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Vergonha: Manaus tem apenas 02 ônibus que circulam na madrugada e SMTU diz que é suficiente

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Com uma população de 1,86 milhão de habitantes e mais de 40% dependendo do transporte coletivo, Manaus conta apenas com dois ônibus de duas linhas, os chamados ‘corujões’, circulando na madrugada. Hoje, os ônibus que rodam na capital amazonense saem das garagens às 5h e retornam à 1h.

Entre a 1h e 4h59, os usuários do sistema que necessitam se deslocar pela cidade precisam recorrer aos táxis, mototáxis ou até mesmo aguardar nos terminais o início da circulação.

Nas primeiras horas da manhã, Manaus chega a ter 1,7 mil ônibus, divididos em 240 linhas, em circulação nas ruas. A noite, entre as 20h e 0h, eles ainda são em torno de 900, uma queda de 30%. Mas, a partir daí, cai para duas linhas operando: a 306, que atende o Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, e a 640, que sai do Terminal de Integração do Jorge Teixeira (T4), na zona leste, e vão ao Centro pela Avenida Constantino Nery, segundo informações da Superintendência Municipal de Transporte Urbano (SMTU).

Ainda segundo a SMTU, os últimos ônibus com destino ao Centro saem do Terminal Central, Matriz, as 0h e das linhas alimentadoras (T3, T4 e T5) à 1h. Este mês, por conta das festas natalinas, o horário de circulação será estendido para 1h. “É uma viagem a mais de cada uma das linhas que terão o horário estendido, ou seja, um veículo de cada”, informou a SMTU, em nota.
Quem precisa do serviço acha pouco e reclama. Maria Cristina Rodrigues, 24, trabalha como garçonete no Parque 10, zona centro-sul, e mora no bairro Colônia Terra Nova, na zona norte. Para chegar em casa precisa pegar dois ônibus.

“Não tenho horário certo de sair do trabalho. Se passar das 22h, já fica difícil pegar ônibus. Já aconteceu de chegar no terminal (T3) e já ter passado o último ônibus (034, no caso dela). A opção é esperar o primeiro ônibus, que vai passar lá pelas 5h10, ou pegar uma outra linha e descer bem mais longe de casa, correndo o risco de ser assaltada”, afirmou, explicando que dependendo do horário até ‘lotação’ fica difícil. “Mototáxi de madrugada eu não me arrisco, prefiro dormir no terminal”.

A empregada doméstica Darlene Vasquez da Silva, 45, conta que precisou andar de madrugada pelas ruas do bairros Coroado e São José Operário, zona leste, no dia da formatura do filho. “Quando acabou a cerimônia na escola (no São José) não tinha mais ônibus, tivemos que voltar para casa (Coroado) andando”, contou.

A filha dela, Júliana, de 16 anos, disse que já ficou sozinha durante toda a madrugada em um ponto de ônibus no Centro, após perder a hora em uma festa de despedida da turma de um cursinho pré-vestibular. “O transporte para como se a cidade parasse. Tem muita gente trabalhando ou estudando, mas infelizmente os que precisam de transporte têm que se sujeitar a essa situação”, reclamou.

“A gente nem chega no trabalho e já pensa no transtorno da hora da volta. Ônibus lotado de você não dar conta de respirar”, disse Darlene, que trabalha como empregada em um apartamento no Conjunto Eldorado, zona centro-sul.

Suficiente

Em nota, a SMTU informou que estudos do sistema de transporte coletivo de Manaus mostram que o número de ônibus operando a partir das 22h e de madrugada é suficiente para atender a demanda de passageiros, que mesmo nesta época do ano diminui “consideravelmente”.

Na quarta-feira, das 960 mil passagens registradas pelo sistema de bilhetagem eletrônica do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram), 350 mil ocorreram entre às 21h e 24h.

Informações: D24am.com
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Em SP, Invasão de faixa de ônibus tem 41 multas por hora

O número de multas aplicadas a veículos que invadem as faixas exclusivas de ônibus na capital paulista aumentou mais de nove vezes neste ano, com o avanço na implementação dessas vias pela cidade. Em média, são 41 infrações por hora, contra 4 por hora no ano passado. Os dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) revelam que, de janeiro a novembro, 328.327 infrações desse tipo foram anotadas, ante 35.331 no mesmo período de 2012.

