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No DF, Transporte coletivo será reforçado com 90 novos ônibus

quinta-feira, 26 de setembro de 2024

O transporte público coletivo do DF receberá mais uma remessa de 90 ônibus novos. Dos 377 ônibus previstos para a renovação da frota da empresa Marechal, 78 veículos já foram entregues e estão circulando. Nesta semana, a Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob) está acompanhando de perto a fabricação das unidades restantes.

O subsecretário de Operações da Semob, Márcio Antônio de Jesus (à esquerda), acompanha a fabricação dos ônibus da Marechal, em São Paulo | Fotos: Divulgação/Semob

“A próxima remessa será de 90 veículos do modelo que a Volvo lançou no ano passado. É um veículo silencioso, com ar-condicionado, sistema de freios moderno e controle de portas que oferece conforto e segurança para os passageiros. E estão sendo fabricados com portas dos dois lados, para atender o embarque e desembarque no corredor exclusivo da EPTG e no Boulevard”, explicou o secretário de Transporte e Mobilidade, Zeno Gonçalves.

Os veículos Volvo B320R estão sendo fabricados em Botucatu (SP). Os gestores da Semob acompanham a fabricação de acordo com o cronograma de renovação da frota da Viação Marechal. Os novos ônibus são equipados com o motor Euro 6 e possuem suspensão com sistema de “ajoelhamento” que facilita o embarque e desembarque de passageiros, melhorando a acessibilidade.

Veículos estão sendo fabricados em Botucatu (SP), todos são equipados com ar-condicionado e elevador para acesso de pessoas com deficiência

A empresa Marechal é responsável por operar as linhas do transporte público coletivo em Taguatinga, Guará, Águas Claras, Ceilândia e Park Way. Ao todo, são 144 linhas, com a utilização de 478 veículos. A região (área 4) é responsável por cerca de 3,2 milhões de acessos por mês – 145 mil passageiros por dia/útil.

Mais linhas, mais viagens

Dos 78 veículos entregues em agosto, 22 são micro-ônibus que operam as novas linhas do serviço de transporte de vizinhança (zebrinha). Além de ampliar a linha 0.008 de Águas Claras, os zebrinhas estão atendendo os passageiros das linhas 959.2 e 959.3, que circulam em Arniqueira e também tiveram o itinerário ampliado em Taguatinga, passando a operar na área central da cidade.

Todos os novos ônibus da Marechal são equipados com ar-condicionado, com motores Euro 6 (menos poluentes) e com acessibilidade e elevador para acesso das pessoas com deficiência, com avanço tecnológico e conforto.

Desde 2019, a frota de ônibus do sistema de transporte público do Distrito Federal passa por renovação e ampliação, contando atualmente com 2.914 veículos.

A média de idade dos coletivos do DF é de apenas três anos. É a maior frota de ônibus Euro 6 do país. A tecnologia desses veículos contribui para a qualidade do ar e a preservação do meio ambiente, com menos 80% de gases e menos 50% de partículas poluentes.

*Com informações da Semob-DF

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Testes da Linha 2 do VLT avançam no centro de Santos

quarta-feira, 25 de setembro de 2024

Novos testes de circulação na Linha 2 do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) foram realizados na madrugada desta terça-feira na região central de Santos, em mais um passo para a conclusão desse importante projeto de mobilidade urbana da Baixada Santista. A composição percorreu o trecho completo de 8 km, desde a conexão com a Linha 1, no cruzamento da Rua Campos Melo com a Avenida Afonso Pena, até o final do trajeto no centro da cidade.

Os testes são parte fundamental do processo de homologação da infraestrutura da via permanente e da rede aérea, assegurando que o VLT atenda a todos os requisitos técnicos e de segurança. A fase de testes sem passageiros continuará pelos próximos meses, com foco na plena adequação do sistema para que ele possa oferecer à população da Baixada Santista um transporte seguro, moderno e eficiente.

A CET-Santos mantém esquema operacional para o período de testes do VLT, com agentes em campo, já antes do início da circulação do trem, para garantir que a linha férrea esteja sem veículos estacionados. Agentes também são posicionados ao longo do percurso e, ainda, acompanham o elétrico em viaturas.

