região Oeste

Na nova etapa do Move, algumas mudanças serão feitas no transporte público na região Oeste de Belo Horizonte. Com a implementação da linha troncal 5250, três linhas diametrais que circulam na regiã, vão ganhar a complementação de três linhas radiais convencionais. As novas linhas estarão integradas com a nova linha 5250, dispensando o pagamento da tarifa complementar. 

Atualmente, circulam pela Região Oeste as linhas 1207A (Betânia/Santa Mônica), 1207B (Conjunto Betânia /Santa Mônica) e 1207C (Bairro das Indústrias 4ª Seção / Santa Mônica). Elas vão ganhar o reforço doas linhas 2033 (Betânia / Centro), 2034 (Conjunto Betânia / Centro) e 2035 (Bairro das Indústrias / Centro). 

Também será criada uma nova linha alimentadora, a 207. O veículo vai ligar o Bairro Betânia à Estação Vila Oeste do metrô. Os usuários vão pagar a tarifa de R$ 2,05. Ela fará a integração com a linha troncal 5250. Assim, o usuário apenas pagará o complemento de R$ 0,80 ao embarcar. 

Por João Henrique do Vale
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Belo Horizonte registra 245 reclamações por dia sobre as linhas de ônibus

segunda-feira, 25 de julho de 2022

A rotina de quem depende do transporte público em Belo Horizonte continua com atrasos, poucos ônibus e superlotação. Apesar do subsídio repassado as empresas, que, em contrapartida, prevê o aumento do número de viagens e o congelamento do preço das passagens até março de 2023, o serviço oferecido ainda deixa a desejar. Por dia, a capital tem uma média de 245 reclamações. São 3.191 registros desde o dia 12 de junho, data em que as empresas deveriam aumentar o número de viagens na capital. Entre os principais questionamentos estão o descumprimento do quadro de horários, superlotação e questionamento quanto ao quadro de horários das viagens.

"Os ônibus demoram muito e quando passam estão todos cheios, lotados", relata a auxiliar de serviços gerais, Anália de Araújo, de 35 anos. Moradora do Conjunto Paulo VI, na região Nordeste da capital, ela utiliza várias linhas dos coletivos. "Todo dia eu pego um ônibus diferente, depende de onde tem serviço", conta.  Anália relata que ainda não percebeu melhorias no transporte público nos últimos 15 dias, período em que as empresas de ônibus da capital deveriam aumentar o número de viagens na cidade. "Não reparei e ainda tem ônibus estragado. Demora muito e, quando vem, estraga no meio do caminho", reclama. 

Desde o dia 12 de julho, as empresas do transporte coletivo da capital são obrigadas a oferecer um maior número de viagens, chegando a 19.203 diárias nos dias úteis típicos e 528 no período noturno, entre 0h e 3h59. O acordo prevê ainda que, na próxima quarta-feira (27), as empresas coloquem ainda mais ônibus nas ruas, chegando a 21.708 no horário diurno. A obrigatoriedade é decorrente do pagamento de subsídio de R$ 237 milhões. 
De acordo com a Secretaria de Mobilidade Urbana (Sumob), o acordo está sendo cumprido pelas empresas que fazem o transporte público na capital. Na primeira semana, foram cerca de 19.300 viagens diurnas e 544 no período noturno. Ao todo, foram transportados cerca de 923 mil passageiros por dia, com uma média de 46 pessoas por viagem. A Sumob aponta uma redução de 8 pessoas por veículo em relação ao número de passageiros anterior a determinação. 

Uma volta pelo Centro da capital e o cenário é diferente aos números, com pontos de ônibus cheios e muitas reclamações entre os usuários. "Ele está sempre lotado. É assim durante a manhã e também a noite", desabafa a vendedora Amanda Dávila, usuária da linha 9101, que faz o itinerário Santa Lúcia/Alto Vera Cruz. "Geralmente, a noite, passam três ônibus juntos. Então demora mais, e mesmo assim continua continua lotado", explica.