Esse tipo de multa já superou o número de autuações para quem transita nos corredores exclusivos, que ficam à esquerda na pista. Em 2013, por essa irregularidade, 286.353 autuações foram registradas até novembro, uma diferença de 8% em relação às 264.482 do ano passado, em igual período de tempo.

A própria média mensal de autuações para quem circula nas faixas, situadas à direita das vias, quadruplicou nos últimos meses. Se entre janeiro e maio a capital registrou 10,9 mil infrações mensais desse tipo, de junho até novembro essa proporção subiu para 45,5 mil a cada período de 30 dias. A mudança de padrão coincide com a intensificação do programa de faixas pela gestão Fernando Haddad (PT), que adotou as vias exclusivas para coletivos como uma das principais bandeiras do primeiro ano de governo, após os protestos de junho.

A primeira faixa exclusiva da atual administração foi inaugurada em fevereiro, na Radial Leste. Mas a instalação do mecanismo foi intensificada a partir de junho, quando a Marginal do Tietê ganhou uma faixa de 12,7 km de extensão. Desde então, outras vias, como a Marginal do Pinheiros e as Avenidas 23 de Maio e Paulista, também receberam o dispositivo que separa os ônibus do resto do trânsito.

Fiscalização. O aumento das multas, porém, não tem relação somente com a maior quantidade de quilômetros de faixas abertas nas ruas - na segunda-feira, com mais um trecho, serão 290,6 km. As estatísticas da CET mostram que a Prefeitura também se tornou mais rigorosa na fiscalização desse tipo de irregularidade no trânsito.

Em outubro e novembro de 2012, fim da gestão Gilberto Kassab (PSD), foram aplicadas 3,2 mil multas por desrespeito às faixas de ônibus, em uma época em que a quantidade desse mecanismo era de cerca de 122 km - esse número, porém, está sendo revisto, já que a CET admite que ele pode ser diferente. Em janeiro, primeiro mês do governo Haddad, as multas saltaram para 10,5 mil, mas o número de faixas ainda era o mesmo.

Até o fim do ano que vem, a Prefeitura instalará um total de 240 radares para flagrar a invasão das faixas.

Comportamento. Para o especialista em Transportes pela Universidade de São Paulo (USP) Horácio Augusto Figueira, embora as multas estejam aumentando, elas devem cair no futuro, quando o comportamento dos motoristas paulistanos mudar. "Muita gente ainda é pega de surpresa, ou acha que não tem radar. É uma questão de tendência. Eventualmente, alguém até pode entrar de gaiato, mas isso vai diminuir conforme os condutores forem se acostumando com as faixas."

A multa para quem invade as faixas é considerada leve e rende R$ 52,30, além de três pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Já andar nos corredores é uma infração grave, com perda de cinco pontos na carteira e multa de R$ 127,69.

Por Caio do Vale
Informações: Estadão



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Metrô Rio vende 10 mil bilhetes para o Réveillon em uma semana

Somente dez mil bilhetes especiais do metrô para o Réveillon na Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio, dos 143 mil colocados à venda, foram comprados pelos usuários nesta primeira semana de vendas. Segundo o diretor de engenharia do Metrô Rio, Joubert Flores, um número muito pequeno e que pode provocar longas filas nos guichês especiais montados nas estações.

“Queremos evitar duas coisas que o brasileiro adora, mas que causam sempre desconforto: compras de última hora e filas. Até o dia 24 de dezembro, os bilhetes estão sendo vendidos em sete estações. A partir do dia 25 a venda ocorre somente em quatro estações. E aí, começam aquelas filas imensas, que causam desconforto e aborrecimentos”, disse Flores, destacando que os usuários sempre deixam para comprar os bilhetes depois do Natal.


Até o dia 24 de dezembro, os bilhetes especiais podem ser adquiridos nas estações Pavuna, Del Castilho/Nova América, Saens Peña, Central, Carioca, Largo do Machado e Siqueira Campos, das 9h às 21h.
Do dia 25 ao dia 31, esses bilhetes passam a ser vendidos somente nas estações Pavuna, Central, Carioca e Largo do Machado, também das 9h às 21h.

