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Obras do Metrô de Fortaleza já duram 13 anos, início da sua construção foi 1999

domingo, 13 de novembro de 2011

Quem nasceu em janeiro de 1999 tem a mesma idade do início das obras do Metrô de Fortaleza, 12 anos e 10 meses. Os trens devem rodar, em fase experimental, em junho de 2012, para operar comercialmente, no final do mesmo ano, ou seja, mais de 13 anos após o seu início. Erros de projeto e de planejamento provocaram os atrasos, com diversos aditivos de contrato, mudança de consórcio, paralisação dos trabalhos e quase redução do projeto original para acelerar sua conclusão. Felizmente, tudo parece estar resolvido. O secretário da Infraestrutura do Estado, Adail Fontenele, comenta sobre os principais problemas da obra com investimento total de cerca de R$ 1,7 bilhão.

“Era preciso que a equação financeira fosse firme e que não ficasse a mercê de humores futuros, de quem iria dar dinheiro, que era do Governo Federal. Isso acabou trazendo dificuldade de repasse”. Para Fontenele, houve falha no planejamento orçamentário.
atrasos geraram mudanças nos projetos e aumento nos custos das obras (EDMAR SOARES)
Outras situações não previstas no projeto ocorreram, o que também ajudou no atraso das obras, como a destruição da antiga Estação da Parangaba e do Lord Hotel, no Centro da Capital. Ambos geraram entraves com a população e com a Prefeitura Municipal. “Tudo o que foi preciso para essas obras serem realizada do jeito que foi planejada nós conseguimos fazer”, diz Fontenele. O secretário conclui que o Metrofor serve de exemplo de como não se deve fazer uma obra.

O presidente da empresa estadual Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor), Rômulo Fortes, detalha que as principais falhas foram as mais comuns em várias obras. “Deveria ter iniciado com o projeto executivo, mas a lei permite que seja feito com o projeto básico. Isso é um erro. A lei não mudou, mas eu, como engenheiro, entendo que o certo era a gente ter uma legislação que obrigasse ter o projeto executivo”, cobra.

Fortes concorda que os recursos não ficaram garantidos desde o início. “No Brasil, as coisas eram feitas no orçamento palavrado. Sem recurso, a obra se arrasta. Se é um ritmo que não estava previsto, começa ficar mais caro, começam a demorar mais a fazer determinado tipo operação”, explica. O presidente diz que as obras ficaram paradas quatro ano, o que gerou um custo de cerca de US$ 6 milhões por ano.

Mudanças
Fortaleza não parou juntamente com o metrô e cresceu, obrigando mudanças no projeto. No início, estavam previstos circular 10 trens. Hoje, a necessidade é de 20, para transportar cerca de 350 mil passageiros por dia. “Já, já, vamos precisar de mais trens. A demanda vai se consolidando e a gente vai adquirindo mais trens. Está previsto mais cinco trens”, informou. Fortes assumiu o Metrofor em 2007, no auge dos problemas financeiros, mas acompanha as obras desde o início. “A gente espera que isso não se repita. Um erro grave cometido por uma questão de planejamento macro”, complementou o engenheiro. (Andreh Jonathas)

SAIBA MAIS

Linha Leste.
Está sendo trabalhado edital da Linha Leste do Metrofor, que vai partir do Centro de Fortaleza até o Fórum Clóvis Beviláqua. Segundo o secretário da Infraestrutura do Estado, Adail Fontenele, a licitação será realizada em 2012, já com o projeto executivo em mãos. “Embora seja uma obra debaixo do chão, estamos tento todos os cuidados para que não ocorram esses problemas. Vai custar cerca de R$ 3,3 bilhões, quase o dobro da Linha Sul”, informou.

Entenda o Metrofor
O Consórcio do Trem Metropolitano de Fortaleza foi criado em 25 de setembro de 1987, através da assinatura do Contrato de Constituição do Consórcio, pela RFFSA, Companhia Brasileira de Transportes Urbanos (CBTU) e Governo do Estado do Ceará, com interveniência da União, através do Ministério dos Transportes.
O Contrato sofreu três aditivos de tempo: o primeiro, assinado em 1º de abril de 1993, teve seu prazo prorrogado por um ano; o segundo, assinado em 29 de março de 1994, também foi prorrogado por mais um ano e o terceiro, em 4 de abril de 1995, prorrogou-se por dois anos, com término previsto para 4 de abril de 1997.