Para o mestre de obras José Maria Barreto, usuário da linha 2102 Serra/Gameleira, o tempo de espera pelos ônibus parece ter aumentado. "Tem quase 30 minutos que estou aqui e ainda faltam 12 minutos", relata Barreto enquanto aponta o dedo para o painel em um ponto de ônibus da Avenida Amazonas que indica o tempo de espera pelo coletivo.

Veja as 10 linhas com mais reclamações

Linha 806 (Estação São Gabriel / Vista do Sol) - 73
Linha 823 (Estação São Gabriel / Vitória) - 72
Linha 62 (Estação Venda Nova / Savassi via Hospitais) - 65
Linha 51 (Estação Pampulha / Centro / Hospitais) - 60
Linha 808 (Estação São Gabriel / Paulo VI) - 57
Linha 815 (Estação São Gabriel / Conjunto Paulo VI) - 57
Linha 5250 (Estação Pampulha / Betânia) - 54
Linha 3055 (Estação Barreiro / Savassi via BH Shopping) - 50
Linha 5201 (Dona Clara / Buritis) - 47
Linha 9032 (Granja de Freitas) - 40

Veja as principais reclamações e em quais linhas elas ocorrem

1. Descumprimento de quadro de horários - 28%
Linha 806 (Estação São Gabriel / Vista do Sol) - 43
Linha 823 (Estação São Gabriel / Vitória) - 40
Linha 8150 (União / Serra) - 28
Linha 808 (Estação São Gabriel / Paulo VI) - 20
Linha 3055 (Estação Barreiro / Savassi via BH Shopping) - 20

2. Superlotação - 21%
Linha 62 (Estação Venda Nova / Savassi via Hospitais) - 32
Linha 815 (Estação São Gabriel / Conjunto Paulo VI) - 24
Linha 5250 (Estação Pampulha / Betânia) - 24
Linha 5107 (Estação Pampulha / Savassi ) - 22
Linha 5201 (Dona Clara / Buritis) - 17

3. Reclamação do quadro de horários - 14%
Linha 808 (Estação São Gabriel / Paulo VI) - 10
Linha 3055 (Estação Barreiro / Savassi via BH Shopping) - 10
Linha 51 (Estação Pampulha / Centro / Hospitais) - 9
Linha 823 (Estação São Gabriel / Vitória) - 8
Linha 62 (Estação Venda Nova / Savassi via Hospitais) - 7
Linha 9032 (Granja de Freitas) - 7

4. Descumprimento do ponto de embarque - 7%
Linha 4110 (Dom Cabral / Belvedere) - 11
Linha 9250 (Caetano Furquim / Nova Cintra via Savassi) - 10
Linha 5106 (Bandeirantes / BH Shopping) - 8
Linha 3055 (Estação Barreiro / Savassi via BH Shopping) - 8
Linha 30 (Estação Diamante / Centro) - 6

5. Estado de Conservação do Veículo - 5%
Linha 815 (Estação São Gabriel / Conjunto Paulo VI)  - 11
Linha 51 (Estação Pampulha / Centro / Hospitais) - 10
Linha 3029 (Regina / Centro) - 7
Linha 5250 (Estação Pampulha / Betânia) - 5
Linha 6350 (Estação Vilarinho / Estação Barreiro via Anel Rodoviário) - 5
Linha 5503A (Goiânia A) - 5

Onde reclamar
As reclamações podem ser feitas pelos usuários pelo aplicativo PBH APP, internet, whatsapp e email. É importante encaminhar o número da linha, número do veículo, dia e horário do acontecido, além de um breve relato.

Aplicativo gratuito PBH APP onde é possível registrar reclamação e realizar a avaliação com vários critérios. 
Portal de Serviços da PBH por meio do serviço Reclamação de ônibus (transporte coletivo)
Whatsapp: (31) 98472-5715
E-mail: subsidio@pbh.gov.br

Informações: O Tempo
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Em Belo Horizonte, Usuários lutam por um transporte de qualidade

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Belo Horizonte  tem uma frota de mais de 3.000 ônibus,  com idade média de 4 anos, mais de  60% dos veículos são adaptados com elevador, todos ônibus tem têm espaço para os cadeirantes, e   têm de 7 a 10 lugares reservados a idosos, pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. São 1.500.000 usuários nos dias úteis que utilizam o transporte coletivo. O sistema , opera com 4 consórcios dividido para 40 empresas, que gera mais de 17 mil empregos. São 300 linhas, sendo mais de 180 delas operam no horário noturno(de 0 às 4 da manhã).

