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Porto Alegre: Viaduto da Bento Gonçalves deve estar pronto no fim do ano

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Uma das rotinas mais comuns na vida dos porto-alegrenses é comentar sobre os atrasos das obras de mobilidade da cidade. Também, seria impossível o assunto não ser pautado diariamente, pois, a cada trajeto, cavaletes, placas, buracos e guindastes os fazem lembrar dos cronogramas não cumpridos e dos problemas de trânsito causados pelas intervenções. Inicialmente prometidas para antes da Copa, algumas das obras só devem estar concluídas no final de 2016, como é o caso da duplicação da avenida Tronco, que emperra na desapropriação de  1.525 famílias. Ao todo, foram firmados oito contratos de obras de mobilidade, com valor de R$ 424.682.362,89, vinculados ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Em junho deste ano, a reportagem do Jornal do Comércio percorreu todas estas obras para observar o andamento e comparar a execução com os cronogramas apresentados pela prefeitura. Quatro meses depois, a visita foi repetida. Foi observado que algumas intervenções avançaram, mas outras continuam em estágio semelhante ao encontrado em junho. A construção da passagem subterrânea viária da avenida Ceará sob a Farrapos segue parada. Já a trincheira da Plínio Brasil Milano ainda não iniciou.

A primeira construção que deve ser entregue à população é o viaduto da Perimetral com a avenida Bento Gonçalves. A previsão é de que ele seja liberado ao tráfego até o final do ano - sete meses de atraso em relação ao cronograma. “Além da estrutura, temos que realizar obras nas vias adjacentes. Assim, o viaduto será entregue antes, até o final do ano, e depois serão concluídas as obras das ruas laterais, o que deve ocorrer em março de 2015”, explica o engenheiro Rogério Baú, coordenador técnico das obras de mobilidade urbana da Secretaria Municipal de Gestão.   

As obras do viaduto, que ligará as avenidas Salvador França e Coronel Aparício Borges, iniciaram em agosto de 2012. Com investimentos no valor de R$ 69,6 milhões, sua conclusão estava prevista para maio deste ano. A estrutura terá extensão total de 540 metros, com seis faixas de tráfego, e vai incorporar a estação de ônibus do corredor da Terceira Perimetral.

A duplicação da avenida Tronco, que começou a ser executada em 2012, é certamente o trabalho mais complexo que a prefeitura enfrenta atualmente, pois envolve a desapropriação de 1.525 famílias. Ao todo, 595 famílias já foram removidas e estão recebendo bônus-moradia ou aluguel social, com um impacto de R$ 24 milhões, segundo o engenheiro. A previsão de conclusão total dos 5,4 km é dezembro de 2016. De acordo com Baú, esta obra tem sido realizada por trechos à medida que as famílias vão sendo reassentadas.

“Hoje, estamos trabalhando no trecho da Teresópolis, que possui 800 metros, e na avenida coronel Gastão Haslocher Mazeron, também com 800 metros. A previsão de conclusão desses trechos é até o final do ano. Estamos abrindo um novo foco de trabalho no miolo da Tronco, onde já existe 1 km de via executado. Isso foi possível porque 300 famílias deste local foram recentemente deslocadas”, explica. No trecho de obra já executado, existe um grande acúmulo de lixo e os futuros corredores de ônibus estão sendo utilizados como estacionamento.

O investimento total é de R$ 156 milhões, sendo R$ 33 milhões na obra viária, incluindo as estações de ônibus. Também está prevista a implantação do Terminal BRT Cristal, que abrigará um centro popular de comércio, onde irão trabalhar os comerciantes que saíram do leito da avenida.

Postado por Jessica Gustafson
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As razões para o atraso na obra do BRT de Porto Alegre

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Uma casa de obras abandonada e três montes de areia e terra sobre o que deveria ser um trecho do corredor da estação Jaime Telles, na Avenida Bento Gonçalves, em Porto Alegre, demonstram que o futuro sistema BRT (ônibus de trânsito rápido, na sigla em inglês) já está desconvocado para a Copa de 2014.

Mesma situação vivem as avenidas João Pessoa e Protásio Alves. Tudo deveria estar pronto em maio próximo. Mas, segundo admitiu a prefeitura na sexta-feira, a solução que deveria melhorar a mobilidade de 64 mil passageiros só deverá operar em 2015. O investimento é de R$ 195 milhões. Só o corredor da Padre Cacique está andando.


A explicação para a demora tem três pontas: a principal é o apontamento do Tribunal de Contas do Estado (TCE) de sobrepreço superior a R$ 1 milhão na execução dos corredores, o que fez as obras paralisarem. Também não há data prevista para abertura das licitações para construção das estações. A terceira seria a compra dos veículos coincidindo com a licitação que sairá até dezembro.

- Estamos esgotando todas as possibilidades antes de pensarmos até em nova licitação, o que poderia atrasar ainda mais a obra - disse o coordenador técnico da Secretaria Municipal de Gestão, Rogério Baú.

Só pavimentação e olhe lá

Na previsão mais otimista, apenas a pavimentação dos corredores deverá ser entregue até maio de 2014. O restante depende do Ministério das Cidades, já que as BRTs foram incluídas no Pac da Mobilidade Urbana. Entre eles, estão paradas climatizadas e com altura elevada, permitindo acesso sem subir escadas.

"Duvido que a obra será concluída"

Entre os dias 24 e 25 de setembro, o Diário Gaúcho percorreu sete dos principais canteiros instalados pela prefeitura na Capital. Apenas os BRTs estavam paralisados, o que gera transtorno para a população.

Na estação Jaime Telles, na Avenida Bento Gonçalves, a parada de ônibus improvisada na calçada é uma das principais reclamações de quem depende do transporte público na região. É o caso do controlador de pragas Maurício Santos, 25 anos, do Bairro Partenon, que reclama dos dias de chuva.

