Governo de SP investe R$ 450 milhões em linhas da CPTM cujo plano é privatizá-las ** ** Bauru recebe 27 novos ônibus para transporte coletivo ** ** Número de passageiros do metrô de Salvador cresce 11,6% no 1º trimestre ** ** Governo de Sergipe isenta ICMS sobre óleo diesel para transporte público em Aracaju ** ** VLT Carioca passa a circular uma hora mais cedo ** ** Itajaí testará ônibus elétrico em frota do Sistema de Ônibus Local (SOL) ** ** Empresa quer linha de trem turístico entre Porto Alegre e Gramado; entenda o projeto ** ** Pagamento em Pix passa a ser aceito em todas as estações do metrô do Recife ** ** Siga nossa página no Facebook **

Tarifa de ônibus em João Pessoa pode ir a R$ 3,20

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

A passagem de ônibus de João Pessoa deve subir pelo menos R$ 0,18 no final de janeiro de 2017, conforme previsão do superintendente de Mobilidade Urbana de João Pessoa, Carlos Batinga, dada nesta quarta-feira (4). Ele informou que o reajuste da tarifa nos ônibus de transporte público da capital paraibana deve ser maior que a inflação de 2016, que segundo o IPCA foi de 6,18%. O preço do bilhete em vigor nos coletivos pessoenses atualmente é de R$ 3 desde fevereiro de 2016.

Caso o reajuste seja realmente acima da inflação, como previsto pela Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de João Pessoa (Semob), a passagem pode chegar a R$ 3,20. A justificativa para o aumento seria a elevação dos custos das empresas com a mão de obra e com o preço do litro do diesel, combustível dos ônibus.

"O custo do transporte coletivo aumentou mais do que a inflação e por isso o reajuste em todas as cidades do país está ficando acima da inflação. Dois grandes componentes do transporte público, que são a mão de obra e o diesel, aumentaram em 2016 e isso acaba impactando no custo do serviço", complementa.

O Conselho de Mobilidade Urbana de João Pessoa,presidido pela Semob, deve se reunir antes do final de janeiro para definir o percentual exato do reajuste. "Nós estamos iniciando as análises essa semana e provavelmente na próxima já teremos uma definição de quanto será o reajuste", afirmou Batinga. Os estudos englobam levantamentos de dados de frota e levantamento de custo.

Ainda de acordo com Batinga, embora tenha sido mantida a mesma oferta de serviço, houve uma diminuição no número de passageiros. Segundo o superintendente, o número de compradores de vale transporte diminuiu 30%.

Informações: G1 PB
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Governo da Bahia ainda avalia se reajusta tarifa do metrô

O Governo do Estado vai estudar durante esta semana se o sistema metroviário de Salvador vai aderir ou não ao reajuste na tarifa dos ônibus urbanos (de R$ 3,30 pra R$ 3,60), colocado em vigor desde ontem pela prefeitura da capital baiana.

De acordo com a Secretaria de Comunicação (Secom), “a tarifa do metrô segue custando R$ 3,30, por enquanto”. 

Ontem, no entanto, o possível reajuste na passagem do modal sobre trilhos foi debatido por membros do governo, em uma reunião a portas fechadas no prédio da Governadoria (CAB), onde funciona também a Secretaria da Casa Civil. 

Segundo A TARDE apurou, participaram do encontro os secretários da Casa Civil, Bruno Dauster, de Desenvolvimento Urbano, Carlos Martins, de Infraestrutura, Marcus Cavalcanti, e o presidente da Companhia de Transportes da Bahia (CTB), Eduardo Copello.

A Secom, oficialmente, nega que a reunião tenha existido. O órgão limitou-se a dizer, ontem, que o assunto estava sendo estudado.

A tendência, afirmou uma fonte ligada ao governo e à concessionária CCR Metrô Bahia, é que o reajuste de 

R$ 0,30 também aconteça no metrô. Isso porque a integração entre as duas modalidades de transporte seria prejudicada caso o governo decida manter a passagem a R$ 3,30.