O segundo trecho do VLT contará com 8 km de percurso e 12 pontos de embarque e desembarque, interligando o ramal Barreiros-Porto ao bairro histórico do Valongo a partir da Estação Conselheiro Nébias. O trajeto, que tem recebido revitalização e melhorias de infraestrutura, será uma importante opção de deslocamento entre os bairros e o centro, com estações próximas a locais de interesse público como o Mercado Municipal, Poupatempo, universidades, áreas comerciais e o Terminal Valongo.

Os VLTs proporcionarão um transporte confortável, elétrico, seguro, silencioso, rápido e não poluente a cerca de 35 mil passageiros por dia da Baixada Santista, contribuindo também para a melhoria do trânsito na região central. Vai trazer também maior conectividade e sustentabilidade no transporte público da região, integrando-se com os ônibus de linhas municipais e intermunicipais. Somando os 11,5 km da primeira fase em operação (Barreiros-Porto) com o segundo trecho (Conselheiro Nebias-Valongo), serão 19,5 km de trajeto.

Informações: EMTU

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Novo micro-ônibus elétrico apresentado em Hannover, Azure 7 virá ao Brasil

domingo, 22 de setembro de 2024

A fabricante chinês Higer Bus apresentou nesta semana no IAA Transportation 2024, em Hannover, na Alemanha, o novo micro-ônibus elétrico Azure 7 para operações urbanas. Além disso, o modelo chegará ao mercado brasileiro ainda neste ano, em dezembro.

Cadu Souza, CEO da TECX Higer, confirmou a informação. A empresa brasileira representa a Higer Bus no mercado nacional. “Urbano, compacto e robusto, o Azure 7 representa a praticidade para deslocamentos em todos os tipos de vias de um município. Com seu design moderno e com alto padrão de qualidade vem ampliar a gama da marca, inclusive no Brasil”, contou o executivo.

Atualmente, os ônibus da linha Azure estão presentes em cidades brasileiras nas versões de 12, 13 e 18 metros de comprimento. Assim, o Azure 7 será o menor modelo da série disponível no País, com sete metros de extensão.

Higer Bus, Arure 7
Conforme dados do fabricante, o novo miucro-ônibus elétrico tem capacidade para até 40 passageiros. Além disso, a cabine oferece piso baixo e plano, permitindo personalizar a disposição dos assentos.

Azure 7 tem “autonomia suficiente”
Por ora, a Higer Bus ainda não divulgou os dados de desempenho e performance do Azure 7. A fabricante, no entanto, informa que o veículo oferece “autonomia suficiente para eliminar a ansiedade” dos clientes em relação aos ônibus pequenos. Ainda de acordo com a empresa, o modelo é equipado com baterias CATL.

Adicionalmente, a empresa divulgou que o novo micro-ônibus possui suspensão dianteira independente equipada com o sistema ECAS II, eixo de acionamento elétrico coaxial integrado traseiro e design de plataforma de porta simples ou dupla.

Informações: Estradão

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Dia Mundial Sem Carro: transporte público é decisão de gente consciente

Em apoio ao Dia Mundial Sem Carro (22/9), a BRT Sorocaba reforça o compromisso com a mobilidade urbana e a importância do transporte coletivo para a posteridade.  Nos últimos quatro anos, os ônibus do sistema BRT rodaram mais de 21 milhões de quilômetros, ajudando a retirar milhares de carros das ruas e facilitando a rotina dos sorocabanos.

O futuro é agora e ele clama pelo despertar de uma nova consciência para o entendimento que o transporte coletivo urbano é uma solução para o equilíbrio das cidades.  

Ter consciência é ter conhecimento, é o estado de saber. Por isso, é fundamental que as pessoas entendam que utilizar o transporte urbano vai muito além de simplesmente andar de ônibus, é olhar para a vida em sociedade numa perspectiva coletiva. É ter a compreensão que a atitude de hoje, contribuirá para o dia de amanhã. O todo é feito por várias partes e, em cada parte, há um cidadão que pode ser um novo passageiro e um agente de transformação.

Para se ter uma noção do quanto cada pessoa pode auxiliar nessa mudança de mentalidade, é válido saber que um único ônibus substitui pelo menos 40 carros, e isso ajuda a otimizar o uso do espaço urbano. Essa é uma constatação da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP). Somado a isso, segundo a entidade, um ônibus comum polui oito vezes menos que um carro, por passageiro transportado.