- Não há espaço para todos na proteção da parada. Sempre acabo sobrando e me molhando. Mas as crianças são as que mais sofrem - disse ele.

Já a doméstica Leda Garcia, que usa a mesma parada há três anos, destaca o atraso dos ônibus desde o início das obras.

- A espera aumentou em pelo menos 15 minutos, pois há mais congestionamento na avenida. Sinceramente, duvido que esta obra vai ser concluída - desabafou a doméstica.

Disputa dos BRTs está na Justiça

O prefeito José Fortunati atribuiu a interrupção a questões judiciais. Assim tem se manifestado no twitter: "A prefeitura somente aguarda a decisão das instâncias fiscalizadoras para prosseguir com as obras".

O TCE, porém, diz ter alertado, duas vezes, a prefeitura do sobrepreço nos processos de fresagem (retirada do asfalto) e de sinalização noturna. A área de fresagem (prevista na licitação) era o dobro do pavimento existente.

- Briga de liminares

Após aviso do TCE, a prefeitura repassou às empresas só os valores identificados como corretos pelo tribunal. Ou seja, reduziu o pagamento. O consórcio formado por Sultepa e Conpasul, encarregado dos trechos da Bento e da Protásio, entrou na Justiça em busca dos valores integrais. Obteve liminar, mas a prefeitura manteve a posição. Por isso, as empresas interromperam as obras.

Diante do impasse, Fortunati procurou o TCE e pediu antecipação da decisão sobre o caso. Enquanto isso não acontece, a Procuradoria-Geral do Município (PGM) tenta cassar a liminar obtida pelas construtoras.

Segundo a prefeitura, a parada não deve prejudicar o trabalho já feito. O que ocorre é a troca do asfalto por placa de concreto.

Como estão as obras

*Cada veículo tem capacidade prevista de 170 passageiros, contra os 85 dos normais. Com isso, a circulação no Centro seria reduzida em até 40%, aliviando o fluxo.


ONDE O BRT* TRAVOU: 

1) Avenida Bento Gonçalves

- Extensão - 6,5 km, orçados em R$ 52,7 milhões

- Capacidade - 20 mil usuários no pico (manhã)

- Previsões furadas - Junho/2013 e maio/2014

2) Avenida João Pessoa

- Extensão - 3,2 km, orçados em R$ 64,5 milhões

- Capacidade - 25,6 mil usuários no pico (manhã)

- Previsões furadas - Dezembro/2013 e maio/2014

3) Avenida Protásio Alves

- Extensão - 7,5 km, orçados em R$ 77,9 milhões

- Capacidade - 18,4 mil usuários no pico (manhã)

- Previsões furadas - Junho/2011 e maio/2014

O que anda, mas sem datas de entrega estipuladas pela prefeitura:

Duplicação da Avenida Tronco

- Orçamento - R$ 156 milhões

- Como está - Avança em três frentes: nas avenidas Cruzeiro do Sul e Moab Caldas; na Avenida Gastão Haslocher Mazeron e na Avenida Teresópolis.

Duplicação da Voluntários da Pátria

- Orçamento - R$ 95,3 milhões

- Como está - Andando entre as ruas da Conceição e Ramiro Barcelos. As demolições do lado esquerdo, no sentido Centro-Bairro, iniciam em outubro. Entre a Rua Ramiro Barcelos e a Avenida Sertório, obras devem começar na segunda-feira.

Prolongamento da Avenida Severo Dullius

- Orçamento - R$ 83 milhões

- Como está - Estão em execução duas pontes sobre o arroio da Dique e a Rua Dona Alzira que fará a ligação com a Avenida Severo Dullius.

Viaduto na Rodoviária

- Orçamento - R$ 31,5 milhões

- Como está - O viaduto deverá ser entregue até o final do ano. A nova parada de ônibus (no canteiro central) terá edital publicado em outubro, com previsão de finalização em dez meses.


Avenida Beira-Rio e Padre Cacique

- Orçamento - R$ 119,2 milhões

- Como está - Todas as obras do entorno do Estádio da Copa têm conclusão prevista para maio de 2014.

Obras da Terceira Perimetral

- Orçamento - R$ 194,1 milhões

- Como está - Trincheira da Avenida Anita Garibaldi depende do desmonte de uma rocha. Nos demais locais, obram avançam, sem previsão de conclusão.

Por Aline Custódio e Carlos Guilherme Ferreira
Informações: Diário Gaúcho e Zero Hora
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Em Porto Alegre, Empresas de ônibus vencedoras assinam contrato

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Um novo patamar do transporte público de Porto Alegre teve início nesta sexta-feira, 9, a partir da assinatura dos novos contratos de concessão para a prestação do serviço com as empresas vencedoras do processo licitatório. Considerado um momento histórico tanto por parte da prefeitura, quanto das empresas e de técnicos de setor, a contratualização irá aumentar a qualidade do serviço para o usuário e para a cidade. Durante o evento, também foi assinado o projeto de lei a ser encaminhado ao Legislativo com o objetivo de incentivar o uso de tecnologias sustentáveis na frota da Capital para o uso de veículos elétricos, híbridos ou a gás, com menor emissão de gases poluentes. 

A primeira licitação nestes 243 anos de Porto Alegre teve início em 2011. O processo passou por audiências públicas e reuniões nas 17 regiões do Orçamento Participativo, além da criação de um canal de participação pela internet. A partir dos debates e sugestões, o edital contemplou as exigências dos usuários, como ar-condicionado, acessibilidade plena, redução do número máximo de passageiros por veículo, monitoramento por GPS e uma série de outros critérios para oferecer um serviço de qualidade. A partir de hoje, dentro de 180 dias o novo sistema deve entrar em operação. 