Cores de cartões diferenciam os horários de viagens
Cada horário terá seu respectivo cartão, que se diferenciará  de acordo com as cores:
Embarque entre 19h e 20h – Azul;
Embarque entre 20h e 21h – Laranja;
Embarque entre 21h e 22h – Verde;
Embarque entre 22h e 23h – Vermelho;
Embarque entre 23h e 0h – Amarelo;
Cartões de volta (0h a 5h) - Cinza

Preços
O cartão de ida e volta será vendido por R$ 6,40. Já o cartão de ida ou de volta custará R$ 3,20, o mesmo valor da tarifa do MetrôRio. Cada cliente tem o limite de compra de até 10 cartões.

Não será aceito o uso do Vale Transporte Eletrônico durante a Operação Especial de Réveillon. Ele só voltará a valer a partir das 7h do dia 1º de janeiro de 2014, exceto nas estações General Osório, Cantagalo e Siqueira Campos, onde serão aceitos os cartões Unitário, Pré-Pago e Vale Transporte até a meia-noite do dia 31/12.

Retirada de Gratuidades
Dez mil bilhetes especiais de gratuidade estarão à disposição das pessoas com deficiência e maiores de 65 anos. Serão 5 mil para a ida (mil por faixa de horário) e 5 mil para as viagens de volta. Para retirar, o usuário deverá comparecer à bilheteria especial e comprovar que faz jus ao direito.

Crianças terão pulseiras de identificação
Visando dar maior tranquilidade para pais e responsáveis, o MetrôRio distribuirá pulseiras de identificação para as crianças. Elas poderão ser retiradas, a partir do dia 09 de dezembro, nos postos de Relacionamento com o Usuário, nas estações Central e Carioca. O posto de Botafogo estará fechado. No dia 31 de dezembro os postos da Central e Carioca estarão abertos de 9h às 16h para tirar dúvidas, orientar os usuários sobre a operação e prestar serviços como Achados e Perdidos.

Linha 2 operará da Pavuna a General Osório sem transferência
O Metrô Rio contará, na Operação de Réveillon, com a Estação General Osório, que será reaberta na segunda quinzena de dezembro. Durante a Operação, os usuários da Linha 2 terão, à sua disposição, trens operando da Pavuna até General Osório sem necessidade de transferência.

Funcionamento das estações durante a Operação Especial
A partir das 19h do dia 31 de dezembro, as bilheterias do Metrô Rio estarão fechadas, exceto as das estações General Osório, Cantagalo e Siqueira Campos. A estação Cardeal Arcoverde será fechada para embarque às 19h.

A volta acontecerá entre meia-noite e 5h e se dará exclusivamente pelas estações General Osório, Cantagalo, Siqueira Campos e Cardeal Arcoverde com o uso exclusivo do cartão especial. O Metrô Rio recomenda que os usuários priorizem, na viagem de volta, o embarque na estação Siqueira Campos. As demais estações das Linhas 1 e 2 estarão abertas apenas para desembarque neste horário.

No dia 1º de janeiro, as estações Cidade Nova, Praça Onze, Presidente Vargas, Uruguaiana, Cinelândia, Maracanã e Catete permanecerão fechadas, somente reabrindo no dia 02/01, quarta-feira, às 5h.

Lucro revertido para o movimento Rio Como Vamos
Parte do lucro da venda dos cartões especiais de Réveillon será destinada ao movimento Rio Como Vamos e empregada em iniciativas que visem melhorar a qualidade de vida na cidade.

Por Alba Valéria Mendonça
Do G1 Rio
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BRS Recife: Primeira Faixa Azul é implantada na cidade

A Prefeitura do Recife, através da Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano (Semoc) e Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), implantou nesta segunda-feira (16), a primeira Faixa Azul, como foram batizados os corredores exclusivos para ônibus. A via escolhida para estrear a ação é a Rua Cosme Viana, no bairro de Afogados, que terá 1,6 quilômetro, e vai ligar a Avenida Abdias de Carvalho à Rua Doutor Adelino, dando prioridade ao transporte público.

Este é o primeiro de seis corredores que receberão a iniciativa até junho de 2014. Ao final das implantações, serão cerca de 60 quilômetros de faixas exclusivas para o transporte público. Atualmente, existem seis quilômetros de corredor exclusivo no Recife. Desde 2008, não eram implantados novas faixas.

