Outra novidade é que o modelo é totalmente acessível, contando com piso baixo e portas mais largas, melhorando o embarque e desembarque, principalmente para pessoas com dificuldades de locomoção. Além de todas as vantagens de um trólebus, como emissão zero de poluentes, o modelo que começa a operar nesta semana se destaca também pelo nível de ruído, muito baixo, o que colabora com o combate à poluição sonora da cidade.
O novo trólebus foi desenvolvido em uma parceria de quatro empresas. A parte elétrica foi desenvolvida pela Eletra, do grupo da Metra (operadora do Corredor ABD); o motor é da Weg; a carroceria, modelo Millenium, é fabricada pela Caio; e o chassi modelo O 500 é da Mercedes-Benz.
O ônibus elétrico obedece às mais modernas normas de segurança veicular com faixas refletivas instaladas na parte externa, corredores que permitem melhor circulação interna de passageiros, saídas de emergência mais práticas, controles mais modernos de dirigibilidade e espaços especiais para pessoas em cadeiras de rodas e deficientes visuais com cão-guia.
Trólebus na cidade
Circulam em São Paulo 198 trólebus, que percorrem 137 quilômetros de cabos, divididos em 11 linhas, a maioria na zona leste da cidade, transportando 110 mil passageiros por dia. A idade média da frota é de 22 anos, mas parte dela passou por restauração, aumentando sua vida útil.
Em 2009, teve início a renovação da frota dos trólebus em São Paulo: foram incluídos 12 novos veículos. No entanto, houve dificuldades para encontrar fabricantes que pudessem fornecer os veículos dentro das especificações exigidas pela SPTrans para operar na cidade. Com esse novo modelo, a previsão de renovação de 70% da frota está mantida e outros 127 novos trólebus devem entrar em circulação até dezembro de 2012.
Modernização da rede aérea
Outro passo importante para a constante melhora no sistema de trólebus de São Paulo é a modernização da rede aérea, que está sendo contratada junto com a manutenção corretiva e preventiva. Após o término da licitação, a rede passará a ser mantida por uma empresa contratada pela SPTrans. Serão implantados um Centro de Controle Operacional e duas Bases de Manutenção em pontos estratégicos da rede, equipadas com todos os recursos técnicos e humanos necessários para o pronto atendimento e restabelecimento das ocorrências de campo, diminuindo o tempo de atendimento envolvendo os trólebus. No total, a empresa que vencer a licitação terá que substituir 325 km de fios de contato e suas suspensões, resultando na troca de 162,5 km do total de 201,4 km da rede aérea.
Programa Ecofrota
A Prefeitura de São Paulo está investindo em novas tecnologias veiculares, visando diminuir a emissão de poluentes no ar da Capital oriundos da frota do sistema de transporte público, e os trólebus são uma alternativa ambientalmente mais eficiente.
O Programa Ecofrota, lançado em fevereiro passado, prevê a utilização progressiva de combustíveis limpos na frota de ônibus de São Paulo, em consonância com a Lei de Mudanças do Clima, que preconiza que todo o sistema de transporte público do Município deverá operar com combustível renovável até 2018.
Na ocasião, foi iniciado o abastecimento de 1.280 ônibus com B20, uma mistura que utiliza 20% de biodiesel. Em maio começaram a operar os primeiros 50 ônibus a etanol da frota da Capital.
Todo ônibus que circular com algum tipo de combustível menos poluente recebe um selo da Ecofrota, identificando o tipo de combustível, seja ele etanol, biodiesel, elétrico ou híbrido.
Assessoria de Imprensa – SPTrans