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Com paralisação, fortalezense perde o direito de ir e vir

quarta-feira, 23 de junho de 2010


O Centro virou palco de confrontos envolvendo grevistas, passageiros e motoristas que não aderiram ao movimento

O movimento grevista dos motoristas, trocadores e fiscais do transporte coletivo de Fortaleza dificultou ainda mais a vida da população, ontem, no 15º dia do movimento. Com a decisão inicial de interromper totalmente a circulação de ônibus, a paralisação chegou a 80% dos veículos, segundo dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Estado do Ceará (Sintro). Já de acordo com a Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), que monitora a circulação dos veículos, de 18 a 31% da frota circulou.

Nos terminais ocorreu um fenômeno diferente dos últimos dias. Embora com menos ônibus em circulação, os tumultos foram bem menores. A explicação para o fato é que a maioria das pessoas, depois do aviso feito na véspera pelo Sintro de que a paralisação a partir de ontem seria de 100%, decidiu ficar em casa ou buscar outras alternativas de deslocamento.

Assim, os transtornos se transferiram para o meio da rua, especialmente o Centro da cidade. Durante todo o dia, principalmente no período da manhã, grevistas pararam ônibus e obrigaram passageiros a descer; outros tiravam as chaves dos veículos da ignição, deixando-os parados no meio da via. Segundo o Sintro, 100 coletivos foram parados. A ação se estendeu no Parque São José, próximo ao Posto Carioca, e atingiu os coletivos que fazem a linha Maranguape-Fortaleza.

Um grupo de grevistas impedia as topiques e kombis de levarem usuários do sistema de transporte público. Em alguns momentos, houve confronto.Após o decreto da paralisação total dos ônibus, três jovens apedrejaram um veículo da linha José Walter/BR-116, da empresa Maraponga, que passava por uma parada, na Avenida Imperador, na tarde de ontem.

O coletivo parou no ponto e foi invadido por um grupo de seis pessoas que impediram a continuação da viagem e retiraram a chave da ignição. Os passageiros, revoltados porque ficaram no meio do caminho, queriam o dinheiro de volta. Mas apenas os três jovens, menores e estudantes, manifestaram-se. Os jovens foram identificados pela Polícia Militar, porém a empresa de ônibus Maraponga não quis que os procedimentos tivessem andamento.

De manhã cedo, a comunidade teve que se virar de todas as formas para chegar ao local de trabalho. Os transtornos variaram da exploração dos mototaxistas, que cobraram até R$ 25,00 para levar um passageiro a área central, até a improvisação em carros clandestinos que circularam livremente pela cidade colocando em risco a integridade física das pessoas.

As situações mais estapafúrdias foram registradas. "A essa altura, a gente quer é chegar ao trabalho. Não importa como", exclamou o mestre de obras Francisco Walter Lima, que pagou R$ 2,00 por uma viagem numa topique. O detalhe é que o veículo não é cadastrado pela Prefeitura de Fortaleza e pertence a uma pequena empresa que aluga material para festas.

Na Avenida Osório de Paiva, porém, sua viagem foi interrompida, pois o pneu secou. "Não sei ainda se furou ou apenas se esvaziou. Vou até um borracheiro. Se tiver furado, vou retornar para casa, pois não tenho como pagar o conserto".

Muita gente apelou para a carona amiga, mesmo que ela representasse um risco. Foi o caso de vários trabalhadores que subiram num caminhão na Avenida Osório de Paiva.A mesma coragem não teve o auxiliar de serviços gerais Erisson Vasconcelos. Depois de aguardar 1h30 por um coletivo para levá-lo do Bom Jardim à Cidade 2000, ele acabou desistindo. "Não me resta outra alternativa a não ser desistir".

Dentre os veículos sem autorização legal para transportar passageiros, a Kombi de Eduardo Rodrigues Costa Júnior trabalhou duro durante toda a manhã. "Estou desde às 6 horas transportando o pessoal para o Centro. A gente aproveita para ganhar um dinheirinho sem explorar a população. Estou cobrando apenas R$ 2,00 pela viagem", garantiu .

Congestionamentos

A diminuição na oferta de coletivos fez com que muitos fortalezenses optassem por tirar o automóvel particular das garagens. O resultado foi um aumento do caos no trânsito de Fortaleza. Em avenidas que tradicionalmente ficam congestionadas, o problema se agravou. Para agravar a situação, não eram vistos guardas de transito da Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e Cidadania (AMC).

Na área do Centro, onde dezenas de ônibus foram parados no meio das ruas, a confusão foi grande. Avenidas como a João Pessoa e Duque de Caxias e ruas como a General Sampaio e Meton de Alencar se tornaram praticamente intrafegáveis.

Muitos motoristas que vinham pela Avenida da Universidade estavam "despejando" os usuários bem longe da área central da cidade, nas imediações da Avenida Domingos Olímpio."Virou coisa sem dono. Os empresários cobram uma passagem e a gente desce no meio do caminho. Ninguém toma providência. Mais uma vez, a corda quebra sempre do lado mais fraco, ou seja do lado do povo", destaca a dona-de-casa Ana Elisângela Braga.

Fonte: Diário do Nordeste

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