Para a presidente da CTTU, Taciana Ferreira, a iniciativa visa beneficiar os passageiros do transporte coletivo. “Com a implantação dessas faixas, queremos fazer com que os usuários de transporte coletivo cheguem mais rápido aos seus destinos, uma vez que reduzirá o tempo de viagem. Esta é mais uma diretriz do prefeito Geraldo Julio para tornar o transporte mais eficiente”, comentou.
A fiscalização será realizada, a princípio, através dos agentes de trânsito da Companhia. Posteriormente, serão instalados equipamentos de fiscalização eletrônica para coibir a invasão de automóveis no corredor. “Estamos avaliando a melhor tecnologia para fiscalizar a Faixa Azul”, afirmou Taciana. O veículo flagrado trafegando pela faixa será autuado em R$ 53,20 (infração leve – 3 pontos na Carteira Nacional de Habilitação).

Além dos ônibus, também vão ter acesso às Faixas Azuis os táxis que estiverem transportando passageiros durante o trajeto. Os demais veículos só poderão entrar no corredor quando precisarem realizar conversões e acessar os lotes à direita. A sinalização horizontal vai mostrar aos condutores, quando a linha for pontilhada, que é possível entrar na faixa. É importante salientar que o tráfego dos veículos comuns no corredor só será permitido por 20 metros.

A AÇÃO – Até junho de 2014, cerca de 60 quilômetros de Faixas Azuis vão estar implantados em 12 ruas e avenidas da cidade.

Vias que receberão os corredores, além da rua Cosme Viana:

· Avenida Marechal Mascarenhas de Moraes
· Avenida Recife
· Avenida Beberibe
· Avenida Engenheiro Abdias de Carvalho
· Avenida Engenheiro Domingos Ferreira
· Avenida Herculano Bandeira
· Avenida Conselheiro Aguiar
· Avenida Antônio de Gois
· Rua Cônego Barata
· Estrada dos Remédios
· Avenida Visconde de Albuquerque
· Estrada Velha de Água Fria.

Informações: Prefeitura do Recife
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Ciclovias de Porto Alegre devem ser conectadas até janeiro

Até janeiro, os porto-alegrenses conseguirão entender melhor como ficará a malha cicloviária da cidade. O motivo é a conclusão da chamada “Rede 1”, que ligará ciclovias dos bairros Bom Fim, Centro Histórico e Cidade Baixa, na zona central da Capital.

Segundo o gerente de Projetos Especiais da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Antônio Vigna, a visualização de como ficará o mapa das ciclovias era dificultada, até agora, em função da construção de trechos isolados em cada região. “Desde o início, já tínhamos esse projeto de ligação, mas alguns pontos são mais demorados do que outros, porque estamos fazendo as obras em uma cidade que já existe e já tinha o seu funcionamento, e não vai parar para construirmos”, explica.

A conexão será realizada através do Parque Farroupilha. Após, também faltará a conclusão da ciclovia na avenida Loureiro da Silva, que é parte das obras em torno do estádio Beira-Rio. Estas estão atrasadas por conta de um processo judicial que tramita desde maio, quando a prefeitura cortou árvores na região e gerou protestos de cidadãos. Na ocasião, o prefeito José Fortunati foi criticado por não haver feito um trabalho de conscientização da importância da obra com a população. “Assim que terminarmos a área do Bom Fim, chegaremos até a Loureiro”, afirma Vigna.
Enquanto isso, estão sendo executadas as construções de ciclovias em cinco ruas de Porto Alegre. Elas estão localizadas na rua Vasco da Gama/José Otão (1,1 quilômetro), General João Telles (300 metros), Barros Cassal (300 metros), avenida Ipiranga (1 quilômetro, entre Azenha e Silva Só) e avenida Edvaldo Pereira Paiva (6,3 quilômetros).

O espaço exclusivo para o uso de bicicletas na Vasco da Gama/José Otão começou a ser feito no início de dezembro e deve ser finalizado ainda neste mês. Ele fará a ligação da avenida Goethe com a rua Barros Cassal, iniciando pelo lado direito da via na Goethe e, em seguida, indo para o lado esquerdo, onde permanece até o final. A ciclovia será bidirecional e terá 2,5 metros de largura e mais 50 centímetros de afastamento. Haverá conexões com o Parque Farroupilha na Barros Cassal e na João Telles.

