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Início das obras do BRT de Salvador depende de verba federal

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Da Prefeitura está tudo pronto. Licitação com as concessionárias de transportes já concluídas. Recursos próprios em caixa e financiamento com o BNDES e projeto de execução em dia. Falta, contudo, a contrapartida do Ministério das Cidades para que então a Caixa Econômica Federal possa liberar o financiamento do BRT, o sistema de transportes de ônibus urbanos em corredores exclusivos.

A obra, quando iniciada, tem prazo de conclusão de dois anos e vai ser alimentadora do sistema de metrô, transportando, na sua primeira linha em torno de 80 mil passageiros/dia através do corredor Lapa/Iguatemi. Além deste, dois outros corredores exclusivos, Iguatemi/Pituba e Orla/Aeroporto, estarão integrados ao sistema, com estimativa aproximada do mesmo número de passageiros transportados.

A Prefeitura garante já dispor dos R$ 200 milhões para iniciar a obra. Outros R$ 200 milhões virão também dos cofres municipais, mas através de um financiamento com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o restante dos recursos, que totalizam R$ 600 milhões, fazem parte da contrapartida do Ministério das Cidades, que não tem data de quando será liberado.

Conforme informou a secretaria municipal de Mobilidade Urbana, “está tudo pronto. Falta apenas a parte do Governo Federal”. De acordo com o órgão da prefeitura, não existem quaisquer pendências do ponto de vista administrativo e financeiro da Prefeitura que possam ser usadas como entrave para o início das obras. A Lei diz que o município, para ter a obra precisa de um plano de mobilidade urbana. E isso a prefeitura já tem com o PDDU (Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano) e todos os licenciamentos para dar andamento à obra.

Projeto prevê intervenções viárias e macrodrenagem 
Atualmente uma viagem entre o Iguatemi e a Estação da Lapa não dura menos que uma hora nos horários de pico. Se essa mesma viagem for feita no traçado projetado para o BRT (Lapa, avenida Vasco da Gama, Lucaia, Av. Juracy Magalhães e Avenida Antonio Carlos Magalhães) essa viagem poderá ser de uma hora e 30 minutos a duas horas. Com o BRT a estimativa é que esse percurso seja feito em 16 minutos, em vias exclusivas e sem semáforos.

O projeto do BRT já foi concluído há um ano e para ser executado vai precisar de intervenções no atual sistema viário e de macro drenagem nos três corredores exclusivos do sistema. O primeiro deles é justamente o da linha Lapa/Iguatemi, que  terá quatro complexo de viadutos – antiga Coca Cola/Garibaldi, Hospital Aliança,  antigo Tereza de Lisieux e Hiperposto.

Nesse trajeto os ônibus especialmente projetados parta o sistema, trafegarão em corredores exclusivos implantados sobre os atuais canais de drenagem pluvial localizados sob o canteiro central das avenidas Vasco da Gama, Juracy Magalhães e Antonio Carlos Magalhães. É justamente aí é que se situa o entrave, pois para essas obras é que estão previstos os recursos do Ministério das Cidades, no valor de R$ 200 milhões. Os dois outros corredores – Iguatemi/Pituba e Orla/Aeroporto – vêm em seqüência após a conclusão da primeira etapa.

Esse “pequeno” entrave já dura mais de um ano e por conta disso, Salvador, com seus quase três milhões de habitantes, vai ficando para trás em relação a outras capitais e cidades de menor porte, dispondo apenas de um sistema de transporte que depende na sua quase totalidade do transporte pelo sistema convencional de ônibus. A exceção de São Paulo e Rio de Janeiro, maiores que a capital baiana, Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Recife ,Porto Alegre, Belém, Curitiba, Goiânia, Vitória, Cascavel, Marigá, Uberaba e Uberlândia já dispõem do sistema.

Edital para VLT sai em agosto
O projeto veio depois do BRT, mas a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), ligando o bairro de Paripe, no Subúrbio Ferroviário de Salvador, na Avenida da França, no Comércio , está mais próximo de sair do papel e se tornar uma realidade. É que o Governo do estado anuncia que em agosto lança o edital para a construção da linha. Serão 18,5 km e o equipamento deve transportar cerca de 100 mil pessoas por dia. O custo da obra será de R$ 1,1 bilhão,dos quais R$ 552 milhões virão do Governo Federal e R$ 448 do Governo do Estado.