Para o prefeito José Fortunati, a data é histórica em função dos desafios em viabilizar a licitação, cuja exigência legal sempre existiu. “Quem conhece, minimamente, as dificuldades para a produção de um dos editais mais complexos que uma cidade pode enfrentar, imagina o esforço necessário. Foi uma caminhada difícil, com muitos obstáculos, o que exigiu a dedicação de dezenas de pessoas. Considero que todos estão de parabéns, os responsáveis por este processo e, sobretudo, a cidade. Não tenho dúvida de que é um momento que marca a história dos 243 anos de Porto Alegre”, avaliou. 

Além do extenso trabalho dos técnicos da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) e da Comissão de Licitações, o prefeito citou a busca de parcerias, como o Ministério Público e o Tribunal de Contas do Estado. Também houve a participação da comunidade por meio do Orçamento Participativo. “Graças a essas pessoas, esses contratos assinados hoje não têm um significado apenas no papel, mas irão qualificar a cidade como um todo”, disse, ao destacar a confiança na execução pelas empresas que disputaram o processo de forma transparente e democrática. Fortunati também citou a criação do Comitê de Usuários e o incentivo às novas tecnologias, o que irá colaborar para o sistema ser, mais uma vez, modelar para o país. 

O diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari, falou da demanda recebida pelo prefeito em 2011 e também sobre o desafio de tornar a cidade menos poluente a partir da implantação das novas tecnologias. “É uma questão estratégica, porque não só irá colaborar com a diminuição dos índices de poluição, como reduzirá o impacto tarifário”, explicou. "Hoje, a vida útil da frota tem um impacto de 29% na tarifa. Com os novos veículos híbridos, mais leves e com vida útil estendida, esse impacto será minimizado.” 

O ato também contou com a presença do vice-prefeito Sebastião Melo, do diretor-presidente da Carris, Sérgio Zimmermann, e da procuradora-geral do município, Cristiane Nery.

Qualificação do serviço – O edital é resultado de mais de quatro anos de trabalho das equipes da EPTC, da Procuradoria-Geral do Município (PGM) e de demais órgãos da prefeitura. O conteúdo, que prevê ampliação e qualificação do serviço prestado ao cidadão, foi enriquecido com contribuições efetivas dos usuários. O presente edital, publicado no Diário Oficial de Porto Alegre (Dopa) em 6 de maio deste ano, aberto também às empresas internacionais, foi dividido em seis lotes, para prestação do serviço por 20 anos, e teve as propostas entregues em 6 de julho. O documento prevê a ampliação gradual de ar-condicionado na frota, para não pesar no preço da tarifa. No prazo máximo de 10 anos, 100 % da frota terá ar-condicionado, sendo 25% já no primeiro ano, em todos os lotes das bacias.

A licitação definiu ainda previsão de acessibilidade em toda a frota; diminuição da ocupação para quatro pessoas por metro quadrado; a criação do Sistema de Qualidade de Serviço, para analisar o atendimento à população, podendo resultar em penalizações para as empresas; e instalação de GPS em toda a frota, entre outros avanços em relação ao atendimento prestado atualmente. Os consórcios possuem prazo de até 180 dias para iniciar a operação, que terá um total de 1.781 ônibus, um aumento de 72 ônibus na frota, sendo 241 veículos novos, que já terão nova identidade visual, com cores que identificarão a região correspondente: Centro e linhas transversais - Carris (ocre); Norte (vermelho); Leste (verde); e Sul (azul).

Tarifa - De acordo com o edital, o valor proposto para cada lote sofrerá uma atualização monetária pelo Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo IBGE, do período compreendido entre a data de apresentação da proposta (06/07) e a data do início da operação dos serviços. Fortunati anunciou que a cidade terá uma única atualização do valor da tarifa em 2016. Fica, assim, garantido apenas um reajuste da tarifa em 2016.

Sobre os ônibus elétricos – Durante o evento, a Carris apresentou o novo ônibus elétrico, que entrará em teste pela Companhia. O coletivo opera com motor movido exclusivamente à energia elétrica, com zero emissão de poluentes na atmosfera e autonomia para rodar cerca de 250 Km com uma carga completa, ou mais. O veículo iniciará o período de testes na linha 353 – Ipiranga/PUC e, após, a mudança passará para a linha T9. Trata-se de uma iniciativa pioneira em Porto Alegre. O motor é equipado com um sistema que permite que a carga dure mais, multiplicando o rendimento. Enquanto o ônibus roda, o motor consome bateria, como em subidas e lugares mais planos, com aceleração normal. Mas quando o motorista trava ou desce uma ladeira, a bateria se recarrega.

O ônibus elétrico, marca BYD, modelo Padron K9, é equipado com baterias à prova de fogo, feitas de fosfato de ferro, mais rapidamente carregáveis e econômicas do que as de lítio. O coletivo tem piso baixo e opera com dois motores, localizados um em cada roda traseira.

Consórcios vencedores da licitação:

Bacia Norte – Lotes 1 e 2
Consórcio Mob Mobilidade em Transportes
Empresas: Sopal / Nortran / Navegantes

Bacia Sul – Lotes 3 e 4
Consórcio Sul
Empresas: Trevo / Viação Teresópolis Cavalhada / Viação Belém Novo / Restinga

Bacia Leste – Lote 5
Consórcio ViaLeste
Empresas: Viação Alto Petrópolis / Auto Viação Presidente Vargas / Viação Estoril

Bacia Leste – Lote 6
Consórcio de Mobilidade da Área Integrada Sudeste Mais
Empresas: Sudeste / Gasômetro

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Porto Alegre terá um novo corredor de ônibus na Zona Sul da cidade

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

O prefeito José Fortunatti anunciou na manhã deste domingo (22), Dia Mundial sem Carro, a implantação de uma faixa exclusiva para ônibus na Zona Sul de Porto Alegre. O novo corredor, que começa a operar até o fim de outubro, será nos dois sentidos, entre a Rua Costa Lima, no Bairro Teresópolis, e a Avenida Eduardo Prado, na Cavalhada, entre 6h e 9h, e das 16h as 18h.