A modernização dos serviços proposta deverá reduzir a poluição ambiental; reduzir o congestionamento das vias urbanas; reduzir acidentes de trânsito; diminuir efetiva nos tempos de viagens; reduzir os tempos de espera para os usuários, além de reduzir o custo operacional dos ônibus, pela racionalização prevista na concepção de integração dos sistemas.

As obras foram iniciadas em janeiro de 1999.

A quantidade de trabalhadores varia muito de acordo com cada fase da obra. Em 2001, esse número chegou a 2 mil pessoas simultaneamente.

O metrô entra em operação transportando cerca de 350 mil passageiros por dia. Isso será possível com a integração de todos os modais. Em 2014, durante a Copa , a expectativa é que sejam transportadas 600 mil pessoas por dia.


 
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No Rio, As desventuras enfrentadas pelos passageiros de kombis e vans

Com metade do corpo para fora da janela, o cobrador da Kombi, linha Penha-Cascadura, anuncia a plenos pulmões, no ponto de ônibus em frente ao NorteShopping, em Del Castilho: "Penha, estação de Cascadura, Suburbana direto, Igreja Mundial da Fé é R$ 2, hein". Um vez embarcado, quase sempre não há como optar pela viagem sem emoção. Ao passageiro resta só uma alternativa: rezar para chegar. Alta velocidade, superlotação, veículos sem ar-condicionado e em péssimas condições são apenas alguns itens que, necessariamente, fazem parte do pacote disponível em muitos dos seis mil veículos de transporte alternativo da cidade do Rio.

Não por acaso, as vans possuem tetos cada vez mais altos. No fim da tarde da última quinta-feira, um veículo da linha Gávea-Rio das Pedras, com capacidade para 15 pessoas (todas sentadas, já que é proibido transportar gente em pé), viajou da Avenida das Américas, altura do Jardim Oceânico, até o Rio das Pedras, levando oito passageiros e o cobrador em pé, além de estar com todos os bancos ocupados. Num exercício de contorcionismo e desafio às leis da física, quem não estava sentado sequer conseguia mexer o braço. No painel do veículo, um adesivo dava o tom do momento: "A maior qualidade do vencedor é não desistir nunca".

— Mas isso está sempre cheio assim, meu Deus? O que é isso? — queixou-se uma passageira para a cobradora, que emendou, rindo:

— É porque botei você aqui dentro, que é pé quente, minha joia rara.
Valor da tarifa varia de R$ 2 a R$ 5

A informalidade no tratamento é regra de convivência no transporte alternativo. Sem nenhuma cerimônia, motoristas e cobradores contam com a compreensão de quem paga a passagem, cujos valores variam de acordo com o itinerário — a maioria, porém, custa de R$ 2 a R$ 5. Longas esperas por passageiros nos pontos são comuns. Às vezes, chegam a 10 minutos. Reclamações, só pelo telefone da prefeitura (1746), gravado na parte traseira desses coletivos.

Um incauto senhor embarcou numa van, que saiu da Praça Seca rumo à Leopoldina, reclamando do que ouviu num outro veículo.

— O cara (motorista) veio me dizer para sentar lá atrás, todo apertado, só para ir com mais espaço na frente, ao lado de uma gatinha — esbravejou, antes de ser interrompido pelo toque do seu celular, que soava o "Bolero de Ravel".

Sem saber que estava falando com um repórter, a cobradora da linha Gávea-Rio das Pedras, a da "joia rara", comemorava a superlotação e explicava a receita do sucesso:

— Carregamos 30 (pessoas) só nessa viagem, bebê. De cada seis viagens que fazemos por dia, uma ou duas são boas assim. O resto é cheio de chiclete, passageiro que senta e só desce no ponto final. Em pé, dá para levar três ou quatro, normalmente, e cinco ou seis, quando são magrinhos. Mas o pessoal já me conhece, porque eu trato todo mundo bem, e aceita vir apertadinho. "Nego" se vira.

O desconforto, em alguns momentos, é o menor dos problemas. Mesmo quando, nos veículos lotados e sem ar condicionado, as poucas brisas vindas das janelas chegam como um sopro divino de sobrevivência. O desrespeito às leis de trânsito, se não incomoda a todos, ameaça quem está dentro das vans e kombis. Trafegar com a porta aberta e ignorar os locais onde é permitido o embarque de passageiros são hábitos corriqueiros. Para boa parte dos motoristas, ponto é onde tem pedestre, independentemente se há área de recuo.