 Distorção no sistema 

Desde segunda, informou um comunicado da CCR, quem pega o metrô pagando R$ 3,30 e na sequência toma um ônibus, tem apenas R$ 0,30 descontados do saldo do bilhete único na segunda perna da viagem (chegando a R$ 3,60). 

A integração inversa, entretanto, cria uma distorção no sistema: ao pegar um ônibus por R$ 3,60 e o metrô na sequência, o usuário deveria receber R$ 0,30 de volta, teoricamente, na segunda perna – “o que é operacionalmente inviável”, na avaliação de uma fonte da área ouvida por A TARDE em condição de anonimato. 

Outro ponto que pode ser afetado, caso o reajuste não ocorra, é o cálculo para a divisão do valor arrecadado.  Até o dia 1º, cada tarifa de R$ 3,30 paga em uma integração era dividia em três partes: R$ 1,10 da CCR, R$ 1,10 das empresas de ônibus de Salvador e R$ 1,10 para as empresas dos ônibus metropolitanos, que também participam da integração. 

Com duas tarifas em vigor no sistema de transporte, avalia a fonte ouvida pela reportagem, esse cálculo seria “bastante dificultado”. 

Na nota que divulgou à imprensa, sobre como está ocorrendo a integração após o reajuste da tarifa dos ônibus, a concessionária informou apenas que “a tarifa pública para utilização do metrô de Salvador é definida pelo Governo do Estado da Bahia”.

O que se comenta é que o governo, que quer evitar o desgaste de repassar o reajuste para o passageiro do metrô, está tentando achar alternativas para a questão.

* Colaborou Anderson Sotero
Informações: A Tarde
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Tarifa de ônibus no Recife deve subir para R$ 3,00 se for de acordo com o IPCA

Na próxima sexta-feira será definida o novo valor das tarifas de ônibus da RMR, valor este que deve ser de acordo com o índice do IPCA como aconteceu nos anos anteriores, hoje esse índice está beirando os 6,5%.

Todo ano a URBANA PE que representa as empresas de ônibus apresenta sua planilha de aumento bem pra cima como forma de pressionar o governo e a sociedade com números totalmente irreais para um sistema de transporte oferecido a população.

Por falar nisso, a URBANA PE argumenta a queda de usuários a cada ano do sistema, fruto de políticas errôneas do Governo do Estado e da prestação de serviços ruim pelas empresas operadoras como ônibus velhos, queima de paradas e terminais lotados e sem organização entre outros.

Quando o aumento foi concedido em 2016, veio as promessas das empresas em renovar suas frotas, que não aconteceu como prometido e também por parte de subsídios do governo na ordem de R$ 150 milhões.

O fato é que o nosso sistema de transporte piora a cada dia sem nenhum plano de enfrentamento por parte do governo para trazer de volta os usuários que saíram do sistema e que só voltarão se o mesmo for atrativo.

Se tudo ocorrer como nos outros anos (Exceto em 2016), a tarifa do Anel A vai ficar em torno dos R$ 3,00, isso se for implementado o índice do IPCA.


A situação em todas as capitais brasileiras:

Aracaju - ainda não começou a discutir aumento. Preço atual é R$ 3,10
Belém - ainda não começou a discutir aumento. Preço atual é R$ 2,70
Belo Horizonte - de R$ 3,70 para R$ 4,05 a partir de 8 de janeiro
Boa Vista - ainda não começou a discutir aumento. Preço atual é R$ 3,10
Brasília - de R$ 3 para R$ 3,50 a partir de 2 de janeiro
Campo Grande - já em vigor aumento de R$ 3,25 para R$ 3,53
Cuiabá - ainda discute o aumento dos atuais R$ 3,60 para até R$ 4,20
Curitiba - ainda não começou a discutir aumento. Preço atual é R$ 3,70
Fortaleza - ainda não começou a discutir aumento. Preço atual é R$ 2,75
Goiânia - aumentou de R$ 3,30 para R$ 3,70 em março de 2016
João Pessoa - aumentou de R$ 2,70 para R$ 3 em fevereiro de 2016
Macapá - ainda não começou a discutir aumento. Preço atual é R$ 2,75
Maceió - ainda não começou a discutir aumento. Preço atual é R$ 3,15
Manaus - reajuste de R$ 3 para R$ 3,54 foi aprovado em 2016, mas há impasse judicial e por isso a nova tarifa ainda não está valendo
Natal - ainda não começou a discutir aumento. Preço atual é R$ 2,90
Palmas - aumentou de R$ 2,95 para R$ 3 em agosto de 2016
Porto Alegre - ainda não começou a discutir aumento. Preço atual é R$ 3,75
Porto Velho - aumentou de R$ 2,60 para R$ 3 em junho de 2016
Recife - ainda discute o aumento dos atuais R$ 2,80 para até R$ 3,75
Rio Branco - ainda não começou a discutir aumento. Preço atual é R$ 2,90
Rio de Janeiro - congelou os atuais R$ 3,80
Salvador - de R$ 3,30 para R$ 3,60 a partir de 2 de janeiro
São Luís - ainda não começou a discutir aumento. Preço atual é R$ 2,90
São Paulo - congelou os atuais R$ 3,80
Teresina - ainda discute aumento dos atuais R$ 2,75 para até R$ 3,20

Vitória - de R$ 2,75 para R$ 3,20 a partir de 1º de janeiro

Blog Meu Transporte
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Tarifa de ônibus em Belo Horizonte sobe para R$ 4,05

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Os belo-horizontinos vão começar 2017 com passagens de ônibus mais caras. A partir da terça-feira, 3 de janeiro, o valor da tarifa das linhas troncais e principais sobe dos atuais R$ 3,70 para R$ 4,05. A tarifa das linhas alimentadoras vai de R$ 2,65 para R$ 2,85. O reajuste, que chega a 9,4%, foi anunciado na tarde desta sexta-feira em uma coletiva de imprensa com o presidente da BHTrans, Ramon Victor César. A tarifa dos suplementares e dos táxis-lotação também fica mais cara. 

Segundo a empresa de trânsito, o reajuste é calculado segundo fórmula paramétrica prevista nos contratos de concessão. A fórmula compreende a variação anula dos preços de cinco grandes itens de custo do sistema: óleo diesel, rodagem, veículos, mão-de-obra operacinoal e despesas administrativas. Eles são apurados e publicados pela Fundação Getúlio Vargas, Agência Nacional de Petróleo (ANP) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Saiba mais: Ônibus do Move começam a circular sem cobrador em BH 

O último reajuste foi anunciado há exatamente um ano, em 30 de dezembro de 2015, quando os valores tiveram aumento de 8,24%, com a passagem chegando aos R$ 3,70. Na época, a BHTrans informou que  o índice estava abaixo da inflação medida do INPC no mesmo período do cálculo tarifário, que era de 10,97%.

Cartazes informativos com os novos valores serão afixados nos ônibus. Ainda segundo a BHTrans, os créditos do Cartão BHBus Vale Transporte (amarelo) adquiridos até 2 de janeiro terão seu valor de compra mantido até o fim de sua validade. Se quiser, o usuário poderá trocar os créditos antigos pelos valores das tarifas reajustadas até 30 dias depois da data atual do reajuste, sem complementação de valor.