A BHTrans e as empresas operadoras têm se esforçado para melhorar o transporte coletivo de BH, por outro lado, os usuários estão insatisfeito com o serviço e a maioria deles sugerem mais ônibus e mais horários, visando agilidade, conforto e rapidez, uma melhor relação de usuários e operadores, ampliação e integração com o Metrô, entre outras reivindicações.

Aqui as minhas propostas  visando a melhoria contínua do transporte coletivo de BH:

- Ampliação e modernização do Metrô para toda a cidade com mobilização das prefeituras, políticos, associações de bairros, usuários do  transporte público em geral com linhas de ônibus integradas nas estações e  com infra-estruturas.

- ampliação das linhas do Transporte Suplementar(micro-ônibus amarelo) com mais ônibus e mais horários.

- criação do bilhete único com integração dos cartões BHBus e Ótimo, pois atualmente os usuários além de carregarem 2 cartões, às vezes confundem qual o cartão que deve usar, pois nem todos sabem diferenciar se uma linha é gerenciada pela BHTrans ou DER.

- Parceria da BHTrans, Guarda Municipal e das empresas de ônibus, visando uma melhor fiscalização(manutenção, limpeza, cumprimento de itinerário e quadro de horário, etc.) para prestar um melhor serviço para a população.

- Criação do BRT(Transporte Rápido por ônibus) ou BR(pista exclusiva para ônibus) nas avenidas Amazonas, Via Expressa, Pedro II,  José Cândido da Silveira, Afonso Pena, etc para as viagens tornarem mais rápidas e confortáveis.

- Ônibus com viagens diretas as o dia todo nos dias úteis no bairros distantes como Barreiro, Venda Nova, etc. Hoje, por exemplo uma linha da Cidade Industrial ou da Pampulha gastam cerca de 15 a 30 minutos para chegar ao Centro.

- Criar rotas de fuga quando houver engarrafamentos nas linhas com viagens diretas

- Criação de linhas sem passar pelo Centro, como exemplo  Nova Gameleira/BH Shopping – via Av. Barão Homem de Melo, Palmeiras/Alípio de Melo – via Anel Rodoviário.

- retorno das linhas para o Centro de BH aos domingos e feriados, que hoje vão até a Estação de ônibus ou Metrô.                                                                                                                    

- Ônibus com bancos  estofados com encosto de cabeça, com ar refrigerado ou com vidros fumês em todos em toda a frota, visando o conforto dos passageiros a exemplo de algumas linhas que já têm o equipamento.

-  Palestras e campanhas educativas permanentes nos ônibus para operadores e usuários se respeitarem como a campanha Respeito aos bancos reservados, Parar próximo ao meio-fio sempre que possível, Dicas para operadores e usuários, Ações contra o vandalismo nos ônibus, nos pontos de ônibus, com abrigos, sinalização, etc. com apoio da imprensa.

- Divulgação no Jornal do Ônibus e nos meios de comunicação das melhorias e benefícios implantados no transporte coletivo para o conhecimento de operadores e usuários, com o exemplo o cartão BHBus, cartão do Idoso, desconto nas tarifas usando o cartão BHBus, Ponto fora do Ponto, que o cartão BHBus é aceito nos ônibus, no transporte suplementar e no Metrô.

- ônibus noturno de hora em hora, mais ônibus em dias de eventos e concursos.

- Implantação de abrigos no estilo arquitetônico para locais tombados pelo patrimônio histórico como a R. Caetés e a Praça da Estação como exemplo.

- Ampliar a implantação dos equipamentos nos ônibus e nos pontos para consulta de itinerários e horários aos usuários.