— Alô, "Rabugento", para ali na frente que (o passageiro) vai descer na esquina do lava-jato — avisou o cobrador de uma van da linha Cascadura-Oswaldo Cruz, antes de chegar a uma esquina em que não havia ponto, em Oswaldo Cruz.

Pouco à frente, com o veículo parado num ponto de ônibus, ele tentou convencer uma menina a subir na van:
— Oswaldo Cruz, vai? Para você, eu nem cobro passagem, coisa linda.

A alta velocidade assusta, principalmente em vias expressas. A mesma van Gávea-Rio das Pedras, que transportou 30 pessoas numa viagem, tem 89 multas pendentes, só com o município, segundo o site da prefeitura. Outra, que percorre o itinerário Castelo-Ilha do Governador, chegou a 95km/h na Linha Vermelha — onde a velocidade máxima permitida é de 90km/h —, às 16h30m da última quarta-feira, costurando entre os carros. Antes de chegar à Ilha, o motoristas avisou pelo rádio a um colega para evitar passar em frente ao Casa Show, onde, segundo ele, estava "rolando uma operação de fiscais". Só no site da prefeitura, constam 40 infrações não pagas pelo proprietário do veículo.

O motorista da Kombi Penha-Cascadura avançou dois sinais, entre 16h15m e 16h37m, da terça-feira passada, na movimentada Avenida Dom Hélder Câmara. À medida que eles aceleram, cresce a fé de quem está nos bancos de trás.

Os riscos, em alguns casos, extravasam para além das vans. Às 18h20m da última terça-feira, o motoristas de uma delas, que seguia para o Mercadão de Madureira, desembarcou no meio da pista de rolamento e partiu enfurecido em direção a um Fiat Palio prata, na Rua Cândido Benício, em Jacarepaguá. Enquanto seus passageiros aguardavam, ele ameaçou o motorista do Palio, antes de chutar e socar o carro, que saiu com a porta traseira direita amassada.

Cobrador imita barulho de sirene em engarrafamento

O motorista de um exemplar da linha Bancários-Bonsucesso, cuja principal peculiaridade do veículo era um pequeno ventilador precariamente preso ao teto, trafegou cerca de 200 metros na contramão de uma rua no bairro de Tauá, na Ilha. Freou bruscamente, próximo a uma esquina. Diante de um engarrafamento que não abria possibilidades de passagem, o cobrador entrou em ação. Com a cabeça para fora da janela, se empenhava para emitir o som semelhante a de uma sirene. Quando o motorista freou de repente, mais uma vez, uma pedestre atravessou, e o cobrador gritou em sua direção:
— Sai da frente, "tranca-rua"!

As desventuras vividas no transporte alternativo, que pela ineficiência do sistema de ônibus é a única opção para muitos cariocas, não são compensadas com desconto. Um adesivo deixava isso claro numa van Pilares-Leopoldina: "Tarifa: R$ 3 / Carona: R$ 3 / Daqui até ali: R$ 3 / Só até o sinal: R$ 3". Com emoção.


Fonte: O Globo

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Em Cuiabá, Ação civil pública obriga as empresas de transporte coletivo a fornecerem serviço de qualidade

O Ministério Público do Estado de Mato Grosso obteve liminar em ação civil pública que obriga as empresas de transporte coletivo da Capital a fornecerem serviço de qualidade.

Isso significa que não serão mais permitidas falhas como o não cumprimento dos horários nos itinerários das linhas de transporte, ausência de plataforma elevatória para pessoas com deficiências e bloqueios no sistema de catracas referentes a cartões estudantis que, mesmo com crédito disponível, acabam não sendo aceitos, entre outras irregularidades.

Consta na decisão liminar que a fiscalização dos serviços deverá ser feita de forma efetiva pelo município de Cuiabá, sob pena de multa de multa diária de R$ 1 mil. Tanto o município como as empresas terão um prazo de 15 dias para providenciar a divulgação em locais de fácil acesso aos passageiros as informações sobre os deveres dos motoristas, cobradores e do pessoal de operações que exerçam atividade junto ao público.

O consumidor terá que ser informado sobre o direito de reclamação junto à Ouvidoria da Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte Urbanos. Em ambos os casos, se as determinações não forem cumpridas será aplicada multa diária de R$ 1 mil.