Já quem possui o Cartão BHBus Usuário (azul) com créditos adquiridos também até o dia 2 poderão usar esses créditos até 16 de fevereiro de 2017, com cobrança da tarifa antiga. A partir de 17 de fevereiro, será debitado o novo valor da tarifa reajustada. Veja como ficam os novos valores:

Ônibus convencional

Linhas perimetrais, radiais, semi-expressas, diametrais, troncais e o Move: R$ 4,05
Tarifa de integração com o metrô: R$ 4,05
Linhas circulares e alimentadoras: R$ 2,85
Linhas de vilas e favelas: R$ 0,90
Linha Executiva SE02 (Buritis/Savassi): R$ 6,10 (em dinheiro) e R$ 5,70 (desconto aos usuários do Cartão BHBus)

Ônibus suplementar

Linhas longas: R$ 4,05
Linhas intermediárias: R$ 4,05
Linhas curtas: R$ 2,85

Táxi-lotação

A tarifa do serviço que opera nas avenidas Afonso Pena e do Contorno passa de R$ 4,05 para R$ 4,45

METROPOLITANOS A Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop) publicou na edição desta sexta-feira do Minas Gerais, o diário oficial do estado, o reajuste das tarifas dos ônibus do transporte metropolitano da Grande BH. As novas tarifas passam a valer a partir deste domingo, dia 1º de janeiro de 2017.  A tarifa média, com base no valor dos 30 preços diferentes de passagens, subiu 9,46%. O percentual superou a prévia da inflação oficial, o IPCA-15, que apontou 6,58% para 2016. 

Já a tarifa predominante, que custava R$ 4,45, aumentou 8,99% e passará a custar R$ 4,85. Ela será aplicada, por exemplo, para quem quiser usar os coletivos do Move Metropolitano, que partem dos terminais São Gabriel, Vilarinho, Justinópolis (Ribeirão das Neves), Morro Alto (Vespasiano) e São Benedito (Santa Luzia). 

Com informações de Guilherme Paranaíba
Informações: Estado de Minas
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Tarifa de ônibus em Campinas vai para R$ 4,50 a partir de sábado

A tarifa do transporte coletivo de Campinas vai ficar 18,4% mais cara a partir de 7 de janeiro. O preço será majorado dos atuais R$ 3,80 para R$ 4,50, um aumento real de 10,9%, descontada a inflação do período. As empresas de transporte queriam, no mínimo, uma tarifa de R$ 4,80 e afirmam que o novo valor não garante o equilíbrio econômico-financeiro do sistema. A Prefeitura publicará hoje decreto com o valor da passagem em edição extraordinária no Diário Oficial. Até o final do mês, o prefeito Jonas Donizette (PSB) vai anunciar o valor do subsídio que será dado à tarifa este ano, de R$ 60 milhões, uma redução de 36,8% em relação ao que foi pago em 2016.

O preço de R$ 4,50 será cobrado dos passageiros que pagam a passagem em dinheiro e no vale-transporte. As demais modalidades terão descontos. Os usuários do bilhete único terão desconto de R$ 0,30 sobre a tarifa cheia e pagarão R$ 4,20 pela passagem. Já os bilhetes escolar e universitário passarão a ter os descontos de 40% e 50% respectivamente não mais sobre a tarifa cheia, mas sim sobre o preço do bilhete único. Assim, o passe escolar custará R$ 1,68 e o universitário, R$ 2,10.

O sistema integração também sofrerá mudanças. Quem fizer a segunda integração dentro do período de duas horas perderá o desconto de R$ 0,30 no bilhete único. Quem vier, por exemplo, do Parque Floresta até o Terminal Campo Grande e de lá fizer a integração para o Centro e usar o bilhete único, pagará R$ 4,20. Mas se do Centro ele for para Barão Geraldo, fazendo a segunda integração, vai perder o desconto de R$ 0,30 e esses percursos, com mais de uma integração feitos em duas horas, custarão R$ 4,50. A grande maioria dos passageiros que fazem integração usa o bilhete único e perderá o desconto se fizer a segunda integração.

Essas mudanças nos descontos e a majoração da tarifa acima da inflação, segundo o secretário de Transportes Carlos José Barreiro, foram definidas visando a redução dos aportes que a Prefeitura tem feito para segurar o valor da tarifa. “A crise econômica, que corroeu as finanças municipais, não permitirá que a Prefeitura faça aportes significativos para as empresas, incluindo o sistema alternativo, que operam o transporte coletivo público e o Programa de Acessibilidade Inclusiva (PAI), como ocorreu nos últimos três anos”, disse.