- Ampliar a implantação de bagageiro nos demais ônibus a exemplo da linha 4034 – Novo Dom Bosco/Savassi.

- Segurança para operadores e usuários de ônibus nos pontos, nas estações e vias em parceria da PM e Guarda Municipal.

Desde já agradeço-lhes pela atenção e juntos vamos lutar para melhorar o transporte coletivo de Belo Horizonte.


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Em Belo Horizonte, BRT terá "versão light" na Avenida Pedro II

sábado, 9 de junho de 2012

Sem perspectiva de expansão das linhas de metrô a curto ou médio prazo e com um trânsito em que o volume de veículos já é equivalente ao de São Paulo, com 4,3 automóveis para cada mil metros quadrados de área urbana, Belo Horizonte tenta apelar para soluções “light” para um problema que de leve não tem nada. Uma delas já está nos planos oficiais, e surge como uma espécie de compensação para o fato de o município não ter conseguido viabilizar a implantação do transporte rápido por ônibus (BRT, na sigla em inglês) na Avenida Pedro II. Um dos dois grandes corredores de acesso ao Mineirão – o outro é o complexo das avenidas Antônio Carlos/Pedro I –, a Pedro II deve ganhar um modelo simplificado do BRT, sem corredores exclusivos de coletivos ou obras de peso. A outra solução ainda será apresentada ao poder público e também consiste em uma “versão dietética” de um grande meio de transporte de massa: o chamado metrô leve em monotrilho é a sugestão da Sociedade Mineira de Engenheiros para lidar com o transporte público na capital.

Na Avenida Pedro II, corredor que liga o Complexo da Lagoinha, no Centro de BH, ao Anel Rodoviário, na Região Noroeste, o BRT light – definição usada pelo presidente da BHTrans, Ramon Victor Cesar – será uma versão mais simples que os modelos das avenidas Cristiano Machado e Antônio Carlos/Pedro I, já em implantação. Em comum, o sistema Pedro II tem operação do transporte público pela esquerda – no canteiro central da via –, embarque no mesmo nível do ônibus e passagem pré-paga em estações. A diferença fundamental é a ausência de pista exclusiva para ultrapassagem. Ou seja, para passar um ônibus que estiver parado em uma das nove estações o coletivo que vier atrás precisará entrar em uma das faixas reservadas ao trânsito misto, mais à direita da avenida. A expectativa é de que as obras comecem no início de 2013, podendo se estender até 2014, ano da Copa.

Com o novo modelo de transporte coletivo, a estimativa da BHTrans é de que o tempo de viagem no corredor Pedro II tenha redução de 45%. “Operamos hoje com uma média de velocidade de 11km/h. Em alguns pontos chega a 18km/h, mas em outros não passa de 6km/h. O BRT vai permitir aumento para uma média de 20km/h”, explica o diretor de Desenvolvimento e Implementação da BHTrans, Daniel Marx Couto. Segundo ele, o BRT da Pedro II terá ligação com a estação de integração São José, que será construída na interseção da avenida com o Anel Rodoviário. “A estação é fundamental para início da operação do sistema na Pedro II”, disse.

O terminal deve receber 22 linhas alimentadoras, que vão trazer os passageiros dos bairros. Eles vão embarcar em linhas troncais que seguem pela Pedro II em direção a outras partes da cidade. Atualmente, 22 linhas municipais passam pelo corredor, número que será reduzido para as cinco troncais. Entre as rotas estudadas estão os destinos Centro, via BRT Área Central; Centro, via Avenida Afonso Pena; Região Hospitalar; Avenida José Cândido da Silveira; e Região da Pampulha, todas partindo da Estação São José. Além das troncais, outros coletivos que passam pela Avenida Presidente Carlos Luz e seguem pela Pedro II – a exemplo da 3503 (Santa Terezinha/São Gabriel) – permanecem no corredor. Rotas alternativas, passando pelos pelo interior dos bairros, serão estudadas.