Foram acionados pelo Ministério Público o município de Cuiabá e as empresas Pantanal Transportes Urbanos Ltda, Norte Sul Transportes e Auto Aviação Nova Integração.

Na ação civil pública foram apresentados vários casos que chegaram ao conhecimento do MPE referentes de reclamações dos serviços prestados pelas referidas empresas. Entre elas, estão falta de respeito e urbanidade por parte dos motoristas em relação às pessoas idosas, sucateamento da frota, desobediência aos horários predeterminados e superlotação.

Para o MPE, as humilhações sofridas pelos usuários por conta do descaso das empresas ferem a dignidade das pessoas, já que o transporte coletivo municipal é o único meio de transporte utilizado por inúmeros cidadãos.

A ação tramita na Vara Especializada de Ação Civil Pública e Ação Popular de Cuiabá sob o número 99/2011, código 738272. (Com Assessoria)


Fonte: Diário de Cuiabá

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Custo benefício do monotrilho divide opiniões no ABC Paulista

sábado, 12 de novembro de 2011

A necessidade mais que urgente de medidas que possam minimizar o impacto do caótico congestionamento da região metropolitana emerge discussões que, despidas de bandeiras partidárias dos governos de plantão, mostra que não existe um modelo “tecnicamente perfeito”. As opções apresentadas têm prós e contras.

Assim como ocorre em alguns Estados que irão sediar a Copa do Mundo, no ABC, o debate sobre qual modelo será adotado para fazer o transporte esquenta a discussão. O projeto adotado pelo Estado é o monotrilho.

Porém, o monotrilho não era a única opção do Estado. O professor da FEI, Creso Peixoto, explica que, no contexto local, o BRT (do inglês Bus Rapit Transit, ou transporte rápido por ônibus) também seria uma alternativa. “Ele é mais econômico o que permitiria um traçado maior”, afirma o especialista.

O monotrilho, orçado em mais de R$ 4,2 bilhões, contemplará um percurso de 28 km. O mesmo aporte financeiro, segundo o professor, permitiria um traçado três vezes maior se o equipamento fosse o BRT.

A capilaridade do veículo sobre pneus, segundo Creso, auxilia no gargalo da morosidade da expansão, por exemplo, do Metrô. Enquanto no México são pavimentados 6 km por ano, no Brasil o índice é reduzido a 2 km. “Uma reengenharia técnica e financeira permitiria imprimirmos uma velocidade maior”, explica o mestre em Transportes.

Bônus e ônus

Os dois modais encontram eco no que diz respeito ao bônus e ao ônus. Se o BRT é mais econômico e, por possuir, no molde terrestre, linhas exclusivas para a circulação dos ônibus, fato que facilita também a flexibilidade da linha, o monotrilho é mais econômico no consumo de energia, além de ser um projeto mais impactante no que diz respeito ao visual.

O monotrilho é propulsionado por energia elétrica e tem normalmente pneus em vez das usuais rodas de ferro. Estes pneus rolam por cima e pelos lados do trilho, de forma a fazer movimentar e estabilizar. Trata-se de um sistema automático, sem condutor, elétrico e não poluente. No Brasil, o único sistema de monotrilho existente é o de Poços de Caldas (MG).

Já o BRT é um modelo de transporte coletivo de média capacidade. Constitui-se de veículos articulados ou biarticulados que trafegam em canaletas específicas ou em vias elevadas. Várias capitais como Curitiba (PR) e Goiânia (GO) adotaram o BRT como meio mais econômico de construir do que um sistema de metropolitano (Metrô), com capacidade de transporte de passageiros similar à de um sistema de VLT. O primeiro BRT foi implantado em 1979, na capital paranaense.

Na região

O traçado de 28 km de extensão no ABC deverá ter início no primeiro semestre de 2012 e partirá da estação Tamanduateí, em São Paulo. Ao todo, serão construídas 12 estações até o Paço de São Bernardo: Carioca, Goiás, Espaço Cerâmica, Estrada das Lágrimas, Rudge Ramos, Instituto Mauá, Afonsina, Fundação Santo André, Winston Churchill, Senador Vergueiro, Baeta Neves e Paço.