O VLT vai usar a maior parte no atual trajeto dos trens suburbanos, que cobrem em 13,5 quilômetros as distâncias entre Paripe e a Calçãda. Serão acrescidos 3,5 quilômetros a partir da Estação da Calçada até a Avenida da França, no Comércio, e mais 1,5 quilômetro entre Paripe e a localidade de São Luís, já próximo ao acesso para a Base Naval de Aratu e São Thomé de Paripe, nos limites do município.

O presidente da Companhia de Transportes da Bahia (CBT), Eduardo Coppelo, explicou que o processo licitatório está quase pronto e deverá acontecer em agosto, com previsão de assinatura do contrato para início das obras em dezembro deste ano. A partir daí o VLRT deverá se tornar realidade em dois anos e meio. Para tanto já está previsto no Plano Plurianual de 2016/19 o recurso de R$ 1,1 bi para o VLT. Pelo projeto, cada viagem entre Paripe e o Comércio deverá durar até 35 minutos,  com paradas em estações. No trajeto dos atuais trens suburbanos serão feitas melhorias nos trilhos e estações, implantação de tecnologia de controle de tráfego e aquisição de trens com ar condicionado. No trecho entre Calçada e o Comércio não haverá desapropriações e construção de viadutos, mas sim de passagens compartilhadas com o atual sistema viário.

O que é o BRT
O Bus Rapid Transit (BRT) é um sistema de transporte urbano que utiliza ônibus especiais e de tráfego rápido em sistemas de vias exclusivas, evitando-se o congestionamento do tráfego com outros veículos. Para tanto costuma utilizar os canteiros centrais das avenidas, para evitar atrasos nas viagens, e utilizando-se de estações com cobrança de tarifa fora do veículo, reduzindo o atraso do embarque e desembarque dos passageiros. No Brasil, além de Curitiba, o BRT já funciona em 17 cidades. O primeiro sistema de BRT implantado no Brasil foi na cidade de Curitiba, no Paraná, em 1974). Para que o sistema possa operar com eficiência é necessária a implantação de corredores ou faixas  exclusivas para os ônibus, sem que sejam afetadas pelo congestionamento do tráfego normal de veículos. Faixas separadas podem ser elevadas, em depressão ou por dentro de túneis, que podem ser compartilhadas com metrôs ou até mesmo táxis.

“minimetrô”
O sistema VLT (Veículos Leve sobre Trilhos) é  uma espécie trem que trafega em meio a carros nas grandes cidades. Tem os mesmos sistemas de tecnologia, conforto e controle de tráfego do metrô, mas suas composições são menores, daí ser chamado por muitos brasileiros de “mini metrô”.

Diferente do metrô ou do BRT, que têm espaços próprios, o VLT compartilha esses espaços nas ruas com o sistema viário por ônibus e carros. No caso de Salvador, como explicou o presidente da Companhia de Transportes da Bahia, Eduardo Coppelo, esse compartilhamento vai se dar num trecho de 3,5 quilômetros, entre a Calçada e a Avenida da França, no Comércio. 

Nos demais trechos, da calçada até Paripe, será usado os atuais trilhos dos trens suburbanos que ainda estão em operação. Para evitar os acidentes com as interseções no atual sistema viário da área, Coppelo explica que será utilizada tecnologia de com trole de tráfego de última geração, inclusive no controle da velocidade dos trens. “No trecho do Subúrbio Ferroviário ele poderá atingir até 70 quilômetros por hora”, explica.  

por Adilson Fonsêca
Informações: Tribuna da Bahia


2 comentários:

Algumas considerações a respeito do modais BRT e VLT: Vamos ao 1º o BRT - É um sistema operado por ônibus articulados em geral com capacidade para 150 passgs. Para que o mesmo tenha uma operação plena o sistema "OBRIGATORIAMENTE" precisa cumprir todos os requesítos e parâmetros técnicos durante o seu projeto,construção e operação. A) A construção de 2(duas) calhas concretadas (uma por sentido) com no mínimo 7 metros de largura cada com duas faixas,uma de trânsito e outra de ultrapassagem permanente de ponta a ponta. B) O sistema devera ser operado com 3(três) linhas , e ..A faixa de ultrapassagem continua deve-se ao fato da existência das 3 (três) linhas distintas circulando no mesmo corredor para que não haja retenções (muito comum em sistemas abreviados como no caso do projeto do Transoeste-Rio e no projeto de Salvador entre outros, em que as ultrapassagens acontecem apenas nas estações),nas vias,e nas estações e em caso de panes ou acidentes bloqueando o fluxo do trafego e prejudicando a operação do sistema com interrupções e atrasos. C) O headway (intervalo de tempo entre os veículos nas estações) deve ser de 1(Um) minuto,para que assim o sistema alcance a sua capacidade máxima que é de 18.980 pasgs.h/sentido (vale) e de 23.000 pasgs.h/pico.sentido. --------- Quanto ao VLT ele não é apenas "uma espécie trem que trafega em meio a carros nas grandes cidades".Existem dois tipos de VLT: 1º ) O VLT URBANO com piso baixo,que não utiliza estações e trafega na via de trânsito normal não segregada,fazendo parte do fluxo viário existente com capacidade de transportar até 35.000 pasgs.h/sentido. 2º) O VLT SEGREGADO (Também chamado de Metrô Leve que pode operar com piso alto ou baixo) em uma via exclusiva e isolada com estações simples de embarque/desembarque podendo operar com duas composições acopladas e chegam a transportar até 60.000 pasgs.h/sentido. Em alguns casos o sistema pode ser misto(com piso baixo) com trechos de ruas e segregados.- Explo de VLTs segregados já em operação no Brasil; Cariri-CE (O 1º do Brasil), Sobral-CE,Maceió-AL,Recife/Cabo de Sto.Agostinho-PE,Natal-RN,João Pessoa-PB,todos com piso alto e não elétricos (DMU). - O VLT de Cuiabá,elétrico,segregado com piso baixo ainda em construção - Os VLTs do Porto Rio-RJ,piso baixo, (misto) o 1º do Brasil a utilizar a "validação voluntária dentro das composições",o de Santos/São Vicente-SP Segregado com estações ambos já em fase de testes (operação assistida em pequenos trechos) e em faze de conclusão.-Continua.....-

Continua - - Com relação ao BRT de Salvador trata-se do sistema mais caro até então projetado no país chegando a R$1.bi (Um bi) com apenas 9 estações e 8,5 Km de extensão com o exorbitante custo de R$117.mi por.Km/construído quase 60% mais caro do que qualquer BRT até então construído no país. O VLT de Cuiabá com 25 Km 35 estações duas linhas,custo total da obra até então incluído material rodante,R$1.4 bi ou R$69.mi por km/construído - Custo estimado do VLT (Segregado com piso baixo) do subúrbio de Salvador com 18,5 Km, R$ 1.1 bi ou R$59,500 mi por Km/construído.Além de equívocos no seu traçado o mesmo ao contrário do que afirmam os seus defensores o BRT não servirá com alimentador do Metrô pois o mesmo(o metrô)fara o trajeto Lapa/Iguatemi em menor tempo e com mais capacidade de transporte de pasgs.com mais conforto e segurança. Um sistema com um custo bastante inferior incluindo o material rodante ,BHLS,(Sistema escolhido pela Prefeitura de Londrina)que utiliza ônibus articulados nas faixas exclusivas,com fiscalização eletrônica nas Av. ACM e Juracy Magalhães Jr,e a utilização do corredor já existente na Av. Vasco da Gama,sem degradar o canteiro central da Av.Juracy Mg.Jr. e o tamponamento do Rio "Camarajipe" (PS o nome do Rio é CAMARAJIPE,- CAMURUJIPE é uma empresa de ônibus ) que passa no centro do mesmo(Evitando futuras inundações).O sistema operaria com duas linhas, uma Lapa/Itaigara/Pituba e outra Estação Iguatemi/Itaigara/Pituba,dessa forma complementando e alimentando o sistema Metroviário e estabelecendo ligações mais rápidas e diretas com bairros ao longo da Av.Juracy Mg.Jr. e toda a região da Pituba e do Itaigara.A Redução dos custos seria significativa bem como os resultados positivos da operação.

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