Com o investimento de R$ 470 mil, o novo corredor terá sinalização específica, na cor azul e 33 pontos de paradas, nos dois sentidos da via, com iluminação, piso especial, bancos e lixeiras. Segundo o prefeito José Fortunatti, o objetivo é dar preferência aos usuários de transporte coletivo.
A faixa exclusiva vai ajudar a reduzir de 15 a 20 minutos o tempo de viagem da Zona Sul ao Centro, e do Centro à Zona Sul, nos horários de pico. Por dia, no trecho, circulam 45 linhas de ônibus, que transportam 126 mil passageiros. Assim que esta faixa entrar em funcionamento, Porto Alegre passará a contar com 60 quilômetros de vias exclusivas para transporte coletivo.

Corredores já funcionam nas avenidas Bento Gonçalves, Protásio Alves, Osvaldo Aranha, Assis Brasil, Farrapos, Sertório, Baltazar de Oliveira Garcia, Cristóvão Colombo, Independência, João Pessoa, Érico Veríssimo e Terceira Perimetral.

O anúncio do prefeito ocorreu durante o passeio ciclístico que marcou o Dia Mundial sem Carro. O prefeito chegou pedalando ao evento, junto com a primeira-dama, Regina, e o diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Capelari. Mas o mau tempo acabou afastando o público.

Fortunatti afirmou ainda que a meta da prefeitura é chegar a 40 quilômetros de ciclovias em Porto Alegre, até 2014. Hoje, são 16 quilômetros, além de 38 estações do Bike Poa, o sistema de aluguel de bicicletas, espalhado em vários pontos da cidade.

Por Cristine Galissa
Da RBS TV
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Em Porto Alegre, Avenida Praia de Belas ganha faixa exclusiva para ônibus

domingo, 3 de maio de 2015

A avenida Praia de Belas passa a contar com uma faixa exclusiva para o deslocamento de ônibus, trecho entre a rua Costa e a avenida Ipiranga. A medida representa uma nova etapa do processo de implantação do binário Praia de Belas / Borges de Medeiros, que qualifica a circulação de veículos entre a área central e a região Sul da cidade. 

Segundo o diretor-presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Vanderlei Cappellari, a iniciativa traz benefícios para a população. “Quando a gente retira o ônibus da briga pelo espaço com o automóvel, o trânsito melhora para todos. Assim tem acontecido em diversos locais da cidade, como na faixa exclusiva na Teresópolis / Nonoai / Cavalhada, onde os avanços em qualidade são evidentes para o transporte coletivo”, salienta.

O trecho do corredor está devidamente sinalizado, nas cores branca e azul, em pinturas de faixas contínuas e tachões. Foram implantadas faixas de segurança para a travessia dos pedestres. Os usuários dos ônibus poderão utilizar três paradas seguras no trecho: alça do Viaduto D. Pedro I; imediações da rua Botafogo e ao lado do Shopping Praia de Belas. Com exceção das linhas 178 Praia de Belas, 176 Serraria/Rodoviária, 176.1 Serraria/Rodoviária via Mendes Ouriques, que seguem pela lateral da via, todas as demais irão circular na faixa exclusiva.

As linhas da Carris T2, T2A e T5 seguirão atendendo a parada lateral da avenida Praia de Belas x rua Costa (BC) e fazem a transposição para o corredor atendendo também a estação colocada na avenida Praia de Belas x rua Botafogo. Após, saem do corredor para converter na rua Peri Machado.

Informações: EPTC


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Rio: Detro recolhe 39 ônibus regulares em operação nos terminais rodoviários

terça-feira, 17 de março de 2009


Para manter a ordem no transporte regular de passageiros, o Departamento de Transportes Rodoviários (Detro) realizou nesta segunda-feira (16/3) mais uma operação nos terminais rodoviários da Região Metropolitana e interior do estado, com a vistoria de 205 veículos e o recolhimento de 39 ônibus às garagens das empresas. Entre as principais irregularidades estão a falta de documentação, má conservação dos veículos e descumprimento do quadro de horários. Esta operação, conhecida como “Legal tem que ser legal”, é norteada pelas reclamações recebidas na Ouvidoria do Detro.
– A orientação do governador Sérgio Cabral é de que o Detro garanta um transporte de qualidade e seguro à população. Desta forma, “pau que dá em Chico, dá em Francisco”, ou seja, se estamos nas ruas diariamente para fiscalizar o transporte complementar irregular, não há porque não adotarmos esta mesma prática com relação à frota regular de ônibus cadastrada no Detro. Os empresários têm a obrigação de prestar um serviço de excelência e se não tiverem condições para tal, devem abrir mão da linha. A obrigação do Detro é estar atento quanto a isso e todos podem ter certeza de que não dormimos no ponto – avisa Rogério Onofre, presidente do departamento.
A operação teve início às 6h, com 48 fiscais atuando nos 19 terminais rodoviários que abrigam linhas intermunicipais no estado. A empresa com o maior número de veículos recolhidos à garagem foi a Viação 1001, com sete ônibus, seguida da Eval, com seis. Também foram punidas as seguintes empresas: Transmil, Mauá, Mageli, Reginas, Caravelle, Trel, Expresso Mangaratiba, Costa Verde, Normandy, Cidade do Aço e Viação Teresópolis. As ocorrências foram nos terminais Mariano Procópio, Américo Fontenelle (Central), Rodoviária Novo Rio e Campo Grande, no Rio; Cabo Frio, Angra dos Reis, Barra Mansa e Volta redonda. Nos demais terminais não houve o registro de veículos recolhidos.