Por ser administrado pelo Metrô, o traçado foi batizado de linha 18-bronze. A distância média entre as paradas será de 600 a 1.000 metros e caso seja de média capacidade receberá 30 mil passageiros/hora. A segunda fase do projeto, que ligará o centro de São Bernardo até a região do Alvarenga abrangerá mais seis estações: Djalma Dutra, Lauro Gomes, Ferrazópolis, Café Filho, Capitão Casa e Estrada dos Alvarenga.

Orlando defende escolha

O deputado estadual Orlando Morando (PSDB), integrante da comissão de Transportes da Assembleia Legislativa de São Paulo, defende a implantação adotada pelo governo do Estado.

O parlamentar, que acompanhou o projeto desde a concepção, lista os benefícios do monotrilho. “Pela questão urbanística, qualidade, velocidade do Metrô (90 km/h) que não tem no BRT, além de ser amplamente menos poluente. O mundo moderno transporta sobre trilho”, defende.

A elevação que dará suporte ao equipamento terá a altura média de um poste (7 a 8 metros). Indagado sobre as modificações dos planos - Urbano e Diretor – dos municípios, como sugere o engenheiro e presidente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), Ailton Brasiliense, Orlando Morando diz que a realidade não condiz com a teoria. “Isso é uma utopia. Não vamos fazer uma cidade no entorno do traçado. As pessoas não podem esquecer que têm o direito adquirido. Nós estamos trocando o pneu com o carro em movimento”, observa.

Durante visita ao ABC, no dia 14 de junho, o governador Geraldo Alckmin falou da empreitada. "Tivemos uma grande conquista com a linha 18 do Metrô, que é a Integração Tamanduateí. Lá, já temos estação de metrô - a Linha 2; e, de trem, a Linha 10 da CPTM. Dessa estação partirá o Metrô Leve, o monotrilho, para São Bernardo . Será uma obra regional, porque sai de Tamanduateí, atende São Caetano e Santo André. Irá até o Paço Municipal e numa segunda etapa, até Grande Alvarenga, atendendo as regiões ainda mais populares", afirmou.

Brasiliense questiona plano diretor

A implantação do BRT ou do monotrilho sem um rearranjo geral na matriz de transportes da cidade e um esforço no sentido de ampliação da mobilidade urbana pode representar não um avanço, mas um grande retrocesso. É preciso, segundo Ailton Brasiliense, projetar o equipamento no contexto de um Plano de Mobilidade Urbana abrangente e inclusivo.

A mobilidade dos pedestres, dos ciclistas, dos portadores de necessidades especiais, em suas diversas finalidades, deve ser levada em conta, bem como a densidade no entorno de todo traçado, segundo o engenheiro. “Antes de se perguntar o que é mais viável, é preciso fazer outro questionamento. Cadê o plano diretor de cada cidade envolvida (Santo André, São Bernardo e São Caetano)? Como ficarão as moradias e o comércio ao longo do corredor?, provoca Ailton Brasiliense. “Não basta ter alta ou média capacidade, é preciso associar o plano diretor de transporte ao plano diretor das cidades”, sustenta.

Brasiliense explica que o modal deve ser feito com lupa na demanda. “Se for transportar uma média de 10 mil a 12 mil passageiros/dia pode se pensar em algo ‘no chão’, porque o impacto no sistema semafórico (Plano de Circulação) é menor. Se a demanda for maior do que isso – como é projetada no ABC – o mais apropriado é que se construa uma via própria sobre pneu ou trilho”, acredita.

Governo chegou a cogitar VLT

O governo do Estado definiu o monotrilho como o modelo de transporte que será utilizado na linha 18-bronze. Inicialmente, foi cogitada a possibilidade de se adotar o VLT (veículo leve sobre trilhos). Os dois sistemas têm características distintas, como a capacidade de transporte. O VLT pode transportar até 15 mil pessoas por hora. Já o monotrilho consegue levar cerca de 50 mil usuários no mesmo período, levando em consideração as duas direções do trajeto.

Os vagões de ambos os sistemas são alimentados por energia elétrica. No entanto, há diferenças na superfície de contato dos trens. O VLT possui rodas de aço, e como o próprio nome sugere, circula em cima de trilhos, semelhante ao funcionamento de bondinhos. Já o monotrilho funciona sobre pneus.