“Toda a frota será readequada. As linhas troncais terão ônibus articulados, com 18,6 metros e capacidade para 180 passageiros. Também serão usados ônibus menores, de 13 metros, capazes de levar 90 pessoas”, explica Couto. Os ônibus convencionais, atualmente em circulação, não terão ponto na avenida . “Podem até passar por ela em pequenos trechos, mas não vão parar”, informou.

Outro impacto para o corredor por onde passam 68 mil veículos diariamente será a racionalização da frota e consequente diminuição da emissão de poluentes. “No pico entre as 6h e as 7h, 171 ônibus passam pela Pedro II, fora as linhas metropolitanas, operadas pelo Departamento de Estradas e Rodagens (DER). Com o BRT, o número cairá para 51.”

O BRT light da Pedro II receberá R$ 10 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2 e terá contrapartida do governo municipal, em valor ainda não definido. A obra está em fase de elaboração do projeto executivo, que dará condições de calcular o orçamento.

MUDANÇA DE PLANOS A Pedro II chegou a entrar no pacote de corredores aptos a receber a versão completa do BRT, com corredores exclusivos. Mas, devido ao alto custo das desapropriações, a prefeitura desistiu do projeto. A obra havia sido orçada em R$ 233,5 milhões. Na ocasião, foram levados em conta os fluxos diários de passageiros de cada corredor para estabelecer a prioridade das intervenções. Os BRTs da Antônio Carlos e da Cristiano Machado terão condição de transportar 36 mil e 24 mil passageiros no horário de pico, respectivamente, enquanto o da Pedro II teria capacidade para 8 mil. Segundo a prefeitura, a versão light do BRT não vai requerer desapropriações.


PALAVRA DE ESPECIALISTA: RONALDO GUIMARÃES GOUVêA, PROFESSOR DA UFMG E ESPECIALISTA EM TRANSPORTES URBANOS

Bom, mas insuficiente

“O BRT da Avenida Pedro II vai trabalhar com uma restrição operacional, já que os ônibus precisam entrar na faixa mista para fazer ultrapassagens. Ainda assim, qualquer BRT já significa um tratamento viário que prioriza o transporte coletivo e oferece uma condição melhor de tempo de viagem ao motorista. O sistema contribui para a política de transporte público, mas não isenta a cidade de implantar um modelo de maior capacidade, como o metrô. Belo Horizonte tem que continuar na busca incessante por recursos para ampliar a rede metroviária como espinha dorsal e o BRT e outros modais como complementares. No caso da Pedro II, bem como da Antônio Carlos e Cristiano Machado, onde as obras do BRT estão em andamento, já há demanda para mais passageiros do que a capacidade total. Os 8 mil passageiros estimados pela BHTrans para a Pedro II são pouco diante da real demanda, que hoje gira em torno de 20 mil passageiros.”


TIPOS DE BRT
1 – Completo
Semelhante ao modelo da Avenida Antônio Carlos, é operado à esquerda, com passagem pré-paga em estações no canteiro central, uma pista exclusiva para ônibus do BRT e outra para ultrapassagem. Ou seja, enquanto um ônibus estiver parado em uma das estações, outro poderá passar livremente por uma faixa lateral.
2 – Intermediário
Como o que está sendo implantado no corredor Cristiano Machado, esse modelo só tem ultrapassem exclusiva no trecho das estações.
3 – BRT Light
Previsto para a Pedro II, terá operação à esquerda, estações para pagamento de passagens e faixa exclusiva para ônibus, mas a ultrapassagem será feita na faixa dos carros.
4 – BRT Simples
Como na Avenida Nossa Senhora do Carmo, é operado à direita da via, sem estações nem faixa para ultrapassagem.

Fonte: Estado de Minas

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Prefeitura de BH acrescenta mais 114 viagens ao transporte coletivo da capital

terça-feira, 5 de setembro de 2023

A partir desta segunda-feira (4) o transporte coletivo da capital terá um acréscimo de 114 viagens em 34 linhas. Serão 110 novas partidas nos dias úteis e quatro nos fins de semana. Nos dias úteis, 62% dos acréscimos das viagens foram feitos nos horários de pico. Essa é mais uma etapa das ações de melhoria do transporte público implementadas pela Prefeitura de Belo Horizonte. 