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Locomotivas de hoje são mais lentas que o primeiro trem do Brasil

domingo, 13 de maio de 2012

RIO - Todos se assustaram com a velocidade da "Baroneza". Houve quem jurasse nunca mais andar de trem. Era 30 de abril de 1854 quando a primeira locomotiva a soltar fumaça em ares brasileiros inaugurou os 15 quilômetros de trilhos que iam do Porto de Mauá a Fragoso, em Magé, a - então incríveis - 36 km/h. Passados 158 anos da viagem vista como um prelúdio do Brasil de primeiro mundo, quem percorre um trajeto similar ao imortalizado pela "Baroneza" continuam a se assustar com a velocidade da locomotiva que puxa os trens que ali trafegam: 24 Km/h. Até Barão de Mauá, responsável pela aventura - dono da máquina ilustre batizada em homenagem à própria esposa -, ficaria decepcionado.
A velocidade do trem, medida pela equipe de reportagem na última terça-feira, é símbolo da realidade enfrentada pelos cerca de 5 mil passageiros que as últimas locomotivas a diesel a circularem no Rio de Janeiro ainda transportam todos os dias. Para efeito de comparação, no segundo ano de funcionamento, em 1855, a Estrada de Ferro Mauá transportou, em média, 1,8 mil passageiros e 10 mil toneladas de produtos agrícolas por dia.

A "Baroneza" se aposentou com 30 anos de idade. As três locomotivas que ainda circulam nos ramais de Vila Inhomirim e Guapimirim não tiveram a mesma sorte: em média têm 58 anos de idade. Elas fazem parte de um montante de 11 locomotivas restantes dos equipamentos da antiga Rede Ferroviária Federal (RFFSA). As outras oito fazem serviços de manutenção para a concessionária que administra os trens urbanos do Rio, a SuperVia. Em todo o resto das linhas geridas pela concessionária, os trens são elétricos. Segundo a Genereal Electrics, fabricante das locomotivas, a velocidade máxima original é de 90 km/h, mas isso depende das condições da via. A GE informa que as locomotivas "talvez sejam recuperáveis, mas tratam-se de tecnologias há muito superadas. Comparando seu estado original ao atual, são ineficientes, poluentes, e antieconômicas".

A linha de Vila Inhomirim vai de Saracuruna, em Caxias, até a Raiz da Serra, em Magé, e tem cerca de 15 quilômetros de trilhos - os últimos 4,7 quilômetros, já em Magé, no mesmo trajeto da primeira ferrovia do Brasil, a Estrada de Ferro Mauá, onde circulou a "Baroneza". O segundo ramal, que também sai do bairro de Caxias, vai até Guapimirim, mas, em tempos gloriosos, chegou a levar passageiros até Teresópolis. Apenas quem embarca entre 7h e 17h no ramal de Vila Inhomirim precisa pagar passagem. Nos outros horários, a viagem é de graça. Para andar nos trens do ramal de Guapimirim não é necessário comprar bilhete em nenhum momento do dia.
Atrasos, lentidão e bancos molhados são rotina

Quando cavou por três vezes a terra com uma pá de prata para inaugurar as obras da primeira estrada de ferro do Brasil há 160 anos, Dom Pedro II, ao pensar no futuro daquela linha de trem, não deve ter imaginado a situação da estudante Natalia Lima, de 18 anos, chacoalhando em uma manhã nublada de terça-feira em direção ao seu curso de auxiliar de enfermagem em Bonsucesso, para o qual já estava atrasada.

A estudante acordou alguns minutos mais tarde e perdeu o trem das 6h34m que passa em Piabetá, onde mora. Por conta disso, teve que esperar até as 8h04m pelo próximo. Chegou à última estação do ramal, Saracuruna, às 8h32 e teve de encarar o anúncio que temia: "trens com atraso". A composição que deveria ter saído da estação com destino à Central do Brasil, às 8h51m, só abriu as portas para os passageiros às 9h34m. A aula de Natalia começara às 8h30m.
- Quando eu me atraso, meu professor sempre fala "chegou cedo para a aula da tarde, hein? Foi o quê? A Maria Fumaça?" - conta ela, com um sorriso de lado de quem não tem muito a fazer a não ser se conformar.

Há um mês, a mãe de Natalia perdeu o emprego de empregada doméstica depois de demorar quase cinco horas para chegar ao local de trabalho. Com o trem quebrado, Eliane, que saiu de casa às 4h50m, foi se aventurar em um ônibus, e o engarrafamento acabou lhe custando o ganha pão. Hoje está desempregada.
Mesmo depois da chegada de todos os 34 novos trens, a SuperVia não planeja modernizações nos ramais de Vila Inhomirim e Guapimirim. A sonhada mudança requer a troca dos trilhos - de bitola de um metro para de 1,6m -, além levar eletricidade à linha. Em agosto deste ano, a concessionária planeja reformar mais duas locomotivas para contemplar as duas linhas. A SuperVia informa ter investido R$ 7 milhões em melhorias nesses ramais no ano passado.

Um plano de modernização até chegou a existir na década de 1980. Quem olha para o tamanho da estação de Vila Inhomirim fica imaginando o porquê de uma plataforma tão grande para um trem tão pequeno. Ela foi construída quando se acreditava que ali passariam trens elétricos, mas os planos nunca foram concluídos.

Enquanto isso, viajar em pé nas locomotivas da SuperVia permanecerá uma aventura. Os vagões puxados por locomotivas devem continuar a balançar muito mais que os trens elétricos. O desvio de linha, para o trem mudar de trilhos, também permanecerá manual, o que deixa a viagem ainda mais lenta. E, por muito tempo, a água chuva ainda deve entrar nos vagões pelas janelas emperradas. Bancos molhados, passageiros em pé.

Segundo um maquinista que opera as locomotivas e não quis se identificar para proteger o emprego, o fato de o trilho não ser protegido por muros impede que a locomotiva atinja velocidade superior a 30 km/h. Para preservar a segurança de passageiros e pessoas ao redor - é comum ver carros, bicicletas e até crianças atravessando os trilhos - não se deve ir muito rápido. A SuperVia alega que os trens trafegam com velocidade média de 35 km/h.

