“A situação é caótica e precisamos de ações da prefeitura com urgência. A prefeitura é muito ausente no bairro”, reclama a estudante Elaine Concha, 33. Há 25 anos morando no bairro, ela conhece bem as consequências do descaso. “Aqui, perder compromisso é comum. Em situações de atraso, os motoristas ‘queimam ponto’ e deixam de fazer alguns horários. Precisamos de ações que ajudem definitivamente e não de curativos”, avalia ela, que ontem ficou mais de uma hora esperando o ônibus para ir à faculdade.
O bairro tem apenas duas saídas: a Estrada Velha do Aeroporto e a rua Celika Nogueira, em Águas Claras. O líder comunitário Kilson Melo reclama. “Necessitamos de mais vias de acesso para que tenhamos nosso problema solucionado. Essa situação vem piorando há uns 15 anos”.
GargaloAlém de problemas para entrar e sair do bairro, moradores dizem que o deslocamento entre as nove Cajazeiras é prejudicado. A entrada de Cajazeiras X, na rotatória da Feirinha, é apontada como o gargalo dos engarrafamentos.
Kilson diz que para solucionar o problema seria preciso construir vias de acesso ligando Boca da Mata à Estrada Velha do Aeroporto; Cajazeiras XI à BR-324, passando por Valéria; e a conclusão da via que liga a avenida Regional à BR- 324, além de uma via que ligue as Cajazeiras X e V.
Kilson ainda pede atenção para o bairro, em um momento em que prefeitura e governo discutem o modelo de transporte a ser implantado na avenida Paralela. “Nós estamos completamente fora do processo de mobilidade da Copa. Queremos também essa fatia do bolo. Engarrafamento não é só na Paralela. Aqui é todo dia”, afirmou Kilson.
Em nota, a Transalvador informou que já concluiu um projeto executivo que prevê uma ligação entre Boca da Mata e a BR-324, cortando os bairros de Cajazeiras e Valéria. “A via, com aproximadamente 1,1 quilômetro, vai melhorar sensivelmente o trânsito na região, dando maior fluidez e segurança à população”, diz o documento.