No sistema BRT, 123 ônibus possibilitam retirar mais veículos automotores do trânsito, o que torna a cidade menos poluída e barulhenta. “Se conseguirmos diminuir o número de carros e motos, menores serão as emissões de poluentes. A atmosfera tem sido fortemente impactada pelo excesso de gases nocivos e isto tem trazido implicações a natureza e, consequentemente, gerado episódios climáticos extremos. São fortes ondas de calor, altos volumes de chuvas, secas, incêndios e inundações. Muitos podem achar que nada tem a ver com isso, mas tem sim. As escolhas e as ações de cada um têm impactado no contexto de onde habitamos”, destaca Renato Andere, presidente da BRT Sorocaba.     

É preciso entender que decidir usar o ônibus é uma escolha de gente consciente. Não se trata de falar sobre uma pessoa, mas sim, sobre todos. Se cada cidadão fizer sua parte, juntos em sociedade será possível mudar este cenário e viver de maneira mais harmônica e equilibrada, sem tantos extremos climáticos e em um ambiente urbano mais limpo.

Para as cidades que ainda não entenderam a importância do transporte coletivo, é necessário o despertar de consciência não somente do passageiro, mas também daqueles que cuidam da estrutura e também de quem opera. É imprescindível que haja o investimento em infraestrutura e na qualidade do serviço ofertado para torná-lo atraente, seguro e acolhedor. Um sistema bem cuidado, com rapidez e eficiência possibilita mais agilidade no dia-a-dia da população e traz o passageiro para o ônibus.

Elevar os indicadores de qualidade dos serviços é uma iniciativa que depende se todos os envolvidos estiverem cientes que a mudança se faz necessária. A transformação precisa acontecer em todas as esferas, desde quem embarca no ônibus até os que monitoram e operam.

É pensando no coletivo e no futuro da cidade, que a BRT Sorocaba, oferece um serviço de transporte onde a sustentabilidade, a qualidade e a conscientização andam juntas.

“Fomentamos ações que contribuem para esse despertar de consciência onde o ônibus é o presente e o futuro. Convido os empresários do transporte, os gestores e os órgãos públicos a estimular uma comunicação mais próxima e amiga para transportar não somente passageiros, mas também, uma nova mentalidade. O despertar de consciência é um convite, para que nós, que já sabemos do potencial do transporte, possamos levar essa mensagem para aqueles que ainda não sabem. É preciso mudança de comportamento para enxergar o ônibus como um aliado para as cidades. Desejo de fato, um transporte coletivo em mente, espírito e ação”, finaliza Andere.

Informações:  Concessionária BRT Sorocaba

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METRÔ SP anuncia processo seletivo para estagiários

quinta-feira, 19 de setembro de 2024

Está disponível o edital n.º02/2024 do processo seletivo estágio METRÔ SP (Companhia do Metropolitano de São Paulo) que prevê a formação de cadastro reserva de estudantes de nível superior e técnico profissionalizante.


O Centro de Integração Empresa Escola (CIEE) será o responsável pela organização e execução do processo seletivo, que terá validade de 12 meses a partir da divulgação da classificação final, sem possibilidade de prorrogação, conforme o edital.

Oportunidades
O edital oferta 30 oportunidades de cadastro reserva para estudantes regularmente matriculados em cursos de nível técnico e superior, com frequência efetiva em instituições de ensino públicas ou privadas.

Os candidatos do ensino superior devem estar cursando do 1º ao penúltimo ano, enquanto os estudantes do ensino técnico profissionalizante devem estar cursando o 1º ou 2º semestre. Os cursos contemplados estão listados no edital.

Os selecionados cumprirão jornada de 30 horas semanais, com limite de seis horas diárias e 120 horas mensais, podendo exercer suas atividades presencialmente ou em regime de teletrabalho, a critério da empresa.

Haverá pagamento de bolsa-auxílio por hora de R$ 8,50 para nível superior e R$ 7,50 para nível técnico, além de auxílio-transporte com bilhete de serviço do Metrô/SP e cota para passagens de ônibus.

Além disso, os estagiários também receberão auxílio-refeição no valor de R$ 48,26 por dia (24 cotas/mês) e auxílio-alimentação de R$ 667,34 mensais.

Inscrições
As inscrições e provas online devem ser feitas exclusivamente pela internet, através do site do CIEE, a partir das 00h de 24 de setembro de2024 até as 12h do dia 9 de outubro de 2024, incluindo sábados, domingos e feriados.

