“A tarifa hoje cobre um determinado custo/quilômetro. Na licitação, avaliando outros itens incluídos no edital, faz-se necessário o aumento da tarifa”, explica o presidente do sindicato, Valdir Mestriner. O valor só não será mais alto que o atual se os consórcios que estão participando da licitação se dispuserem a trabalhar por um valor abaixo do teto previsto.
A licitação, a primeira na história de Curitiba, feita com 21 anos de atraso, já que desde a Constituição de 1988 era obrigatória, atraiu apenas um consórcio para cada um dos três lotes em que a cidade foi dividida. Todas as empresas que formam os consórcios já atuam em Curitiba ou na região metropolitana.
Entretanto, o valor exato a ser cobrado só será conhecido após a finalização do processo licitatório. “O custo (das propostas) só será sabido depois da abertura dos envelopes”, afirma o presidente da comissão de licitação da Urbanização de Curitiba (Urbs), Fernando Ghignone.
Reportagens publicadas pela Gazeta do Povo nos últimos meses mostraram que o valor da passagem de ônibus em Curitiba está defasado. A tarifa em agosto de 2009 deveria ser de R$ 2,32 para que a arrecadação fosse equivalente ao custo total do sistema, estimado em cerca de R$ 55 milhões por mês. No entanto, existe a preocupação de que o aumento do preço afaste mais usuários do sistema.
Ghignone afirma que o edital tem como foco a qualidade do transporte coletivo em Curitiba. Para ele, o elevado nível de exigências do processo garante que o sistema melhore depois da finalização da concorrência.