Na linha 2, onde os passageiros mais sofrem com o calor, a promessa é de que a temperatura fique até 10 graus abaixo da exterior. Segundo a concessionária, a medida é emergencial para enquanto os novos trens, importados da China, não chegam. Já foram investidos no projeto R$17 milhões.
Na reforma foram trocados 364 condensadores de ar-condicionado. A peça é responsável por resfriar o ar quente da atmosfera, para que ele seja jogado dentro do trem resfriado. De acordo com o coordenador de Material Rodante da empresa, Everton Gonçalves, agora, a potência é maior.
— No verão passado, a temperatura na brita chegou a 72 graus. Nossos condensadores só suportavam até 60 graus. Acima disso, desarmavam. Esse foi o problema. Agora, mesmo com temperaturas altas desse jeito, o ar-condicionado não vai parar de funcionar — explicou.
Os novos trens encomendados da China estão previstos para chegar ao Rio no fim de 2011. Segundo a concessionária, as composições não terão problemas com o ar-condicionado por que os aparelhos são colocados na parte superior do vagão, diferentemente dos trens atuais, em que o equipamento fica próximo ao chão e, consequentemente, do calor. Além disso, a potência de cada aparelho será 33% maior do que a dos atuais.
— Vai funcionar como a ventuinha do radiador de um carro — explicou o coordenador de Material Rodante da empresa, Everton Gonçalves.
O trabalho na oficina da Metrô Rio começou em maio e, por dia, dois vagões são reformados. De acordo com a gerente de Relações Institucionais da concessionária, Rosa Cassar, por causa dos problemas ocorridos no verão passado, uma equipe de 45 pessoas foi contratada para atuar na área.
— Chamamos profissionais para integrar uma equipe permanente dedicada somente à manutenção de ar-condicionado, além dos 75 funcionários que trabalham na reforma. Também já temos estoques de peças para repor imediatamente no caso de problemas durante o verão — garantiu Rosa.