É fundamental que o candidato preencha a ficha de inscrição com dados pessoais e escolares válidos. A correção de informações incorretas será permitida apenas antes do início da prova online, mediante a exclusão da inscrição dentro do prazo estipulado.

Provas
O processo seletivo estágio METRÔ SP terá etapa única, sendo uma prova objetiva online, cujo acesso será realizado exclusivamente através do login e senha cadastrados no site do CIEE durante o processo de inscrição.

Ao acessar o sistema, o candidato receberá um código de confirmação via SMS ou e-mail, para a liberação do acesso ao exame. A prova objetiva online será composta por 20 questões de múltipla escolha, abrangendo conteúdos de Português e Conhecimentos Gerais.

Em caso de igualdade na classificação, o desempate será realizado com base em critérios específicos, priorizando, em ordem decrescente, a maior idade, a maior nota em Português e, em último lugar, a maior nota em Conhecimentos Gerais.

Edital
O edital completo pode ser consultado no site do CIEE. Em caso de dúvidas, o CIEE disponibiliza o e-mail eucandidatosp@ciee.ong.br para contato de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. As solicitações devem ser enviadas até às 12h do dia útil anterior ao término do prazo de inscrições.

Informações: Concursos no Brasil

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Metrô de SP completa 50 anos com malha ainda insuficiente

terça-feira, 17 de setembro de 2024

Sistema paulistano foi o pioneiro do país. Especialistas avaliam que avanço do sistema metroferroviário nas últimas décadas continua aquém da necessidade das grandes cidades brasileiras.Primeiro do país, o metrô de São Paulo entrou oficialmente em operação em 14 de setembro de 1974. Cinquenta anos depois, a malha de transporte urbano sobre trilhos no Brasil ainda está aquém do ideal, conforme apontam especialistas.

Em 1974, noticiou o jornal O Estado de S. Paulo: a inauguração do novo sistema de transporte da capital paulista foi uma festa com "balões de gás, bandas, desfiles de escolares, sambistas, sanfoneiros e folhetos de propaganda política" em que "o povo só pode ver de longe os passageiros do 'trem da alegria', o metrô", que fez o percurso inaugural do pequeno trecho então inaugurado, os 7 quilômetros entre Jabaquara e Vila Mariana.

Marketing político à parte, a inauguração finalmente fez com que o Brasil entrasse nos trilhos do sistema de transporte urbano rápido que já era consolidado em grandes cidades pelo mundo, como em Londres — em operação desde 1863 —, Paris — desde 1900 —, Berlim — inaugurado em 1902 — e Nova York — onde começou a funcionar em 1904. A vizinha argentina teve o metrô de Buenos Aires inaugurado em 1913.

São Paulo precisaria de malha seis vezes maior

De lá para cá, houve avanços, mas ainda tímidos. A mentalidade brasileira ainda privilegia o transporte rodoviário em relação ao sobre trilhos — e a sociedade valoriza o status do transporte individual em detrimento do coletivo.

Em São Paulo, a rede metroviária atual é formada por 6 linhas — oficialmente, já que uma é, na verdade, um sistema de monotrilho —, totalizando 104 quilômetros de extensão e 91 estações. Segundo dados do governo paulista, são 5 milhões de passageiros transportados todos os dias. Para efeitos de comparação, o metrô de Nova York tem 24 linhas com 468 estações espalhadas por 369 quilômetros de extensão e o de Londres, 16 linhas, 272 estações e cerca de 400 quilômetros.

"Metrô é o modal que viabiliza de forma humana e racional a mobilidade em cidades, sendo imprescindível em metrópoles com mais de 2 milhões de habitantes", argumenta o engenheiro de transporte Sergio Ejzenberg, consultor e especialista em mobilidade. "A conta é simples. Tomando como paradigma metrópoles adensadas, é preciso 50 quilômetros de metrô para cada milhão de habitantes."

Ou seja: São Paulo precisaria de seis vezes mais. "Isso explica a lotação do nosso metrô e explica por que cada linha colocada em operação lota nas primeiras semanas de funcionamento. E mostra a estupidez do investimento em sistemas de média capacidade, como monotrilhos e VLTs", acrescenta Ejzenberg.

De acordo com a Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos) há hoje metrô operando em Fortaleza, Recife, Salvador, Brasília, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Especialistas discordam.