No domingo, após a cerimônia de posse, o prefeito Jonas Donizette (PSB) explicou porque iria reduzir o subsídio da tarifa. “Hoje vivemos uma realidade econômica de queda de receita, que não mais permite garantir o subsídio como vinha sendo feito. O ideal seria não fazer nenhum aporte no sistema, mas alguma coisa teremos que bancar para que os usuários não sejam penalizados com uma tarifa alta”, afirmou.

A Prefeitura está ainda trabalhando nos cálculos, mas Barreiro adiantou que o subsídio deverá ficar na faixa de R$ 15 milhões por trimestre, ou seja, R$ 60 milhões no ano. “Isso se as condições econômicas do País não piorarem. Se cair mais ainda, teremos que rever esse subsídio”, disse,

Segundo ele, além do aumento dos insumos do transporte coletivo, como pneus, diesel, o sistema vivência uma queda no volume de passageiros transportados. Já houve, em consequência disso, uma redução na frota e, afirmou, não é possível tirar mais ônibus de circulação, porque isso deixaria a população desassistida.

Informações: Correio Popular
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Em SP, Aumento de até 35,7% em integração e bilhete mensal afeta 23 milhões de passageiros

Os reajustes de até 35,7% no Bilhete Único Mensal e nas integrações entre ônibus municipais e o sistema de trens e Metrô, anunciados pelo prefeito de São Paulo, João Doria, e o governador paulista, Geraldo Alckmin, ambos do PSDB, vão atingir cerca de 23 milhões de passageiros por mês na capital paulista. Segundo dados da São Paulo Transporte (SPTrans), que administra o sistema municipal de ônibus, em 2016, a média mensal de usuários que pagaram tarifas integradas (comum ou mensal) foi 13,1 milhões. Os outros 10 milhões usam o bilhete mensal comum, vale-transporte ou estudante todo mês.

O sistema municipal de ônibus recebe, em média, 120 milhões de passageiros pagantes por mês. Outros 69,6 milhões são estudantes, deficientes físicos, idosos ou profissionais com direito à gratuidade. O sistema contabiliza ainda 60,7 milhões de integrações entre ônibus, que não proporcionam receita. Segundo dados da SPTrans, a receita tarifária atualmente está em R$ 5,3 bilhões anuais. O restante que falta para manter o sistema – cerca de R$ 2 bilhões – é investido pela prefeitura na forma de subsídios.

O reajuste das integrações foi a “solução” do prefeito e do governador para manter congelada a tarifa básica em R$ 3,80. O Bilhete Único Mensal, criado pela gestão do ex-prefeito Fernando Haddad (PT) com objetivo de baratear o deslocamento de quem realizava mais de 38 viagens por mês, vai passar de R$ 140 para R$ 190. Um aumento de 35,7%, que deixa o modal inútil para quem fizer menos de 51 viagens por mês.

Já o modelo mensal para integração entre ônibus e o sistema de trens e Metrô vai subir de R$ 230 para R$ 300 – reajuste de 30,4%. A inflação acumulada desde o lançamento do bilhete, em janeiro de 2015, foi de 26,6%.

A integração entre os ônibus e sistema metroferroviário será reajustada dos atuais R$ 5,92 para R$ 6,80, a partir da próxima segunda-feira (8). Um aumento de 14,8%, bem acima dos 6,4% da inflação projetada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Os usuários do Bilhete Diário – que permite integrações ilimitadas durante 24 horas – vão pagar R$ 15, ante os atuais R$ 10 (50%). E o modelo integrado vai de R$ 16 para R$ 20 (33%). Além destes, também serão atingidos pelas medidas os usuários do bilhete Madrugador e Da Hora, exclusivos do Metrô e dos trens.