Em alguns trechos da extensão, não será possível estacionar ao lado da ciclovia, como nas proximidades da Goethe. “Onde conseguimos deixar o estacionamento, estamos deixando, por enquanto, para não gerar transtornos”, diz Vigna. Conforme o gerente de Projetos Especiais, a exemplo da ciclovia da rua José do Patrocínio, na Cidade Baixa, não há problemas com o trânsito ao manter o estacionamento ao lado do espaço exclusivo para ciclistas. “As pessoas estranham no início, porque fica mais estreito, mas acabam assimilando. Lá, ajustamos o limite de horário para estacionar até às 17h e livramos o horário de pico, o que, inclusive, tem feito com que os motoristas da região enfrentem menos congestionamento”, destaca.

Para Vigna, áreas residenciais, como a Cidade Baixa, devem ser priorizadas na construção de ciclovias. “Elas devem ser resgatadas com as suas características, acentuando o uso das ruas mais pelas pessoas e menos pelos veículos. Essa ciclovia só foi ao encontro do que a Cidade Baixa precisava”, opina.

Por Isabella Sander
Informações: Jornal doo Comércio
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BRT é principal aposta de Belo Horizonte para melhorar a mobilidade urbana

Não há um dia útil sequer em que o belo-horizontino deixe de reclamar do tráfego de sua cidade. Engarrafamentos, filas duplas, lentidão, obras viárias, excesso de veículos, má gestão do trânsito e transporte coletivo de má qualidade, entre outros atropelos, deixam os nervos de motoristas, pedestres e passageiros à flor da pele e a esperança de soluções cada vez mais distante. Haverá saída? Em 15 de fevereiro, a prefeitura, por mioe da BHTrans, dará uma cartada considerada decisiva para reduzir pela metade o tempo de viagens de ônibus e melhorar a circulação. Nessa data entrará em operação, inicialmente no corredor da Avenida Cristiano Machado, o transporte rápido por ônibus (BRT), batizado aqui de Move. Para especialistas, no entanto, apenas essa iniciativa não resolve o problema e há muito mais para ser feito, começando por investimentos pesados em novas linhas de metrô e abrindo as portas para novidades, como o monotrilho.

No dia a dia, a população dá sinais de que quer menos demora no ponto de ônibus e nos deslocamentos pela cidade. Moradora do Bairro Saudade, a estoquista Arliane Alves Abranches, de 19 anos, reclama que os coletivos estão sempre cheios. “A gente trabalha muito e perde muito tempo entre a casa e o serviço. Além disso, a passagem é cara”, reclama a jovem, mãe de um menino de 1 ano e 7 meses. A extensão do metrô seria ideal, acredita, não só para resolver a vida do trabalhador de segunda a sexta-feira como também para levar a pontos de lazer. “Na verdade, queremos uma cidade boa para se viver, com praças e longe da violência. É essa a BH que desejo para o meu filho, que representa o futuro”, diz Arliane.
Na capital, está em operação, desde 1986, apenas uma linha de metrô, atualmente com 28,1 quilômetros, ligando a Estação Vilarinho, em Venda Nova, ao Bairro Eldorado, em Contagem, na região metropolitana. Há mais dois trechos em estudos e prospecções: da Estação Nova Suíça (a ser construída entre as estações Calafate e Gameleira, na Região Oeste) ao Barreiro; e da Lagoinha à Savassi. Engenheiro civil, urbanista e especialista em transporte urbano, o professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Ronaldo Guimarães Gouvêa lamenta a falta de investimentos no metrô. “Com o BRT, os problemas estarão parcialmente resolvidos”, adverte. Para ele, o passageiro quer confiabilidade e a certeza de que estará no ponto e não vai esperar muito pelo coletivo.

Ciente de que a saída para os graves problemas de trânsito está na oferta de transporte público de qualidade, Ronaldo chama a atenção para a necessidade urgente de construção do Rodoanel, nos contornos Norte, Sul e Leste da Grande BH. Ele alerta ainda para a duplicação e revitalização do velho Anel Rodoviário, de grande importância estratégica para a capital e que, na verdade, “se tornou uma alça viária”.