No mês retrasado, um ônibus bateu em uma locomotiva ao cruzar, irregularmente, a linha férrea do ramal de Guapimirim. Segundo os passageiros, o acidente tirou o trem de operação por cerca de duas semanas, o que tornou os já espaçados horários de Vila Inhomirim ainda mais distantes entre si. Já que há apenas três locomotivas, quando uma quebra, mesmo que seja no outro ramal, todos são prejudicados.

Esperar horas por um trem nas estações desses ramais é só para passageiros treinados e precavidos, já que não há banheiros nas estações. Na plataforma de Saracuruna, a reportagem flagrou cinco poças de urina no chão. A SuperVia informa que não tem obrigação de oferecer sanitários, mas que tem intenção de construí-los em Saracuruna.

Na época em que locomotivas eram novas, havia trens por todo o estado do Rio
Maquinista da época da Leopoldina Railway Company, Albertino Miguel, de 91 anos, lembra-se de quando as locomotivas a diesel haviam acabado de chegar para substituir as Marias Fumaças, alimentadas a carvão.
- Aquilo ali era uma aposentadoria. Qualquer defeito que dava, o aparelho já acusava. Até uma dona de casa fazendo arroz e feijão trabalhava mais - compara o maquinista aposentado, que ainda usa o seu antigo e bem preservado cap.

Especialista e apaixonado por ferrovias, o engenheiro Helio Suêvo, funcionário da RFFSA por mais de 30 anos, acredita que as locomotivas não andem mais rápido hoje para preservar a segurança dos passageiros.
- Aquelas locomotivas tracionavam trens de carga. Quando entraram para dar apoio aos trens de passageiros, já eram locomotivas com limitações técnicas e de manutenção. A maioria dessas locomotivas foram "baixadas", porque o estado de manutenção delas era tão precário que não justificava mais uma recuperação. Com o custo de recuperação delas, era mais fácil comprar uma nova - explica Suêvo.

Os antigos equipamentos são da época em que o ramal da Leopoldina ia muito além de Vila Inhomirim e Guapimirim. Havia trem em Mangaratiba, Itaboraí, Miguel Pereira e muitos outros municípios do Estado do Rio. No fim da década de 1950, o Brasil viu nascer o Plano Nacional de Erradicação de Ramais Ferroviários. O país chegou a ter quase 38 mil quilômetros de trilhos, mas, hoje, possui menos de 30 mil - a mesma extensão na década de 1920.

Quando as locomotivas que hoje chacoalham os passageiros de Magé chegaram, a Estrada de Ferro Mauá, ainda existia, com o nome de Estrada de Ferro Grão Pará, como foi rebatizada depois de sua linha ser estendida até Petrópolis. O ramal foi fechado em 1962. O motorista de ônibus Higino Esmael, de 74 anos, morador de Guia de Pacobaíba, onde estão a primeira estação de trem do Brasil e o Porto Mauá, lembra-se, saudoso, desses tempos.
- Ah, eu gostava do trem. Às vezes eu ia vendo as paisagens. Pela mata, a gente podia ver os passarinhos. Naquela época não tinha cinema, televisão, nada. Eu ia só, ou, às vezes, com um colega. Tinha 14 ou 15 anos de idade.
Havia uma bonita cobertura de zinco sobre o cais, e os trens iam até a beira da água. A Estação de Guia de Pacobaíba e os trilhos da já não mais imponente Estrada de Ferro Mauá hoje sofrem com o abandono. Pelas ruas de Piabetá, é possível ver os restos de ferro retorcido que um dia foram seus trilhos. Para completar, a ex-prefeita de Magé Núbia Cozzolino asfaltou os trilhos da primeira ferrovia do Brasil.

Preservação da primeira ferrovia do Brasil é minada por irregularidades
No terreno da ferrovia, que hoje é administrado pelo Instituto de Patrimônio Histórico Nacional (Iphan), surgiu uma comunidade com 70 famílias. Do outro lado, um depósito de dutos da empresa GDK, prestadora de serviços para a Petrobras, instalou-se com autorização do Iphan em 2007 e lá permanece. A empresa paga R$ 4,3 mil por mês em bens e serviços para o instituto, mas não se vê, ao redor da estação, sinais de investimento. O Iphan informa que cedeu o terreno à GDK para evitar invasões.
- (A estrada de ferro) ficou em um grande limbo durante muito tempo até que houve um decreto que disse que todos os bens da RFFSA seriam entregues ao Iphan ou outros entes públicos - diz a atual superintendente do instituto no Rio, Cristina Lodi. - Recebemos isso do governo federal sem os recursos para gerir.
Em março, foi assinado um acordo de cooperação técnica entre as prefeituras de Magé, Petrópolis e a Secretaria estadual de Transportes para revitalização das ferrovias da região, explorando seu potencial turístico. Os moradores da comunidade, organizados na Associação Ocupantes Guia de Pacobaíba, foram cadastrados no programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, e aguardam o reassentamento. A superintendente do Iphan acredita que, depois da transferência dos moradores, a revitalização poderá, finalmente, começar. A posse do terreno que abriga os bens tombados passará da Secretaria de Patrimônio da União para o município de Magé, que será auxiliado pelo Iphan.
- Para transformar esse trecho numa atração turística, tem que ver como o turista chega a Magé. O projeto original era sair uma barca da Praça XV ao porto. Mas alguém precisa se interessar. Se não trouxermos um entre privado para trabalhar conosco, não vai ser possível - acredita Cristina.

Um projeto feito por Helio Suêvo prevê que a revitalização da Estrada de Ferro Mauá custaria cerca de R$ 85 milhões. O histórico de tentativas de preservação é revelador. Em 1974, foi instalado na Estação de Guia de Pacobaíba um Museu Ferroviário, fechado três anos depois por causa da falta de segurança. Em 2004, para comemorar os 150 anos da estrada de ferro, foram construídos cem metros de linha férrea, mas boa parte dos trilhos e dos acessórios de fixação foi furtada. A Procuradoria Geral da República no Rio investiga as irregularidades no abandono da Estrada de Ferro Mauá desde 2007. Todas as evidências deixam claro que as ferrovias do Rio - estado que abrigará a final da Copa do Mundo de 2014 e sediará as Olimpíadas de 2016 - não são mais prelúdio do Brasil de primeiro mundo.