Os acréscimos de viagens levam em consideração as contribuições da população, por isso é fundamental que o usuário registre a reclamação por meio do PBH APP, pelo WhatsApp (31) 98472-5715 ou no Portal de Serviços. Além da linha, é necessário que o passageiro informe o número do veículo e horário da ocorrência para melhor direcionar a equipe de fiscalização. Todas as reclamações são devidamente apuradas, enviadas às concessionárias para a resolução dos problemas e também são utilizadas para revisão e melhorias nos quadros de horários das linhas.

Entre as contrapartidas exigidas das empresas de ônibus estão mais viagens, qualidade dos veículos e respeito ao quadro de horários. Se os critérios estabelecidos pela Prefeitura de Belo Horizonte não forem atendidos para cada viagem, não haverá o pagamento da remuneração complementar às concessionárias. Equipes da Superintendência de Mobilidade do Município (Sumob) e da BHTrans vão acompanhar e fiscalizar o cumprimento das viagens nas estações, nos pontos finais das linhas e por meio do  Centro Integrado de Operações de Belo Horizonte (COP-BH).
Este incremento de viagens é mais um realizado após a sanção da Lei 11.458/23. Em julho, foram acrescidas 155 novas viagens aos sábados e 185 novas viagens nos dias úteis. E no começo de agosto foram mais 133 novas viagens em 19 linhas também nos dias úteis. Até o final deste ano as empresas terão que fazer um incremento de 10% nas viagens, saltando das atuais 21.700 para 23.870. Haverá ainda mais alterações em viagens e mudanças em quadro de horários, itinerário ou criação de novas linhas. Além disso, 420 novos veículos serão inseridos na frota até o final do ano.

O novo quadro de horários dos ônibus poderá ser acessado on-line.

Confira a relação das novas viagens por linha: 

Segunda-feira (4): 85 viagens

- 30 (ESTAÇÃO DIAMANTE/CENTRO) – 1 nova viagem;
- 33 (ESTAÇÃO BARREIRO/CENTRO-HOSPITAIS) - 1 nova viagem;
- 61 (ESTAÇÃO VENDA NOVA/CENTRO-DIRETA) - 7 novas viagens;
- 67 (ESTAÇÃO VILARINHO/SANTO AGOSTINHO VIA CARLOS LUZ) - 1 nova viagem;
- 330 (ESTAÇÃO BARREIRO/INDEPENDÊNCIA) - 4 novas viagens;
- 503 (ESTAÇÃO SÃO GABRIEL/ APARECIDA/ SANTA ROSA) – 2 novas viagens;
- 504 (ESTAÇÃO SÃO GABRIEL/SANTA ROSA/APARECIDA) – 3 novas viagens;
- 618 (ESTAÇÃO PAMPULHA/JARDIM LEBLON) - 2 novas viagens;
- 627 (ESTAÇÃO VENDA NOVA/MANTIQUEIRA) - 2 novas viagens;
- 737 (ESTAÇÃO VILARINHO/JAQUELINE) – 1 nova viagem;
- 823 (ESTAÇÃO SÃO GABRIEL/BAIRRO VITÓRIA) – 5 novas viagens;
- 1502 (VISTA ALEGRE/GUARANI) – 7 novas viagens;
- 2151 (VISTA ALEGRE/SERRA) – 6 novas viagens;
- 2152 (SALGADO FILHO/CRUZEIRO VIA SAVASSI) – 2 novas viagens;    
- 4031 (SANTA MARIA/HOSPITAIS) – 1 nova viagem ;
- 4032 (CAIÇARA/SAVASSI/PÇA. DA LIBERDADE) - 2 novas viagens;
- 4033 (CAMARGOS/CENTRO) - 1 nova viagem;
- 4034 (NOVO DOM BOSCO/SAVASSI VIA PADRE EUSTÁQUIO) – 6 novas viagens;
- 4113 (BOM JESUS/BELVEDERE) – 7 novas viagens;
- 4201 (ALTO CAIÇARA/NOVA CINTRA) – 1 nova viagem;
- 4405 (COQUEIROS) – 2 novas viagens;
- 5033 (SANTA TEREZINHA/PRAÇA DA LIBERDADE VIA TANCREDO NEVES) - 1 nova viagem;
- 5102 (UFMG/SANTO ANTÔNIO) – 2 novas viagens;
- 6350 (ESTAÇÃO VILARINHO/ESTAÇÃO BARREIRO VIA ANEL RODOVIÁRIO) – 2 novas viagens;
- 8108 (CIDADE NOVA/SAVASSI    ) - 5 novas viagens;
- 8203 (RENASCENCA/BURITIS) - 4 novas viagens;
- 8405 (PALMARES/BELA VISTA) - 5 novas viagens;
- 4403A (ZOOLÓGICO VIA SERRANO) – 2 novas viagens;