O diretor de Comunicação da Bombardier, Luis Ramos, acredita que o monotrilho oferece mais vantagens. “É mais barato que o Metrô, sem contar que o tempo para construção da linha também é menor”, diz. Ramos aponta, ainda, outro ponto positivo. “Como o monotrilho funciona com pneus, ele também gera menos barulho do que outros meios de transporte”, explica. A canadense Bombardier é a responsável pela construção dos trens que serão utilizados no monotrilho que vai ligar a vila Prudente até a Cidade Tiradentes, na Capital.

O tamanho dos vagões varia de acordo com o modelo. O trem que será utilizado na expansão da linha 2-verde do Metrô, por exemplo, terá sete vagões, com 13 metros cada. Como o projeto do monotrilho do ABC ainda está em fase inicial, não está definido que tipo de veículo será utilizado – muito menos a empresa que construirá os vagões.

Padrão
O sistema de monotrilho está sendo adotado como padrão das futuras linhas elevadas que o Metrô pretende construir, entre elas a linha 18-bronze. O projeto mais avançado é o prolongamento da linha 2-verde, que já está em construção e está previsto para ser entregue parcialmente em 2012.

Outra obra que segue o mesmo padrão é a linha 17-ouro, que vai ligar a estação Jabaquara do Metrô até a futura estação São Paulo-Morumbi da linha Amarela. O trecho se destaca pelo fato de passar pelo aeroporto de Congonhas.

O Metrô pretende ainda construir outra linha de monotrilho na Capital: a linha 16-prata, que deverá sair da estação Lapa da CPTM e passar por bairros, como vila Dionísio e jardim Primavera, próximo à avenida Inajar de Souza.

Monotrilho enfrentou resistência em SP

Novo minhocão. Desta forma os moradores do Morumbi classificaram o projeto da linha 17-ouro. O temor dos moradores é que o monotrilho desvalorize os imóveis da região, assim como ocorreu com o Elevado Costa e Silva, a famosa via inaugurada nos anos 1970 que virou sinônimo de mau gosto na região central da Capital.

A mobilização dos moradores foi tanta, que representantes do Morumbi chegaram a conseguir na Justiça a paralisação das obras. A representação feita ao Ministério Público pela Associação dos Moradores da vila Inah resultou em ação civil pública e paralisou o andamento do projeto. Posteriormente, o governo do Estado reverteu a decisão.

A previsão de desapropriações de casas de alto padrão foi outro ponto que desagradou os residentes do bairro da Zona Oeste da Capital. Moradores dos bairros do ABC por onde passará a linha 18-bronze não esboçam – pelo menos, por enquanto -, resistência ao monotrilho.

“Aqui não é o Morumbi”, afirma a freira e líder comunitária Adriana Rubino. A religiosa reside no jardim das Orquídeas, um dos bairros que integram a região do Alvarenga, de onde partirá o monotrilho do ABC. “Aqui as casas são mais simples, acredito que não vai ter toda essa resistência que teve em São Paulo. Acho que as pessoas vão receber bem o monotrilho, como forma de transporte mais rápida”, acredita.

Na Zona Leste, parte dos moradores se mobiliza contra o monotrilho que vai passar pela região, como parte da expansão da linha 2-verde. Os residentes recolhem assinaturas em protesto ao modelo de transporte escolhido. “A resistência de moradores de alguns bairros pode ser compreendida pela falta de conhecimento. O monotrilho é uma estrutura de elegância enorme, valoriza os espaços onde é instalado”, acredita o diretor de Comunicação da Bombardier, Luis Ramos.

Preconceito
O próprio secretário de Transportes Metropolitanos reconhece que não era entusiasta do monotrilho, mas mudou de ideia. “Nós precisamos inovar. Não dá pra pensar em resolver um problema dessa complexidade, falando simplesmente em feijão com arroz, como Metrô e corredor de ônibus. Eu mesmo venci barreiras de preconceito”, afirma Jurandir Fernandes.

“Na primeira vez que ouvi falar em monotrilho me pareceu coisa de parque de diversões, porque não estava acompanhando a evolução tecnológica desse sistema. Após estudo verifiquei que é possível utilizar esse sistema”, completa o secretário.


