Nas grandes metrópoles depender dos transportes coletivos é uma situação complicada. Um dos principais problemas encontrados é a quantidade elevada de pessoas para um espaço pequeno. Outro problema a ser colocado em questão é o tempo que os passageiros esperam por esses transportes, e por fim a falta de áreas preferenciais, tanto para idosos quanto para deficientes e cadeirantes.
Os meios de locomoção públicos são a alternativa mais viável para a maioria da população, em virtude principalmente das condições financeiras que não são muito boas. As pessoas vivem na correria do cotidiano, no final do dia estão exaustas e ainda tem que se deparar com a precariedade das condições físicas do espaço, que não são boas o bastante para suportarem a quantidade de usuários que utilizam esses meios. A infraestrutura dos transportes deveria ser analisada e calculada de uma forma melhor, pois não é novidade para ninguém que todos sofrem ao ter que passar algum tempo dentro desses veículos, sem poder se mexer direito, passando calor e lidando com o estresse próprio e alheio.
Todos nós temos compromissos e horários a cumprir, ficar esperando em pé em filas enormes, principalmente nos horários de pico, além de ser cansativo, pode acabar prejudicando em nossas vidas pessoais e profissionais com relação ao atraso das atividades combinadas. A população está crescendo cada vez mais, isso faz com que haja uma grande quantidade de passageiros para poucas frotas de ônibus, o que aumenta as filas e o tempo de espera. Em vez de o governo gastar dinheiro com obras inúteis e perder seu tempo com leis banais, deveria estar providenciando mais frotas de ônibus para a população brasileira, pois eles dependem de nós para estarem no poder e não estão cumprindo com as necessidades do povo.
O descaso com portadores de deficiência física, com as grávidas e com os idosos é evidente, os locais para essas pessoas são poucos e sem contar que não são todos que respeitam. Para quem tem dificuldade em sua locomoção o problema se torna maior, começa desde as calçadas esburacadas, depois passa pelo problema de ter que ficar na fila correndo o risco de perder o transporte, já que a quantidade de usuários encobrindo a sua visão é grande, e por último e mais dificultoso, a entrada nos veículos. Além de ser perigoso, no caso de metrôs e trens considerando as pessoas desesperadas por um lugar que saem empurrando todos, os elevadores geralmente nunca entram em prática para os cadeirantes, sempre ocorrem problemas técnicos, ou de preguiça mesmo. Os lugares para eles também são poucos, havendo na maioria das vezes apenas uma vaga, que acaba sempre ocupada por outras pessoas, decorrente da falta de espaço.
Levando em consideração os pontos levantados, o sistema de transporte público deveria tomar uma atitude para cobrir as necessidades da população, contribuindo com frotas renovadas de ônibus, contendo mais espaço físico e equipamentos que funcionem corretamente, disponibilizando mais vagas para cadeirantes e para pessoas que necessitem de um lugar realmente, e não deixando de lado a conscientização da população, que tem que lutar pelos seus direitos e respeitar o próximo.
Basilides de Godoy - 2011