"Metrô mesmo no Brasil tem somente em São Paulo, no Rio e em Brasília", aponta o engenheiro de transportes Creso de Franco Peixoto, professor na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). "Outras cidades costumam chamar de metrô o que na verdade são linhas ferroviárias de carga que foram adaptadas para que fossem usadas como metrô."

Tecnicamente, como ele explica, o metrô consiste em linhas construídas em regiões adensadas, com paradas planejadas em curtas distâncias, a partir de pesquisas detalhadas sobre comportamentos de origem e destino da população.
 
"A denominação metrô é adotada por diversos sistemas como imagem poderosa de marketing institucional, mesmo quando aplicados em locais que não se enquadrariam nessa categoria sob uma análise mais rigorosa", comenta o engenheiro especialista em mobilidade Marcos Bicalho dos Santos, consultor em planejamento de transportes.

Ele considera metrôs, além dos sistemas de São Paulo, Rio e Brasília, as linhas de Salvador e de Fortaleza. E classifica como uma segunda divisão os modelos "de alta capacidade, implantados aproveitando infraestruturas ferroviárias desativadas", ou seja, os chamados metrôs de Belo Horizonte, Porto Alegre e do Recife.

"Neste grupo poderiam também ser incluídos os trens urbanos, que atendem a elevadas demandas, mas que apresentam características operacionais distintas dos metrôs [principalmente quanto à velocidade, frequência e distância entre paradas]", acrescenta Santos, citando os trens metropolitanos de São Paulo e do Rio de Janeiro.

O restante da malha de trilhos urbanos do Brasil (veja infográfico), o especialista classifica como "uma quarta categoria […] que, em função de sua inserção urbana ou por limitações de seus projetos operacionais, operam como sistemas de média capacidade, às vezes nem isso, atendendo a demandas pouco expressivas".

Atraso histórico e mentalidade rodoviarista

No total, a malha de trilhos urbanos é de 1.135 quilômetros e está presente em 12 das 27 unidades da federação. "Somos um país de dimensões continentais e essa infraestrutura de trilhos para passageiros é insuficiente para o atendimento à população", admite o engenheiro eletricista Joubert Flores, presidente do conselho da ANPTrilhos. "Mas essa rede de atendimento tem previsão de crescimento, já que contamos com 120 quilômetros de projetos contratados ou em execução, com indicação de conclusão nos próximos cinco anos. Para 2024, a previsão é inaugurarmos 20 quilômetros."

Se o transporte sobre trilhos é tão útil, por que o Brasil está tão atrasado? Primeiramente, pela mentalidade histórica. "Houve uma efetiva priorização do transporte rodoviário de passageiros, e mesmo de cargas, pelos governos brasileiros. Este talvez tenha sido o principal motivo de perdermos cerca de 20 ou 30 anos para o início do transporte metroferroviário em São Paulo e no Brasil. Talvez tenha havido uma falta de vontade política e de visão dos governantes à época", comenta o engenheiro metalurgista Vicente Abate, presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer).

Para o urbanista Nazareno Affonso, diretor do Instituto Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte Público de Qualidade para Todos (MDT), o Brasil sempre foi "carrocrata". "O Estado não prioriza o transporte público e prioriza investimentos ligados à indústria automobilística", diz, enfatizando que as maiores cidades do país "caminham para o colapso se não houver investimentos permanentes e crescentes em sistemas metroferroviário e de ônibus".

"O estratosférico custo dos congestionamentos e dos sinistros de trânsito no Brasil inibe o crescimento e rouba parcela significativa do PIB", argumenta Ejzenberg, que calcula prejuízos diretos e indiretos de até 50 bilhões de reais por ano por conta disso, apenas na metrópole de São Paulo. "Esse custo anual, se investido em metrô, estancaria as perdas e daria maior competitividade ao Brasil. Continuamos nadando no sangue das vítimas evitáveis, ano após ano."

O custo é um grande gargalo, é verdade. Segundo levantamento do professor Peixoto, dificilmente uma obra de metrô no Brasil custa menos de 80 milhões de dólares por quilômetro. "Metrô é muito caro. Muito caro. Mas é preciso pensar que ele é capaz de transportar muita gente", comenta.