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No Grande Recife, Corredor para ônibus da avenida Pan Nordestina deveria estar pronto há um ano

A primeira data para conclusão das obras, orçadas em R$ 3 milhões, foi novembro de 2010. Depois, esse prazo, foi estendido pelo Governo do Estado para julho de 2011. No entanto, cerca de um ano depois do prazo inicial para a entrega da extensão do corredor exclusivo para ônibus na avenida Pan Nordestina as obras estão paradas. A situação está revoltando motoristas e pedestres que passam diariamente pela estrada, que é uma das principais vias de acesso a cidades como Olinda, Paulista e Igarassu. Veículos praticamente parados em horário de pico, trânsito lento e atropelamentos são apenas alguns dos transtornos provocados nas proximidades da obra.

No canteiro de obras, próximo ao 7º Grupo de Artilharia de Campanha (GAC), há alguns materiais de construção, mas nenhum homem trabalhando. “Parece depósito de material. Vez ou outra chega um caminhão tanto para descarregar, quanto para pagar os materiais deixados aí. Até telhas já foram colocadas nesse espaço. Enquanto isso, o serviço fica parado e a gente se prejudicando”, lamentou o fotógrafo João Santana, 50, que mora em frente ao canteiro.

Devido às obras, existe um desvio em frente ao Quartel do Exército, fazendo com que todos os veículos trafeguem na faixa local. “Por conta disso, todos os dias é um sufoco danado. Passo aqui diariamente com o meu carro e está sempre congestionado. São carros, ônibus, caminhões e motos, disputando um espaço na via”, lastima Carolina Luíza, 32. Segundo o Departamento de Estradas de Rodagem de Pernambuco (DER-PE), o fluxo de veículos na rodovia depende do ponto, podendo variar de 15 mil a 35 mil veículos por dia.

Uma das dificuldades enfrentadas pelos pedestres é a falta de sinalização próxima ao canteiro de obras. Como os semáforos são distantes um do outro, é comum demorar para atravessar a via. Além disso, eles afirmam que é comum acontecer acidentes nas vias locais perto do trecho interditado. “Quando fui passar agora tive que ficar no meio da rua para os carros pararem. Já cheguei a passar 20 minutos para atravessar esse trecho. Além disso, à noite, são constantes os assaltos enquanto as pessoas esperam. Tenho uma amiga que foi assaltada quatro vezes aqui”, destacou a estudante universitária Silvannir Jaques, 23.

Através de nota à Imprensa, o DER-PE informou que existem atualmente 28 semáforos instalados ao longo da PE-15, dos quais 70% são de pedestres, além de sete lombadas eletrônicas. “Para implementação ou mudança da localização de semáforos ou de lombadas eletrônicas, seja qual for o trecho da via, é preciso ser feito estudo de viabilidade, trabalho que fica a cargo da Coordenação de Transporte e Trânsito do DER-PE”, acrescentou a nota.

Já a Secretaria das Cidades (Secid) justificou que o projeto da Pan Nordestina precisou ser adequado para a Copa de 2014. “O projeto precisou ser alterado para compor o traçado do Corredor Norte-Sul, que sai de Igarassu e vai até o Centro do Recife. Devido a essa adequação do projeto a Secid informou que vai limpar a área, tirando todos os entulhos e desobstruindo a via a partir da próxima semana para que as obras do Corredor Norte-Sul sejam iniciadas assim que a licitação seja concluída, o que deve acontecer até o final do mês”, garante o comunicado. O corredor terá 33,2 quilômetros de extensão.

Saiba mais
O trecho da avenida Pan Nordestina, inicialmente, teria faixas de ônibus comum com plataformas e paradas em cada lado. Com o novo projeto, de acordo com a Secid, receberá estações de ônibus em nível no canteiro central, climatizadas e com painéis mostrando os horários de chegada dos coletivos de cada linha, garantindo mais rapidez e segurança nas viagens dos usuários do transporte público.

Esses ônibus serão equipados com ar-condicionado e as passagens serão pagas antecipadamente nas estações, evitando a demora do embarque dos passageiros. Além disso, toda a frota terá GPS e será monitorada pelo Centro de Controle de Operações instalado no Grande Recife Consórcio de Transporte. Isto se trata de uma ferramenta de controle e fiscalização da operação do sistema, que vai dar elementos para que problemas como queima de parada, desvio de itinerário e atraso das viagens sejam corrigidos em tempo hábil.


Fonte: Folha PE 

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Metrô, CPTM e EMTU/SP divulgam esquema de operação no feriado prolongado

Metrô

A partir desta sexta-feira, 11, o Metrô implantará estratégia especial de operação para facilitar a viagem de quem deixará a cidade neste feriado prolongado. Na Linha 1-Azul (Jabaquara-Tucuruvi), principal via de acesso aos terminais rodoviários Jabaquara e Tietê haverá reforço na oferta de viagens no período da noite. Nas demais linhas, a frota de trens em circulação não sofrerá alterações.