Terça-feira (5): 25 viagens

- 617 (ESTAÇÃO PAMPULHA/PIRATININGA VIA RIO BRANCO) – 12 novas viagens;
- 4107 (ALTO CAIÇARA/SERRA) – 2 novas viagens;
- 4108 (PEDRO II/MANGABEIRAS) – 5 novas viagens;
- 9407 (ALTO VERA CRUZ/DOM BOSCO_ – 6 novas viagens.

Sábados e domingos: 4 viagens

- 6350 (ESTAÇÃO VILARINHO/ESTAÇÃO BARREIRO VIA ANEL RODOVIÁRIO) - 1 nova viagem aos sábados;
- 62 (ESTAÇÃO VENDA NOVA/SAVASSI VIA HOSPITAIS) -     3 novas viagens aos domingos;

Informações: Prefeitura de Belo Horizonte
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Sistema BRT vai tirar 800 ônibus do Centro de Belo Horizonte

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Sistema que chega a BH com a promessa de fechar as portas do Centro para 800 ônibus apenas no horário de pico, convencer o motorista a trocar o carro por coletivos e suprir a carência de um metrô insuficiente ainda é ilustre desconhecido para maior parte da população. EM antecipa como será o aspecto das estações e a lógica de funcionamento do projeto na área central.

Um novo sistema está perto de mudar o aspecto de algumas das principais vias de Belo Horizonte, e chega com a ambiciosa tarefa de suprir as lacunas deixadas por um metrô incipiente, além de transformar a lógica de um dos aspectos críticos da cidade: a mobilidade urbana. Se as linhas arquitetônicas das novas estações são novidade e as propostas de mudança ainda soam estranhas aos ouvidos de muita gente, pela capital elas já mostram seus reflexos. Mal deu tempo de trafegar pela nova Avenida Antônio Carlos e aproveitar as melhorias na Avenida Cristiano Machado e estão de volta o barulho ensurdecedor das máquinas, retenções no trânsito, concreto quebrado e ferragens expostas. Desta vez, a requalificação viária lança as bases do BRT, ou Bus Rapid Transit (transporte rápido por ônibus, na sigla em inglês).

O projeto está sendo preparado com a difícil missão de dar mais conforto aos passageiros, convencer motoristas a deixar o carro na garagem e desafogar o Hipercentro de Belo Horizonte. Nessa região, o BRT vai fechar as portas para cerca de 800 ônibus apenas no horário de pico da manhã, uma redução de 24,25% no tráfego local. Mais que isso: vai simplesmente proibir o tráfego de veículos de passeio em vias onde hoje o trânsito é frenético, como as avenidas Santos Dumont e Paraná.

O Estado de Minas mostra hoje, com exclusividade, o traçado do projeto na área central e o desenho das estações. E revela como essa sigla e o nome estrangeiro ainda soam estranhos aos ouvidos do belo-horizontino, que já ouviu falar, mas não tem a menor ideia do que será esse tal de BRT.