Por Manuela Andreoni / Agência Globo

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Após queixas de usuários, Curitiba vai mudar suas ciclovias

terça-feira, 7 de junho de 2011

Curitiba tem cem quilômetros de ciclovias, uma das maiores malhas do País - esse trecho representa, por exemplo, a distância entre São Paulo e Campinas ou Rio de Janeiro e Teresópolis. O uso de bicicletas está incorporado ao cotidiano da cidade. Porém, ao longo dos últimos meses tem havido um número crescente de reclamações e protestos contra as condições das vias, principalmente por conta de falta de segurança e ausência de ligação entre elas. A prefeitura concorda com algumas delas e prepara mudanças no desenho das faixas.
Na capital paranaense, essas críticas levaram ao surgimento de um grupo interessado em mudar a concepção do uso da bicicleta, chamado "Bicicletada Curitiba". Vista geralmente como meio de lazer, o que os membros da Bicicletada pretendem é que o setor público seja, de fato, um meio de transporte.
“Temos uma rede mal cuidada, sem sinalização adequada e falta de uma política que mostre que o carro tem que respeitar a bicicleta e o pedestre”, critica o professor Jorge Brand, que prefere utilizar a bicicleta sempre que possível.
Para outro participante da Bicicletada de Curitiba, Gabriel Nogueira, resolver a questão não é complicado. “A infraestrutura já existe, com as milhares de ruas asfaltadas podem ser compartilhadas com as bicicletas. Só falta a prefeitura pintar algumas baratas e seguras ciclofaixas”, reforça. Ele cita ainda exemplos de cidades como Bogotá, Barcelona e Londres que incluíram a bicicleta no projeto urbanístico.
A fiscalização das ciclovias de Curitiba é feita pela Ciclo Patrulha, um grupo da guarda municipal. O problema é que, em muitos pontos, a ciclovia é um espaço compartilhado com o pedestre.

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Em Porto Alegre, Corredor de ônibus da zona Sul começa a funcionar no dia 11

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

A partir da próxima segunda-feira, dia 11 de novembro, começa a operação no novo corredor de ônibus da zona Sul de Porto Alegre. A faixa prioritária, que fica no eixo das avenidas Cavalhada, Nonoai e Teresópolis, terá 4,5 quilômetros de extensão, entre a rua Costa Lima e a avenida Eduardo Prado. O horário de operação será das 6h às 9h e das 16h às 20h, de segunda a sexta-feira, nos dois sentidos da via. 

O diretor-presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Vanderlei Cappellari, explica que o objetivo é melhorar a mobilidade na região e estimular o uso do transporte público. “O número de carros aumentou muito nos últimos anos, e não existe espaço para transitar com agilidade pelas vias se todos, ao mesmo tempo, circularem com seus veículos particulares. Nós não somos contra o uso do carro, até porque essa é uma realidade com a qual temos que conviver. Mas queremos que mais pessoas utilizem o transporte coletivo e que aquelas que optarem por essa mudança de hábitos sejam beneficiadas com agilidade e qualificação do transporte público”, afirmou.
As faixas horárias de operação foram definidas levando-se em conta a velocidade dos ônibus e o volume de tráfego. O corredor foi implantado à direita da via, com sinalização horizontal específica na cor azul e sinalização vertical regulamentando o uso. 

O projeto redefiniu o posicionamento das paradas com o objetivo de, junto com a faixa prioritária de circulação, dar mais velocidade à operação, reduzindo os intervalos, atrasos e tempos de deslocamento dos usuários. Todos os abrigos foram substituídos pelas paradas segura, com iluminação, piso especial, piso tátil, bancos e lixeiras.

No trecho do corredor prioritário, haverá 33 pontos de paradas, sendo 16 no sentido bairro-Centro e 17 no sentido Centro-bairro. Naquele eixo, operam 45 linhas do transporte coletivo, com 2,2 mil viagens, transportando 126 mil passageiros por dia. 

Informações: Jornal do Comércio
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No Rio, Lei prevê multa para quem escutar música sem fone de ouvido dentro dos ônibus

sábado, 21 de abril de 2012

O publicitário Wellington Amaral pegou o ônibus 696 ao sair da faculdade, como sempre fazia. Depois de um dia cansativo, mal sabia ele que teria uma viagem estressante. Ao seu lado, um rapaz ligou o celular e começou a ouvir música sem fone de ouvido. Como se já não bastasse um "DJ" durante a viagem, na outra fileira de bancos uma moça fez a mesma coisa. O rapaz, então, ligou um segundo celular para "competir" com a jovem. Por causa de situações A Assembleia Lgislativa vota até o fim deste mês um projeto de lei que prevê multa de R$ 1 mil reais para passageiros que insistirem em ouvir som sem fone de ouvido e também para a empresa de transporte.
- Não só eu me senti incomodado, os outros passageiros do ônibus também. Mas eu fiquei quieto, assim como os outros, não falei nada porque faço tudo para evitar confusão - conta Wellington.

A economista Glaucia dos Santos, de 28 anos, passou por problema semelhante, mas decidiu não ficar calada. Enquanto dormia no ônibus da linha 2236, que faz o trajeto Campo Grande-Castelo, um homem ligou seu notebook e pôs um clipe musical para tocar - mais uma vez, sem usar fone de ouvido.
- Eu acordei assustada porque o som estava alto. Eu disse que o computador dele parecia muito moderno, mas que não tinham apresentado a ele um equipamento igualmente moderno, que é o fone de ouvido. Ele respondeu que estava sem fone e abaixou o volume. Eu reclamei, mas meu pai falou para eu não fazer mais isso porque posso apanhar na rua.