O corte de gratuidade para idosos com idades entre 60 e 65 anos, que não estejam aposentados, também vai impactar uma parcela dos usuários do sistema, mas ainda não foi divulgado o número de benefícios que serão cancelados. Durante a gestão Haddad, o benefício obrigatório para maiores de 65 anos foi estendido para pessoas a partir de 60 anos.

Protestos
O Movimento Passe Livre (MPL) está organizando uma manifestação para o dia 12, contra o reajuste da tarifa de integrações e do bilhete mensal proposto por Alckmin e Doria. “Não é nenhuma surpresa que eles tenham prometido o congelamento das tarifas em 2017 e agora anunciem o aumento: o compromisso desses senhores não é com a população, e sim com aqueles que financiam suas campanhas e sustentam suas máfias e cartéis. Dissimulados e covardes, Alckmin e Doria aumentam a tarifa pelas bordas, tirando cada vez mais dinheiro da população que precisa se deslocar pela cidade”, diz a convocatória do ato, nas redes sociais.

Além da capital paulista, o Passe Livre está organizando manifestações contra o aumento das passagens em Carapicuíba, Guarulhos, Santo André, Barueri, Osasco e Mauá, todas na Região Metropolitana de São Paulo.

Imprensa amiga
Apesar da evidente manobra do Doria e Alckmin para disfarçar o reajuste, as manchetes da imprensa comercial enfatizaram apenas o congelamento da passagem de ônibus, Metrô e trem em R$ 3,80 para 2017, anunciado na última sexta-feira (30). As manchetes deixaram de lado o aumento de mais que o dobro da inflação na integração entre os ônibus e o sistema de Metrô e trens. Também passou despercebido o aumento de 35,7% do bilhete mensal.

“Essa é a tática do que 'é bom a gente mostra, o que é ruim a gente esconde'. Um clássico da política brasileira”, avalia o cientista político Pedro Fassoni, referindo-se a uma frase infeliz do ex-ministro da Fazenda. Em setembro de 1994, o então ministro foi flagrado em conversa de bastidor com o jornalista Carlos Monforte, instantes antes de entrar ao vivo no Jornal da Globo. Na ocasião, Ricupero confidenciou ao jornalista: “Eu não tenho escrúpulos. O que é bom a gente fatura; o que é ruim, esconde”.

O dia seguinte à posse de Doria também foi de alarde para a operação Cidade Linda, anunciado pelo prefeito e que nesta segunda-feira (2) teve como Palco a Praça 14 Bis, no bairro da Bela Vista, região central. A imagem oferecida à mídia comercial foi de Doria vestido de gari e de vassoura nas mãos, acompanhado de seus secretários “limpando” a praça.

“A praça foi inclusive limpa na véspera. Ele se vestiu de gari pra limpar um local que já estava limpo, pura estratégia de marketing”, diz Fassoni, que comparou a atitude à de Jânio Quadros e sua “vassourinha” da campanha presidencial de 1960.

Segundo o cientista político, a ação de João Doria visa a disfarçar problemas estruturais da cidade. “Pegar uma vassoura é muito pouco perto da despoluição dos rios Tietê e Pinheiros. Fazer uma ação de marketing como essa não elimina o fato de que São Paulo tem um problema de poluição atmosférica, com milhões de veículos circulando nas ruas todos os dias. O que ele mostra de faxina e limpeza de um lado acaba sendo contrastado com a realidade dos fatos.”

Para Fassoni, também professor da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, o dia de gari do prefeito de São Paulo terá pouco apelo na população mais pobre da cidade e visa a agradar mais a classe média. “Para as pessoas mais pobres causa poucos efeitos, é um público que não assina jornais e revistas. É uma medida que agrada mais ao setor conservador da classe média, que tem essa política higienista de remoção de moradores de rua e limpeza da cidade. Acredito que é esse setor que ele agrada mais. As pessoas mais pobres que usam transporte público, sistema de saúde, creche para os filhos, não estão preocupadas se o prefeito está pegando numa vassoura ou não”, avalia.

Por Luciano Velleda e Rodrigo Gomes
Informações: Rede Brasil Atual
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