Principal aposta da capital em termos de mobilidade para a Copa’2014, o BRT terá nome e sobrenome em português, para facilitar entendimento e comunicação. A ideia é que o público dê sugestões e vote para batizá-lo. Inicialmente, dois corredores serão contemplados: o percurso das avenidas Antônio Carlos/Pedro I e o da Cristiano Machado, não por coincidência as duas opções de ligação do aeroporto de Confins com o Centro da cidade. Serão 27 quilômetros de linha distribuídas nas duas avenidas e no Hipercentro (avenidas Paraná e Santos Dumont). Para que se tenha uma ideia do que representa isso, a distância equivale a cruzar duas vezes BH de leste a oeste ou a atravessar a capital do Barreiro até Venda Nova. O sistema tem entre seus trunfos um ônibus articulado (sanfonado) que pode transportar quase três vezes mais passageiros que os convencionais.

As vias serão totalmente modificadas e terão pistas exclusivas para o BRT, ao longo das quais haverá 41 estações de embarque e desembarque. Na Área Central, as intervenções estão sendo licitadas. As propostas de obra viária e construção das estações foram entregues à Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) semana passada.

Os ônibus terão portas à esquerda ou dos dois lados e vão dispor de piso nivelado com as plataformas das estações. O pagamento da passagem ocorrerá antes, na área externa, o que facilitará o acesso aos coletivos, feito em tempo menor. Ao entrar na estação, basta pegar o primeiro ônibus. Todo o sistema será integrado às linhas municipais e metropolitanas. Será criado um conjunto de linhas alimentadoras que sairá dos bairros para levar os passageiros até as estações do BRT.

A partir dessas estações, haverá duas categorias de linhas: a expressa partirá direto ao Centro, com parada apenas nas avenidas Paraná e Santos Dumont. A segunda terá pontos ao longo do trajeto. Na volta, vale a mesma regra e nas estações haverá ônibus para levar os passageiros aos bairros, como ocorre atualmente no sistema BHBus de Venda Nova, São Gabriel e Barreiro: ônibus partindo rumo ao Centro e, a partir das estações, uma rede interligando os bairros.

O Plano de Mobilidade Urbana de BH prevê uma rede de transporte estruturada por ônibus convencionais, articulados e o metrô. De acordo com o presidente da BHTrans, Ramon Victor Cesar, a médio e longo prazo a rede de BRTs será ampliada para toda a cidade. Há previsão para implantação nas avenidas Amazonas e Andradas. No Eixo Sul, em direção ao Bairro Belvedere, há estudos em andamento para verificar se o modal é a melhor opção. O projeto das avenidas Pedro II/Carlos Luz ficou para trás, sob a justificativa do alto custo das desapropriações, apesar de se tratar do segundo mais importante corredor para o palco principal da Copa: o Mineirão.

Para a via, restou a proposta de faixas exclusivas para ônibus, nos moldes das adotadas na Nossa Senhora do Carmo. Será construída ainda a estação de integração São José, no bairro homônimo, nas proximidades do Anel Rodoviário. “A Antônio Carlos e a Cristiano Machado foram escolhidas porque ocorreu uma coincidência, que é Copa do Mundo, e esses corredores são caminho para estádio e aeroporto. Foi uma janela de oportunidades”, justifica o presidente da BHTrans, garantindo que o novo modelo não vai afetar os custos da passagem.

PELO MUNDO
Esse sistema de transporte coletivo vem sendo implantado em vários países, como Colômbia, Chile, México, África do Sul, China, Estados Unidos, Canadá, além de nações da Europa. Na Colômbia, há cinco cidades operando o BRT e em outras duas o sistema está em construção. A engenheira civil Monica Vanegas Betancourt, em workshop promovido em Belo Horizonte sobre o tema, disse que 20% dos motoristas colombianos deixaram de usar o carro depois da implementação do projeto. Em Los Angeles (EUA), o público do transporte coletivo aumentou em 25% depois do BRT, segundo Ethan Arpi, da rede Embarq (grupo internacional de consultoria a governos e empresas sobre transporte e mobilidade).



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