O medo de reclamar é justificável, principalmente diante de tantos casos de morte por motivo banal. Em março de 2010, um homem foi morto dentro de um ônibus em Botafogo depois de se recusar a fechar a janela. Isso sem falar nos casos fora do transporte público, como os que aconteceram porque alguém colocou lixo na calçada do vizinho ou reclamou de barulho durante a madrugada.

Segundo o deputado Bruno Correia, autor do projeto de lei, multa de R$ 1 mil reais para passageiros mal educados e empresas de transporte que não tomam providências contra eles seria aplicada apenas em último caso:
- Primeiro há a recomendação de o próprio motorista ou funcionário da empresa orientar o passageiro a desligar o aparelho ou usar o fone. Não sendo cumprida, há a multa, que seria aplicada pela força policial mais próxima.

Sobre o valor da multa, que para alguns pode parecer um exagero, o deputado justifica:
- Isso é um parâmetro. A maioria das leis prevê multa nessa faixa. E, quando mexe no bolso, a população costuma pensar mais nos seus atos. O mais importante, entretanto, é a mudança cultural. Todos têm que respeitar o direito do próximo. Há momentos apropriados, e no coletivo isso não é adequado.

A proposta do deputado vale apenas para meios de transporte intermunicipais. O projeto de Bruno Correia já passou por algumas comissões da Casa. Se for aprovado, deverá coibir situações como a que estudante Thaís Veríssimo passou. Durante uma viagem de madrugada do Rio para Teresópolis, uma mulher ouvia uma rádio evangélica pelo celular, com o alto-falante ligado.
- Uma outra passageira foi até ela e pediu gentilmente para desligar a música porque estava incomodando os outros passageiros. Ela justificou que "a música era de Deus". A moça respondeu: "tudo bem senhora, mas nem todos querem ser evangelizados e estão incomodados. Desligue, por favor". Ela se rendeu e desligou.

Como a lei se aplica a meio de transporte intermunicipal, outros beneficiados seriam os passageiros das barcas. O servidor público Evandro Pereira, de 29 anos, conta que em uma viagem de Niterói para o Rio, um homem ouvia um funk com letras pornográficas. Na ocasião, Evandro estava com o seu filho, que tinha 5 anos.
- Eu pedi pra ele: "amigo, por favor, pode desligar a música? Pela lei, é proibido usar aparelho de som em transporte público". Ele disse que não sabia que lei era essa, mas desligou. Mas logo em seguida ligou de novo. Então chamei um funcionário da Barcas S/A, que pediu para que ele desligasse. Só assim ele acatou.

Sem lei, decretos e portarias preveem apenas avisos proibitivos, mas não as providências
De fato, não há uma lei que proíba ouvir som em transporte público sem fone de ouvido. O decreto municipal n° 12.713/94 prevê apenas que os veículos devem ter um adesivo informando que é proibido usar aparelho de som. De acordo com a Secretaria Municipal de transportes, as autoridades dentro do ônibus são o motorista e/ou o cobrador e cabe a eles solicitar ao portador do equipamento de som que diminua o volume ou tomar as devidas providências para o bom andamento da viagem. Para as linhas intermunicipais, vale a portaria 437/97 do Detro, que proíbe aparelho sonoro no interior do veículo, mas não define sobre o que o usuário incomodado deve fazer.

Segundo a assessoria do Departamento, o passageiro pode reclamar ao motorista, que deve pedir que o aparelho seja desligado. Caso ele insista, o motorista poderá procurar a autoridade policial mais próxima ou um fiscal do Detro, se houver.

A Barcas S/A informou que também sinaliza as estações e as embarcações, orientando o usuário a não utilizar equipamentos que emitam som alto. Porém, os funcionários da empresa não podem obrigar ninguém a desligar o aparelho.

Segundo o MetrôRio, o Decreto Estadual nº 2.522/1979 prevê advertência ao passageiro que não atender à orientação de desligar ao aparelho de som. Os clientes que se sentirem incomodados devem procurar os agentes de segurança nas estações. Esses, apesar de não poderem retirar o cliente do metrô, orientam o passageiro a abaixar o volume ou usar fone de ouvidos.
No caso dos trens, a SuperVia informou que a atitude é considerada inconveniente pelo regulamento do transporte ferroviário, o decreto nº 1932/1996. Para garantir o bem estar dos demais passageiros, a atitude é coibida pelos agentes da concessionária, a quem os demais passageiros podem reclamar. Quem insistir no comportamento inconveniente poderá ser convidado a se retirar do trem.

Em outubro do ano passado, a concessionária iniciou uma campanha incentivando o uso do fone de ouvido. Segundo a SuperVia, a campanha foi elogiada por muitos passageiros, mas o número de reclamações não diminuiu.
Cigarro e aparelhos de som: avisos lado a lado, mas apenas um deles é baseado em lei
Na maioria dos meios transportes públicos existem avisos fixados, geralmente no interior, sobre as proibições - como conversar com o motorista, no caso dos ônibus; fumar e usar aparelhos sonoros.

A proibição ao fumo se baseia na lei estadual nº 5.517/2009, que não apenas proíbe, como prevê a retirada do usuário que insistir em fumar. Essa atitude é de responsabilidade da empresa, que, se não cumprir a lei, pode ser multada entre 1.548,63 e 15.486,27 UFIRs (Unidade Fiscal de Referência).
Para Wellington do Amaral, personagem do início da matéria, entretanto, uma lei para aparelhos sonoros não será suficiente:
- Todo mundo fica indignado quando alguém fuma no ônibus, mesmo que seja na janela. Acho que essa mesma indignação tem que ser usada nesse caso. Se houver uma lei que proíba, também acredito que deve haver uma campanha de conscientização.

Fonte: Extra Globo

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