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São Paulo começa a equacionar mobilidade em Itaquera

quarta-feira, 27 de abril de 2011


O número de veículos em São Paulo bateu a casa dos sete milhões no ano passado. O recorde sinaliza que a cidade que pretender sediar a abertura da Copa é cada vez mais um símbolo da lentidão, reflexo da falência de políticas públicas voltadas para o transporte individual em detrimento do coletivo.

A aglomeração de veículos faz com que a velocidade média no rush noturno fique abaixo dos 15 km/h desde 2008. Acelerado, apenas o ritmo do crescimento da frota na capital paulista. Nos últimos dez anos, mais de 1,8 milhão de carros, ônibus, motos e caminhões entraram em circulação. Em contrapartida, a malha de metrô conta com 71 km, enquanto a da Cidade do México, iniciada também nos anos 1970, chegou a 200 km.

As obras de mobilidade para o Mundial não devem mudar esse quadro, já que as intervenções estão focadas em soluções pontuais, na zona leste e partes das zonas oeste e sul. E pior: a menos de três anos da Copa, governo do estado e prefeitura ainda patinam para definir as prioridades e tocar as licitações.

Na opinião do arquiteto e urbanista Jorge Wilheim, a falta de planejamento para a Copa tende a agravar a já precária condição do trânsito paulistano. “As questões de mobilidade precisam ser tratadas de forma sistêmica pelos governos. Sem isso, a velocidade média do transporte público e individual vai diminuir mesmo."

Avenidas na zona leste...
Exemplo da análise do urbanista é que somente na semana passada foram definidas as soluções viárias para o bairro de Itaquera. É nessa região que se pretende construir um estádio para a competição.

Governo estadual e prefeitura assinaram convênio para obras de R$ 478 milhões (72,4% do estado) que facilitarão o acesso à arena. As intervenções, essenciais para articular o tráfego da região, vinham sendo cobradas desde a aprovação do Plano Diretor de 2002. Mas ganharam prioridade apenas com a Copa.

O ponto crítico é que nem governador, nem prefeito sabem quando as obras começam. Definida mesmo, apenas a conclusão em junho de 2013.

O projeto foi chamado de Nova Radial. Inclui cinco intervenções, sendo a principal a construção de alças de acesso entre as avenidas Jacu-Pêssego e Radial Leste. Custo: R$ 100 milhões.

A Jacu-Pêssego faz a ligação das cidades do ABCD (importantes polos econômicos) com Guarulhos (onde fica o Aeroporto Internacional de Cumbica), cortando a zona leste no sentido norte-sul. Já a Radial é a principal conexão entre o centro e os bairros a leste de São Paulo.

Além disso, serão construídas duas avenidas que circundarão o futuro estádio do Corinthians, passarelas de acesso à estação de metrô Itaquera (a 500m da arena), e adequações viárias menores.

Quanto a transporte público, o estádio de Itaquera é servido pela linha 3-vermelha do metrô e pela linha 11-coral de trem (CPTM). O governo afirma que investirá cerca de R$ 2 bilhões nas duas linhas até 2014, mas não detalha as intervenções.

...Monotrilho no Morumbi
Estranhamente, os recursos do PAC da Mobilidade Urbana passarão bem longe da zona leste paulistana. Mais exatamente, a 30 km de Itaquera.

Isso porque até o ano passado os jogos estavam reservados para o Morumbi, localizado no outro extremo da cidade. Esta opção fez com que a Companhia do Metropolitano, o Metrô, tirasse da gaveta o projeto da linha 17-ouro, um dos monotrilhos do governo estadual.

Em julho, porém, o Morumbi foi excluído do Mundial. Mesmo assim, a Caixa Econômica Federal assinou em setembro contrato para financiar R$ 1,08 bilhão da obra, orçada em R$ 2,86 bilhões.

O monotrilho de 21,6 km conecta a zona oeste (Morumbi) a bairros da zona sul, com parada no Aeroporto de Congonhas. O governo justifica o uso dos recursos da Copa dizendo que a conexão do metrô com o terminal aéreo será importante para a competição.

Mas o argumento pode cair por terra. O novo governador, Geraldo Alckmin, pensa em adiar para 2015 a inauguração do ramal que liga a linha 17 ao aeroporto.

Outro empecilho à construção do monotrilho é a ação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP). Ano passado, o órgão recomendou a suspensão da concorrência, pois o Metrô queria iniciar a obra sem projeto básico.

O governo estadual não informa se atendeu às recomendações da procuradoria e afirma que pretende prosseguir com a licitação do projeto.

Planejamento
Segundo Wilheim, a diretriz da linha 17 é eficiente, mas o modelo de metrô elevado é caro, além de provocar interferência excessiva na paisagem urbana.

“(O monotrilho) tem boa conectividade, pois corta 5 linhas de trem e metrô. Mas este modelo nem sempre é a melhor solução, porque seu traçado deve acompanhar o sistema viário e isto envolve custos, muitas vezes altos, como também a implantação das estações aéreas”, afirma.

O urbanista considera que a aposta nos sistemas sobre trilhos é ideal para uma cidade com a dimensão de São Paulo. Mas a ampliação também esbarra na falta de planejamento. "Precisamos três vezes mais estações e linhas, coisa que poderia ser feita em 15 ou 20 anos. Mas estamos muito aquém disso, sem justificativas aceitáveis."


Fonte:  Portal 2014

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