A NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos) lançou, nessa quinta-feira (6), a campanha “Como funciona o transporte público”. A ideia principal é mostrar à população quais são as medidas necessárias para tornar o serviço de maior qualidade. O lançamento foi no Rio de Janeiro, durante o 16º Etransport e 10ª FetransRio, congresso e feira que apresentam soluções para a mobilidade urbana.
A campanha aborda cinco temas principais: responsabilidades, custos, tarifa, investimentos e qualidade. As principais peças são vídeos que foram desenvolvidos de forma didática, simples e lúdica. Também foram produzidas peças publicitárias com infográficos e textos para veiculação nas mídias sociais, como Facebook, Twitter e YouTube, além de peças impressas afixadas em ônibus, pontos de parada e terminais.
O presidente da NTU, Otávio Cunha, afirmou que os usuários do sistema precisam ser informados que ações fundamentais dependem do poder público e lembrou que, depois das manifestações pelo Brasil, que tiveram início no ano passado, ficou mais evidente a reivindicação da população por melhorias na qualidade do transporte por ônibus. “Com essa iniciativa, pretendemos esclarecer várias questões que envolvem o serviço de transporte coletivo, entre elas o papel do empresário de ônibus, que segue as determinações do contrato de serviço, efetivado por meio de concorrência pública", disse Cunha.
O presidente da NTU afirmou que as empresas têm trabalhado para melhorar a qualidade, mas há questões que não competem a elas. Uma das principais medidas, segundo ele, é a necessidade de dar prioridade ao transporte público, com ações que tenham efeito mais rápido. “Muitos investimentos que estão sendo feitos em mobilidade urbana só trarão resultados em 2018 ou 2020. Queremos mostrar quais são as responsabilidades do poder público e quais são as das empresas, como ocorre a composição da tarifa, quais os tributos”, disse Cunha.
Uma das alternativas citadas por ele, com efeito de curto prazo, é a implementação de faixas exclusivas, que chegam a aumentar a velocidade operacional em até 50%. Segundo Cunha, essa é uma reivindicação do setor que trará mais qualidade às operações, podendo atrair mais passageiros.
A faixa exclusiva é pintada à direita da via e pode ser ocupada por automóveis no momento de fazer conversões. “Com R$ 5 bilhões dos R$ 140 bilhões anunciados para mobilidade, poderiam ser feitos 4.000 km de faixas.”
Entre as medidas defendidas, o presidente da NTU citou, ainda, a manutenção de desonerações no setor. “Com o que ainda falta desonerar, poderemos reduzir 12,7% dos custos.”
Por Cynthia Castro
Informações: Agência CNT de Notícias
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