As perspectivas do engenheiro de transporte e também professor da UFMG Paulo Rogério da Silva Monteiro são mais sombrias. “Se nada for feito para resolver o problema do trânsito, será o caos dentro de alguns anos. Quem fica hoje 20 minutos dentro do ônibus passará a ficar 40 e assim por diante”, projeta o especialista, que enaltece a criação das duas linhas executivas – uma ligando o Bairro Buritis, na Região Oeste, à Savassi, e a outra da Savassi à Cidade Administrativa, no Bairro Serra Verde, na Região de Venda Nova. “O BRT tende a melhorar a parte Norte de BH. O grande desafio é conseguir dar aos passageiros cativos do transporte coletivo mais qualidade. E atrair os motoristas de carros de passeio”, diz o professor.

Novos meios 

O coordenador de engenharia de transporte e trânsito da universidade Fumec, professor Márcio Aguiar, defende sistemas mais avançados para atender os passageiros, como os monotrilhos, existentes nos Estados Unidos, em cidades da Europa e em implantação em São Paulo (SP). “Por ser suspenso, exige poucas desapropriações, tem sistema elétrico e está dentro dos modernos conceitos de sustentabilidade”, diz. Além disso, avalia, há o aspecto econômico, já que o gasto com implantação é de um terço do custo do metrô, e de tempo. “Enquanto se constrói um quilômetro de linha de metrô por ano, constroem-se cinco quilômetros de monotrilho no mesmo período”, afirma. Com a sua experiência, ele destaca que o ônibus não deve ser a primeira opção em transporte de alta capacidade, mas sim um sistema complementar.

A frota de transporte coletivo em BH inclui 3,1 mil ônibus e 283 veículos suplementares. A expectativa com o Move é retirar de circulação, de forma gradativa, cerca de 200 coletivos, com o número caindo para 2,9 mil, diz o diretor-presidente da BHTrans, Ramon Victor Cesar. Ele se mostra tranquilo quanto ao sistema a ser inaugurado em dois meses: “O BRT não é passado, é futuro, tanto que Los Angeles, nos Estados Unidos, e a Cidade do México o adotaram com sucesso. Teremos aqui 700 mil passageiros transportados diariamente nas avenidas Cristiano Machado e Antônio Carlos e na área central”, afirma.

O dirigente diz que não existe “a” solução para o trânsito, e que o monotrilho, por exemplo, não seria adequado para a Avenida Antônio Carlos, mas indicado para outras, com menos movimento de passageiros, como a Tancredo Neves, na Região da Pampulha. “Já estamos trabalhando em um plano de mobilidade para depois de 2020, com a integração do metrô e BRT. Para antes disso, a empresa estuda a implantação do BRT no eixo da Avenida Amazonas, “sem necessidade de desapropriações”, e mais 100 quilômetros de vias exclusivas para ônibus, conclui.

Sou de BH

“Moro no Bairro Santa Cruz e trabalho no Palmares, ambos na Região Nordeste. Considero o trânsito um dos piores problemas da cidade, e para não perder tempo evito pegar ônibus. De carro, gasto 25 minutos. Se fosse de coletivo, levaria quase o dobro, mesmo com o trajeto não sendo muito longo. Com o BRT, vou deixar o carro em casa e confiar nesse novo tipo de transporte, que, afinal, está sendo feito com dinheiro público. Acredito que terei mais conforto, comodidade e economia. Nasci nesta cidade e quero o melhor para ela e para minha família. Espero aproveitar o tempo que se perde no trânsito com algo mais útil.” - Rodrigo Oliveira, cabeleireiro, casado e pai de dois filhos, morador do Bairro Santa Cruz, na Região Nordeste

Desafios

Investir na expansão do metrô de BH, com a construção das linhas 2 (Nova Suíça-Barreiro) e 3 (Lagoinha-Savassi)

Abrir as portas para novos transportes, como o monotrilho

Construir o Rodoanel, projetado para os contornos Norte, Sul e Leste da Região Metropolitana de BH, e duplicar o Anel Rodoviário

Oferecer transporte público de qualidade e atrair quem está acostumado a circular de carro

Integrar o BRT e o metrô

Metas apontadas por especialistas e autoridades em transporte e trânsito

Informações: Estado de Minas
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