Já durante o final de semana, a programação do Metrô prevê reforço na frota de trens em circulação nas linhas 1-Azul e 3-Vermelha (Corinthians/Itaquera - Palmeiras/Barra Funda). Na segunda-feira (14), ponte de feriado, a oferta de trens em todas as linhas será igual a de um dia útil típico. Já na terça-feira, 15, em razão do feriado, a oferta de viagens será equivalente a de um domingo.
Circulação de trens será antecipada
Na quarta-feira, 16, para atender aos usuários que retornam do feriado prolongado, a circulação dos trens do Metrô será antecipada para as 4h nas linhas 1-Azul, por onde desembarcam os que chegam pelos terminais rodoviários Tietê e Jabaquara, e 3-Vermelha, que atende aos passageiros que desembarcam no terminal rodoviário da Barra Funda. A operação na Linha 2-Verde terá início um pouco mais cedo: às 4h30. Na Linha 5-Lilás, as estações abrirão no horário normal: às 4h40.
CPTM
A CPTM aproveitará a baixa movimentação de usuários no feriado prolongado para realizar obras de manutenção e modernização do sistema:

Linha 8- Diamante (Júlio Prestes - Itapevi): das 18h até o fim da operação comercial de sábado, 12, equipes da CPTM realizarão serviços de manutenção no sistema de energia elétrica dos trens entre as estações General Miguel Costa e Carapicuíba. Serviços de manutenção no sistema de energia também ocorrerão das 4h de domingo, 13, até o fim da operação comercial de segunda-feira, 14, entre as estações Barueri e Jandira. Das 9h às 18h de terça-feira 15, será realizada a manutenção no sistema de vias entre as estações Presidente Altino e Osasco. As intervenções ocasionarão aumento no intervalo médio dos trens.

Linha 9-Esmeralda (Osasco-Grajaú): das 8h às 20h de domingo, 13, haverá serviços de implantação de componentes dos sistemas de vias e de energia elétrica dos trens entre as estações Pinheiros e Cidade Jardim. Das 22h até o fim da operação comercial de segunda-feira, 14, serão realizadas a manutenção e instalação de componentes nos sistemas de sinalização e de vias na região da estação Pinheiros, ocasionando maior intervalo médio entre os trens. Já na terça-feira, 15, das 9h às 18h, as composições da Linha 9 retornarão da estação Presidente Altino, devido à manutenção no sistema de vias na região da estação Osasco. 

Linha 10-Turquesa (Brás-Rio Grande da Serra): das 21h até o fim da operação comercial de sábado, 12, serão realizados serviços de terraplenagem entre as estações Capuava e Ribeirão Pires, ocasionando aumento no intervalo médio entre os trens.

Linha 11-Coral (trecho Guaianazes-Luz): das 4h de sábado, 12, até o fim da operação comercial da segunda-feira, 14, a CPTM realizará serviços de implantação do novo sistema de sinalização entre as estações Luz e Brás. Em razão disso, os trens Expresso Leste retornarão da estação Brás. Para auxiliar a locomoção dos usuários entre as estações Brás e Luz, a CPTM acionará a Operação PAESE com o Metrô, através das linhas 3- Vermelha e 1- Azul e 4-Amarelo (ViaQuatro).

Linha 12-Safira (Brás-Calmon Viana): das 18h de sábado, 12, até o fim da operação comercial do domingo, 13, será realizada a manutenção no sistema de energia elétrica dos trens entre as estações Engenheiro Manuel Feio e Aracaré. Das 4h até o fim da operação comercial da terça-feira, 15, haverá manutenção no sistema de energia elétrica dos trens entre as estações Itaim Paulista e Jardim Romano, provocando aumento no intervalo médio entre os trens.
EMTUNo feriado de 15 de novembro, as linhas intermunicipais metropolitanas gerenciadas pela EMTU/SP na Grande São Paulo vão operar com 50 % de viagens, correspondendo a um domingo. Na véspera, dia 14, a operação será a normal de um dia útil.

Informações do Governo de SP

READ MORE - Metrô, CPTM e EMTU/SP divulgam esquema de operação no feriado prolongado

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