"O Brasil não investiu em transporte sobre trilhos por incompetência, insegurança jurídica e imediatismo político", critica Ejzenberg. Apesar de ser uma obra cara, ele argumenta que o modal sobre trilhos acaba tendo metade do custo do sistema de ônibus se considerado o custo do passageiro transportado por quilômetro — esta seria a incompetência, segundo o especialista. No caso da questão jurídica, ele diz que as mudanças no entendimento de como viabilizar parcerias privadas acabam afastando investidores. Por fim, politicamente há o peso eleitoreiro de que uma obra de metrô costuma levar mais do que um mandato de quatro anos entre o anúncio e a inauguração.

Solução é complexa
 
Mais metrô melhoraria em muito a qualidade de vida do brasileiro que habita as grandes cidades. Mas não é a solução mágica. "Para enfrentar a crise dos deslocamentos é preciso investimento em metrô, em ferrovias, em VLT. Mas não podemos descuidar da democratização das vias públicas, dando aos ônibus faixas exclusivas. E também a mobilidade ativa que tem crescido, com ciclovias e ciclofaixas para que avancemos nessa questão", sugere Affonso.

"Metrôs não são uma panaceia. Não são a única solução para os problemas na mobilidade urbana", acrescenta Santos. "Em muitas situações, não são a solução mais indicada, já que as soluções dependem de cada local e não podem ser unimodais."

Ele enfatiza que por mais eficiente que seja uma linha de metrô, "ela não será eficaz se as pessoas não conseguirem chegar até ela, caminhando, pedalando, usando transporte público alimentador e mesmo modos de transporte individual". O especialista salienta que, considerando isso, respectivamente é preciso também investir em calçadas adequadas, rede cicloviária e bicicletários, integração física, operacional e tarifária dos meios de transporte público e, por fim, estacionamentos e baias para desembarque e embarque para aqueles que vão chegar de carro.

"Resumindo, precisamos de planejamento urbano e de mobilidade, integrados, e não apenas de um plano de obras e compra de equipamentos", adverte ele.

Informações: Terra

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Ônibus para o Aeroporto de Guarulhos tem tarifa mais baixa em setembro

domingo, 15 de setembro de 2024

A Secretaria dos Transportes Metropolitanos de São Paulo autorizou a redução nas tarifas de quatro linhas que atendem ao Aeroporto de Guarulhos, no Sistema Airport Bus Service. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado na última segunda-feira, 9, tendo validade até o dia 30 de setembro.

A Resolução STM nº 021 autoriza o Consórcio Internorte de Transportes, concessionário da Área 3, da Região Metropolitana de São Paulo – RMSP, a reduzir as tarifas nas Linhas Seletivas Especiais Expressas Guarulhos.

A diminuição dos valores levou em consideração o Estudo Técnico elaborado pela EMTU/SP, além da Informação Técnica da Coordenadoria de Transporte Coletivo – CTC. A informação foi divulgada pela página passageirodeprimeira.com

As alterações nos preços das tarifas são as seguintes:

  • Linha E-258TRO-000-R: de Guarulhos (Aeroporto Internacional de Guarulhos) para São Paulo (Aeroporto de Congonhas) de R$ 62,55 para R$ 46,50.
  • Linha E-316TRO-000-R: de Guarulhos (Aeroporto Internacional de Guarulhos) para São Paulo (Avenida Paulista – Circuito dos Hotéis) de R$ 62,55 para R$ 46,50.
  • Linha E-472TRO-000-R: de Guarulhos (Aeroporto Internacional de Guarulhos) para São Paulo (Terminal Rodoviário Barra Funda) de R$ 62,55 para R$ 42,50.
  • Linha E-472EX1-000-R: de Guarulhos (Aeroporto Internacional de Guarulhos) para São Paulo (Terminal Rodoviário Tietê) de R$ 62,55 para R$ 42,50.

Expresso Aeroporto
Além disso, a Linha 13-Jade da CPTM continua sendo uma alternativa expressa eficiente para chegar ao aeroporto, ligando as estações centrais de São Paulo a Guarulhos em cerca de 30 minutos por R$ 5. Contudo, a experiência pode ser um pouco conturbada caso o trajeto seja feito durante o horário de pico, principalmente se houver bagagem.

Todos os horários de partidas e o itinerário podem ser consultados diretamente no site ou app EMTU oficial, que também possibilita que você acompanhe as viagens em tempo real.

Informações: Click Guarulhos

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